Y – The Last Man (Vertigo)

Bíblia Nerd segunda-feira, 11 de fevereiro de 2008 – 1 comentário

Y – The Last Man

Título original Y – The Last Man
Lançamento: 2002
Arte: Pia Guerra
Roteiro: Brian K.Vaughan
Número de páginas: varia
Editora:Vertigo

Y é um título da Vertigo, mas meu primeiro contato com o trabalho de Brian K.Vaughan foi durante sua estada em Ultimate X-Men, da Marvel. Em “Tormenta”, seu primeiro arco na série, ele mostrou a versão Ultimate do Sr. Sinistro como sendo um psicótico assassino de mutantes. O arco termina com uma aparição de uma página só do vilão Apocalypse, mas não havia como saber se ele era real ou não. Seus outros arcos também não deixaram a desejar. Um pouco depois (ou antes, não faz diferença, na verdade) eu conheci uma criação sua para a Marvel, Runaways. Runaways conta, em 18 edições, a história de um grupo de adolescentes de Los Angeles que mantinha uma vida normal até descobrir que seus pais eram super-vilões. Eles então resolvem fugir e usar os poderes e apetrechos que herdaram (roubaram, na verdade) para combater o crime. Divertida e única, Runaways acabou ganhando uma série contínua em 2005, e o Harvey Awards de melhor série contínua um ano depois.

Nascido no ano de 1976 em Cleveland, Ohio, e se formou em cinema pela Universidade de New York. Seu talento como roteirista de quadrinhos foi descoberto quando entrou para o “Stanhattan Project” da Marvel, uma oficina de quadrinhos. Seu primeiro crédito como roteirista foi em 1997, com a edição 43 de Cable, pela Marvel. Seu estilo único e equilíbrio perfeito entre humor e seriedade fez com que ganhasse diversos prêmios, e entrasse para o “top 10 de melhores roteiristas de todos os tempos” da Comic Book Resources. E não para por aí. O trabalho de Vaughan já foi comentado ou apresentado em várias formas de mídia, como o New York Times, MTV, rádio e a revista feminina “Bust”, que o fotografou para a edição “Homens que Amamos”. Também estou intrigado quanto a este último.

Nestes 10 anos como roteirista, Vaughan fez excelentes contribuições para os principais personagens da Marvel/DC, mas nada se compara ás suas criações próprias, como é o caso de Y, revista que ele criou junto á premiada desenhista Pia Guerra.

Brian K.Vaughan

A trama se inicia em 2002, quando um vírus desconhecido mata todos os homens da Terra. Desculpem-me. Todos os machos da Terra. Todo e qualquer mamífero portador do cromossomo Y sofreu uma terrível – e simultânea – morte. Bom, todos menos Yorick Brown e seu capuchin (uma espécie de macaco), Ampersand. Neste exato momento você deve estar acessando seus sonhos eróticos e pensando “Que cara sortudo, eu ia tocar terror!”. Sinto em dizer que a situação em que Yorick se encontra é muito mais complicada.

Vamos apelar para as estatísticas. 48% da população humana da Terra, ou aproximadamente 29 bilhões de homens, foram exterminados. 85% dos políticos está morto, assim como 100% dos bispos católicos, líderes muçulmanos e rabinos judeus ortodoxos. 99% dos mecânicos, eletricistas e construtores também se perdeu. Nos Estados Unidos, onde Yorick se encontra, 95% dos pilotos comerciais, caminhoneiros e capitães de navio morreram, assim como 92% dos criminosos. Nenhuma das tropas femininas do exército americano têm experiência de combate. Não podemos dizer o mesmo de países como a Espanha ou a Alemanha. Austrália, Noruega e Suécia são os únicos países que possuem mulheres servindo em submarinos. Em Israel, todas as mulheres entre 18 e 26 anos serviram obrgiatóriamente no IDF por pelo menos 1 ano e 9 meses. Antes da praga, pelo menos 3 “homens-bomba” palestinos foram mulheres.

De fato, parte das mulheres sente falta de “companhia masculina”, e tenta compensar a mesma. O número de mulheres travestidas, lésbicas e vibradores em uso nunca foi tão grande. As militares, em maior parte autoritárias e frias, se tornaram as “donas do mundo”. Sobreviver se tornou algo difícil para as civis, e muitas delas morrem de fome ou passam dias sem comer. Por fim temos as “amazonas”, mulheres alienadas que acreditam que o extermínio de todos os homens foi uma forma que Deus encontrou de eliminar o mal da Terra. Como na mitologia, as amazonas arrancam um de seus seios para facilitar a arquearia. Bem-vindos á um mundo sem homens.

Após três meses de sobrevivência (Yorick esconde seu rosto com uma máscara de gás, e seu corpo com um manto), Yorick recebe a maior missão de sua vida: Ajudar no repovoamento do Planeta. Mas não do jeito que você pensa e, muito provavelmente, sonha. Antes de qualquer coisa, é preciso descobrir por quê Yorick e Ampersand estão vivos, e confeccionar uma cura para os futuros bebês. É aí que entra a doutora Allison Mann, que havia chegado perto de conceber um clone antes da Praga, e a única mulher qualificada o suficiente para a missão. A segurança da dupla (ou trio, se contarmos com Ampersand) ficou sob a responsabilidade da agente 355, uma mulher tão misteriosa quanto o suposto vírus que matou os homens.

Yorick definitivamente não faz o perfil de messias. Ele é um jovem de vinte e poucos anos, formado em inglês e membro da Irmandade Internacional de Mágicos. É totalmente relevante mencionar que sua especialidade é a “arte da fuga”, o que envolve escapar de camisas de força, se soltar de algemas e abrir portas trancandas. Yorick também não tem nenhuma noção de briga, e é surrado em várias ocasiões durante as 60 edições. E o maior motivo: Ele não está nem aí. Yorick não se vê como salvador do mundo, e está mais interessado em encontrar sua namorada Beth, que se encontrava na Austrália na hora do extermínio.

Tudo se complica ainda mais quando as amazonas, entre elas Hero Brown, irmã de Yorick, e o exército israelense descobrem que os boatos sobre um último homem são verdadeiros… Como eu disse antes, esqueça seus sonhos. Yorick está prestes a viver um pesadelo.

E isto é apenas uma visão superficial do que te espera na revista. Y é tão envolvente que chega a ser leitura compulsória em alguns momentos. A maioria deles. Sem exagero algum, Y deve ser a melhor revista em quadrinhos que já li nesses meus 16 anos de vida. Sim, eu já li Sandman e Watchmen.

Os personagens são simpáticos e bem trabalhados. Vaughan os apresenta aos poucos, mostrando flashbacks da infância deles em alguns pontos estratégicos da revista. A caracterização de Guerra ajuda bastante neste processo. Com o tempo, o fraco e covarde Yorick vai amadaruecendo e se tornando um homem de verdade. Uma de minhas partes prediletas da revista resulta deste amadurecimento. Mas não espere terminar as 60 edições sabendo tudo sobre todos os personagens. Apesar de “destrinchar” a personagem durante os últimos arcos da revista, Vaughan encerra a história sem revelar o nome verdadeiro da agente 355, por exemplo. Ele afirmou, porém, que espalhou uma série de dicas pelas 60 edições, gerando algumas boas teorias em fóruns de hqs.

Uma das coisas que mais gostei na revista é a relação irônica entre os fatos. Novamente apelando para flashbacks, Vaughan e Guerra mostram como alguns fatos poderiam ser evitados a partir da mudança de escolhas simples feitas no passado. Devo dizer que estas estão entre as páginas mais engraçadas de Y. Os que não são explicados na revista, são explicados fora desta. Como o título da última edição, por exemplo. Descubram por vocês mesmos.

Não é por pouco mérito que Y tomou a liderança da minha lista de hqs prediletas. Ainda não consegui pensar no porque de eu não ter dado 10 para a revista. Fica a dúvida.

Eu acompanhei a revista em publicação americana, mas já foi confirmada a publicação aqui no Brasil, pela Pixel Media. As 60 edições serão publicadas em 10 TPBs (encadernados). Não sei quanto ao preço, mas você pode dar uma olhada na comunidade oficial da Pixel no Orkut.

Uncanny X-Men 495

Nona Arte quarta-feira, 06 de fevereiro de 2008 – 2 comentários

Nos últimos tempos, quarta-feira tem sido meu dia predileto. Não é difícil explicar o por quê. Quarta-feira é dia de lançamento de hqs. E hoje o excitamento foi maior graças á Uncanny X-Men 495, primeira parte de “Divided we Stand”. Devo me antecipar e dizer que esta foi a melhor edição de Uncanny X-Men que eu li em anos.

Com os X-Men desbandados, Scott e Emma vão tirar férias na Terra Selvagem. Ed Brubaker (Captain America, Daredevil) começa a mostrar sua genialidade aqui. O relacionamento dos dois é tratado de forma bela e serena, num nível completamente diferente do que eu já havia visto. Scott é mostrado como o personagem que eu sempre admirei, sensato, inteligente e um grande líder, mesmo sem uma equipe para liderar. Emma Frost demonstra o mais puro amor por Scott, e me faz perder o pouco de saudade que eu tinha dos tempos de Jean Grey. Durante o encontro de Emma e Scott com Kazaar e Shanna, dá para sentir a falta que os X-Men fazem à Scott. E o que pode ser o prelúdio para um reagrupamento.

Enquanto isso, Logan, Piotr e Kurt se encontram na Alemanha. Os três também estão dando um tempo à vida de herói, e seguem rumo à Rússia, terra de Piotr. Esta não é a primeira vez que os três vão para a Rússia (a última acabou em briga com o Omega Red), e eu duvido muito que eles encontrem a mesma tranquilidade pela qual Scott e Emma estão passando na Terra Selvagem.

Os desenhos de Mike Choi não estão menos do que excelentes. Tudo está devidamente detalhado, e o trajamento de Emma consegue ser sexy e ao mesmo não dar a impressão de que ela é uma prostituta. As cores dadas por Sonia Oback (cujo nome sempre me lembra de Barack Obama) dão o toque final de perfeição.

Esta edição é bem escrita, bem desenhada, e uma homenagem aos velhos tempos… E ao que está por vir. Posso dizer que não poderia estar mais satisfeito, e que esta será uma grande fase para os mutantes da Marvel.

Mark Millar de volta à Marvel

Nona Arte sexta-feira, 01 de fevereiro de 2008 – 0 comentários

Ultimamente a Marvel têm me decepcionado com péssimos arcos e roteiristas incompetentes no comando de boas revistas. Respectivamente, One More Day e Jeph Loeb. Por isso a minha alegria ao saber que o grande Mark Millar, idealizador de Civil War e The Ultimates, irá assumir as revistas de Wolverine e Quarteto Fantástico. E o escocês pretende apostar alto.

Wolverine

Millar se junta á Steve McNiven, com quem fez Civil War, para contar uma história sombria envolvendo o mutante mais famoso. Estamos 50 anos no futuro, e super-heróis não existem mais. James “Logan” Howlett abandonou sua vida de herói e agora vive uma vida comum ao lado de sua esposa e filha na Costa Oeste dos Estados Unidos. Também não existe mais governo, e as regiões são controladas por gangues lideradas pelos netos de heróis e vilões do passado. A história se desevolve a partir do momento que Wolverine se envolve em um problema com a Gangue do Hulk, e precisa sair numa missão para conseguir dinheiro. Ele segue então numa viagem até a Costa Leste, mais precisamente Nova York (agora Nova Babilônia). O arco, entitulado “Old Man Logan” (Velho Logan) terá 8 edições e será relacionado com a continuidade Marvel e com seu trabalho em Quarteto Fantástico.

Nas palavras do autor, será algo tipo “Clint Eastwood encontra Mad Max”, e o próprio também afirma que este será o futuro da Marvel, “enquanto as coisas continuarem como estão”. Idéia um tanto quanto assustadora, mas acredito na competência de Millar. Qualquer semelhança com Wanted não é mera coincidência.

Fantastic Four

Espere, Bryan Hitch? Sim. Para quê mexer em time que está ganhando, não é mesmo? Enquanto Wolverine terá a equipe de Civil War, o Quarteto ficará nas mãos da equipe de The Ultimates.

Millar confessa que têm grandes planos para a família de super-heróis. Para começar, ele trará de volta uma namorada de Reed, uma mulher com quem ele se relacionou antes de conhecer Sue Storm. Segundo ele, é uma mulher mais próxima do que é o Senhor Fantástico. Eles se conheceram na faculdade, e ela tem dois pontos a mais de Q.I. A “Senhora Fantástica”. O segundo arco será chamado “A Morte da Muer Invisível”. Precisa falar algo mais? Logo em seguida veremos Johnny Storm arrumar uma nova namorada. Até aí tudo ok. Mas ela é uma super-vilã. E para terminar de abalar o mundo do Quarteto, veremos Ben se relacionar com uma mulher normal, pela primeira vez (a filha do Mestre dos Brinquedos obviamente não conta). Serão quatro arcos de quatro edições cada.

É, 2008 será um ano e tanto…

Wanted

Bíblia Nerd quinta-feira, 31 de janeiro de 2008 – 1 comentário
Bem vindo á Fraternidade

De certa forma o primeiro roteiro a ser escrito pelo escocês Mark Millar, a mente por trás de revistas como The Ultimates 1 e 2, Ultimate X-Men e o mega-evento que mudou a Marvel, Civil War. Segundo o próprio Millar, Wanted nasceu em 1974, quando tinha 5 anos de idade e, ao visitar uma livraria na cidade onde morava, se deparou com um livro chamado “Superman: The Great Hero of America”. O pequeno Millar ficou impressionado com aquilo. America soava bem para ele (até porque a Escócia era pobre e só tinha três canais de TV), e o Superman era impressionante. Durante os noticiários, Millar perguntou “Por que existiam terremotos, desastres e mortes. Por que o Superman não salvava o mundo?”. Seu irmão, já um veterano na faculdade, respondeu “Superman desapareceu durante uma briga que ele travou com todos os super-vilões. Ele, o Batman, o Homem-Aranha, Capitão América, todos eles desaparecem desde essa grande batalha”. Seu irmão também afirmava que o pai deles matou Hitler.

Millar foi dormir abatido. Os heróis haviam sumido, e tudo o que restou foram as revistas em quadrinhos, um tipo de lembrança do que eles eram. Mas o que aconteceu com os vilões? E foi daí que Millar tirou o conceito por trás do maginífico Wanted. A frustação de uma criança somada ao ódio do mundo adulto.

O melhor do mundo

Wesley Gibson era “um merda” que tinha um trabalho que odiava (onde era humilhado por sua chefe, uma afro-americana lésbica), uma namorada que o traía com seu melhor amigo, e vizinhos que o desprezavam. Resumindo, ele era VOCÊ quadrinizado. A vida, porém, havia reservado um papel maior para Wesley. Algo que ele não teria imaginado nem em seus sonhos mais absurdos.

Tudo começa quando Wesley conhece Fox, ou melhor, quando Fox encontra Wesley. A garota dizia conhecer seu pai, um homem que nem Wesley conhecia (ele deixou sua mão quando tinha apenas 18 semanas de vida). E mais: Ela afirma que o velho era o maior super-vilão que já existiu, e deixou uma fortuna como herança. Claro que o Mr. LOSER não acredita em uma só palavra. Para provar, Fox mata todas as pessoas ali presentes. Assim Wesley toma conhecimento das vantagens de ser um super-vilão: Você pode matar, roubar ou estuprar quem quiser sem qualquer consequência. Enquanto for um membro da Fraternidade, terá imunidade. Bom, até aí chocolate né? Mas para receber o dinheiro, antes Wesley terá que trabalhar por seis meses na Fraternidade, preenchendo o vazio deixado por seu pai. Sim, ele teria que em seis meses, se tornar tão bom quanto seu pai era. Claro que ele aceita. Quem em sã consciência recusaria uma oportunidade dessas? Wesley se torna então membro da Fraternidade, e todos que lhe aborreceram neste anos vão se arrepender de ter nascido…

Wesley e Fox

Vamos agora fazer uma análise do mundo em que Wanted se passa. Todo e qualquer super-herói foi eliminado pela Fraternidade quando Wesley ainda um recém-nascido, e o controle do mundo foi dividido entre as cinco mentes por trás da investida. Cada um deles ficou encarregado de um continente, e toda a história foi acobertada. Toda lembrança dessa época foi apagada, e para as pessoas super-poderes só existem em quadrinhos. Os super-heróis que tiveram suas vidas poupadas sofreram lavagem cerebral e pensam ser apenas atores falidos. A frustação e curiosidade de uma criança somada ao ódio de um adulto. Experiência de vida é tudo.

Este mundo, por outra vez, faz parte do Multiverso (ou Millarverso, um Multiverso de criações do Millar). Daí vem a preocupação dos vilões em se manter fora do radar. Barulho demais poderia chamar a atenção de heróis de outros mundos e uma nova guerra seria travada, uma sem limites de extensão e danos. Reparem a semelhança com o mundo real.

Se fodeu

Não conhecia os desenhos de J.G Jones (só depois fui saber que foi ele quem desenhou as 52 capas da maxi-série da DC, 52), e não penso numa escolha melhor. Excelente representação dos personagens e cenário. Detalhista como Bryan Hitch (com quem Millar fez The Ultimates), Jones foi, de fato, a melhor escolha para a arte de Wanted. A coloração feita por Paul Mounts é de muito boa qualidade também.

Wanted tem um excelente roteiro e arte. Não chega a ser um épico dos quadrinhos, mas é algo que eu recomendaria para qualquer leitor. Tem tudo que um homem precisa para manter a sanidade. Dica: Acumule um pouco de raiva antes de ler, isso torna a leitura mas prazerosa.

The Immortal Iron Fist

Nona Arte quinta-feira, 24 de janeiro de 2008 – 1 comentário

Danny Rand, o Iron Fist, fez sua primeira aparição em 1974, em Marvel Premiere número 15. Com um uniforme verde e amarelo com um design deveras cafona e golpes de kung fu, o personagem de Roy Thomas e Gil Kane se tornou um dos grandes coadjuvantes da Marvel, especialmente na revista do Demolidor, aparecendo quase sempre ao lado de Luke Cage. Apesar das aparências, Iron Fist é, e sempre foi, um dos personagens mais interessantes da Marvel, apesar de nunca ter sido devidamente explorado. Até agora.

Com o roteiro escrito pelo experiente [Ed Brubaker (The Authority) e o recém conceituado Matt Fraction[ (Punisher War Journal), e arte arrasadora de David Aja (Daredevil), Iron Fist finalmente está ganhando a devida atenção. Vale ressaltar que esta não é a primeira revista do personagem.

Muitos anos atrás, na cidade mística de Kun’ Lun, o jovem Danny Rand observava um uniforme atrás de um vidro - o garbo do “Imortal Punho de Ferro” – e sabia que ele estava destinado a usá-lo. Mas de onde veio esse uniforme? Por que ele havia esperado por Danny durante todos esses anos como uma sombra de seu futuro? Qual o verdadeiro destino do Punho de Ferro?

O mistério aumenta, á medida que Danny tem a forte sensação de que mais alguém está usando o poder do punho do dragão, o poder do Punho de Ferro. Mas como isso é possível se ele foi ensinado que é o último usuário vivo? Qual a relação desse desconhecido com a volta de um antigo inimigo de Danny?

Todas essas perguntas serão respondidas em páginas e mais páginas de ação, misturando elementos ocidentais e orientais, que fazem de Immortal Iron Fist um épico das hqs de kung-fu.

Por trás desse enredo, a revista faz uma viagem no tempo, ao mostrar partes isoladas da vida dos antigos usuários (66 no total, divididos entre homens e mulheres) do poder do Punho de Ferro, esclarecendo aos poucos a origem dessa surpreedente habilidade.

“Espera Nip. Para tudo. Que habilidade, porra?”. Eu estava chegando lá. O indivíduo destinado a ser o Punho de Ferro passa por um árduo treinamento, como os vistos em filmes de kung fu. Terminado o treinamento, o escolhido deve enfrentar um dragão, e só obtendo a vitória ele herdará o poder do Punho de Ferro. Os vitoriosos são abençoados com a habilidade de canalizar o ki, aumentando seus reflexos além do limite humano e sendo capaz de energizar seu punho, deixando-o tão duro quanto o ferro e tão poderoso quanto um dragão. O usuário do Punho de Ferro pode ser identificado a partir de uma tatuagem em forma de dragão, símbolo de seu poder.

Combinando este poder com suas exímias técnicas de kung fu, Danny Rand é um dos humanos mais poderosos da Marvel, o que me faz imaginar o por quê de ele ter demorado tanto para sair do plano secundário e passar a ser parte dos principais.

Quem lê mangás certamente vai se familiarizar com o enredo, talvez até mais do que os leitores de hq. Faz pouco tempo que comecei e confesso que nunca dei muito valor ao personagem. Me empolguei para ler a revista após ter lido o arco “The Devil in the cell-block D”, da revista do Demolidor. Primeiro, porque os desenhos são os mesmo. Segundo, porque… não vou spoilear, mas quem já leu o arco ou prestou atenção em Civil War sabe.

Os desnhos são meio “rabiscados”, o que dá uma sensação maior de sombra á história e mais semelhança aos mangás. Os movimentos dos golpes são bem definidos, assim como a ação. Eu já conhecia o trabalho de Aja, e inclusive, aprecio bastante.

Immortal Iron Fist é uma das revistas que acompanho atualmente e devo dizer: É também uma das que mais sinto prazer em ler. É, sem dúvidas, a melhor porta para o mundo dos personagens mais undeground da Marvel e prova que os mesmo podem ser tão interessantes quanto os famosos.

Altamente recomendável para fãs do estilo, fãs de hq, otacos em busca de uma entrada no mundo das hqs e qualquer outra pessoa que se interessar. Iron Fist detona, em todos os sentidos.

O Fim dos X-Men

Nona Arte quarta-feira, 23 de janeiro de 2008 – 6 comentários

Durante os seus 40 anos de publicação, os X-Men sempre foram os personagens mais “perseguidos” da Marvel. Massacre de Mutantes, Operação Tolerância Zero, Decimação M, o já extinto vírus Legado… E agora o arrasador Messiah Complex (Complexo de Messias, ainda sem data de publicação no Brasil). Parece que a raça mutante nunca terá descanso. E se tiver, certamente não será agora.

Messiah Complex, evento em 13 partes que encerrou nesta semana, causou grandes modificações no universo mutante. Vidas foram tiradas, e nada será como antes. Começa “Divided we Stand”.

Uncanny X-Men

Os X-Men não existem mais. Os mutantes restantes não tem para onde ir, e devem repensar o sonho de Xavier para decidir se a coexistência pacífica com os humanos ainda é uma opção. Enquanto isso, o Homem de Ferro faz uma proposta á Ciclope, um plano para proteger a raça mutante… Irá ele aceitar?

Esta não é a primeira vez que os X-Men se desbandam, e creio que também não será a última. De qualquer forma, eu estou bastante curioso quanto ao futuro dos personagens mais originais da Marvel.

X-Force

Todo mundo sabe que os X-Men não matam. Mas estes não são os X-Men. Com o fim de Messiah Complex, Ciclope percebe que alguns inimigos devem ser neutralizados permamentemente, sem que os X-Men saibam. Surge então a X-Force, formada por Wolverine, Warpath, X-23 e Wolfsbane.

O que se pode esperar de uma revista que reúne os membros mais frios dos X-Men? Muita violência, no mínimo. Eu imagino que X-Force será a versão mutante dos Thunderbolts. Aguardo ansiosamente.

X-Men: Legacy

O passado se torna o presente enquanto Xavier trava a maior batalha de sua vida. Com sua mente em jogo, um passo em falso pode causar danos irreversíveis. E a ajuda vem de uma fonte inesperada: Seu ex-arquinimigo, MAGNETO.

Não se sabe muito sobre esta revista, e as capas reveladas só contribuem para o mistério. Mas ver Magneto e Xavier se degladiando sem poderes já deve valer algo.

X-Factor

A agência de Maddrox está em crise. Se sentindo culpado pelo que aconteceu com Layla, Maddrox tem uma coisa em mente: Vingança, e os Purificadores estão na mira. Mas estará ele pensando em uma missão suicída? Wolfsbane deixa a equipe para se juntar á X-Force. Rictor e Guido seguem viagem. E alguém sabe algo sobre Layla, mas não está compartilhando a informação… E alguém está grávida!

X-Factor é, desde sua estréia, a melhor revista entre os títulos “X”. Eu espero que continue assim. E sinceramente, acredito que continuará. Esse clima pesado será uma boa adição ao estilo “noir” da revista. Porém, acho que o tão apreciado humor se ausentará um pouco.

Wolverine

Assim como Maddrox, Logan busca vingança. Mas quem é o alvo de sua fúria, e que segredo os dois compartilham? E quão longe Wolvie está decidido a ir para conseguir o que quer?

A revista do baixinho canadense sempre foi composta de altos e baixos. Esse último volume que o diga. E Wolverine em busca de vingança é uma idéia batida e de certa forma instável. Só nos resta esperar.

Cable

O futuro da raça mutante é decidido aqui. Cable foi encarregado de uma missão que pode salvar os mutantes… Ou os levar á extinção, caso falhe. E em sua trilha está um inimigo impiedoso que não irá parar até que sangue seja derramado. Não importa onde, ou quando, Cable corre.

Cable é um personagem tulmutuado, grande parte graças ao fato de ter sido co-criado por Rob Liefeld. Eu particularmente só me interessei pelo personagem por causa do título que ele costumava dividir com Deadpool (também co-criado por Liefeld). Prefiro não afirmar nada.

Young X-Men

Após Messiah Complex, não existem mais X-Men, e os jovens mutantes Rockslide, Blindfold e Dust estão sozinhos e sem direção. Até o dia em que Ciclope os recruta para caçar a nova encarnação da Irmandade de mutantes… E matá-los. Junto á novos recrutas, os jovens X-Men aprendem uma dura verdade sobre o mundo pós Messiah Complex: Antigos aliados podem se tornar inimigos mortais.

Confesso que não gostava dos Novos X-Men, mas essa idéia de combate mortal contra uma nova Irmandade parece legal. E estou curioso para ver quem são esses antigos aliados.

Manual para Avacalhar o Leitor de sua HQ – O Casamento

HQs sábado, 19 de janeiro de 2008 – 1 comentário

Este artigo faz parte de uma série, acessada por aqui.

Quesada, essa é pra você. A história dessa série começou com a notícia de One More Day e termina falando exatamente disso. Pra falar a verdade, poucos são os casos em todos os quadrinhos em que o casamento de um personagem acaba com a história dele. Mas é claro que isso não é unanimidade entre os fãs e muito menos entre os escritores. O pior é quando alguém, de maior poder, acha que não se deve mesmo continuar com isso e faz de tudo para mudar a situação. Inclusive f**** com a vida do personagem, com seus leitores e até com a inteligência do próprio escritor da história. É claro que ele é um gênio, porque os gibis vão vender como água potável em praia do Rio de Janeiro, mas não quer dizer que o produto vá ter realmente qualidade.

One More Day
O Evento que inspirou isso aqui

E já que estamos dando nomes aos bois, há mais de quarenta anos foi criado, na própria Marvel, um grupo que já nascia “familiar”. Reed e Susan Richards são casados desde então e não foi essa união que fez o grupo ser fragmentado (Na realidade, há vezes em que isso aconteceu, mas não é o caso), muito menos fazer os seus leitores deixarem de se identificar com eles ou ainda as vendas caírem. Todas as argumentações que se fizessem são balela, junto do Quarteto, que inclusive já teve FILHOS e SUBSTITUTOS.

Quarteto
A “estranha” família feliz… Ugh!

Então, o que temos em mãos é um editor traumatizado com casamentos e que acha que um dos maiores heróis da editora não pode crescer, voltando ao básico: Mora com a tia, é solteiro, pobre e fotógrafo do Clarim Diário. Mas quéisso, até o J. Jonah Jamenson odiaria o destino do Homem-Aranha.

Aqui temos um caso raro: Superman não pode ser citado. Casado há muito com Lois Lane, sua contraparte das histórias ainda lhe ajuda e nunca foi motivo de se precisar pensar em divórcio. Na saga DC Um Milhão, odiada por uns, amada por outros, o fim depende da união desse casal. A mesma DC vai unir, em breve, Canário Negro e Arqueiro Verde. Talvez isso traga problemas? Pouco provável. A química do casal sempre foi favorável para o enredo de muitas aventuras do Robin Hood moderno. Assim como os Gaviões, Flashes e qualquer outro par que se puder citar tanto de uma quanto de outra editora. Poucos são os casos em que você pode encontrar problemas por causa da união. Divórcios também são raros nas HQ´s e, quando acontecem, são histórias fantásticas, humanizando os personagens.

O Casamento

Falando a verdade, para que mexer no clássico Pete e MJ? Só mesmo alguém que pretende vender meia-idéia por idéia inteira e desconhece o público de suas HQ`s. Talvez apenas para fazê-los voltar futuramente, depois de mais anos de enrolação…

Pete e MJ
NEVER MOOOOOOOOREEEEEEE…

Discordou de tudo? Quer me mandar comer M****? Ou acha que estou certo e que esses editores nunca leram o que produziram? Tanto faz, só comenta!

Manual para Avacalhar o Leitor de sua HQ – Coloca-lo como Pivô de um Mega-Evento

HQs sexta-feira, 18 de janeiro de 2008 – 2 comentários

Este artigo é só mais um de uma série. Você pode acessar o índice por aqui.

Duas palavras: Besouro Azul. Quem é que não lembra dele, ao lado do Gladiador Dourado, na “áurea” época da Liga da Justiça Internacional. Tá… Era triste, eu sei. Ao menos a gente ria das brincadeiras dos dois! E também deles, claro. O que importa é que, durante muito tempo, foi esse herói atrapalhado que ficou na mente de muito leitor de HQ. E então veio a Contagem. Não, pensem bem. Vocês podem até dizer que ele morreu como um verdadeiro herói e que nunca será esquecido. Mas vocês têm certeza de que leram a Contagem para Crise Infinita? Ele foi ridicularizado durante a revista inteira e não havia nada de engraçado nisso. A morte dele foi infame e, não fosse Max Lord ter tentado dominar o Superman, pouca gente ficaria sabendo do fato. De qualquer forma, a reciclagem do Besouro Azul só deu uma nova forma a ele: Fracassado de quem sentem pena.

Capa
Essa imagem engana…

A idéia era prática e talvez funcional: Você pega um personagem sem muito valor e dá a ele a chance de ser o estopim do evento. Na mesma época, em cada uma das revistas de Crise Infinita, eles colocaram ilustres desconhecidos. Adam Strange, que tava quieto demais no canto dele foi metido na Guerra Rann-Tannagar. Seis seres místicos que eu não fazia idéia de quem eram viraram um grupo sobrenatural para enfrentar o Espectro (E acreditem se puder… GANHARAM!). Os OMAC´s enfrentaram milhares de heróis, alguns não duraram mais do que uma página de fama. E o Sexteto Sinistro, formado por vilões que não são de segunda linha, mas estavam meio esquecidos, se meteu com Luthor. O outro Luthor. Ah, vocês entenderam.

Capa

O caso é: Como funciona a mente da DC, por possuir um número tão grande de Heróis e fazer isso com eles? Ficar tentando jogar os menos populares para a linha de frente só para serem tratados sem respeito algum? Vejam o caso da Marvel. House of M teve como vilã uma personagem que, não exatamente de primeira linha, mas fez bonito em sua aparição. Civil War, colocando em disputa a integridade de cada herói, utilizou inúmeros personagens e mesmo assim não fez nenhum deles de idiota (Completo… Lembremos que o Homem de Ferro está com o pescoço na corda).

Ainda assim, o fim de Civil War vai dar um triste enterro ao Capitão América (Só pra lembrar… EU AVISEI DOS SPOILERS!!!), e mesmo esse não sendo um personagem de segunda linha, a sua morte não foi das mais honradas. Alguns defendem, outros atacam, eu só acho que se a Marvel for ressuscitar o Capitão depois dessa, ela perde meu respeito por completo. Aliás… Falando de Civil War… Todo mundo sabe que um dos pontos fortes da história foi a revelação da identidade do Homem-Aranha. Fantástico! Muito bom! Só que isso JÍ vai ser apagado da história…

Civil War

HEIN? Como é, você me pergunta, pequeno gafanhoto. A saga One More Day do Homem-Aranha que acabou de terminar nos EUA simplesmente SUMIU com o evento. Se arrependeram? Perceberam o que isso causaria? ENTÃO PRA QUE FIZERAM??? Ridículo. Ridículo. E ainda vem por aí a Invasão Skrull. Sério, temam. Imaginem que todos os bons acontecimentos (E os ruins também) serão modificados, porque na realidade sues protagonistas podem ter sido soldados Skrulls escondidos na Terra. Morra Quesada e leva o Didio junto. A gente agradece.

Manual para Avacalhar o Leitor de sua HQ – Faça uma Atualização

HQs quinta-feira, 17 de janeiro de 2008 – 3 comentários

Esse texto faz parte de uma série, que você pode acessar aqui.

Cara, vou confessar um negócio pra vocês, eu adoro usar o Superman como exemplo porque já fizeram de quase TUDO com ele. E quando digo quase tudo, é porque estou falando sério, ele tem mais de seis décadas de histórias, nas quais ele já sofreu muito nas mãos de roteiristas insanos com idéias ridículas. Sabem qual foi a “atualização” dele? Simples, se tornar elétrico.

Vamos recapitular: Superman é aquele alienígena de Krypton que ninguém mais agüenta ouvir a história. Ele veio á Terra, cresceu e liberou poderes por causa do Sol Amarelo. Em todos os seus anos de vida NUNCA teve qualquer ligação com eletricidade. Então, do nada, perde suas forças e precisa de uma recarga que o deixa… Elétrico? Quem foi o imbecil que liberou a criação disso?

Superman Elétrico
E pensar que eu gostava desse visual

Aviso a qualquer roteirista: Se for para mudar algo na síntese do personagem, que faça direito! Aliás… Para quem ainda não sabe… Antes de revisar pela milionésima vez a origem de alguém e lançar uma nova Gênese faça o favor de pesquisar se isso já não foi feito de novo na última década e pense se vale a pena fazer qualquer banana pagar 6,90 (Isso se sair barato assim) por MAIS UMA versão da mesma droga de história. Francamente! Ele poderia fazer um bom lanche com essa grana toda.

Então, já que citamos a DC e suas múltiplas explorações, vamos á Marvel. Só que a Marvel, apesar de todas as loucuras cometidas desde o Ano 2000 (Entre elas tentar fazer os X-Men ficarem bem de preto), surgiu com uma boa idéia: O Ultiverso, uma releitura de não apenas um personagem, nem de um grupo, mas de TODO o seu universo Marvel. E ficou realmente bom! Puderam explorar as péssimas idéias do passado, como a Saga do Clone do Homem-Aranha, em diferentes pontos de vista. Só que, pra variar, resolvem estragar o que já está bom e prometem para este ano um mega-crossover que remodelará o Ultiverso.
“Mas Black, isso é ruim?”. Ce tá me zoando, não é, pequeno gafanhoto? Veja Crise nas Infinitas Terras e Crise Infinita. Veja Massacre Marvel. São atitudes para renovar algo que está fora de ordem. O quê no Ultiverso está fora de Ordem? Sabe qual o problema? Outra coisa que o século XXI recebeu das editoras: A mania dos Mega-Eventos. Todo ano estamos recebendo recheados Crise Infinita, 52, Guerra Civil e o que mais eles podem inventar.

Ultiverso

Agora, entenda pequeno gafanhoto que, apesar do que indica, nem toda atualização é ruim. Se o cara vive em um mundo onde tecnologias novas são inventadas todos os dias, é ridículo ele ainda usar um pedaço de pau e uma pedra. Ou seja, seria muito estranho se a Oráculo, maior fonte de informação do Universo DC, em plena era da Informática não fosse a maior hacker existente e conhecesse inúmeras funcionalidades do computador mais forte que existe na Terra. Aliás, ela poderia reprogramar TUDO na NASA sem precisar de ajuda nenhuma.

Huuuum
Nerd e com essas coxas??? Huuuum…

Quer saber de uma atualização que deu certo, mas ainda não chegou ao Brasil? Quem leu Crise Infinita conheceu o Novo Besouro Azul, um chicano com bom conhecimento de tecnologia que encontrou o besouro do primeiro Besouro Azul. Além dos poderes gerados pela armadura que o envolve, ele tem acesso á habilidades alienígenas que estariam contidas no amuleto, vindo de uma raça que há muito tenta dominar a Terra. De qualquer forma, a visão futurista de um personagem clássico, porém obscuro, foi uma boa se considerar o que já foi feito com outros personagens renovados nos últimos tempos.

Besouro Azul

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Manual para Avacalhar o Leitor de sua HQ – Arranjar um Sucessor

HQs quarta-feira, 16 de janeiro de 2008 – 3 comentários

Esse texto faz parte de uma série que você pode acessar aqui.

Fato: Se um herói morre/some/alternativa que quiser, alguém tem que tomar o seu lugar. Ou logo o ressuscitam ou é hora de mais alguém usar o manto do… COLOQUE O NOME DO SEU HERóI GENÉRICO AQUI. Nunca deixam o morto descansar em paz. Quando Barry Allen correu mais do que podia seu aprendiz Wally West virou o novo Flash. Hal Jordan se tornou do mal, Kyle Jordan foi chamado para a Tropa dos Lanternas Verdes. Peter Parker perdeu poderes? Ben Reilly assumiu o cargo de Homem-Aranha. Não importa como, sempre haverá alguém que continuará a revistinha, mesmo que em um golpe sujo de marketing.

Flash
West ou Allen?

E aí surge aquele velho problema de todo fã de HQ´s: Arcos porcaria, que duram quatro, seis, oito edições, que você VAI comprar mesmo sendo uma droga só porque você é fã da série e quer ver o que vai acontecer com o herói (Ô masoquista).

A parte boa da coisa é que, por via de regra, pra cada sucessor ruim aparece um bom. Pra cada Ben Reilly (Que na verdade não tinha culpa, as revistas do Homem-Aranha estavam uma merda mesmo) e Stephanie Brown (QUEM?!?) havia um Kyle Rayner. Tá… Não foi um bom argumento, ainda hoje tem gente que odeie ele, mesmo DEPOIS que o famoso Hal Jordan voltou. Aliás… Esse é um dos fatores que faz sucessores ruins se tornarem lixos editorias: Os fanáticos.

Brown
Robin… Com peitos?

Wolvie
Ele rasgou seus sucessores

Não, sério. Você pode ser um e nem sabe. Imagine você, fã do Wolverine ou do Batman, que finalmente o seu herói se aposenta e colocam o filho/afilhado/amigo/sei lá o quê dele no lugar do próprio. Acredite, você ia pirar. E com isso faria as vendas da revista caírem, os editores arrancarem os cabelos, o roteirista levar chibatadas e pronto! Você também leva de brinde uma péssima solução para o seu problema. Ou ele morre, ou vem aquela ressurreição, retorno triunfal ou algo do tipo que não vai te convencer e ainda vai te fazer se arrepender de ter dito que o sucessor era uma merda.

Ben Reilly

Mas ainda há uma luz. Com a vinda do Século XXI, algumas editoras têm passado a respeitar um pouco mais os leitores (AH! TÍ BOM!) e utilizado versões alternativas para dar cabo de suas vontades sanguinárias e luxuriosas de estuprar e assassinar a mente do leitor (Os famosos Universos Paralelos que a DC ama). De qualquer forma, trema! Hoje em dia nenhum herói é invencível e a qualquer momento ele poderá ser substituído.

Kyle

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