Cinema Subversivo

Primeira Fila sexta-feira, 05 de dezembro de 2008 – 21 comentários

Atrás de idéias pra escrever um texto com urgência, um amigo sugeriu escrever sobre a decadência e o ressurgimento do “Cinema Subversivo”. Meu primeiro pensamento foi: Q

MOMENTO HOUAISS

sub.ver.são s.f. 1 Revolta contra ordem estabelecida 2 Pertubação

Traduzindo pra quem tem problemas com dicionários, Cinema Subversivo é aquele que foge do padrão “American Way of Life” no cinema.

AUGE(s) E DECADÊNCIA(s)

A própria invenção do cinema foi uma coisa subversiva, então é natural que os primeiros subversivos sejam os primeiros roteiristas e diretores da sétima arte. Entre eles, destaco Luis Buñuel. Um Cão Andaluz (Un Chien Andalou, 1929) e A Idade do Ouro (L´âge d´or, 1930) são filmes que me deixaram de queixo caído quando os assisti num museu em Madri. Foi como se nunca tivesse visto um filme antes na vida, e como se todos os outros filmes fossem ridículos perto dele. Isso é subversão. Claro que parei de desenhar corações com o nome do Dalí umas horas depois, mas com certeza os filmes me pertubaram.

Depois dos anos 30 o cinema descambou pros musicais e houve a primeira decadência. Não que eu não goste de musicais, na verdade gosto muito, mas isso é só porque tenho personalidade bipolar. O que interessa é que o subversivo foi deixado de lado, em produções menores. Foi então que surgiu um diretor marcante: Stanley Kubrick. Laranja Mecânica (A Clockwork Orange, 1971)apresentou Alex, um anti-herói na medida pro Cinema Subversivo. O mundo ficou chocado com a imagem de um jovem que achava divertido espancar pessoas, falando uma língua diferente e que acaba sofrendo uma lavagem cerebral do governo pra se tornar bom.

Imagine se o Kubrick tivesse mencionado que ele só tem 15 anos

Depois que Kubrick partiu pro suspense, o Cinema Subversivo amoleceu de novo. Nos anos 90 é que veio uma boa safra do gênero, tendo seu ápice em Trainspotting (1996). A história de Renton, um escocês que escolheu não escolher, faz qualquer um querer chutar a própria televisão, largar o emprego e ir pra um bar ligar o foda-se. Três anos depois, mais uma ótima adaptação de um livro. O diretor David Fincher lançou o mais famosinho da minha lista, O Clube da Luta (Fight Club, 1999). Tyler Durden é tudo que o narrador do filme quer ser, e então ele foge da vida convencional que tinha pra ir morar no meio do nada, achando finalmente um sentido: o clube da luta (dâh!). Rá, eu sabia que você já tinha visto um filme subversivo, mesmo que nem você soubesse disso.

Você viu, mesmo que tenha se concentrado só no Brad Pitt

Atualmente, um dos maiores diretores de obras subversivas é o mexicano Alejandro González Iñárritu. Mesmo com esse nome difícil de escrever, o cara dirigiu filmes que dão voltas e mais voltas até chegar ao mesmo final que uma narrativa comum teria chegado, só que de uma forma BEM mais interessante, tipo 21 gramas (21 grams, 2003) e Babel (Babel, 2006), além de ter produzido Amores Brutos (Amores Perros, 2000). Em comum em todos eles está a fuga dos personagens do convencional.

Antes de pesquisar sobre Cinema Subversivo e depois do Q, perguntei pro meu amigo do início do texto o que diabos era aquilo, e pra minha surpresa ele usou como exemplo exatamente todos alguns dos meus filmes favoritos. Nem sabia que esses filmes tinham um rótulo, mas pelo menos eu vou ter uma resposta pronta da próxima vez que me perguntarem qual é o meu tipo de filme favorito.

E foi dada a largada às premiações

Primeira Fila sexta-feira, 14 de novembro de 2008 – 3 comentários

Estamos em novembro e, para os cinéfilos, está dada a largada para a temporada de prêmios do ano, com Globo de Ouro, SAG e, fechando a temporada, o Oscar. No entanto, a primeira premiação com alguma repercussão é a popular People’s Choice Awards em sua 35º premiação.

Um detalhe da premiação, não há espaço para críticos e especialistas, os indicados e os vencedores são votados por pessoas comuns, leitores da revista People, logo, não se atenham a questões de este filme merece ou este não merece, pois os indicados são em sua maioria filmes da temporada Blockbuster.

A premiação, que será apresentada por Queen Latifah, acontecerá em 7 de janeiro, no auditório Shine de Los Angeles. Abaixo os indicados nas categorias de Cinema (também há indicados em categorias de Música e Televisão):

FILME FAVORITO

O Cavaleiro das Trevas
Indiana Jones e o Reino da Caveira de Cristal
Homem de Ferro

Alguém duvida que Batman leva, o filme já chegou a quase 1 bilhão de bilheterias nos cinemas, sem contar o que deve ser arrecadado em dvd, deve ser relançado nos cinemas em janeiro/09 para tentar abocanhar alguma indicação ao Oscar, pensamento gigante dos produtores, quem sabe…

FILME DE COMÉDIA FAVORITO

Vestida Para Casar
Agente 86
Mamma Mia!

assisti a todos, e dentro de cada tipo de comédia que um dos filmes representa, prefiro o non sense de Mamma Mia! e seu divertido elenco, é impossível não sair cantarolando a trilha nostálgica do ABBA

FILME DE DRAMA FAVORITO

Quebrando a Banca
Controle Absoluto
The Secret Life of Bees

estranha esta categoria de dramas, um filme de jogo de cartas e um suspense paranóico, apenas A Vida Secreta das Abelhas é um drama, realmente

FILME DE FAMÍLIA FAVORITO

As Crônicas de Nárnia: Príncipe Caspian
Kung Fu Panda
WALL•E

obviamente…WALL•E, pela excelência da animação e do poético roteiro

FILME INDEPENDENTE FAVORITO

A Duquesa
A Vida Num Só Dia
The Secret Life Of Bees

um drama de época, uma comédia de época e um drama baseado num livro, a disputa pelo menos parece entre filmes, essencialmente, independentes, todos inéditos por aqui

FILME DE AÇÃO FAVORITO

O Cavaleiro das Trevas
Indiana Jones e Reino da Caveira de Cristal
Homem de Ferro

reprisando a categoria principal

ELENCO FAVORITO

O Cavaleiro das Trevas
Mamma Mia!
Sex and The City – O Filme

Batman, Coringa, Harvey Dent, Alfred, Tenente Jim Gordon, e por aí vai…

DUPLA FAVORITA

Christian Bale e Heath Ledger (O Cavaleiros das Trevas)
Shia LaBeouf e Harrison Ford (Indiana Jones e o Reino da Caveira de Cristal)
Tina Fey e Amy Poehler (Uma Mãe Para o Meu Bebê)

outro meio óbvio, né?

As demais categorias são meio genéricas, por isto, apenas vou citá-las, as categorias de atores são meio disputa de quem tem o maior fã clube ou maior carisma:

ATRIZ DE FILME FAVORITA

Angelina Jolie
Keira Knightley
Reese Whisterspoon

ATOR DE FILME FAVORITO

Harrison Ford
Robert Downey Jr.
Will Smith

ATOR FAVORITO DE FILME DE AÇÃO

Christian Bale
Robert Downey Jr.
Will Smith

ATRIZ FAVORITA DE FILME DE AÇÃO

Angelina Jolie
Anne Hathaway
Cate Blanchett

PROTAGONISTA FAVORITO

Christian Bale
Brad Pitt
Mark Wahlberg

PROTAGONISTA FAVORITA

Anne Hathaway
Kate Hudson
Queen Latifah

SUPER-HERÓI FAVORITO

Christian Bale (O Cavaleiro Das Trevas)
Robert Downey Jr. (Homem de Ferro)
Will Smith (Hancock)

ATOR DE COMÉDIA FAVORITO

Adam Sandler
Jim Carrey
Steve Carrell

Cadê os Filmes de Ficção?

Primeira Fila sexta-feira, 07 de novembro de 2008 – 5 comentários

Numa época onde os efeitos especiais vão além da imaginação e o dinheiro nem sempre é problema, é de estranhar que o gênero de ficção/ficção científica esteja em coma. Quase não há produções qualificadas do gênero, além daqueles Bzões medonhos, e Hollywood pouco aposta em roteiros que já criaram clássicos como 2001 – Uma Odisséia no Espaço, Mad Max e Blade Runner – Caçador de Andróides, somente para citar alguns exemplos.

Para exemplificar neste ano de 2008, talvez com exceção do bom Eu Sou a Lenda, os demais exemplares do gênero com certeza estarão em listas de piores do ano, e no caso das próprias distribuidoras saberem disso, acabam lançando-os diretamente em dvd. E mais estranho é observar que o grande destaque do gênero seja a animação da Pixar, Wall.E, que no entanto não possui atores de carne-e-osso, apostando no gênero com uma trama simples e muito poética, uma chinelada nos roteiristas do gênero.

Iniciamos o ano com o abacaxi da marca maior (ou seria pior?) Alien vs. Predador 2, um legítimo produto da ganância hollywoodiana em busca de uma franquia, que já não se apresentava bem no primeiro filme. Daí os produtores insistem em tentar “roubar” os infelizes fãs de figuras icônicas do cinema de ficção, Alien e o Predador.

Somente dez meses depois outro exemplar do gênero chega aos cinemas, Missão Babilônia. Com expectativa já afundada, pois até o próprio diretor da película, Mathieu Kassovitz (francês que na década de 90 estourou no circutio alternativo com o filme O Ódio, depois se perdeu em adaptações comerciais como no ok Rios Vermelhos), renegou o filme, junto ao seu astro, Vin Diesel (que também já viveu dias melhores no gênero com o excelente B, Eclipse Mortal), em virtude da manipulção dos produtores nos cortes finais do filme. A lamentar, pois o filme poderia ser um resgate do curioso tema do recente já clássico Filhos da Esperança, talvez última ficção de destaque mundial, dirigida pelo mexicano Alfonso Cuáron.

E só! Os demais lançamentos ficaram restritos aos dvds (depósito do grosso da produções hollywoodianas), sendo A Era da Escuridão – Mutant Chronicles o destaque, mesmo que o roteiro não seja grandes coisas, mas sabe como é fã, aceita migalhas para saciar o vício. Do que estava prometido para este ano faltou Juízo Final (dirigido pelo, até então, competente Neil Marshall, que ficou bastante conhecido no circuito terror pelo ótimo Abismo do Medo), reagendado incontáveis vezes pela distribuidora Europa Filmes, mal sinal. E com razão, o filme é um misto de Mad Max e Resident Evil que não leva à lugar algum, e o elenco é rísivel.

No nosso futuro, isto é, para 2009, haverá maior número de opções, entretanto, em sua maioria roteiros de refilmagens e/ou continuações de franquias. Veja alguma delas:

O Dia em que a Terra Parou: Keanu Reeves volta ao seu melhor gênero (Matrix), junto à belissíma Jennifer Connelly.
Sinopse: Um alienígena chega à Terra, acompanhado por um imenso robô, para pedir paz aos governantes, pois o constante estado de guerra em que vivemos está colocando outros planetas em perigo. Refilmagem de “O Dia em que a Terra Parou” (1951), de Robert Wise.

Efeito Borboleta 3: Não, você não leu errado. Depois da catastrófica continuação lançada diretamente em dvd nos Eua, ainda vão tentar sugar um pouco de dinheiro da trama instigante do original, que até era legal. Sem ninguém no elenco dos filmes anteriores, bom pra nós, se isto serve de consolo!
Sinopse: Depois de se salvar de um incêndio na infância, Sam Reed ganhou de maneira misteriosa a capacidade de viajar no tempo, dom que é utilizado para ajudar na luta contra o crime. Mas quando volta no passado para salvar um inocente do corredor da morte, Sam começa a perseguir o verdadeiro assassino de uma antiga namorada, o que muda a vida de todos os envolvidos.

O Exterminador do Futuro – A Salvação: Mesmo a série televisiva não fazendo muito sucesso vão, finalmente, retratar o que ocorreu durante a dominação da Skynet. No elenco, o sempre eficiente Christian “Batman” Bale e Helena Bonham Carter.
Sinopse: No pós-apocalíptico ano de 2018, John Connor é o homem destinado a liderar a resistência humana contra a Skynet e seu exército de Exterminadores. Mas o futuro no qual Connor foi criado para acreditar foi parcialmente alterado pela chegada de Marcus Wright, um estranho cuja última memória é a de estar no corredor da morte. Connor precisa determinar se Marcus foi enviado do futuro ou resgatado do passado. Conforme a Skynet prepara seu massacre final, Connor e Marcus embarcam numa odisséia que os levará até o coração das operações da Skynet, onde eles descobrirão o terrível segredo por trás da possível aniquilação da raça humana.

Jornada nas Estrelas 11: Ganhando bastante hype da mídia, principalmente por estar nas mãos de Midas de J.J.Abrahms, Star Trek (para os trekkies) retorna com muito fôlego, mesmo estando afastada da telinha há anos. Elenco jovem, personagens já conhecidos e a vontade de ressuscitar a franquia, será isto o bastante?
Sinopse: Voltando na linha do tempo da série, veremos como o Capitão Kirk e o Sr. Spock se conheceram na Academia e a primeira missão da tripulação da Enterprise.

Diretor de um gênero

Primeira Fila sexta-feira, 31 de outubro de 2008 – 3 comentários

Como Hollywood é uma fábrica de produzir filmes, isto sem contar os demais filmes produzidos pelo mundo, vez por outra desponta nos holofotes algum diretor que acaba ganhando reconhecimento por seu trabalho, depois disso, vem outro filme, mais outro e quando se percebe, este diretor se especializa em filmes do mesmo gênero, virando referência dentro dele. Isto já aconteceu com Alfre Hitchcock, mestre do suspense; Steven Spielberg, cinema fantasia; Wes Craven, terror; Martin Scorsese, filmes sobre máfia, e outros diversos exemplos.

Estreando neste findi, RocknRolla – A Grande Roubada, é a mais nova incursão do promissor diretor inglês Guy Ritchie, hoje em dia mais conhecido como ex-marido de Madonna. Mesmo tendo uma filmografia ainda pequena, 5 filmes, Guy Ritchie já é referência dentro de um gênero bem específico, os filmes policiais, no caso, tipicamente ingleses, isto é, são filmes cheios de personagens à margem da lei como mafiosos, ladrões, trapaceiros, assassinos, policiais corruptos envolvidos em tramas com muita violência, dinheiro, humor e sarcasmo. O cineasta possui um enorme talento para extrair humor de situações particularmente violentas e de personagens bizarros, todos com roteiro de sua autoria.

Na verdade, RocknRolla – A Grande Roubada representa “a volta por cima” de Guy depois de dois fracassos estrondosos: Destino Insólito, onde o diretor refilmou uma comédia romântica italiana, como veículo para sua “musa”, Madonna, resultado, um equívoco sem tamanho e um fracasso tão estrondoso que Guy quase sumiu do mapa, acabou virando o marido de Madonna; e Revolver, filme que já apontava uma volta ao gênero que lhe consagrou, mas, não funcionou, fracassou nas bilheterias e, ainda, permanece inédito no Brasil, tanto nos cinemas quanto em dvd.

Se você ainda não ligou o nome à pessoa, talvez tenha visto seu filme mais popular, Snatch – Porcos e Diamantes, que trazia no elenco Brad Pitt como um pugilista irlândes que não se entendia uma palavra que pronunciava. Na trama, o fio condutor da história está na busca de uma pedra preciosa roubada de um joalheiro da Antuérpia. Daí em diante personagens diferentes se envolvem numa trama labiríntica em busca do diamante perdido. De um lado estão os amigos e sócios Tursky (Jason Statham) e Tommy (Stephen Graham), que se unem a Mickey (Brad Pitt), um pugilista irlandês decadente. Mickey ajuda os dois a se infiltrar na gangue do lunático Brick Top (Alan Ford), que também procura a tal pedra. Do outro lado estão os gangsteres Boris (Rade Shebedgia) e Frank Quatro Dedos, todos interessados em achar o diamante, mesmo que para isso sejam obrigados a usar de violência.

Este foi o segundo filme de Ritchie, já com uma produção maior (mais dinheiro), elenco mais reconhecido, mas o espírito da trama ainda é o mesmo do seu primeiro filme, o ótimo Jogos, Trapaças e Dois Canos Fumegantes.

Este acabou ficando mais conhecido entre o público cinéfilo, ainda da era do VHS, hoje também disponível em DVD. A estréia de Ritchie já está perto de fazer 10 anos, e mesmo assim, o filme permanece um verdadeiro achado de ação com muito humor, mas não do tipo besteirol, aquele humor mais inglês, irônico e negro. No filme, você pode encontrar nomes que hoje são facilmente encontrados em superproduções americanas como o careca fodão, Jason Stathan (Adrenalina e Carga Explosiva), Jason Flemyng (Liga Extraordinária e, no recente, Espelhos do Medo) e o grandão com cara de mau, Vinnie Jones (o Fanático de X-Men, 60 Segundos e Os Condenados). Se você ainda não viu este filme, não perca a dica!

Na trama de Jogos, Trapaças e Dois Canos Fumegantes, o charmoso e malandro Eddie (Nick Moran) e seus três amigos, Tom (Jason Flemyng), Bacon (Jason Statham) e Sabão (Dexter Fletcher), entram numa grande aposta, investindo todo o seu dinheiro. Eddie é o mais habilidoso jogador de cartas da praça, mas o jogo é uma armação e ele sai devendo meio milhão de libras ao proprietário da casa. Os quatro têm uma semana para aparecer com a grana, ou terão que se entender com gente que pega pesado. Tentando salvar suas peles, os amigos decidem roubar um traficante, mas a história dá muitas reviravoltas e eles se envolvem com malfeitores e personagens do submundo londrino, numa trama ágil e violenta.

A Cegueira nos Cinemas

Primeira Fila sexta-feira, 24 de outubro de 2008 – 3 comentários

Olha o público brasileiro que frequenta as salas de cinema do nosso circuito exibidor tão dando um trabalho para as distribuidoras nacionais, fica cada vez mais difícil prever o sucesso de um filme nos cinemas. Explico melhor, como um filme de público restrito, dramático e, considerado difícil por 10 entre 10 críticos, resiste no Top 10 Brasil há mais de um mês? Seu nome Ensaio sobre a Cegueira.

Mesmo, ainda, não tendo visto o filme (que pelo andar da carruagem não ocorrerá na telona, mas sim em dvd, infelizmente), sabe-se que Ensaio Sobre a Cegueira é um filme denso, lento, pesado, logo, não é um filme para todas as platéias. No entanto, já levou aos cinemas mais de 650 mil espectadores, no momento, somente outros dois filmes no Top 10 ja arrastaram um público um pouco maior ao cinemas (lembrando que esta época é considerada de “entressafra” no circuito exibidor, pós Blockbusters e pré concorrentes ao Oscar): Mamma Mia e Super-Heróis – A Liga da Injustiça.

RANKING
(semanas em Cartaz) /Título /Público (Semana) / Público (Total)
1 (-) Amigos, Amigos, Mulheres à Parte – 112,824 (112,824)
2 (1) As Duas Faces da Lei – 91,738 (334,499)
3 (2) Super-heróis – A Liga da Injustiça – 86,726 (681,478)
4 (3) Os Mosconautas no Mundo da Lua – 71,885 (324,384)
5 (-) Espelhos do Medo – 52,936 (52,936)
6 (-) Corrida Mortal – 40,243 (40,243)
7 (5) Ensaio Sobre a Cegueira – 38,285 ( 654,606)
8 (6) A Guerra dos Rocha – 33,529 (125,279)
9 (4) Noites de Tormenta – 30,335 (270,230)
10 (7) Mamma Mia! – O Filme – 24,456 (672,181)

Obs.: Notem a diversidade temática entre os 10 filmes, ou o público brasileiro anda com um gosto extremamente eclético ou estamos presenciando um FENÔMENO com o público conferindo o trabalho de Fernando Meirelles na adaptação da obra literária de José Saramago.

Confesso que estes MILAGRES cinematográficos que vez por outra ocorrem no nosso circuito exibidor me enchem de esperança de que bobagens americanóides (principalmente, porque dominam nossas salas) fiquem mais restrita ao público de dvd (para quem quiser assistí-las, por sua conta e risco!) e assim, abrindo espaço para filmes mais conceituais ou mesmo de filmografias de outros países, deixando claro que sou defensor de filmes BONS, não de filmes medíocres, chatos, egocêntricos, sem graça, pseudointelectuais e, simplesmente, ruins.

Nudez: Arte ou Exploração?

Primeira Fila sexta-feira, 17 de outubro de 2008 – 12 comentários

Nas últimas semanas, durante o Festival do Rio, o ator Pedro Cardoso (mais conhecido como Agostinho, da série A Grande Família) discursou antes da estréia de seu último filme, Todo Mundo Tem Problemas Sexuais, contra a nudez no cinema e na televisão, para ele um fetichismo gratuito de diretores e roteiristas que beira a pornografia. Em muitos casos, quase todas as cenas de sexo e nudez são estratégias de marketing para atrair espectadores e audiência.

Sinceramente, acho a discussão um pouco ultrapassada, parece que estamos nos anos 80 em plena era das pornochanchadas, não vejo tanta quantidade de nudez em destaque atualmente. Muito pelo contrário, acho tão estranho que em filmes, principalmente, dos castos americanos, que em cenas de sexo a mulher sempre esteja de sutiã, não é verdade? Observem. Ainda sobre a polêmica, de acordo com o jornal Folha de S. Paulo, Pedro Cardoso teria se irritado com a primeira cena de nudez de sua namorada, a atriz Graziella Moretto, no filme de Selton Mello, o ainda inédito, Feliz Natal.

Sinceramente, dizer que a nudez de mulheres (e atores em geral) em filmes e na televisão é puramente exploração do corpo é um equívoco absurdo. Claro que em filmes como Instinto Selvagem ou mesmo Pecado Original, sabemos que a presença da nudez de atrizes sexys (Sharon Stone e Angelina Jolie, respectivamente) faz parte do contexto de criar um chamariz num filme com clara proposta de tensão sexual e teor erótico, porém imagino que as atrizes tenham lido o roteiro antes de filmar, logo são maiores de idade para aceitar embarcar no projeto ou não!

No entanto, quase sempre, vejo a nudez de atores como momentos de extrema dramaticidade para os personagens, momentos de loucura, de solidão, de choque, não exclusivamente cenas eróticas, estas que também podem ser extremamente sensuais, e dentro de um contexto, como, por exemplo, nos filmes do diretor espanhol Pedro Almodóvar.

Também discordo do ator quando diz que “diante da irredutível realidade da nudez de seu corpo, o ator não consegue produzir a ilusão do personagem”. Isto significa dizer que atores somente interpretam personagens quando estão vestidos, o que desqualifica quase todo o arsenal de possibilidades artísticas que a expressão corporal, o olhar, um sorriso, uma lágrima e, logicamente, o corpo nu do personagem, podem expressar em determinadas cenas.

Claro que há muitos argumentos interessantes no manifesto de Pedro Cardoso, como argumentar que nudez e filmes de comédia não combinam, o que pensando bem é uma realidade, ou alguém lembra de gargalhar com algum personagem nu em cena? Difícil, né? No que o Pedro Cardoso tem mais razão é em reclamar da invasão da vida privada dos atores e homens públicos, quase sempre perseguidos por máquinas fotográficas e celulares para registrar momentos íntimos de suas vidas e ganhar dinheiro e/ou audiência com isto.

Como destruir um filme

Primeira Fila sexta-feira, 10 de outubro de 2008 – 5 comentários

É impressionante como o cinema americano conseguer fabricar “figurinhas” do naipe de Uwe Boll, diretor alemão (que filmava somente por aquelas bandas) que após construir sua carreira em solo alemão (com cinco filmes), conseguiu chamar atenção de um público maior com o suspense Manhã Sangrenta (Heart of America, 2003), sobre dois jovens que buscam vingança contra colegas de escola, filme disponível em dvd.

No mesmo ano, Uwe Boll já começou a praticar seu efeito Midas ao avesso: tudo quanto é filme que o cara toca vira bomba, pior para os fãs (não é meu caso) dos games, pois à partir da adaptação de House of the Dead, Boll se converteu no adaptador oficial de games para o cinema. Pelo menos, como desculpa, nem sempre o cara escreve os seus filmes, quer dizer, há outros culpados!

Em seguida, “evoluindo na carreira”, Boll adaptou outros games como Alone in The Dark, Bloodrayne e o mais recente Em Nome do Rei. Nestes últimos casos (não consigo nem chamá-los de filmes), ocorreu um fato muito bizarro: como Uwe Boll conseguiu atrair atores conhecidos do cinema americano para suas bombas? Obviamente, o desespero de uma carreira em decadência é o motivo para esse evento trágico. Veja abaixo alguns exemplos:

Alone in The Dark: Christian Slater, Stephen Dorff e Tara Reid (ok, aqui nem vale muito como exemplo);

BloodRayne (que já possui continuação em dvd, também dirigida pelo novo Ed Wood do cinema mundial): Billy Zane (Titanic), Michelle Rodriguez (Ana Lucia, de Lost), Geraldine Chaplin (veterana), Michael Madsen (Kill Bill), Ben Kingsley (meu Deus do céu, só pode ser um sinal do apocalipse, um ganhador do Oscar aqui);

Em Nome do Rei: Jason Stathan (o que o ator mais fodão dos filmes de ação atuais faz aqui?), Leelee Sobieski (recente Joana D’Arc), John Rhys-Davies (O Senhor dos Anéis), Ron Pearlman (o próprio HellBoy), Claire Forlani (atriz de draminhas como Encontro Marcado), Matthew Lillard (palhaço de filmes adolescente ou o Salsicha de Scooby Doo), Ray Liotta (outro sinal do apocalipse) e Burt Reynolds (indicado ao Oscar por Boogie Nights, deve estar devendo o aluguel);

Como vocês podem notar, não se trata de rinha da crítica ou do público. Qualquer pessoa, mesmo a mais inocente em busca de somente aventura e terror num filme, pode notar a “ruindade” de seus “filmes”. “Ruim”, aliás, é elogio. Seus filmes são verdadeiras catástrofes cinematográficas, e deveriam ser motivo o suficiente para o diretor ser banido de qualquer produtora em qualquer país, até porque ultimamente o diretor anda conseguindo orçamentos com Leis de Incentivo na europa, daqui a pouco está produzindo/dirigindo algum filme aqui no Brasil.

Enquanto Em Nome do Rei ainda está quentinho em dvd, Uwe Boll continua sua odisséia (mais para nós do que para ele, que ainda ganha salário para fazer o que faz) em atentados cinematográficos como Far Cry e Postal, e para os próximos anos seu nome envolvido em mais 4 projetos.

Portanto, já sabem, olhou algum cartaz de cinema ou capinha de dvd com o nome Uwe Boll escrito, faça um favor ao seu rico dinherinho e poupe de perder duas horas de sua vida com o que de pior se produz no cinema atualmente. É mais do que ruim, é medíocre.

Patrulha Politicamente Correta

Primeira Fila sexta-feira, 03 de outubro de 2008 – 7 comentários

Se tem uma coisa (de várias) que o mundo globalizado padronizou, infelizmente, foi a geração do POLITICAMENTE CORRETO, isto é, nada deve ser dito ou mostrado que possa ofender algum indivíduo de nossa sociedade, principalmente, as minorias.

Digo isto porque nesta semana saiu uma notícia na imprensa divulgando que a Federação Nacional de Cegos, nos Eua, pretende organizar um protesto contra o filme Ensaio Sobre a Cegueira na sexta-feira (3/10), quando o longa será lançado nos Estados Unidos. Marc Maurer, que é cego, afirmou que o cenário apresentado no filme retrata cegos como monstros. A cegueira não transforma pessoas decentes em monstros, diz o presidente da Federação.

Continuando a nota, segundo a Federação, o longa reforça estereótipos incorretos. Nós enfrentamos uma taxa de 70% de desemprego e outros problemas sociais porque as pessoas não acham que a gente possa fazer nada. E esse filme não ajuda em nada, conta Christopher Danielsen, porta-voz da entidade.

Deixando de lado um pouco a discussão, para quem não sabe (ou como eu ainda não pode assistir ao filme, thanks cinemas da minha cidade!) Ensaio sobre a Cegueira, é um longa baseado num livro homônimo escrito por José Saramago, dirigido pelo cineasta Fernando Meirelles, que conta com Julianne Moore (Hannibal), Mark Ruffalo (Zodíaco) e a brasileira Alice Braga (Cinturão Vermelho) no elenco. Uma inexplicável epidemia chamada de “cegueira branca” (já que as pessoas atingidas apenas passam a ver uma superfície leitosa) surge inicialmente em um homem no trânsito e, pouco a pouco, se espalha pelo país. À medida que os afetados são colocados em quarentena e os serviços oferecidos pelo estado começam a falhar, as pessoas passam a lutar por suas necessidades básicas, expondo seus instintos primários. Nesta situação a única pessoa que ainda consegue enxergar é a mulher de um médico (Julianne), que juntamente com um grupo de internos tenta encontrar a humanidade perdida.

Da parte que me interessa, não me importo como cada um encara uma piada grosseira ou preconceituosa, no entanto, quando estou assistindo uma série ou um filme, O-B-V-I-A-M-E-N-T-E, sei que o que está sendo exibido é uma FICÇÃO, logo, não é real, e mesmo que fosse é um reflexo da visão do diretor e/ou roteirista, portanto a visão de uma pessoa específica, não de um grupo de pessoas e, muito menos, a minha.

Agora, imaginem indagar um livro conhecido mundialmente, escrito há mais de 10 anos por um senhor de idade, que vê na cegueira uma metáfora, repito, metáfora (isto mesmo, aquela figura de linguagem das aulas de português), sobre a condição humana para criar sua história, não sobre o indivíduo cego. São estas cachaças que me indignam e irritam tanto no público em geral e, principalmente, no americano. Sei que aqui no Brasil vez por outra isto acontece, mas nos Eua – outrora, a Terra da Liberdade – isto ocorre constantemente. Parece que estamos em plena Caça às Bruxas, quem pensa ou representa o diferente é jogado na fogueira!

Uma pena eles não fazerem a mesma campanha contra as comédias idiotas de Roy Schneider, Adam Sandler & cia (que, normalmente, rendem milhões em bilheterias), que somente utilizam estereótipos de gay, nerds, judeus, evangélicos, loiras burras, em seus fiapos de tramas, com a desculpa de fazerem humor.

Obs: Para quem, como eu, acha tudo isto uma bobagem sem tamanho, veja (se você ainda não viu) que emocionante a reação do escritor Jose Saramago, com Meirelles ao seu lado, ao término da exibição especial para o escritor de sua obra na telona.

Heroínas em Ação

Primeira Fila sexta-feira, 26 de setembro de 2008 – 10 comentários

Numa temporada marcada por inúmeros sucessos protagonizados por heróis – Batman, Homem de Ferro e Indiana Jones – no caso, personagens masculinos, é de se estranhar que dificilmente o mesmo sucesso ocorre quando o filme é protagonizado por uma garota/mulher sendo ela a protagonista de uma aventura ou de uma ficção.

Na televisão, o grande destaque das últimas temporadas são as tramas protagonizadas por excelentes atrizes, normalmente vindo do cinema em busca de bons papéis, em personagens fortes e marcantes em tramas cheias de tensão. São o caso de Chefe Brenda Johnson (Kyra Segdwick) em The Closer – Divisão Criminal, Patty Hewes (Glenn Close) em Damages e Veronica Mars (Kristen Bell) em Veronica Mars, só para citar algumas.

No entanto, na telona isto dificilmente acontece, muito raro um filme de ação/aventura protagonizado por uma personagem feminina decolar nas bilheterias. Claro que há exceções, mas em compensação o que tem de filme bomba com personagens femininas no comando…

Não estou contando, neste caso, filmes onde a heroína divide a cena 50/50 com outros personagens, como no caso da franquia X-Men, onde teríamos um grande número de personagens como Tempestade, Mística (mesmo sendo vilã, vale o registro), Vampira, Kitty Pride, Jean Gray, ou no caso de O Quarteto Fantástico, onde temos a bela Jessica Alba como a Mulher Invisível.

E é interessante observar que mesmo em filmes medonhos (e são muitos) as heróinas nas telonas são sempre atrizes/modelos lindas extremamente sensuais/sexuais, um “pequeno detalhe” para atrair o público masculino ao cinema. Abaixo veja a coletânea de heroínas em seus filmes veículos que consegui lembrar (quem lembrar de mais alguma cite abaixo!).

A Noiva – Uma Thurman, em Kill Bill vol. 1 e 2

Lara Croft – Angelina Jolie, em Lara Croft:Tomb Raider

Sarah Connor – Linda Hamilton, em O Exterminador do Futuro I e II

Natalie, Dylan e Alex – Cameron Diaz, Drew Barrymore e Lucy Liu, em As Panteras I e II

Alice – Milla Jovovich, na trilogia Resident Evil

Elektra – Jennifer Garner, em O Demolidor e Elektra

Mulher-Gato – Halle Berry, em Mulher-Gato

Supergirl/Kara – Helen Slater, em Supergirl

Barbarella – Jane Fonda, em Barbarella

Domino Harvey – Keira Knightley, em Domino

Aeon Flux – Charlize Theron, em Aeon Flux

Selene – Kate Backinsale, em Anjos da Noite I e II

Samantha Caine – Geena Davis, em O Despertar de um Pesadelo

Morgan Adams – Geena Davis (a mesma da fota cima), em A Ilha da Garganta Cortada

Os dois extremos de uma lista

Primeira Fila sexta-feira, 19 de setembro de 2008 – 2 comentários

Os executivos americanos estão com um largo sorriso após o sucesso desta temporada Blockbuster: foi divulgado recentemente no site Box Office Mojo as maiores bilheterias até agora, e, é claro, está dominada pelos filmes desta época do ano.

Contudo, acredito que há inumeros sucessos merecidos, a temporada teve excelente filmes, claro que graças aos diretores e atores envolvidos que resolveram tomar as rédeas dos chamados blockbusters, e isto pode ser uma tendência para os próximos anos. No entanto, claro que há inúmeros fracassos. Abaixo cito somente 4, mais pelo tamanho do seu orçamento do que pelas suas qualidades, mas fica o registro.

Maiores Bilheterias

1. Batman – O Cavaleiro das Trevas, $518,376,320
Sem comentários…

2. Homem de Ferro, $318,146,675
Sem comentários …(2)

3. Indiana Jones e o Reino da Caveira de Cristal, $316,515,680
Sempre o velho Indy para alegrar as aventuras de Sessão da Tarde e encher o cofrinho de Spielberg, George Lucas e Harrison Ford!

4. Hancock, $227,946,274
Se tem um ator que carrega público ao cinemas atuais, muito associado aos antigos astros e estrelas de Hollywood, este nome atende por Will Smith. É impressionante o carisma deste ator com sua geração, nem mesmo com este filme meia boca (boas idéias perdidas num roteiro confuso) Smith perde dinheiro;

5. WALL-E, $220,090,317
Um nome: PIXAR!!!

6. Kung Fu Panda, $214,669,830
Impressionate como crianças vão ao cinemas, coitados dos pais!

7. Horton e o Mundo dos Quem!, $154,529,439
Único representante que foi lançado antes da temporada blockbuster, a animação do estúdio Fox, baseada num conto do Dr. Seuss, está chegando em dvd, ocasionalmente, agora em outubro (alguém lembrou de uma data específica no dia 12?);

8. Sex and the City – O Filme, $152,641,732
Impressionante como mulheres conseguem carregar homens ao cinema;

9. As Crônicas de Nárnia: Príncipe Caspian, $141,621,490
Não fosse o fiasco da primeira produção, misto de Harry Potter com O Senhor dos Anéis, Crônicas podia ter tido melhor sorte nesta sua continuação;

10. Mamma Mia!, $139,757,815
Impressionante como o público americano ainda gosta de musicais e, consequentemente, desta vez, do ABBA;

11. O Incrível Hulk, $134,533,885
Bem melhor esta nova versão do Hulk do que a anterior (sorry Ang Lee!). Melhores efeitos, um roteiro menos filosófico e muita ação num contexto mais “possível”;

12. O Procurado, $134,310,335
O diretor russo (que eu não consigo nem escrever seu nome aqui) estréia com pé direito nos EUA. Apesar de ser cheio de falhas, pricipalmente quando tenta ser dramático, O Procurado tem muita ação foda de ver na telona, humor e, ainda, tem Angelina Jolie (apesar da magreza);

Maiores Fracassos

Missão Babilônia:
Estreando neste findi, Missão Babilônia já chega cheio de polêmica, até mesmo seu diretor e o seu astro, Vin Diesel, comentam sobre as qualidades duvidosas do longa. Pelo que se sabe, o corte final ficou a mercê do estúdio e não do diretor. A princípio você deve pensar “mas o longa já obteve mais de 20 milhões nas bilheterias!”, no entanto, seu orçamento ultrapassou 70 milhões, é muito dinheiro para o mercado internacional cobrir (isto é, o sucesso do filme no resto do mundo). Claro que o filme, até por ser de um gênero estrintamente comercial, deve se pagar somando a renda em dvd, pay-per-view e outros direitos autorais, mas, como produto do astro Vin Diesel em comparação a seus outros longas, fica devendo pela expectativa suce$$o do filme;

Speed Racer:
Aqui também havia muita expectativa pelo retorno dos Irmãos Wachowski pós-Matrix. No entanto, a adaptação fiel ao anime ficou um pouco difícil de ser vendida para o grande público nesta temporada, o filme em si parece muito over em todos os quesitos. A qualidade não questiono, mas sim o orçamento gigantesco de 120 milhões e o retorno em solo americano de apenas 43 milhões nos cinemas (calculam que 90 milhões no mundo);

Perigo em Bangkok:
Não adianta o Théo propagandear o filme com boa resenha, que nem mesmo os leitores do AOE devem ter ido conferir o último atentado cinematográfico de Nicolas Cage (e pensar que ele tem um homenzinho dourado perdido em algum lugar na prateleira de sua casa). Se nos EUA o filme ainda não conseguiu ultrapassar os 15 milhões, aqui no Brasil, um filme com perfil bastante associado aos espectadores brasileiros ficou atrás, neste findi que estreiou, de filmes como Mamma Mia! e o difícil Ensaio Sobre a Cegueira (sorte o custo ser de somente 45 milhões);

Também, com este cabelo…

O Grande Dave:
Já diversas vezes comentado nesta coluna, o último filme de Eddie Murphy, que ainda conseguiu angariar 60 milhões para ser realizado – será que o EGO de Eddie recebe cachê também? Arrecadado, por enquanto, 11 milhões, vai ser difícil fechar esta conta!

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