Destaques da Semana em DVD – 24 á 28/03

Cinema quinta-feira, 27 de março de 2008 – 0 comentários

Conduta de Risco: Com inúmeras indicações ao Oscar 2008, Conduta de Risco acabou levando somente á de melhor atriz coadjuvante para a inglesa ruiva, Tilda Swinton – merecidamente. O filme ressuscita um gênero um pouco afastado dos cinemas atuais, que é o cinema político/ecônomico dos anos 70, num confronto homem vs. corporações. Na trama, ael Clayton (George Clooney) trabalha numa das maiores firmas de advocacia de Nova York, tendo por função limpar os nomes e os erros de seus clientes. Tendo trabalhado anteriormente como promotor de justiça e vindo de uma família de policiais, Clayton é o responsável por realizar o serviço sujo da firma Kenner, Bach & Ledeen, que tem Marty Bach (Sydney Pollack) como um de seus fundadores. Apesar de estar cansado e infeliz com o trabalho, Clayton não tem como deixar o emprego, já que o vício no jogo, seu divórcio e o fracasso em um negócio arriscado o deixaram repleto de dívidas. Quando Arthur Evans (Tom Wilkinson), o principal advogado da empresa, sofre um colapso e tenta sabotar todos os casos da U/North, uma empresa que é cliente da Kenner, Bach & Ledeen, Clayton é enviado para solucionar o problema. É quando ele nota a pessoa em que se tornou.

Penelope: Inexplicavelmente, inédito nos cinemas, este filme meio que ficou sendo adiado indefinidamente, tanto aqui quanto nos “states”. Chama a atenção pelo tom de fábula da trama, uma menina com nariz de porco e o forte elenco, com a oscarizada Reese Witherspoon (de Johnny e June). Na trama, uma garota tem um problema muito sério que acaba atrapalhando seu relacionamento com as pessoas e o mundo exterior: ela nasceu com um nariz de porco. Dessa maneira, seus pais fazem de tudo para deixá-la afastada de todos enquanto tentam uma maneira de reverter essa situação. Sua mãe acredita que, se sua filha casar com um homem de sangue azul, a maldição será revertida. O problema é que os pretendentes logo fogem aterrorizados quando vêem o defeito da moça. É quando surge um jovem que é contratado para fotografá-la. Daí em diante, algo pode acontecer entre eles.

O Reino: Filme que tem no elenco atores premiados como Jamie Foxx (de Ray) e Chris Cooper (de Adaptação), além da bela presença de Jennifer Garner (de Elektra). Trata-se de uma produção de ação que tem o agente do FBI Ronald Fluery (Foxx) no centro da trama. Ele recebe a delicada missão de investigar uma série de atentados contra cidadãos norte-americanos no oriente médio (numa seqüência fantástica!). Para encontrar os verdadeiros culpados, ele precisará, mais do que ter coragem e confiar em seu treinamento, de jogo de cintura para passar por cima das diferenças culturas e da burocracia do outro lado do mundo. Pena que o roteiro perca a oportunidade de aprofundar o debate e acabe por fazer campanha pelo velho intervencionismo americano – blá, blá, blá. Curiosidade, o filme tem o roteiro do mesmo cara que escreveu Leões e Cordeiros (recentemente lançado em dvd), que também tinha o confronto no Oriente Médio como debate.

A Ponte: Impressionante documentário que trata de um dos grandes tabus da humanidade, o suicídio; todavia, de maneira poética e sincera. O diretor e sua equipe passaram o ano de 2004 observando e filmando a ponte Golden Gate, em São Francisco, um lugar em que o maior número de pessoas vai quando quer se matar. Durante essas filmagens, ele captou a maioria das duas dúzias de pessoas que se mataram e mais um tanto de gente que não teve coragem de pular. Para complementar, ainda registrou depoimentos sinceros com parentes e amigos dos suicidas, além de pessoas que estavam passando no local, e de alguns que tentaram se matar, mas não conseguiram. Um filme assustadoramente revelador.

Spin-off

Sit.Com terça-feira, 25 de março de 2008 – 2 comentários

A expressão pode ser estranha, mas quem conhece o universo dos seriados já ouviu ou leu sobre as séries spin-off. Simplesmente são séries que derivam de outras atráves da presença de algum personagem em comum ou do universo/fórmula, sendo ele o mesmo da “série-mãe”. Claro que esta prática vem da preguiça (e questões financeiras) dos produtores e diretores dos canais americanos em tentar – nem sempre com sucesso – “tirar uma casquinha” de uma série que já é sucesso ou algum personagem que se destaque o bastante para gerar uma série somente sua.

O exemplo mais conhecido (e de sucesso) atualmente, é a franquia C.S.I., criada pelo produtor Jerry Bruckheimer, um dos mais poderosos do cinema, responsável por filmes como Bad Boys, Piratas do Caribe, A Rocha, etc. No mundo televisivo, Jerry Bruckheimer, responsável também por séries como Cold Case e Without a Trace, produz a série de maior audiência da tevê americana atual, o C.S.I. Como série de fórmula – investigação de mortes a cada episódio -, resolveu ampliar este conceito modificando somente os ambientes, assim nascia C.S.I. Miami e C.S.I. New York (atualmente, todas exibidas pelo canal AXN, e as duas primeiras na Record).

Ainda reina soberana na audiência americana

Na mesma linha de CSI, o produtor Dick Wolf criou a maior franquia da história de tevê americana, a série Lei e Ordem (já em sua 17ª temporada); a série jurídica que mostra investigações e, em seguida, os julgamentos, rendeu diversas outras séries, duas ainda no ar: L&O – Unidade de Vítimas Especiais, a melhor delas pelos melhores personagens e os difíceis temas envolvendo crimes sexuais; L&O – Criminal Intent, mais séria e sóbria, dedica mais parte do programa para ilustrar o lado dos criminosos no crime, porém, também apresenta um excelente personagem, detetive Robert Goren, vivido obsessivamente por Vicent D’Onofrio.

Nesta última temporada, somente uma série spin-off estreou, Private Practice, derivada do sucesso Grey’s Anatomy. Aqui em comum, a personagem Dra. Addison (a belíssima Kate Walsh), porém, a série se comparada com a novelinha Grey’s Anatomy fica devendo. Os personagens, em sua maioria médicos, interagem numa clínica meio estranha e tudo envolve paixões e sexo, parecem recém-saídos do colégio, mas os casos clínicos funcionam em alguns episódios. A série deve retornar somente em setembro para sua segunda temporada, espero que melhor equilibrada entre comédia e drama. Antes disso, a Dra. Addison volta a participar de um episódio de Grey’s na retomada pós-greve em abril ou maio.

No ar estão ainda as seguintes séries spin-off: NCIS, derivada de Jag, somente se trocou a aeronáutica pela marinha americana. Exibida antigamente no Universal Channel, esta série alcançou neste seu quinto ano um feito e tanto: uma audiência perto da casa dos 20 milhões (sem justificativas maiores, até porque a série é muito similar a franquia CSI), ficando, normalmente, entre as dez séries mais vistas pelo público americano (aqui está perdida sexta á noite do canal AXN); Boston Legal aka Justiça sem Limites (na Fox), derivada de O Desafio, em comum, o figuraça Alan Shore (papel sob medida para James Spader), mas quem rouba mesmo as cenas é William Shatner (sim, o capitão Kirk, hilário como Denny Crane, advogado sem noção). Ainda no ar, Ashes to Ashes, derivada de série inglesa Life on Mars, exibida recentemente na HBO e Stargate Atlantis, derivada Stargate SG-1, série sci-fi da tevê a cabo americana.

Estrondoso sucesso atual

Se alguns de vocês possuir memória deve lembrar que os spin-off não são moda de hoje, algumas temporadas atrás houve The Lone Gummen, derivado de Arquivo X com os Cavaleiros Solitários, personagens geniais, mas que não funcionaram sozinhos. O canal americano Fox, também, não facilitou com o rápido cancelamento da série. Outros fracassos foram Time of your Life derivado de Party of Five, com a personagem de Jennifer Love Hewitt, atualmente em Ghost Whisperer, largando o namorado e indo viver na cidade grande; e a maior de todas decepções, Joey derivada de… vocês sabem. Matt LeBlanc prova que o sucesso de Friends devia, principalmente, á química dos personagens e a roteiros inteligentes, dois fatores que com certeza faltaram em Joey.

Desta leva mais antiga talvez a exceção tenha sido Angel, derivada do universo fantástico de Buffy, a caça-vampiros. Angel – o personagem – depois da segunda temporada de Buffy, deixa a caça-vampiros e Sunnydale e parte para Los Angeles, trabalhando como investigador particular. Segue com ele os personagens Cordelia e Wesley, que também participaram de Buffy. A série, apesar de nunca estourar em audiência, teve cinco temporadas.

Antes de Partir (The Bucket List)

Cinema segunda-feira, 24 de março de 2008 – 2 comentários

Não sei como vocês encaram uma sessão de cinema, mas ao se observar a sinopse de ANTES DE PARTIR, a primeira impressão é de deja vu. Com certeza você já viu este filme antes, o roteiro une dois subgêneros bastante conhecidos do público: road movie e o filme sobre amizade entre estranhos; logo, o roteiro do filme é – nada mais, nada menos – mais do que o óbvio do que se podia esperar.

No entanto, para mim, as observações acima em nada atrapalharam as risadas e a emoção que os dois protagonistas, Jack Nicholson e Morgan Freeman, passam para quem os assiste. O roteiro deve ter construído os personagens em cima das características (ou fama) de cada intérprete; Nicholson é um multimilionário bon vivant casado diversas vezes e, ao descobrir sua doença, se descobre também sozinho. Já Freeman é o cara família que abriu mão de seus sonhos para viver uma vida simples ao lado da mulher e dos filhos. Ambos são diagnosticados com meses de vida devido a um câncer e, ao dividirem o quarto do hospital, após um primeiro tratamento de quimioterapia, resolvem cumprir uma série de desejos e fantasias listados numa lista, como saltar de paraquedas; conhecer as pirâmides; o Taj Mahal; fazer uma tatuagem; etc. Seqüências estas que claramente são criadas através de efeitos digitais, soando falso e desnecessárias.

Mais clichê impossível, mas ver estes dois grandes atores em cena quase á totalidade do filme é um deleite. Claro que o filme não é tão fantasioso, procurando dar uma subtrama realista para cada personagem: enquanto Freeman enfrenta a resistência da mulher que gostaria de ficar ao seu lado nestes últimos meses, Nicholson possui uma pendência com uma filha que não vê, nem fala há anos. A direção de Rob Reiner já foi mais eficiente, como em Conta Comigo (outro filme sobre amizade que também tinha um aspecto road movie), mas, pelo menos, se tem a impressão de que os atores estão á vontade num roteiro que acaba sendo formulaico.

No final, cada personagem ensina uma lição para o outro, em meio a risadas e discussões. Para o espectador fica a sensação de um bom passatempo e aquela inevitável pergunta: no seu caso, o que você colocaria numa lista de coisas a fazer antes de morrer?

Antes de Partir

The Bucket List (97 minutos – Comédia)
Lançamento: EUA, 2007
Direção: Rob Reiner
Roteiro: Justin Zackham
Elenco: Jack Nicholson, Morgan Freeman, Sean Hayes, Rob Morrow, Beverly Todd, Alfonso Freeman

Onde os Fracos Não Têm Vez (No Country for Old Men)

Cinema segunda-feira, 24 de março de 2008 – 0 comentários

Apesar de gostar da filmografia dos irmãos Coen, nunca “morri de amores” por seus filmes. Considero Fargo ainda sua melhor obra, até porque o que mais admiro no cinema dos cineastas/roteiristas é o humor negro espontâneo quase sempre presente nos seus filmes ou em, pelo menos, alguns de seus personagens.

Mesmo não sendo meu favorito são inegáveis as qualidades de ONDE OS FRACOS NÃO TÊM VEZ – grande vencedor do Oscar 2008. Com uma trama a princípio simples, um homem comum (Josh Brolin, inegavelmente num bom momento) encontra no meio do deserto uma mala com muito dinheiro e passa a ser perseguido por um frio assassino e, no encalço dos dois, um xerife já cansado da vida.

Mais simples impossível, mas a trama que se passa nos anos 80 retrata o clima árido e seco do Texas assim como de seus personagens. Sem contar com trilha sonora alguma, sobram momentos de tensão e muito sangue, como na cena do confronto dos personagens no hotel, em contraste com o silêncio das paisagens desérticas (mérito de Roger Deakins, diretor de fotografia) ou mesmo os diálogos introspectivos do xerife Tom Bell (Tommy Lee Jones, em papel ideal).

No entanto, a criação do psicopata assassino Anton Chigurgh pelo ator Javier Bardem é, para mim, o grande trunfo do filme. A personificação fria e calculista, os olhares demoníacos e o tanque de ar comprimido como arma são desde já ícones do cinema moderno; poucas vezes o cinema criou um personagem tão marcante. Mérito, também, do roteiro dos Coen.

Impecável a criação de Bardem

Claro que, privando os espectadores de verem o confronto final dos personagens e sendo o final do filme interrompido abruptamente sem clímax algum, ONDE OS FRACOS NÃO TÊM VEZ possa desagradar á maioria; no entanto, quem já apreciava o filme somente dará falta do universo rico e de personagens tão interessantes e instigantes.

Curiosidade: além de dividir com O Assassinato de Jesse James pelo covarde Robert Ford, o gênero e o diretor de fotografia, Roger Deakins (indicado por ambos os filmes ao Oscar 2008), há a presença do ator Garret Dillahunt em ambos os filmes, aqui como ajudante de Tommy Lee Jones e em Jesse James como comparsa do bandido. Além disso, Dillahunt foi figurinha fácil na telinha americana nesta temporada, estando presente em diversos episódios de séries como Damages, Life e, atualmente, em The Sarah Connor Chronicles.

Onde os Fracos Não Têm Vez

No Country for Old Men (122 minutos – Drama/Faroeste)
Lançamento: EUA, 2007
Direção: Joel e Ethan Coen
Roteiro: Joel e Ethan Coen
Elenco: Josh Brolin, Javier Bardem, Tommy Lee Jones, Woody Harrelson, Kelly MacDonald, Garret Dillahunt

Destaques da Semana em DVD – 17 á 21/03

Cinema segunda-feira, 24 de março de 2008 – 0 comentários

Dexter – 1ª Temporada: Considero o pack de dvd de séries uma ótima opção para quem não possui tevê á cabo ou, se possui, não precisa ter paciência de esperar a cada semana o desenrolar da trama. Dito isto, Dexter é uma das mais ousadas séries de suspense policial dos últimos anos – já em produção para a terceira temporada. Nela, o personagem central (Dexter) é um assassino em série que trabalha para a policia ajudando, justamente, na investigação de outros assassinatos em série. Pensando como um deles, Dexter age com maior facilidade para entender a motivação e investigar quem está por trás de crimes terríveis e cruéis. Ele, por seu lado, satisfaz a sua necessidade de matar descontando nesses criminosos que escapam da justiça – seus desejos assassinos. Sem dúvida uma des melhores séries do momento, com um personagem extremamente rico e bem caracterizado, imperdível. A série já foi matéria no AOE, clique aqui.

Leões e Cordeiros: Dirigido pelo ator Robert Redford (presente no filme), Leões e Cordeiros abre o tema sobre a guerra do Iraque; suas motivações, conseqüências e manobras políticas. Uma pena que, para quem tem um conhecimento mais geral sobre os fatos, o filme soa meio que “notícia velha”, faltou um aprofundamento das questões. Na trama, Arian (Derek Luke) e Ernest (Michael Penãoa) são dois alunos universitários inspirados por seu professor cheio de ideais, Dr. Malley (Robert Redford). Desejando fazer algo de importante em suas vidas, resolvem se alistar no Exército e entrar na linha de fogo no Afeganistão. O filme acompanha as histórias pessoais desses dois personagens, que representam dois lados opostos da sociedade norte-americana. Além disso, em Washington D.C., o senador Jasper Irving (Tom Cruise) – carismático candidato á presidência dos EUA – está prestes a contar uma história bombástica á jornalista Janine Roth (Meryl Streep), a qual pode determinar para sempre os destinos de Arian e Ernest. Crítica no AOE.

No Vale das Sombras: Do roteirista do momento, Paul Haggis (vencedor do Oscar por Crash – No Limite), No Vale das Sombras rendeu uma indicação de melhor ator para Tommy Lee Jones (num papel sob medida para seu talento). Na trama, depois de retornar da Guerra do Iraque, um soldado desaparece e é considerado foragido do exército. Seu pai, um ex-policial militar, e sua mãe recebem um telefonema com as notícias. Agora, o pai parte em busca do filho com ajuda da detetive Emily Sanders (Charlize Theron, de Monster). Conforme as investigações avançam, o que parecia um caso de pessoa desaparecida acaba se tornando um possível caso de assassinato. Isso faz com que Sanders e o pai da vítima enfrentem o alto escalão do exército. Quando a verdade sobre o trabalho de seu filho vem á tona, o pai precisa reavaliar as suas crenças e os objetivos de uma guerra que não parece necessária. No elenco estão Tommy Lee Jones (de Três Enterros) e Susan Sarandon (de Os Últimos Passos de um Homem). Haggis acerta ao diminuir o tom dramático e manipulador apresentado em Crash; a trama soa mais natural e o recado do filme verdadeiro.

Santos e Demônios: Filme que passou rapidamente nos cinemas, mas que chama atenção pelo qualificado elenco. Nomes como Robert Downey Jr., Shia Labeuf, Dianne Wiest, Rosario Dawnson e Chazz Palminteri. A trama, cuja produção executiva é assinada pelo cantor Sting, mostra o crescimento do jovem Dito (Robert Downey Jr. e Shia LaBeouf na adolescência) em Nova York. Enquanto seus amigos acabam mortos, drogados ou presos, ele cresce achando que foi salvo por santos nos quais só ele acredita.

Hairspray – Em Busca da Fama: Este filme, indicado a três Globos de Ouro, é baseado em um filme de 1988, do cineasta John Waters. Com um elenco que tem John Travolta (de A Senha: Sworfish), Queen Latifah (de Chicago) e Christopher Walken (de Mulheres Perfeitas), entre outros, conta uma história divertida que mistura musica e um pouco de drama. A trama se passa nos anos 60 e retrata o sonho de todo adolescente: aparecer no programa de dança mais popular dos Estados Unidos, o The Corny Collins Show. É quando entra em cena uma garota cheinha e que tem como grande paixão em sua vida a dança. Mesmo fora dos padrões de beleza, ela consegue impressionar os jurados e ganha espaço na atração, acabando com a hegemonia de uma outra garota. Mas a competição se torna mesmo pessoal quando as duas começam a brigar pelo amor de um mesmo garoto. Crítica no AOE.

O Preço da Coragem: Filme do diretor Michael Winterbottom (de 9 Canções e Caminho para Guantanamo), baseado na história real e trágica da busca de uma esposa por seu marido – um jornalista que desapareceu e foi assassinado ao cobrir a guerra no Oriente Médio. A produção conta com uma grande atuação de Angelina Jolie como a esposa grávida do jornalista. Em 23 de janeiro de 2003, o jornalista, do Wall Street Journal, da Inglaterra, está escrevendo uma matéria sobre um homem-bomba. Algumas informações o levam até Karashi, onde um homem lhe prometeu uma boa fonte para a matéria. Dali ele jamais retorna, o que faz com que sua esposa desafie perigos e tome a decisão de escrever um livro para que seu filho fique sabendo como era o pai que nunca vai conhecer. Crítica no AOE.

Antes só do que Mal Casado: Eddie Cantrow (Ben Stiller) é um solteirão convicto, que jamais teve coragem de ter um relacionamento sério e duradouro. Isto muda quando ele conhece Lila (Malin Akerman), uma mulher sexy e aparentamente fabulosa. Pressionado por seu pai (Jerry Stiller) e Mac (Rob Corddry), seu melhor amigo, Eddie decide se casar com ela, mesmo conhecendo-a há apenas seis semanas. Porém, quando eles rumam para a lua-de-mel no México, Lila demonstra ser uma pessoa bem diferente da que Eddie conheceu, tornando-se uma mulher insuportável. Irritado com a transformação de sua esposa, Eddie conhece Miranda (Michelle Monaghan), uma jovem por quem se apaixona. Agora ele precisa encontrar um meio de manter Lila afastada, para que possa conquistar Miranda. Comédia dos irmãos Farrelly (de Quem Vai Ficar com Mary?), não tão engraçada, mas tem seus momentos. Pelo menos há a beleza da atriz Michelle Monaghan.

Baseado em fatos reais

Primeira Fila sexta-feira, 21 de março de 2008 – 4 comentários

Alguém mais observou que nestes últimos anos houve uma verdadeira invasão de filmes com a singular frase na abertura “baseados em fatos reais”? Daqui há alguns anos até poderemos classificá-los como um gênero próprio, tamanha a oferta de filmes com este rótulo.

O segredo é simples: filmes com este tema abordam histórias humanas, personagens carismáticos e/ou fascinantes (para o bem ou para o mal), normalmente lacrimejantes, que enaltecem o espírito humano frente ás dificuldades extremas ou cotidianas.

A maioria dos filmes são dramas como Meninos Não Choram, que rendeu o Oscar de melhor atriz para Hillary Swank, que relatava a história de uma garota, Teena Brandon, que se comportava e vestia como um garoto, adotando o nome de Brandon Teena. Outros exemplos, seriam os filmes que, também, renderam Oscar para Julia Roberts, Erin Brockovich, e mais recente, Marion Cottilard, Piaf – Um Hino ao Amor.

Ainda na categoria de dramas há diversos filmes que relatam a vida de personagens exóticos como artistas (Amadeus), cantores (Johnny & June e lendas do cinema (strong>Ed Wood). Notem que para quem quiser ser o vencedor do Oscar esta fórmula é uma excelente dica.

Mas, mais do que filmes históricos e de personagens dramáticos, ainda sobram abordagens diferentes destas regras. Por exemplo, O Exorcismo de Emily Rose, que é um excelente suspense, principalmente pelo confronto da religião com a ciência, é baseado na história verídica de Anneliese Michel, uma jovem alemã que passou pela mesma situação de Emily Rose nos anos 70.

Seguindo uma linha mais conspiratória, os suspenses Munique, de Steven Spielberg, sobre os desdobramentos do atentado contra os judeus nas Olímpiadas em setembro de 72; ou mesmo, no mais recente, historicamente falando, O Informante, com Al Pacino e Russell Crowe, num filmaço sobre os bastidores de uma reportagem denunciando a indústria tabagista – imperdível se você não assistiu.

Mas nem só de história ou personagens densos vivem os filmes baseados em fatos reais. Um exemplo fácil de citar é o divertido e bem produzido Prenda-me se For Capaz, que mostrava história de um criminoso (o jovem Frank Abgnale Jr.), mestre em disfarces, que acaba se tornando consultor do FBI depois de ser um dos crimonisos mais procurados do EUA.

Um dos campeões de presença nestes filmes é Denzel Washington; temos desde o recente Gângster a Malcolm X e Hurricane, ambos figuras históricas; e no esportivo Duelo de Titãs.

O que faz esta fórmula cansar (mesmo que ainda seja um sucesso absoluto junto ao público) é sua falta de originalidade. Normalmente estes filmes são realizados para televisão – com exceção de uma minoria – e possuem uma estrutura de roteiro passional, exagerada e nada inovadora (a grande maioria, pra deixar bem claro).

Remakes começam a assolar as séries

Sit.Com terça-feira, 18 de março de 2008 – 2 comentários

Sabem que fui completamente favorável á greve dos roteiristas que assolou o universo de entretenimento americano, pois os caras merecem um salário excelente; afinal, a criação e o andamento dos projetos dependem, principalmente, no caso das séries, dos roteiros produzidos. Agora, imaginem que mesmo assim os produtores televisivos vira-e-mexe tentam resgatar um projeto antigo como argumento para uma nova série, ou seja: simplesmente refilmar filmes e séries de antigamente.

Este tema me veio á mente depois de ler sobre o interesse do canal CW (o mais fraquinho dos canais americanos) em refilmar a série teen, febre dos anos 90, Barrados no Baile. Sim, você não leu errado, esta mesmo é a idéia (ou, pelo menos, ambientar a trama neste universo). Como se fosse necessário uma readaptação daquele universo, visto que desde seu encerramento diversas outras séries teens tomaram conta da telinha, como Dawson’s Creek, The OC e, atualmente, Gosssip Girl. Não seria mais fácil criar uma nova série? Está certo que este subgênero é recheado de clichês que, dificilmente, algum roteirista foge, mas… parece tão desnecessário.

Para a próxima temporada também ressurgirá o remake de Super Máquina, aquela do carro que fala e com David Hasselhoff (salva-vidas em S.O.S. Malibu, lembram?) que era exibido nos anos 80. Foi realizado um filme para televisão como teste para a resposta do público, o filme foi bem de audiência e teve seu passaporte carimbado como uma das estréias da temporada 2008/2009.

Não sei como os produtores ainda têm estas idéias. Se nessa temporada uma das séries mais esperadas era Bionic Woman, com alto investimento (aqui no Brasil o canal A&E começa a exibí-la no final do mês) e que acabou não rendendo nem meia temporada – foram somente 8 episódios produzidos (antes da greve). Para piorar, eu assisti a dois episódios e posso confessar que achei a série meio fraca, um misto de ação, ficção e drama que não combinava. Em temporadas anteriores, tivemos remakes como Tarzan (um fiasco), Night Stalker (refilmagem da série homônima dos anos 70 que serviu de inspiração para a criação de Arquivo X – aqui a qualidade era baixa), Flash Gordon (apesar de ter uma temporada completa, esta série da tevê a cabo americana é muito fraquinha, desculpem os fãs).

Como sempre há exceções, aqui (se vocês lembrarem de alguma citem abaixo), lembro da espetacular série de ficção científica Battlestar Gallactica, que está em sua quarta e última temporada (estréia em abril nos Eua, exibida aqui pela TNT). Esta série é um exemplo, pois soube utilizar o argumento inicial de um filme cinematográfico do final dos anos 70 (que bebia na fonte de Star Wars) para criar um grande universo científico acrescido de suspense, reviravoltas, dramas, ação e política; imperdível para os admiradores do gênero. A outra série que lembro é The Dead Zone, baseada no filme e livro homônimo de Stephen King; não é muito reconhecida pelas suas qualidades mas teve seis temporadas interessantes. Pena ter sido cancelada sem ao menos resolver algumas questões pendentes da trama.

The End

Primeira Fila sexta-feira, 14 de março de 2008 – 7 comentários

Uma das reclamações da safra deste Oscar, segundo alguns críticos, seriam os finais em aberto dos filmes, onde não há notadamente um clímax, prática usual, mas sim um simples “fechar cortinas” sem chamar muito a atenção. Assim ocorre com o vencedor do Oscar de melhor filme Onde os Fracos Não Têm Vez. Ou mesmo um final amargo sem dar possibilidade de redenção ou mesmo um sentimento de felicidade para os personagens retratados no filme.

Para mim, que trabalhei em videolocadora, sinto que as pessoas necessitam de um final “redodinho”, de preferência bem feliz, como um conto de fadas. Poucas pessoas acham que um filme possa ser encarado como “assim é a vida”, podendo terminar de forma ruim. Num ponto as pessoas têm razão (e os produtores hollywoodianos sabem disso): finais surpresas marcam um filme, para o bem, mesmo que o filme não seja aquela maravilha e, obivamente, finais felizes também.

Os finais surpresas, uma verdadeira febre nestes últimos dez anos, são reconhecidamente um “salva filmes”. Se o filme não está lá grandes coisas, conta com uma trama de suspense ou mistério, é só encaixar uma revelação final ou reviravolta na trama que pronto, o filme vai conseguir seu espaço na memória coletiva das pessoas. Acredito que a grande referência desta década seja o final de O Sexto Sentido, excelente drama com suspense, que como um conto de fantasmas, surpreende simplesmente por dificilmente observarmos o que estamos assistindo; somos pegos de surpresa (positivamente). Outro exemplo poderia ser a caminhada final de Kevin Spacey em Os Suspeitos (só quem assistiu o filme sabe do que eu estou falando), ótimo suspense de Bryan Singer. Mas levante a mão quem nunca teve o prazer de contar o final de um filme de propósito para estragar a surpresa de uma outra pessoa?

Sinceramente, finais felizes me enjoam, são boring, acho-os previsíveis e dependem única e exclusivamente do meu humor. A trama e os personagens têm que ser muito divertidos, interessantes ou terem um tempero especial para me agradar. Para não dizerem que sou xarope de carteirinha posso citar a recente comédia romântica Ligeiramente Grávidos como um filme com final feliz (e previsível), mas nem por isto deixa de ser um filme com personagens engraçados e situações cômicas.

Porém, nada me agrada mais do que um evento único e inesperado para fechar um filme, e isto não significa que precisa ser um dramalhão como o lacriminoso (e antigo) Tarde Demais para Esquecer, na cena em que Cary Grant descobre que Deborah Kerr está paralítica; pode ser um filme de ação, Thelma & Louise, com as atrizes se jogando no Grand Canyon; um épico, O Poderoso Chefão III, na cena em que Sofia Coppola (que deixou de ser atriz depois deste filme e, hoje, é uma excelente diretora) é morta nas escadarias do Teatro é deslumbrante; ou mesmo um filme de terror, O Bêbe de Rosemary, na aterradora cena em que Rosemary embala o berço do bebê-diabo.

Mesmo citando estes exemplos, quero deixar bem claro que o the end do filme não necessita ser um evento extraordinário para o mesmo virar um ícone; acho que o filme tem que seguir uma linha de raciocínio que nasce lá na introdução do mesmo. Não adianta chutar o pau da barraca na cena final achando que o filme vai prestar se não há uma coerência na trama (e olhe que isto acontece bastante, finais reviravoltas são os campeões de furos na lógica da trama para tentar ludibriar o público).

Destaques da Semana em DVD – 10 á 14/03

Cinema sexta-feira, 14 de março de 2008 – 0 comentários

Primeiramente, gostaria de agradecer á distribuidora Warner pelo excelente cronograma de lançamentos, pois seus dois filmes previstos para 20 de março foram lançados semana passada. Valeu pela organização!

Valente: Lançamento da Warner, inédito nos cinemas, chama atenção por se tratar de um filme policial – o que pode-se considerar comercial. Com direção de Neil Jordan (deslocado) e um elenco com nomes como Jodie Foster e Naveen Andrews (o Sayid, de Lost). Na trama, Erica (Jodie Foster, de O Quarto do Pânico) é uma popular apresentadora de rádio de New York que viu seu noivo morrer; e ela mesma quase virou vítima fatal de um inesperado ataque também. Agora, ela descobre dentro de si uma pessoa que lhe é totalmente desconhecida, alguém que vaga pela cidade á noite armada e em busca de vingança, em conflito com si mesma. O filme também conta no elenco com Terrence Howard (ator já indicado ao Oscar por Ritmo de um Sonho) como um policial determinado que a persegue.

O Assassinato de Jesse James pelo covarde Robert Ford: Não deixe nem a longa duração nem o nome muito comprido assustá-lo; O Assassinato de Jesse James Pelo Covarde Robert Ford é um dos grandes filmes do ano. Protagonizado por Brad Pitt (de Sr e Sra Smith) e Casey Affleck (de Um Beijo A Mais), respectivamente nas peles de Jesse James e de Robert Ford, a trama se caracteriza por apresentar momentos de tensão, aproximando o faroeste de um suspense psicológico. Robert Ford é um fracassado aspirante a pistoleiro que tem como grande ídolo o temido Jesse James, um bandido que ganhou fama por toda a América. Ford quer entrar para o bando de James, que está ficando cada vez mais isolado e temperamental depois de anos na marginalidade. Quando o novato finalmente consegue, um jogo psicológico começa entre os dois e ainda entre James e os outros homens de seu bando. Esse jogo é construído aos poucos pelo diretor Andrew Dominik que, em seu segundo trabalho, já mostra talento estético e narrativo suficientes para chamar a atenção. As cenas são pintadas aos poucos e o diretor explora a psicologia de seus personagens a fundo, criando cenas em que o conflito silencioso entre eles diz mais do que muitos tiros. Assim, o que se vê é um filme complexo que ultrapassa apenas um gênero, capaz de prender qualquer tipo de espectador que gosta de uma trama contada com muito talento e, acima de tudo, com beleza e sensibilidade até mesmo para uma história de assassinato.

Sobrevivente: Dirigido pelo alemão Werner Herzog, cineasta mais associado á filmes documentários, como o excelente Homem-Urso. Na trama do filme, um piloto alemão cai no Laos durante a Guerra do Vietnã, sendo preso e torturado. Ele passa a planejar um meio de fugir, juntamente com outros prisioneiros. Reparem na transformação física de Christian Bale (novamente, quem viu O Operário sabe do que estou falando) e na participação competente do comediante Steve Zahn num papel dramático.

Chumbo Grosso: Finalmente chegou em dvd esta excelente comédia, dirigida pelo cineasta Edgar Wright e com os atores Simon Pegg e Nick Frost. Depois da divertida sátira inglesa dos filmes de zumbis Todo Mundo Quase Morto, decidiram se unir novamente para atacar uma outra frente do cinema: as produções policiais. Aqui é contada a história de um policial que é considerado o melhor de Londres, tanto que seu sucesso causa inveja em seus companheiros de trabalho e até em seus superiores. Com isso, eles acabam dando um jeito de tirá-lo de jogo e o colocam em uma afastada cidade no Sudeste, onde praticamente não existe crime. Ali ele conhece seu novo parceiro, um aficionado por filmes de ação que vê, com a chegada do policial da cidade grande, uma chance de finalmente participar de todas as cenas que sempre imaginou, com direito a muitos tiroteios e perseguições de carros. A surpresa é geral para os dois lados, quando eles começam a perceber que a cidade não é assim tão calma como sempre pareceu.

Novo Mundo: Passou rapidamente pelos cinemas esta produção de Martin Scorsese. Na trama, o diretor (Emanuele Crialese, o mesmo de Respiro) faz uma bela homenagem ás raízes do povo italiano ao narrar a história de uma família que sai da Sicília e segue em busca de uma vida mais digna na América, no final do século XIX. Eles enxergam na América uma terra cheia de oportunidades, mas se deparam com as diferenças culturais, além de muitos outros desafios.

Viagem A Darjeeling: Os personagens dos filmes de Wes Anderson parecem habitar um planeta paralelo ou pertencerem todos á uma mesma, e estranha, família. Foi assim em os Excêntricos Tenenbauns e o tema familiar volta a aparecer em seu novo filme, em que, mais uma vez, comédia e um tipo sutil de drama convivem bem. No centro da trama estão três irmãos que, após a morte do pai, partem para a Índia em busca da sua mãe. Eles querem tirar satisfação com ela sobre o porquê de ela não aparecer para o enterro. Nesse caminho, os três acabam fazendo uma viagem de trem, salvam a vida de crianças de uma aldeia (onde também enterram uma delas que não se salvou) caem em um templo católico e reconhecem suas diferenças.

Escocês Voador: Inédito nos cinemas esta produção da Fox Filmes, conta a emocionante história real de um homem (Johnny Lee Miller, atualmente, na série Eli Stone) que, apesar de todas as dificuldades, conseguiu superar limites e se tornar uma lenda do ciclismo mundial. Com origem modesta e um distúrbio bipolar, um homem criativo monta uma veloz bicicleta feita com sobras de metal e peças de uma máquina de lavar roupa. Ele parte para uma competição contra os melhores do mundo e acaba quebrando o recorde mundial no esporte. Mais tarde, esse recorde seria batido de maneira controversa.

Ela e os Caras: Inédito nos cinemas com a ídola teen dos americanos Amanda Bynes, pelo menos até aparecer sem calcinha em algum evento. Na trama, uma caloura da faculdade é banida pelas amigas ciumentas da fraternidade onde mora e precisa encontrar um novo local para ficar. Assim, ela acaba se juntando a um grupo de nerds. Com o tempo, ela começa a ficar inconformada com a maneira como seus novos amigos são tratados pelas estudantes mais populares. Decidida a mudar isso, organiza a sua gangue para começar uma campanha que pretende mudar esse sistema. Para isso, ela contará com a ajuda de um conquistador. Tudo para transformar os rejeitados em verdadeiros vencedores.

Mulheres dominando as séries

Sit.Com terça-feira, 11 de março de 2008 – 1 comentário

Sei que o Dia das Mulheres já passou, mas o tema vale um texto ao se observar que nesta temporada de séries: os grandes personagens ficaram com as mulheres. Se no últimos anos elas vem dominando as séries de mansinho, atualmente os grandes sucessos da televisão americana dependem da audiência feminina, logo, personagens femininos roubam a cena em diversas séries.

Podem observar que este “fenômeno” começou com as constantes reclamações das atrizes que, depois de determinada idade, o cinema já não oferecia mais papéis sérios e consistentes. Assim há quatro anos atrás surgia Desperate Housewives, uma série cômica (recheada de humor negro) com drama e mistério. Nos papéis principais, quatro mulheres maduras enfrentando problemas relacionados ao seu universo e a sua vizinhança. Com isto surgiu para o grande público a excelente atriz Felicity Huffman, hoje ganhadora de diversos prêmios por seu papel Lynette e, inclusive, já recebeu uma indicação ao Oscar por melhor atriz em Transamérica.

No decorrer dos últimos anos, as mulheres (atrizes) voltaram com tudo em séries de sucesso como Grey’s Anatomy, Ugly Betty, 30 Rock, Weeds, The Closer e The New Adventures of Old Christine.

Nesta temporada a avalanche começou com Damages com a incrível Glenn Close, atriz oscarizada, mandando e manipulando todos os personagens da série sobre os bastidores de um caso jurídico. Em seguida, ainda na tevê a cabo americana, estreou Saving Grace, com a também oscarizada Holly Hunter (do drama O Piano) fazendo uma policial porra louca que de repente se vê perseguida por um anjo, Earl, em seu dia-a-dia.

Glenn Close arrasa na performance e com os personagens em Damages

Já na tevê aberta as mulheres estão se mostrando poderosas e sedutoras; mas em tramas tãoooo fraquinhos, neste contexto estão Lipstick Jungle com Brooke Shields e Kim Raver (a namorada de Jack Bauer em 24 Horas), e Cashmere Mafia com Lucy Liu, Miranda Otto, Hugh Bonnerville e Frances O’Connor. Ambas têm mulheres tentando equilibrar suas vidas amorosas e familiares com suas vidas de sucesso profissional. Além delas ainda há o filhote de Grey’s Anatomy, Private Practice, série da Dra. Addison, a belissíma atriz Kate Walsh – numa série que mistura romance, dramas e casos médicos numa clínica onde tudo acontece e os personagens parecem ter 15 anos.

Será que Kate fez certo ao sair de um projeto de sucesso como Grey’s para se aventurar numa série solo?

Mas nem todas as séries se resumem a tramas “novelinhas”. Nesta temporada, três séries mostram mulheres envolvidas em tramas de ação e suspense. Women’s Murder Club, estreando na Fox neste mês, conta histórias policiais sob investigação de 4 mulheres; uma policial, uma médica, uma promotora e uma jornalista. A série não é lá estas coisas, até porque, neste contexto, inserem dramas de mulherzinha nas personagens, tudo tão chato. A segunda, já cancelada, é Bionic Woman, a série que conta a história de uma jovem reconstruída bionicamente num projeto secreto não decolou. A trama começa devagar com muitos toques conspiratórios numa trama simples e pouco densa.

Elenco de Lipstick Jungle, estréia garantida na Fox durante o ano

Para fazer exceção nesta categoria, The Sarah Connor Chronicles acerta mesmo não sendo nenhum fenômeno de audiência, numa trama que mistura ficção com ótimas cenas de ação, tudo protagonizado pela força da atriz Lena Headey e a “terminator do bem” Summer Glau (também vista na série Firefly). Mesmo assim, parece que o público americano não aceita muito bem mulheres em papéis fisícos e cenas de ação, preferem as atrizes fazendo cenas românticas e de lenço na mão, infelizmente!

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