Béla Anton LeoÅ¡ Fleck é um nova-iorquino nascido em 1958. Seu nome é uma homenagem ao compositor húngaro Béla Bartók, e foi aos quinze anos que ele recebeu seu primeiro banjo. Pois é, já era hora de mudar um pouco de estilo por aqui, não? Nada de rock ou blues, hoje. O assunto hoje é jazz instrumental.
Foi em 1988 que Béla Fleck se juntou ao baixista Victor Wooten, o percussionista Roy Wooten, conhecido por seu nome artístico, Future Man, e o gaitista Howard Levy. Estava então formado o grupo Béla Fleck and the Flecktones, uma das grandes maravilhas da música instrumental. O grupo só teve uma mudança na formação. Levy deixou o quarteto após o terceiro álbum, UFO Tofu. O trio remanescente lançou ainda dois álbuns, Three Flew Over the Cuckoo’s Nest, em 1993, e Live Art, em 1996, antes que Jeff Coffin adicionasse o som de seu saxofone ao grupo e eles voltassem a ser um quarteto.
O grupo, que toca uma mistura de jazz, funk e bluegrass – e hoje toca o que existe de mais livre na música, se desprendendo desse negócio de estilos -, tem, na minha opinião, o tipo de som indispensável para qualquer pessoa que realmente aprecie boa música, especialmente para os fãs da música instrumental. Todos os integrantes são ótimos instrumentistas e o conjunto funciona tão bem que é extasiante ouvir uma peça dos caras. Sendo música instrumental, a coisa toda é mais complexa do que boa parte das coisas que se ouve por aí, com fraseados em ritmos interessantes e mais swingados, que, claro, diversas vezes foge bastante do simples 4/4 do rock popular e ás vezes soa mais balançado e interessante que o 12/8 do blues. A qualidade do som faz com que a falta de voz seja simplesmente irrelevante. Aliás, melhor me corrigir, aqui: A excelente voz dos instrumentos faz com que voz humana seja completamente desnecessária.
Me soa mais interessante falar um pouco sobre cada integrante do grupo separadamente ao invés de encher o bando como um todo de elogios. Pois comecemos com Victor Wooten. Não que se precise falar muita coisa de alguém que toca baixo desde os dois anos. Um monstro, cara, um baita de um monstro. São os irmãos Wooten que ditam o ritmo dos Flecktones, e Victor geralmente leva a platéia ao delírio com sua excelência no baixo. Sua técnica é no mínimo respeitável. Ele usa desde slaps rápidos e sincopados a arpejos endemoniados e empolgantes pra cacete. Victor deixou o baixo mais próximo da guitarra, usando-o como instrumento solista, e não só como pano de fundo. Claro, antes dele gente como Jaco Pastorius também fez isso, mas não é só porque existe o monstrão supremo que o Victor vai ser menos monstruoso. O cara levou o prêmio de baixista do ano três vezes consecutivas pela Bass Player Magazine, e foi a primeira pessoa a ser premiada mais de uma vez. E não foi á toa. Ainda duvida? Pois bem, um vídeo vale mais que qualquer texto. O cara desce tanto cacete no baixo que arrebenta a corda. Não que isso atrapalhe, ó lá:
Repara em como ele é possuído por um espírito guerreiro africano no fim.
Ainda em família, vamos ao Future Man. Irmão de Victor – que, aliás, tocou com ele e seus outros três irmãos como “The Wooten Brothers”, uma maravilha – e percussionista do grupo, o cara toca drumitar. Uma maravilha de instrumento, aliás. Simplificando a coisa, o troço é mais ou menos uma bateria eletrônica num corpo de guitarra (pois é, NM, eu sinto destruir seus sonhos revelando que Tony da Gatôrra não foi o primeiro). E o cara desce o sarrafo na bagaça, também. Eu imagino jazz seja uma das coisas mais complicadas que os percussionistas e bateristas enfrentam por aí, e, bom, Future Man sabe enfrentar as coisas muito bem. ó o cara aí:
Pra que tocar um instrumento se você pode tocar TRÊS?
Jeff Coffin. Além do saxofone, o cara toca clarineta e flauta. E se tocar os dois tão bem quanto toca o saxofone o cara tá feito na vida, véi. Aliás, só com o saxofone ele já tá. Entrou pros Flecktones em 1997, e foi uma adição do carái pro bando. Como todos os outros integrantes do grupo, ele tem vários projetos solo, mas isso é assunto pra outra hora. Coffin é famoso por tocar dois saxofones (um alto e um tenor) ao mesmo tempo, e, claro, por pirar pra cacete. Por exemplo, ó aí ele pirando. Victor Wooten na base, uma maravilha:
É, eu sei que tem uns cortes no vídeo, mas é empolgante assim mesmo.
Por fim, o cara que dá nome á banda. Béla Fleck. Talvez você não preste muita atenção naquele gordinho curvado no meio do palco, tocando seu banjo quieto enquanto o resto da banda pula pra lá e pra cá espancando os instrumentos. Pois é, mas é exatamente ele o frontman da banda. E não se engane pelas aparências: Béla Fleck toca como o diabo. É só dar uma reparada no som do cara durante as músicas. Como eu sei que ao invés de fazê-lo vocês vão é se empolgar com as pirações do Wooten, tive o cuidado de escolher um vídeo de Béla Fleck sem os Flecktones. Aliás, o cara toca com o Steve Martin aí. É, esse Steve Martin, mesmo. E o Martin toca bem, aliás. Tá certo, o Fleck dá um banho em todo mundo ali, mas não é exatamente isso que vocês querem ver desde o começo? Quanto á menção a Yo-Yo Ma no começo do vídeo, conhecer o violoncelista chinês (que na verdade é americano) é o dever de casa de vocês.
“Se Yo-Yo Ma estivesse sentado aqui, você perguntaria a ele ‘e aí, você toca outra coisa, além do violoncelo’?”
Maravilha, não? E é aí que você pensa “e como esse troço fica juntando tudo?”. Eis a resposta. Várias delas, aliás:
Big Country. Bela música.
Scratch and Sniff.
The Sinister Minister, ainda da época do Howard. Meu vídeo preferido pra colocar aqui. Tem o tipo de melodia que não sai da cabeça.
Lover’s Leap. Gostei pra cacete dessa, nunca tinha ouvido. Outra melodia que fica na cabeça.
Tá aí. Um pouco de jazz pra vocês. Minha pesquisa foi um tanto apressada, admito, mas espero que vocês tenham curtido o som.
De certa forma o primeiro roteiro a ser escrito pelo escocês Mark Millar, a mente por trás de revistas como The Ultimates 1 e 2, Ultimate X-Men e o mega-evento que mudou a Marvel, Civil War. Segundo o próprio Millar, Wanted nasceu em 1974, quando tinha 5 anos de idade e, ao visitar uma livraria na cidade onde morava, se deparou com um livro chamado “Superman: The Great Hero of America”. O pequeno Millar ficou impressionado com aquilo. America soava bem para ele (até porque a Escócia era pobre e só tinha três canais de TV), e o Superman era impressionante. Durante os noticiários, Millar perguntou “Por que existiam terremotos, desastres e mortes. Por que o Superman não salvava o mundo?”. Seu irmão, já um veterano na faculdade, respondeu “Superman desapareceu durante uma briga que ele travou com todos os super-vilões. Ele, o Batman, o Homem-Aranha, Capitão América, todos eles desaparecem desde essa grande batalha”. Seu irmão também afirmava que o pai deles matou Hitler.
Millar foi dormir abatido. Os heróis haviam sumido, e tudo o que restou foram as revistas em quadrinhos, um tipo de lembrança do que eles eram. Mas o que aconteceu com os vilões? E foi daí que Millar tirou o conceito por trás do maginífico Wanted. A frustação de uma criança somada ao ódio do mundo adulto.
O melhor do mundo
Wesley Gibson era “um merda” que tinha um trabalho que odiava (onde era humilhado por sua chefe, uma afro-americana lésbica), uma namorada que o traía com seu melhor amigo, e vizinhos que o desprezavam. Resumindo, ele era VOCÊ quadrinizado. A vida, porém, havia reservado um papel maior para Wesley. Algo que ele não teria imaginado nem em seus sonhos mais absurdos.
Tudo começa quando Wesley conhece Fox, ou melhor, quando Fox encontra Wesley. A garota dizia conhecer seu pai, um homem que nem Wesley conhecia (ele deixou sua mão quando tinha apenas 18 semanas de vida). E mais: Ela afirma que o velho era o maior super-vilão que já existiu, e deixou uma fortuna como herança. Claro que o Mr. LOSER não acredita em uma só palavra. Para provar, Fox mata todas as pessoas ali presentes. Assim Wesley toma conhecimento das vantagens de ser um super-vilão: Você pode matar, roubar ou estuprar quem quiser sem qualquer consequência. Enquanto for um membro da Fraternidade, terá imunidade. Bom, até aí chocolate né? Mas para receber o dinheiro, antes Wesley terá que trabalhar por seis meses na Fraternidade, preenchendo o vazio deixado por seu pai. Sim, ele teria que em seis meses, se tornar tão bom quanto seu pai era. Claro que ele aceita. Quem em sã consciência recusaria uma oportunidade dessas? Wesley se torna então membro da Fraternidade, e todos que lhe aborreceram neste anos vão se arrepender de ter nascido…
Wesley e Fox
Vamos agora fazer uma análise do mundo em que Wanted se passa. Todo e qualquer super-herói foi eliminado pela Fraternidade quando Wesley ainda um recém-nascido, e o controle do mundo foi dividido entre as cinco mentes por trás da investida. Cada um deles ficou encarregado de um continente, e toda a história foi acobertada. Toda lembrança dessa época foi apagada, e para as pessoas super-poderes só existem em quadrinhos. Os super-heróis que tiveram suas vidas poupadas sofreram lavagem cerebral e pensam ser apenas atores falidos. A frustação e curiosidade de uma criança somada ao ódio de um adulto. Experiência de vida é tudo.
Este mundo, por outra vez, faz parte do Multiverso (ou Millarverso, um Multiverso de criações do Millar). Daí vem a preocupação dos vilões em se manter fora do radar. Barulho demais poderia chamar a atenção de heróis de outros mundos e uma nova guerra seria travada, uma sem limites de extensão e danos. Reparem a semelhança com o mundo real.
Se fodeu
Não conhecia os desenhos de J.G Jones (só depois fui saber que foi ele quem desenhou as 52 capas da maxi-série da DC, 52), e não penso numa escolha melhor. Excelente representação dos personagens e cenário. Detalhista como Bryan Hitch (com quem Millar fez The Ultimates), Jones foi, de fato, a melhor escolha para a arte de Wanted. A coloração feita por Paul Mounts é de muito boa qualidade também.
Wanted tem um excelente roteiro e arte. Não chega a ser um épico dos quadrinhos, mas é algo que eu recomendaria para qualquer leitor. Tem tudo que um homem precisa para manter a sanidade. Dica: Acumule um pouco de raiva antes de ler, isso torna a leitura mas prazerosa.
Homem Aranha 3 foi um dos filmes que MAIS recebeu críticas negativas em 2007, sem dúvidas. Não compreendo. Primeiro: Na minha opinião, é o filme que MAIS tem cara de HQ e de Homem Aranha. Segundo: Bom… pensando bem, vamos ficar só com o Primeiro.
Brega pra carái.
Neste filme, Peter Parker (Tobey Maguire) finalmente conseguiu controlar seus deveres e sua relação com Mary Jane (Kirsten Dunst). Porém, o Homem Aranha é uma celebridade, agora. Peter deixa isso subir á cabeça e acaba ignorando quem realmente se interessa por ele, e é claro que Mary Jane é uma delas. Harry Osborn (James Franco) persegue o cabeça de teia agora com uma armadura e armas especiais, herdadas de seu pai. Os dois têm, logo no início do filme, uma batalha alucinante.
Sem mais nem menos, uma misteriosa criatura cai na Terra e vai parar no meio das coisas de Peter, que só percebe que tem algo errado quando ele se vê dominado pela criatura, que se envolve em seu uniforme, criando então o famoso uniforme negro do Homem Aranha. O cara fica mais forte do que nunca, e também… impiedoso.
Uniforme sensacional, convenhamos.
A personalidade de Peter simplesmente muda enquanto ele está em contato com essa criatura, e é em uma dessas que ele dá de cara com Flint Marko (Thomas Haden Church), mais conhecido como “o puto que teve alguma ligação com o assassinato do tio Ben”. Porém, Flint sofreu um acidente e foi transformado no Homem Areia, aí já viu. Mais quebra pau. E mais Homem Aranha com uma personalidade… malvada.
É nesse trecho, com o “novo uniforme”, que o filme perde um pouco o rumo. Um pouco. Vejamos: Peter Parker é um FODIDO (assim como qualquer outro herói da Marvel) e, ao entrar em contato com uma criatura estranha, sua personalidade muda totalmente e o humor do filme se torna forçado. Perfeito. Não tem NADA melhor que mostrar que o tal uniforme o fazia mal do jeito que fizeram: Esculachando. Mas levaram este trecho muito a sério, e deve ser por isso que o filme foi criticado de uma forma negativa.
A foto é tosca, mas a cena é foda.
Manja cenas de ação que te fazem PULAR da cadeira ou simplesmente PERDER O FÃâ€LEGO? É disso que eu estou falando. No quesito Ação/Aventura, o filme empolga pra CARÍI. Porém, sinceramente, deviam ter maquiado mais a Kirsten Dunst. É impressão minha ou ela parecia ter uns TRINTA anos a mais? Gwen Stacy (Bryce Dallas Howard), infelizmente, foi uma figurante. Mas ela fez o bastante pra deixar Mary Jane louca – porém, EU queria ficar LOUCO com alguma… performance dela. Quanto aos vilões, tirando o Venom, os outros dois fizeram um ótimo trabalho. Até mesmo o Ven
Com batalhas sensacionais, som impecável, efeitos visuais empolgantes, história um pouco corrida e um roteiro BEM ADAPTADO (eu não vou desistir), Homem Aranha 3 foi o MELHOR da série, mesmo com o que fizeram com o Venom. Há boatos que Sam Raimi não queria colocar o Venom tão cedo nos filmes, mas ele foi obrigado a fazê-lo. Se isso é verdade, então foderam com o trabalho do cara e, possivelmente, aniquilaram uma continuação respeitosa. Ainda não era a hora do Venom, por que não esperaram mais um filme? A história foi corrida e o vilão mal aproveitado. Ainda assim, Sam Raimi e sua equipe nos proporcionou um final simplesmente emocionante, e com cara de “Porra, eles planejaram BEM o final pra fazer uma continuação sensacional”. Aliás, os filmes do Homem Aranha são um dos melhores sobre heróis da atualidade, desbanca MUITAS adaptações porcas por aí.
Homem Aranha 3
Spider-Man 3 (120 minutos – Aventura) Lançamento: EUA, 2007 Direção: Sam Raimi Roteiro: Alvin Sargent, Sam Raimi, Ted Raimi Elenco: Tobey Maguire, Kirsten Dunst, James Franco, Thomas Haden Church, Topher Grace, Bryce Dallas Howard, Rosemary Harris, J.K. Simmons, James Cromwell, Theresa Russell, Dylan Baker Nota: 7
Ah, as crônicas, aquelas histórias curtas, que não exigem muito tempo de dedicação a elas, que podem ser lidas em poucos minutos, e que em seu pequeno conteúdo contam uma história completa…
Normalmente falando de fatos do cotidiano, a crônica é aquele tipo de literatura feita pra relaxar. As histórias com temática mais urbanas, além de serem mais fáceis de se imaginar por quem as lê, muitas vezes são as melhores para aquela pessoa que não é acostumada a ler volumes maiores. Só de saber que o final daquela situação apresentada a ele está a poucas páginas, ou ainda no final da mesma, faz com que a pessoa se dedique a leitura e aprecie melhor a história.
Se você é daqueles que só se dedica a leitura de jornais e revistas, como essas que vendem semanalmente por aí, já deve ter visto alguma escondida por entre as noticias de mortes, tão normais de se ver por aí. Com autores consagrados, ou conhecidos por suas histórias, muitas se revelam ótimas escolhas. Jornais regionais muitas vezes tem espaço aberto ao público para divulgação de textos que são enviados a eles, é a maneira que alguns promissores escritores tem de divulgar seu trabalho, se ele for realmente bom.
Como disse antes, situações do cotidiano são o principal mote de cada um desses textos. Onde mais você poderia conseguir ler uma história sobre um primeiro beijo, uma espera de ônibus, ou sobre simplesmente o nada, só constatações de pessoas, idéias que podem nunca ter passado pela sua cabeça? As crônicas existem de vários tipos, tantos quanto puder imaginar: cotidiano, nostalgia, fatos estranhos, ficção científica, mistério, enfim, o que quiser. É por elas que alguns leitores tem seu primeiro contato com o histórias de estilos diferentes, pois o tempo dedicado a cada uma delas é relativamente curto, e caso seja ruim a história, é só passar pra próxima, certo?
Depois de um pouco de enrolação e explicar qual é a desse texto, vou apresentar a vocês pobres leitores sem tempo pra se dedicar a livros por mais do que 20 minutos ao dia, uma lista de lugares pra ler algumas histórias. O primeiro lugar, é claro, não puxando a sardinha pro meu lado, é recomendar a leitura da coluna Culinária alternativa. lá as vezes aparecem histórias que merecem pelo menos uma leitura, como essa aqui.
Depois dessa propaganda interna, vamos a algumas recomendações que espero, sejam seguidas. Domingos pellegrini, do qual já devo ter citado aqui algumas vezes, mantém em seu site todas as crônicas e textos que publica em jornais. É um autor paranaense, e um dia, ainda tomo um café com ele, só pra discutir umas idéias. Bom, seu site, o Sítio Terra Vermelha é o lugar onde pode encontrar suas histórias. Não vou recomendar nenhuma, até porque, já fiz isso alguns parágrafos atrás.
outro site que tem uma ótima seção de textos, é o Rascunho, um Jornal literário que sempre que posso, pego um exemplar na biblioteca pública. Lá, autores brasileiros tem uma seção de contos, que são de diversos estilos. Muito bom, e ainda por cima, de graça. Eu disse contos, o próximo passo de um leitor, não liguem.
Poderia recomendar alguns outros sites, mas acho que as letras flutuando no monitor não tem o mesmo charme que o papel impresso, então, visitem as bibliotecas públicas. Muitas delas tem prateleiras dedicadas ao tema, onde você pode encontrar as histórias de Luiz Fernando Verissimo, Rubem Fonseca, João Ubaldo Ribeiro, só pra citar alguns. Fico por aqui, e semana que vem, espero que a sua vontade de continuar por aqui continue a mesma, pois a minha não se altera.
Ok pimpolhos, vamos tentar alguma coisa diferente na coluna dessa semana. Vocês sabem que normalmente eu gosto de ficar aqui, discorrendo sem-noçãomente sobre minhas idéias e observações a respeito de vídeo-games, e tentando criar algum tipo de reflexão inválida sobre essa forma de entretenimento que rouba tantas horas de nossas vidas.
Mas ultimamente eu ando com saudades das Fast Food Reviews, que alguns de vocês devem ter acompanhado, e infelizmente não tenho encontrado tempo para manter a série. Mas isso não significa que eu não continuo jogando várias coisas, e muito a fim de comentar sobre elas com vocês.
Portanto tentarei fazer hoje um mix de coluna e review. Não vou fazer uma review, simplesmente, porque isso vocês podem ver em qualquer lugar por aí. Vou tentar fazer uma coisa mais pessoal. Vamos ver se vai dar merda.
Primeiro jogo que anda ocupando meu tempo. Alguém quer tentar adivinhar?
Final Fantasy Tactics: War of the Lions – Playstation Portable
Eu sei, eu sei. Eu também estou constrangido por falar dele DE NOVO por aqui. Mas como já comentei em outros momentos, continuo jogando o Final Fantasy Tactics do PSP feito uma doninha enlouquecida. A febre voltou com tudo, e ainda não entendo totalmente por que caralhos continuo jogando um jogo que já terminei duas vezes no Playstation 1. Porra, virou uma relação de amor/ódio ultimamente; eu pego o PSP meio com raiva, me perguntando por que vou perder de novo mais alguns minutos jogando um jogo velho que eu já virei do avesso. Aí ligo o portátil, vejo que parei bem no meio de uma batalha com o Ramza já com o dual wield do jobNinja, que é a habilidade de utilizar duas armas ao mesmo tempo. É realmente um dos momentos mais satisfatórios de FFT, quando você pega essa habilidade de Ninja e troca ela pra transformar o personagem em um Knight, por exemplo. Aí tu vai lá e mata os inimigos em uma rodada só, ainda por cima em um contra-ataque! Oh, satisfação imensa do trabalho bem-feito.
Aí você termina a batalha, volta naquele mapinha motherfucker, e vai lá no menu, abrir a lista de abilities dos seus personagens. E você vê que faltam só 10 jp pra você colocar o seu Time Mage no nível 5, e que daí você vai poder transformá-lo em um Arithmetician, que vai poder mandar magia em qualquer canto do cenário, e isso é o cão chupando manga, porra! Então, são só 10 jp e tals, mais uma batalhazinha, só pra conseguir fechar o job, né? E assim você afunda sua vida em Final Fantasy Tactics, esse correspondente vídeo-gamístico da cocaína.
Se você não entendeu picas do que eu tô falando, é porque você nunca foi pego pela febre Final Fantasy Tactics. Mas tudo bem, o ponto aqui é o seguinte: é o jogo mais viciante de todos os jogos mais viciantes que já passaram pelas minhas mãos. Eu não vou conseguir nunca parar de jogar essa porra. E por isso estou odiando o jogo ultimamente. Não joguem Final Fantasy Tactics. É tipo um precursor do World of Warcraft em termos de vício.
Próximo jogo.
Na semana passada comprei Medal of Honour Heroes 2, do Wii.
Medal of Honour Heroes 2 – Wii
Eu achava que Metroid Prime era o melhor FPS do Wii, mas depois de MOH fiquei na dúvida. E olha que eu nem sou tão fã da série MOH, apesar de ter jogado muitos desde que saiu o primeiro MOH no Playstation. Electronic Arts né, sabe como é; os jogos sempre parecem clones um do outro. E eu acabei de terminar o mesmo jogo no PSP… eu tava bem na dúvida se comprava ou não. Mas como eu tinha crédito na loja, e não tinha nenhuma novidade interessante, levei esse mesmo. Além do mais eu sou totalmente sucker por jogos de guerra.
Totalmente acima das expectativas. O controle é perfeito para o Wii, apontando a arma, caminhando e virando a câmera com uma agilidade espetacular. Tudo funciona como deveria funcionar, e você pode se concentrar imediatamente na ação. Claro, tem um ou outro comandozinho pra aprender, mas de uma forma geral é tudo tão ridiculamente intuitivo que você fica torcendo pra ver qual vai ser o próximo comando a ser aprendido.
Alguns desses comandos chegam a ser completamente idiotas, mas ainda assim são surpreendentemente divertidos. A bazuca, por exemplo; pra “usar” a bazuca você tem que levantar o wiimote e colocar ele sobre o ombro como se estivesse realmente segurando uma porra de uma bazuca. Confesso que me senti um imbecil completo na primeira vez que executei o movimento porque, veja bem, faltam alguns quilos e alguns METROS cúbicos para que um wiimote seja confundido com uma bazuca. Mas ok, play along, vamos fazer o movimento idiota e ver o que o jogo nos reserva.
Aí levantei o wiimote e olhei pros lados pra ver se não tinha ninguém me vendo. Porra eu olhei até pra JANELA pra ver se não tinha nenhum vizinho olhando. Ok, tudo limpo. “Aperte o gatilho para liberar o projétil”: aperto o gatilhozinho do wiimote e de repente WOOOOSH, uma porra de um barulho enorme de míssil voando no meu ouvido! Caralhos! Os caras colocaram o barulho do projétil percorrendo o cano da bazuca saindo pelo wiimote! E fica do caralho, porque você fez o movimento idiota de colocar o wiimote sobre o ombro e agora a parada tá COLADA no seu ouvido, fazendo um barulho infernal.
Aí fiquei eu rindo feito bobo enquanto a tela ia avermelhando, porque eu tomei altos tiros até conseguir voltar ao meu estado normal de gamer sério.
E, meu, como é diferente jogar no WII e no PSP; é definitivamente outro jogo. No PSP você trata como mais um FPS, jogando de forma mais técnica: recua, agacha, mira, atira: headshot. Avança, repete tudo de novo até o fim da fase. No Wii não tem dessas, você se envolve com o que tá acontecendo e tem momentos que você fica mesmo ferrado de tanto levar tiro, esperando o resto do teu batalhão avançar pra você conseguir correr até o próximo barril. Atirar granadas no wii envolve todo o movimento de jogar uma granada e é uma coisa DIVERTIDA e não a porra de simplesmente apertar o botão de mandar a granada no PSP. Só agora eu entendo perfeitamente o que é a “imersão” num jogo, quando o desenvolvimento técnico e tecnológico do hardware permitem que você se sinta mais “dentro” e participante ativo do que acontece na tela.
Beleza, só mais um jogo. Isso aqui tá enorme já, pra variar.
Burnout 3: Takedown – PS2
Então, eu estava de mudança na semana passada. E lógico que o que foi empacotado com mais cuidado foram os meus consoles. Eu fiz questão de trazer meus consoles de carro, sendo que eles podiam ter vindo com a mudança toda e tal.
Aí eu cheguei no apê novo e a primeira coisa que eu fiz foi testar todos os consoles, pra ver se eles tinham sobrevivido ao trajeto. Pra testar o PS2 eu escolhi o Burnout, que é um jogo que sempre habitou meu coração, devido á trilha sonora nervosa, velocidade alucinante e capotagens de filmes de ação.
Aí comecei a jogar a porra e não consegui parar mais pelo resto da semana. Burnout sempre me ocupa um tempo desgraçado, é totalmente viciante ficar batendo nos carros dos inimigos e fazendo eles voarem pista afora. E ainda ganhar pontos e mais tempo na pista por causa disso.
Além disso, tem o lance de as coisas acontecerem MUITO rápido. Burnout não é o tipo de jogo que você aprender a jogar e daí o adapta ao seu ritmo de jogo. Burnout é uma reversal russa dos games: Em Burnout, VOCÊ é que tem que jogar no ritmo do jogo. E o ritmo só vai aumentando; você vai pegando carros cada vez mais rápidos, pra correr em pistas cada vez mais estreitas e cheias de pilares de concreto, que vão te dividir ao meio e fazer você perder tanto tempo, que é melhor apertar o start e recomeçar a porra da corrida de volta.
É tão rápido que tudo em volta do carro SOME ás vezes. Eu jogo Burnout e tem momentos em que eu começo a lacrimejar, cara. E não é porque o jogo me emociona, mas porque eu não consigo PISCAR em algumas pistas. Você fica tão ligado na tela que esquece de suas funções vitais. Estou até vendo o dia que vou parar de respirar e morrer jogando. Orra isso seria do caralho, aliás.
É isso crianças. Espero que vocês tenham gostado. E como sempre, se não gostaram, vão morder a bunda dos pais de vocês pra ver se tem gosto de presunto, okie?.
[*]Ano: 2007
[*]Gênero: Ação / Aventura
[*]Produtora: Sony Entertainment
[*]Idioma: Inglês
Kratos, antes general de Esparta, agora é o dono do posto de Deus da Guerra. Irônicamente, suas ações como Deus são tão abusivas quanto as de Ares. Kratos usa seus poderes para auxiliar os espartanos em batalha, e os outros membros do Olimpo não estão felizes com isso. Atena implora para que ele pare, mas Kratos a ignora. ‘Você me deixa sem escolha’, diz a Deusa de forma triste. Kratos desce até a cidade de Rhodes, que no momento se encontrava invadida pelo exército espartano, e começa a ajudar a invasão. Uma águia pousa no Deus, roubando o seu poder e reduzindo-o ao tamanho de um mortal comum. Para piorar ainda mais a situação, o poder é depositado no Colosso de Rhodes, que ganha vida.
Kratos e o Colosso travam um violento combate, e é então que Zeus aparece para oferecer a Kratos a arma que iria lhe conceder a vitória: A lâmina do Olimpo, a mesma espada que Zeus usou para derrotar os Titãs de Cronos. Kratos empunha a espada, e destrói o Colossus com ela ao depositar seu poder na arma (tornando assim mortal). O espartano vence, mas acaba seriamente ferido após ser esmagado pela mão do Colosso. A águia então retorna, revelando ser o próprio Zeus, e não Atena como pensava Kratos. Ele exige lealdade do Deus da Guerra, mas tudo que recebe é uma negação. Zeus então o atravessa com sua espada, mandando-o para o Submundo.
Kratos estava prestes a ser levado para o sofrimento eterno, quando é salvo por Gaia, uma Titã. Ela têm observado a vida de Kratos até aqui, e conta como os Titãs foram humilhados e punidos pelos Deuses do Olimpo. Agora eles querem que Kratos os vingue, em troca da restoração de seus poderes. Para isso, Kratos deve encontrar as Irmãs do Destino e mudar o passado. Começa então mais um jornada de vingança, mas com uma diferença: Seu inimigo agora é o maior de todos os Deuses.
Destruir uma das sete maravilhas: Não tem preço
Mais uma vez, o jogo começa com pancadaria pesada. Mas isso é apenas um treino para os combates marcantes que estão por vir. Kratos foi reduzido a mortal, mas você ainda possui as Lâminas de Atenas e aquele raio escroto de Poseidon para lhe auxiliar durante a sequência de combates em Rhodes. Até aqui, nada de muito novo fora o cenário. Alguns desmembramentos de leve, mas nada novo.
E então você é forçado a lutar com o Colosso, uma variação alucinante do que foi a batalha contra as Hidras em God of War. Até aqui você pensa “É um God of War com skin alternativa”. A Lâmina do Olimpo muda sua mente, introduzindo uma das novidades do jogo: Armas secundárias. Sim, desta vez você não está limitado ao uso das Lâminas de Atena e suas variações, e terá três outras armas, contando com a Lâmina do Olimpo (as outras são uma lança e um martelo).
Spoiler para os espertos
As novidades no arsenal de Kratos não terminam aí. Você foi privado de seus poderes de deuses, mas receberá variações titânicas. Até a antiga Fúria do Olimpo (sim, tô traduzindo a bagaça toda asdhjkasdha) se tornou Fúria dos Titãs. “Entãããooo… Só mudaram o nome?”. Não, os novos poderes funcionam de formas diferentes. Os raios de Poseidon (cujo nome não lembro e tenho preguiça de procurar), por exemplo, foram trocados por raios de Cronos (preguiça…procurar…), que ao invés de girar em torno de Kratos, agem como minas, atingindo inimigos que se aproximarem e dando liberdade de movimento ao espartano.
Em vez de receber seus poderes através de ESPELHOS MÍGICOS DO OLIMPO, agora Kratos deve encontrar cada um dos Titãs para recebê-los pessoalmente. O que inclusive faz uma pontinha a mais de sentido. Se bem que o jogo é baseado na miotologia grega, sentido é para pederastas.
Ainda não vi o nome
As hordas de inimigos sofreram poucas modificações, o que significa que você vai enfrentar basicamente as mesmas criaturas. Claro, temos alguns novos como o Minotauro de Pedra (que vai te irritar um pouco) e os zumbis-esqueleto, mas nada original demais. Temos reaction commands novos, porém (é como se chama a sequência de botões que aparece na tela para que você aperte). Já a lista de chefes e sub-chefes melhorou bastante. Kratos enfrantará nomes conhecidos da mitologia, como Teseu e Euryale. Os combates estão mais difíceis e demorados, dando mais emoção ao jogo. E a partir de certo ponto do jogo, será possível REFLETIR ataques bloqueados. Útil e necessário. Destaque para a volta de um velho oponente…
Além dos baús onde se coleta upgrades de magia e vida, existem agora báus secretos que contém algumas melhoras opcionais para o “herói”. Vale a pena procurar por estes baús. Outro colecionável é o olho dos Ciclopes. Você pode arrancá-los com o reaction command, e receber um prêmio após coletar vinte deles. Novas roupas e visuais continuam disponíveis para serem abertos, basta cumprir os requerimentos.
Os gráficos são efetivamente os mesmos, ou então eu não tenho sutileza alguma. A trilha sonora continua seguindo o mesmo estilo, até melhor em alguns pontos. God of War 2 não é muitooo diferente de seu antecessor, mas ainda faz parte dos Must-Play do PS2. Acredito que seu único defeito seja o final inexistente. Continua no PS3…
[*]Ano: 2005
[*]Gênero: Ação / Aventura
[*]Produtora: Sony Entertainment
[*]Idioma: Inglês
Tudo começa e termina com Kratos, general de Esparta. O cruel general sempre provou ser um dos melhores e mais valorosos guerreiros entre os gegos, e seu exército era um dos mais temidos. Kratos era quase invencível em campo de batalha. Pelo menos até o dia em que encontrou um inimigo que não podia derrotar. As legiões de bárbaros massacraram seus soldados, e Kratos estava prestes á ser mutilado pelo líder bárbaro. Como uma última chance de sobrevivência, Kratos ofereceu seu alma a Ares, o deus grego da guerra, em troca da vitória.
Ares ouviu seu apelo, e lançou seu poder contra o exército bárbaro, destruindo todos eles, exceto o líder. Ares então mandou suas harpias para que as Lâminas do Caos fossem entregues ao seu mais novo guerreiro. As lâminas se prenderam aos antebraços de Kratos, e ele então as usou para degolar seu inimigo. O pacto estava feito. Kratos agora era o mais temido dos gregos e efetivamente invencível em combate. Muitas vidas foram tiradas e muitas vilas foram destruídas por Kratos e seus espartanos. Mas então Ares cometeu um erro. Um erro que quebrou o pacto, e transformou Kratos em seu maior inimigo.
Anos depois, Kratos recebe uma oferta que não pôde recusar: Ele deve matar Ares, que se encontra na cidade de Athenas, e em troca será perdoado por seus atos. Chega a hora da vingança, e nada pode parar o espartano. Você está agora na pele de Kratos, e Ares deve morrer.
Mas antes disso…
Um dos melhores jogos que tive a felicidade de rodar em meu ps2, God of War é fantástico, belo e igualmente violento. O jogo já começa com a pancadaria comendo solta, enquanto guiamos Kratos por entre um ataque de uma horda de Hydras á uma frota de navios. Os comandos são apresentados ao jogador, e a diversão se inicia.
Começarei falando dos comandos. Eles seriam perfeitos, se não fosse por alguns “poréns”. O primeiro deles é a demora para que o combo se inicie, o que pode incomodar em dificuldades mais difíceis. Mas não pare de ler ainda, calma! Em compensação, o resto do combo é mais rápido. Rápido e exageradamente agressivo. Com quadrado se desferem golpes mais longos e leves, enquanto com triângulo Kratos desce a porra com um combo curto. Círculo funciona como um balão, que dependendo do botão pressionado a seguir pode partir o inimigo em dois e coisas do tipo. Com o analógico esquerdo se movimenta o personagem, e com o direito se esquiva. E é ai que reside o segundo “porém”. Na maioria dos jogos se usa esta alavanca para “girar” a câmera (que em GoW é automática), portanto pode confundir no início. Ah, L1 defende.
Existe também a mecânica de Reaction Command, em tese a mesma usada em Kingdom Hearts II. A diferença é que os botões a serem pressionados variam, e em alguns casos um erro pode te foder lindamente. E eu quero dizer LINDAMENTE. Mas o mais legal é o uso das magias, fornecidas pelos deuses do Olimpo para ajudá-lo na sua cruzada. Mas como nada na vida é de graça, você normalmente deve enfrentar um desafio antes de recebe-los.
As magias e as Lâminas do Caos podem receber upgrades, que são comprados com orbs recebidos com a derrota de seus oponentes. Quanto maior o upgrade, mais orbs serão gastos. óbvio, não?
Claro que sim
Os gráficos são extremamente bem feitos, entre os melhores do console. A presença de alguns efeitos marotos de câmera, slow-motion por exemplo, faz com que o jogo flua como um filme interativo, dando um Q a mais na diversão. Os detalhes nos personagens são notáveis, e vão desde os boobs das medusas até o realismo da musculatura dos ciclopes. Destaque para Kratos, um dos personagens mais másculos dos games (ainda inferior a Solid Snake, porém).
Mas os prós não param por ai, não. Jogando GoW você também irá se deliciar com as divertosas cenas de gore. Desmembramento, sequências arrasadoras, monstros gigantes se fodendo e um mini-game de sexo. Tudo isso para agradar as mentes mais doentias.
Mas para ver tudo isso, você deve pagar um preço: Se adaptar a dificuldade do jogo. Existem momentos em que os inimigos chegam a ser irritantes, e as batalhas ficam tão escrotas que dá até vontade de tirar o dvd e atirá-lo na parede, enquanto você enche os pulmões de ar para soltar um “FELA DA PUUUTAAAAAAAA”. Ma não fique triste, com o tempo se pega o jeito e ai é que nem andar de bicicleta: Você só se fode quando quer dar uma de gostoso.
Como querer petrificar todos os inimigos
A trilha sonora é muito boa e envolvente. Seguindo um estilo clássico dos filmes épicos, a trilha de God of War é memorável. Outro fator que faz com que God of War seja basicamente um filme interativo. Um filme digno de um oscar.
Os jogadores são presentados também com alguns extras. Entre eles uma arena com o protótipo dos personagens, alguns costumes alternativos e uns vídeos. Para os jogadores mais hardcore tem também o Challenge of the Gods, que é sem dúvida um desafio mesmo. Se acha o jogo normal difícil, passe longe dessa porra.
Esse ciclope não aguentou o tranco
Como GoW é baseado na mitologia grega, é certo que você vai encontrar diversos inimigos e referências próprias da mesma. Minotauros, centauros, ciclopes, medusas, harpias, cerberus, sátiros… Todos eles modificados visualmente para lhe dar um trava-cu assim que pisarem em sua frente. Quanto as referências, porém, GoW é inferior á sua sequência. Poucos deuses e personagens maiores são mostrados, e a putaria rola mais em torno desses já citados. A variação de cenário também não é muita, mas é satisfatória. Você irá percorrer navios naufragados, as ruas da cidade de Athenas, um deserto e um templo hardcore preso as costas de Kronos, titã do tempo.
Em resumo, GoW é um excelente jogo e deve ser jogado por qualquer um que possua um Playstation 2 e tenha interesse por mitologia grega. Mais uma prova de que espartanos chutam bundas. E antes que me esqueça, CONTINUA.
Apartir desta semana estarei trazendo para vocês os lançamentos mais importantes que acabam de chegar em dvd nas locadoras, como vocês sabem este é o grande mercado para quem gosta de filmes já que nem todas as cidades possuem (bons) cinemas e nem todos cinemas passam os filmes que nos interessam, pelo menos para mim.
Sendo assim, o dvd é a grande oportunidade de poder assistir aquele filme europeu chato que só você gosta, ou aquela animação com som original já que nos cinemas só passavam dublado, ou mesmo agradar seu corpinho (namorada ou namorado) num sábado á noite preguiçoso e chuvoso.
Vou indicar mesmo somente os títulos mais importantes ou alguma indicação minha em particular, esqueçam os filmes de Van Damme, Dolph Ludgrem (que coincidentemente, acaba de lançar O Missionário diretamente em dvd), ou qualquer outro filme desconhecido que já cheire a abacaxi. Se eu já tiver visto, faço um comentário por cima, ou se houver alguma resenha do filme aqui no AOE estaremos linkando junto á sinpose.
O Vidente: Nicolas Cage ainda não resolveu dar um tempo nos seus trabalhos duvidosos que vêm protagonizando nestes últimos dois anos, aqui um misto de ação com toques de ficção chega a dar sono tamanha a fragilidade do roteiro, apenas as visões antecipadas de personagem rendem algumas cenas bacanas, no mais, Julianne Moore e Jessica Biel pagando as contas. Na trama, Cage é Cris Johnson, um homem com poder de prever as coisas que trabalha como mágico e nas horas vagas ganha nos cassinos de Las Vegas utilizando seu poder. Quando bombas nucleares são armadas em Los Angeles, uma agente do FBI irá contar com os esforços e os poderes de Cris para localizá-las e evitar que uma tragédia atinja a cidade. Assim, ele terá de estar sempre um passo á frente dos perigosos terroristas que arquitetaram tal plano. Opnião contrária a minha teve Théo na sua resenha.
Morte no Funeral: Exibido rapidamente nos cinemas esta legítima comédia britânica da Paris Filmes usa e abusa do humor negro para fazer comédia num enterro familiar, temos desde revelações sobre o patriarca falecido ao consumo de drogas, hilariante. Na trama, uma família desajustada é unida para o enterro do patriarca. Quando um homem misterioso aparece e ameaça chantagear a família com um embaraçoso e obscuro segredo do falecido, seus dois filhos, Daniel (Matthew Macfadyen) e Robert (Rupert Graves), tentam de tudo para não deixar que os presentes descubram.
Romance e Cigarros: Permaneceu inédito nos cinemas este musical da Sony Pictures dirigido pelo ator John Turturro em 2005, o longa está recheado de nomes de peso como James Gandolfini, Susan Sarandon, Kate Winslet, Steve Buscemi, Mandy Moore, Christopher Walken, entre outros. A história gira em torno de Nick (James Gandolfini, protagonista da série de TV Família Soprano) que trabalha construindo e consertando pontes. Sua esposa é Kitty (Susan Sarandon), uma costureira, com quem tem três filhas, mas ele é amante de Tula (Kate Winslet).
Os Irmãos Solomon: Também inédito nos cinemas esta comédia da Sony Pictures de Bobby Odenkirk conta a história de dois irmãos, Dean e John Solomon, com dificuldades em relacionamentos, mas bem-intencionados. Eles tentam arrumar esposas com o objetivo de poderem dar um neto ao pai deles, que está morrendo. No elenco, Will Arnett, visto recentemente em Escorregando para Gloria, Will Forte e Jenna Fischer.
Loucos sobre Roda: Inédita nos cinemas esta comédia da Paramount parece lembrar Ricky Bobby de Will Farrell, mas envolve um auto proclamado dublê está prestes a enfrentar o maior desafio de sua vida para conseguir dinheiro suficiente que dê para bancar a operação de seu padrasto, que vive abusando de sua boa vontade. Ele promete saltar, com uma motocicleta, quinze ônibus enfileirados e pousar no chão são e salvo. Assim, ele começa a preparação para o grande evento, mas muitas confusões e situações hilárias irão surgir em seu caminho. No elenco o nome mais conhecido é da veterana atriz Sissy Spacek.
É isso aí, putos. Os caras do Cavalera Conspiracy disponibilizaram a faixa Inflikted e seu novo single, Sanctuary, para download. Corram para o MySpace dos caras AGORA, véi.
Sanctuary é uma PORRADA DO CARÍI, mostrando que os caras não estão pra brincadeira MESMO. Se você esperava por uma VOLTA do Sepultura com essa banda, esqueça. Se você esperava por um HEAVY METAL FODIDO, esqueça também. Agora, se você esperava por PESO, se joga. É uma barulheira simplesmente empolgante.
Inflikted a gente já havia escutado ao vivo por aqui, junto com a tracklist do álbum de estréia da banda. A versão em estúdio é… diferente do que eu imaginava. Mas é absolutamente empolgante, também. E tem um solo espetacular.
Ou seja, os caras estão com um projeto diferente do que eles tocavam nos tempos de Sepultura. Bem diferente. Mas do carái. Dia 24 de Março, na Europa, será o lançamento do álbum. E, por aqui, o mais rápido que a gente conseguir, vai rolar um review. URRÚ!
Bom, todo mundo aqui sabe que alguns músicos criam projetos paralelos enquanto ainda estão em uma banda, ou simplesmente montam outra banda quando saem da atual. Muitas vezes, o cara chama integrantes de outras bandas, basicamente FUNDINDO as bandas. Você percebe a semelhança entre as duas bandas, é incrível. Posso citar quatro exemplos, exemplos que deram certo no quesito música boa. Mas alguns não duraram. Poucos projetos assim duram.
Audioslave
Fusão de Chris Cornell, ex-Soundgarden, com os integrantes que sobraram da banda Rage Against the Machine.
Cochise
Som sensacional, óbvio. A força do Soundgarden com uma PEGADA do Rage Against the Machine. Duvida?
Black Hole Sun – Soundgarden
Killing in the Name – Rage Against the Machine
Peguei as mais clássicas de cada banda e já foi o bastante. Você encontra semelhanças dos sons acima em QUALQUER som do Audioslave. ISSO que é fusão. E quem as fortalece é Chris Cornell e Tom Morello (ex-guitarrista do RATM), os dois seguem religiosamente seus estilos.
Show Me How To Live
Banda, definitivamente, PUTAMENTE recomendável se você curte um Rock contemporâneo. O primeiro álbum é o melhor. E a banda não durou; Chris Cornell está com um projeto solo e, aparentemente, o RATM vai voltar. Aliás, já fizeram um show, não me lembro muito bem das informações dessa banda. Cês tão pensando que eu sou o quê? Um COLUNISTA DE MÚSICA?
Down
Phil Anselmo (ex-vocal do Pantera), Pepper Keenan (guitarrista do Corrosion of Conformity), Kirk Windstein (guitarrista do Crowbar) Todd Strange (baixista do Crowbar), e Jimmy Bower (baterista do Eyehategod). Uma seleção mais complexa.
Temptations Wings
Stoner Metal de PRIMEIRA, véi. Vamos ás bandas, agora:
Walk – Pantera
Heaven’s not Overflowing – Corrosion of Conformity
The Lasting Dose – Crowbar
Jack Ass in the Will of God – Eyehategod
No primeiro álbum, a ligação com a fase Stoner do Corrosion of Conformity era mais evidente. No passar dos tempos, Pantera e Crowbar dominam o estilo da banda. Que não é Só peso.
Stone the Crow
A banda existe até hoje, seu último álbum foi lançado no ano passado. O álbum mais foda de todos os tempos é o primeiro, apesar de ser UM POUCO repetitivo. Daí pra frente, a banda ficou mais Doom. Enfim, continua sendo sensacional.
Probot
Eu nunca me canso de citar esta banda. Nesse caso, Dave Grohl (vocal do Foo Fighters) chamou um bando de metaleiros pra gravar um álbum. O review você viu aqui.
Shake Your Blood
Esse som é com Lemmy (vocalista e baixista do Motörhead). É um vocalista pra cada som, e Dave Grohl toca bateria em todas as faixas. Vamos ás semelhanças.
Ace of Spades – Motörhead
Stacked Actors – Foo Fighters
Claro que deviamos analisar caso por caso, e eu ainda não conseguiria passar uma semelhança mais óbvia do Foo Fighters. Alguns vocalistas fizeram um trabalho bem diferente de suas bandas, alguns até voltaram ás origens. Enfim, só há uma coisa a se dizer: PROBOOOOOOOOOOT!
Velvet Revolver
O Velvet Revolver é uma das bandas mais empolgantes da atualidade. O guitarrista Slash, o baixista Duff McKagan e o baterista Matt Sorum (todos ex-Guns N’ Roses) se juntaram á Scott Weiland (ex-vocal do Stone Temple Pilots) para uma SONZEIRA.
Dirty Little Thing
O pior é que as semelhanças são mínimas.
Hollywood B*tch – Stone Temple Pilots
You Could Be Mine – Guns N’ Roses
Talvez eu tenha encontrado os melhores exemplos, mas ainda assim: Não há muita semelhança. Porém, a culpa é do Axl e do resto do STP, perceba. Tire os dois e junte o resto; você terá uma surpresa. Slash simplesmente não deixou de fazer o que ele sabe: Tocar PRA CARÍI. Scott Weiland se soltou DE VEZ, e ainda canta PRA CARÍI. Enfim, a banda ainda tá na ativa e pode lançar um álbum novo ainda neste ano, porém, Scott tá pisando na bola. O cara quer se reunir com o STP, e, aparentemente, não tá tão ligado no Velvet nesses últimos tempos. Slash quer lançar um álbum solo. Enfim, podemos estar próximos do fim. Espero que não.