Bora falar de música: The Doors

Música segunda-feira, 03 de maio de 2010 – 6 comentários

 Pois é, vocês não vão ler um texto meu falando mal de alguma banda hoje. Não que eu esteja tentando parar com isso, mas é legal falar bem de alguma coisa de vez em quando, quando ela merece, claro. The Doors merece. Não é a maior banda de todos os tempos, claro, mas foi uma banda, no mínimo, interessante. Vários álbuns foram lançados em um período curto de tempo – falo dos seis álbuns de estúdio, não dos ao vivo ou tributos -, diferente de vários artistas de hoje em dia que demoram três anos pra lançar um material novo no mercado. Vagabundos. continue lendo »

Prazo de Validade

Nona Arte quarta-feira, 04 de março de 2009 – 6 comentários

Eu não gosto de HQs que se estendem por dezenas de anos a fio. #prontofalei. Não, eu não quero perder meu “emprego” aqui no AOE e nem estou dizendo que não gosto de HQs. Apenas que não gosto daquelas que não chegam a um final com o passar dos tempos.

Vejamos um bom exemplo: o alien tanga com malha azul coladinha e cueca por cima da calça, também conhecido por Superman. Criado em 1938 por Jerry Siegel e Joe Shuster, o azulão está prestes a completar 71 anos de existência, que provavlmente ainda vão se estender por bastante tempo. O mesmo vale para Batman, Hulk ou quem quer que você pense. Estão aí há dezenas de anos, tomando o dinheiro dos nerds pobres e o dando às ricas editoras.
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Dance Dance Revolution Disney Grooves: Q

Games segunda-feira, 02 de fevereiro de 2009 – 4 comentários

Q

Ololco

Q

Cês tão vendo a mesma coisa que eu?

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Jogando e ficando puto Pt. 3

Nerd-O-Matic quinta-feira, 23 de outubro de 2008 – 22 comentários

Comentário relevante da semana

Motherfuckers desgraçados, o comentário relevante desta semana me trouxe um sorriso aos lábios maior do que o normal:

Inicialmente, só enfiei o comentário da Lorena aqui por dois motivos: 1) Pelo jeito ela é gostosa e 2) Ela parece ser BEM gostosa. Mas aí descobri que a garota toca com toda raça e pujança um site sobre World of Warcraft, e meu respeito pela menina triplicou. Agora sim essa merda de coluna tá atraindo os leitores que interessam (heh).

Coisas que eu odeio nos games pt.3

Muito bem. Certas coisas acontecem nos bastidores desse grandioso site e vocês nem ficam sabendo. Por exemplo, já faz semanas que eu tento convencer a Bel a escrever sobre um assunto aí no quadro dela. Mas como ela é uma menina recatada, ela se recusa. Então, como eu acho que o tema é muito relevante pra todos vocês, eu resolvi abordar o assunto neste gracioso espaço semanal. Hoje, contra todas as expectativas, falaremos de:

SEXO ANAL

Zoei

Mas é claro que nós falaremos disso nos games. Ou cês acham que eu manjo alguma coisa de dar a bunda? Se é isso que vocês querem, leiam o Morróida, que aliás não tem esse nome à toa.

“Mas como o sexo anal se apresenta nos games?”, vocês se perguntam. Ora pimpolhos, o sexo anal está presente de várias formas nos vídeo-games, e às vezes você nem mesmo percebe que está sendo enrabado por um jogo.

Vamos começar pelo óbvio: propaganda homoerótica masculina. Compare esses dois personagens de jogos e me responda qual é o mais ligado às práticas homo-sexo-anais:

KRATOS, do God of War ou…
BENIMARU, do King of Fighters?

Escolheu um? Eu sei que escolheu, e isso mostra como você é um tapado. É evidente que OS DOIS personagens são altamente propagadores do homoerotismo. Eu explico, porque você é noob; qual é o propósito de qualquer “herói” em um jogo? Fazer com que você se identifique com ele, que você queira ser ele por algumas horas e fazer as coisas que ele faz para, pelo menos, tocar o jogo até o final. Agora, fala sério: como você, nerd barrigudo e virgem, poderia se identificar com a figura do Kratos, um gigante musculoso e que come duas mulheres ao mesmo tempo?

Foto: Kratos

O Kratos não está lá pra você se identificar com ele, ele está lá pra satisfazer os desejos sexuais da mesma comunidade que gostou de ver aquele bando de stripers depilados e de olho pintado em “300”.

Foto: Stripers

Esses caras não são de forma nenhuma representantes do macho médio, que não tem tempo pra ficar fazendo fisiculturismo e nem cuidando da sua estética, já que todo o tempo disponível deve ser gasto fazendo churrasco, tomando cerveja e pegando mulher. E nos intervalos, jogando vídeo-game, óbvio. Nenhuma das atividades do macho médio roots contribui para que ele se torne um striper depilado com sombra nos olhos.

Na qualidade de representante do público masculino, em verdade vos digo: se for pra ver pessoas semi-nuas num jogo, elas deveriam ser apenas do sexo feminino:

Sarah, do Half-Life

Eu não vejo um único motivo que justifique a existência de homens semi-nus nos jogos. Desculpa aí, mas isso é coisa de viado.

E, pra deixar claro de novo, eu não estou nem aí pras suas preferências sexuais e muito menos pregando segregação dos homossexuais. Mas estou dizendo sim que me incomoda muito ter que engolir a propaganda homoerótica e metrossexual em praticamente tudo que é jogo lançado. Aliás, eu apóio totalmente o lançamento de jogos REALMENTE gays, como aquele jogo do Nintendo DS onde você se “diverte” esfregando a toalha em um monte de macho suado.

Se foder

Acho ótimo, porque o jogo não fica DISFARÇANDO que é gay. Assim eu posso simplesmente escolher não jogar. Maravilha.

Outro grande exemplo anal-erótico são os rpgs japoneses. Alguém me explica por que caralhos nipônicos todos os personagens masculinos precisam ser andróginos?

Sérião: por que um homem precisa sempre parecer com uma menina nesses jogos? Qual é o problema de botar um cara normal lá pra fazer o personagem? É errado ter cara de homem e parecer com um homem? Essa tendência se tornou tão absurda que começou a atingir os jogos de outros gêneros também, como Resident Evil:

Foto: emo

Meu, o personagem principal de RE é um emo. Desde quando emos matam zumbis, se eles são especializados apenas em chorar, escutar música ruim e se matar logo em seguida? Isso é totalmente irrealista. COMO eu vou me identificar com um emo num jogo?

E é justamente essa a questão: eu quero jogar RE porque acho que é um jogo bom e extremamente divertido. Mas digamos que estraga muito a minha experiência eu ter que me colocar na pele de um EMO. Porra, mirem-se em Silent Hill: Origins, desenvolvedores de merda, onde o personagem principal era um CAMINHONEIRO. É tão dificil assim?

Isso é uma forma clara de sexo anal nos games: você é obrigado a expor sua bunda pra poder jogar. E os caras nem te dão a opção de jogar com outro personagem; ou cê é um emo ou não joga. Orra, isso é uma violência extrema contra a minha virgindade anal.

Outra grande maneira de ser enrabado ao jogar: propaganda nos jogos. Eu já falei disso antes, acho. Mas a questão não muda. É simplesmente absurdo você pagar por um jogo e ter que ficar aguentando comercial dentro dele. É como ir ao cinema, pagar pra ver o filme, e ainda ter que assistir quinze minutos de comerciais. Pensando bem, é pior. No cinema você pode dormir e pedir pra sua mulher te acordar quando o filme começar. Nos jogos você NÃO TEM COMO dormir e ignorar as propagandas; elas são enfiadas na sua cara o tempo todo. Isso é ser enrabado não poder nem reclamar. Se não gostou, vai ficar sem jogar. Abaixa a calça aí e fica quieto.

Second Life é mestre nisso

Mais um estupro anal: pagar por conteúdo que JÁ TÁ NO JOGO. Na minha opinião essa é a última grande enrabação master que as distribuidoras criaram. Você paga pelo jogo e ele vem PELA METADE. Vou dar só um exemplo recente dessa tendência, que é o jogo Soul Calibur 4. Você compra a porra do jogo, louco pra chutar bundas com personagens espetaculares e não-emo, e daí descobre que se você quiser jogar com personagens novos como Darth Vader e Yoda vai ter que PAGAR DE NOVO por cada um deles. Isso é demais cara, é como comprar um carro e ele vir só com três rodas. Aí o carro vem também com um ET portador de sonda anal, que imediatamente sai do porta-malas e realiza um estupro na sua área posterior enquanto você está tentando instalar o quarto pneu que tava faltando e que você acabou de comprar na Xbox Live.

Bons tempos em que os jogos vinham INTEIROS, e você só precisava ser um bom jogador pra desbloquear os personagens secretos. É o fim de uma época mesmo. Hoje em dia não existe esforço e dedicação envolvidos no ato de jogar. Quer tudo na mão? É só PAGAR. Pagar pra ser enrabado.

Sexo anal nos games. Eu gostaria que isso parasse.

Guitar Noob

Nerd-O-Matic quinta-feira, 24 de julho de 2008 – 32 comentários

Falarei hoje de forma complicada e prolongada (já vou avisando antes de lerem o resto) sobre o fenômeno ao qual resisti bravamente por anos, mas que finalmente tomou de assalto minhas horas disponíveis de jogo com a inevitável aquisição do controle em forma de guitarra. Desbravarei os meandros que tornam o jogo em questão um fator de vício incontrolável e a sensação inexplicável de ser um rock star na sala de sua casa. Verificarei os ganchos de jogabilidade que mantêm o jogador médio seguindo até a última música e cansando os dedos com geração de dor concomitante no punho que segura o braço da guitarra. Enfim: vamos ver qualé a do Guitar Hero. Mas antes de mais nada, creio que é importante deixar uma coisa bem clara:

Você parece um retardado quando joga Guitar Hero

É sempre de grande importância manter esta lembrança presente. Porém, não se depreenda disso que jogar Guitar Hero não é causa de alegria e contentamento, já que a sensação de produzir acordes de guitarra sem ter efetivamente o instrumento em mãos é deveras agradável e satisfatória. A emulação de instrumentos que não existem no ambiente pode ser indicada como responsável, por exemplo, pela decadência musical que ocorreu na década de 80, com o advento dos sintetizadores (vide Miles Davis e Serge Gainsbourg). Ah, os sintetizadores… esses instrumentos eletrônicos mágicos que imitavam os instrumentos verdadeiros de forma bizarra e ruim, e que foram usados e abusados na citada década, gerando bandas sofríveis como RPM. Se bem que o Paulo Ricardo comeu a Luciana Vendramini. Então tá tudo pelas ordi.

ÊÊÊ peixão!

Mas eu falava do jogo, e o que sintetizadores têm a ver com Guitar Hero? Convenhamos pimpolhos, a sensação de criar música sem de fato saber tocar porra nenhuma é como se fosse a trapaça máxima do universo; você tem o poder em suas mãos, e com o apertar de alguns botões bem-colocados, VOILÍ!, eis que agora você, nerd débil mental, virou o fucking Tom Slash Vaughan e está tocando “Sweet Child O’Mine” como se isso apenas exigisse uma troca rápida de apertares entre 4 botões coloridos! (Eu só consigo jogar direito no nível médio, não enche). Caralhos, com um pouco de treino você toca até mesmo “Trough The Fires and Flames” do Dragon Force, coisa que deve ser mais difícil na vida real do que comer a Maitê Proença. Mas é claro que você nunca vai fazer nenhum dos dois – afinal, você toca música numa guitarra de prástico na sala de sua casa – então a comparação é inútil.

Voltando ao assunto, chamo sua atenção para o processo de síntese que ocorreu aqui: é como se o sintetizador, que já era um instrumento que sintetizava vários outros instrumentos, tivesse sido sintetizado novamente na porra da fucking guitarra de prástico do Guitar Hero. É um processo de miniaturização e diminuição de botões, com manutenção do número de músicas que podem ser tocadas. Todos se curvem em respeito ao poder dos games e sua inegável capacidade de emular o mundo real com amontoados de prástico. O que, logicamente, não muda o fato de que:

Você parece um retardado quando joga Guitar Hero

Falemos então da guitarra, já que ela veio á tona. É uma guitarra de fucking prástico, um controle normal com menos botões, glamourizado de forma dúbia numa carcaça preta e branca com umas partes coloridas, que, quando empunhada de forma adequada, te faz parecer um retardado:

Você parece um retardado quando joga Guitar Hero

Porém, o amontoado de prástico fake desperta emoções bastante reais. Reais a ponto de fazer seus dedos e punho doerem no fim do dia, deixando também o usuário dos dedos e do punho com uma ligeira dor na nuca, dependendo da quantidade e intensidade do head-banging que você fez ao tocar “No One Knows” doze vezes seguidas pra conseguir 100% naquela música. Maldito Queens of the Stone Age e suas músicas do caralho.

Mas o fato importante é: Guitar Hero desperta sua auto-consciência corporal de você a si mesmo enquanto noob jogador de jogos, colocando para funcionar partes que você nunca tinha levado em consideração antes. Por exemplo, vocês já pensaram na importância do dedo mínimo? Ele é o último dedo de sua mão e, caso você nunca tenha tocado violão ou coçado o ouvido com ele antes, são grandes as chances de que ele esteja pendendo praticamente sem função na sua mão. Se você usa seu dedo mínimo para outras coisas além das que citei, não quero saber. Sério, não cite nos comentários.

Muito bem, em Guitar Hero, ao se passar do nível noob-easy para o nível medium-peso pena acontece a adição de mais uma tecla, que requer o uso do dedo mínimo para que você desempenhe corretamente as músicas. No meu caso, começar a usar o dedo mínimo foi como trazer um morto para o reino dos vivos novamente, já que nunca toquei violão, cocei o ouvido e nem manejei sondas anais com o dedo em questão. É um testemunho real que estou fazendo aqui: eu tinha um dedo inútil que praticamente não era mapeado pelo meu cérebro e nem sentido como fazendo parte do meu corpo, até que fui obrigado a utilizá-lo pra manejar uma guitarra de prástico que me faz parecer um retardado:

Você parece um retardado quando joga Guitar Hero

Mas não pareço retardado só por causa do dedo, claro. O que te transforma num retardado é que você realmente acha que está tocando numa banda, fazendo covers 100% de músicas do cancioneiro popular, como “My Name is Jonas” que eu nunca tinha ouvido mais gorda na minha vida, o que é explicável já que nunca fui muito com a cara de Weezer. Mas parte da alegria está justamente em descobrir riffs e solos divertidos de apertar botão em músicas nunca dantes navegadas. É claro que de vez em quando você tropeça num Fall Out Boy, o que te faz levantar as mãos pro céu e pedir pra um deus que não existe pra fulminar quem fez o setlist de Rock Band, que, de outra forma, teria o setlist mais espetacular de todos os tempos, batendo de longe qualquer jogo da série Guitar Hero.

Fall Out Boy; quem bota uma merda dessas num jogo de tocar guitarra de prástico? Vsf. Continuamos na semana que vem, ainda tenho muitas fotos de retardados tocando Guitar Hero pra vocês verem.

Até o final

Analfabetismo Funcional segunda-feira, 21 de julho de 2008 – 6 comentários

Porque a vontade de ler algo ruim sempre nos impulsiona até o final de um livro? Atualmente, estou lendo dois livros. Um deles, estou lendo aos poucos para que dure o máximo possível, para aproveitar bem cada palavra, cena, capítulo, tudo. Já o outro é outra história. O comprei em uma daquelas lojas que vendem livros novos com preço mais em conta e só paguei por ele porque a a editora era uma que, pelo que eu conhecia, só publicava livros foda. Levei ele pra casa com essa idéia na cabeça, começando a ler no ônibus mesmo.
Bem, isso já tem 3 meses que aconteceu. Até agora, não consegui avançar mais do que 100 páginas, mas uma coisa sempre me leva a continuar não importa quantas vezes eu durma no meio da leitura dele, algo que nunca aconteceu antes.
Mas a questão aqui é a seguinte: Porque continuamos a ler livros, mesmo eles sendo uma porcaria completa?
Não sei quanto a vocês, mas se eu decido começar um livro, eu não paro de ler até o final, mesmo que aquilo acabe com toda a minha paciência. Saber que aquilo é uma bosta me motiva a fechar o livro e desistir de ler ali mesmo, mas um dos princípios que tenho, o de nunca desistir, me impede de parar ali mesmo. Poucas as vezes o venci, mas isso não vem ao caso.
Isso é só com livros ruins, a raiva que sentimos ao ler eles só não é superada pela consciência, culpada por ter feito a escolha daquilo. Já com livros bons, o que acaba impedindo a leitura rápida?
Acredito que seja exatamente o contrário que nos impulsiona a terminar algo ruim. Ler algo agradável, algo que faz a gente se sentir bem nos dá a vontade de fazer com que aquilo dure o maior tempo possível para que aquela sensação de felicidade seja estendida semanas a fio, dependendo do número de páginas do ser que estamos falando aqui.
Reler pode ser uma boa, mas e quando essa possibilidade é impossível? Livros emprestados, pegos da biblioteca, por exemplo. A chance de os vermos novamente para reler é algo que pode nunca acontecer, sei lá como são esses lugares nessa sua cidade, mas aqui em Curitiba eu nunca consegui pegar um livro de novo para reler. Ou estava desaparecido, com outra pessoas, ou perdido entre outros tantos mil livros em uma mesa desorganizada.
Mas o final, a parte mais importante de todos os livros, sempre é algo que merece destaque. Chegar até ele é algo que exige trilhar um longo caminho, frases que muitas vezes parecem não fazer sentido, nos forçando a reler certas partes; mas a vontade de ter o final ali, o desfecho de tudo aquilo que foi ou bom de se ler ou algo que praticamente foi sua fonte de tédio durante semanas faz com que a raiva sentida seja esquecida se o final for de acordo com o esperado, ou faz com que a felicidade de chegar até ali seja totalmente jogada fora com um desfecho completamente idiota. Como o dessa coluna, que termino aqui, agora.

Um Amor Para Toda a Vida (Closing the Ring)

Cinema quinta-feira, 29 de maio de 2008 – 1 comentário
Se deu bem.

Vocês têm o DIREITO de me zoar: Sim, eu assisti a um filme mimimi. Mas olhem pelo lado bom: Desde quando eu venho trazer filme RUIM pra vocês?

Primeiramente, o filme é inspirado em um fato real. Tudo acontece em 1941, em Branagan, Michigan, mas o filme começa já em 1991, em um enterro. Aí começam as lembranças e os jogos de tempo, que são sempre sensacionais. Enfim, Ethel Ann Roberts (Mischa Barton em 41 e Shirley MacLaine em 91) é uma belezinha cobiçada por TODOS da cidade, mas apenas Teddy Gordon conseguiu, de fato, TOCAR (heh) a moça. Tudo é lindo até uns japoneses decidirem atacar Pearl Harbor, e é quando Teddy e seus companheiros Jack Etty (Gregory Smith / Christopher Plummer) e Chuck Harris (David Alpay) são chamados para a guerra. Teddy e Ethel Ann fazem um casamento secreto, com apenas uma aliança, e o cara parte com a velha promessa de amor eterno e algo bizarro: Faz um pacto com Chuck para que ele fique com Ethel Ann caso o pior acontecesse. E, é claro, a aliança vai com ele.

E sim, o pior acontece, dois anos depois. O avião de Teddy bate em uma montanha de Belfast e… o pacto, sem o conhecimento de Ethel Ann, é colocado em prática. E é em 1991 que Chuck morre e a velha Ethel Ann começa a ter uma overdose de nostalgia – afinal, nesse tempo todo ela AINDA pensava em Teddy – que aumenta ainda mais quando um moleque completamente estranho de Belfast encontra a aliança dos dois. Então ela parte para Belfast para decidir o rumo de sua vida, e é quando as coisas começam a ficarem mais… claras.

A cantada foi fraca, deu pra perceber.

Bom, temos aí um romance épico, uma mistura de dois gêneros que não são a minha praia. Mas o enredo, o “jogo de tempos”, o elenco e a Mischa Barton nua chamaram e MUITO a minha atenção. Não quero convencer ninguém do contrário, o filme é realmente “mulherzinha” e conta uma história que você já deve ter visto numa novela da Globo, mas a diferença está BEM na EXECUÇÃO da bagaça.

Citar clichês em um romance épico seria sacanagem, mas apesar do nome, o filme não é tão brega quanto você imagina. Eu pensei que veria algo como Titanic, mas não, o romance é… sóbrio. Melancólico, porém sóbrio. É realmente complicado explicar a sensação, mas a dica é: Chama a sua gordinha pra ver o filme, ela vai gostar. Mas se você é do tipo que ODEIA romances, como eu, passe longe. Mas aí entra a contradição: Eu ASSUMO ter gostado do filme, mas como cinéfilo. Não vi um filme bonitinho, com um final feliz e coisas do tipo. Eu vi uma PUTA fotografia, o jogo de tempos que eu acho do carái, um elenco que fez a lição de casa e MUITO bem – destaque pro novato Martin McCann, que mandou MUITO BEM no papel de adolescente ingênuo e bobão – e um desenrolar de trama que não deixa de ser envolvente MESMO sendo um romance épico.

Quem não fica esperto leva porrada, mesmo.

Um Amor Para Toda a Vida

Closing the Ring (118 minutos – Drama / Romance)
Lançamento: Reino Unido / Canadá, 2007
Direção: Richard Attenborough
Roteiro: Peter Woodward
Elenco: Shirley MacLaine, Christopher Plummer, Mischa Barton, Stephen Amell, Neve Campbell, Pete Postlethwaite, Brenda Fricker, Gregory Smith, Martin McCann

Paranóia com livros

Analfabetismo Funcional segunda-feira, 21 de abril de 2008 – 11 comentários

Na semana passada, falei sobre curiosos que ficam se acotovelando a volta de pessoas que carregam livros, tentando descobrir o que estão a ler, essas coisas. Mas esqueci de falar uma coisa: a melhor maneira de conseguir o título de um livro. Se for uma garota, pergunte a ela. Certa vez conheci uma garota que estava lendo um livro chamado Charlotte, que era muito legal e saí com ela algumas vezes. Infelizmente só lembro do nome do livro, o dela não. Se for um homem… bom, sei lá, nunca perguntei pra um cara o que ele estava lendo. Esbarre nele até que derrube o livro, ou pegue ele e saia correndo.
Mas essa semana falarei sobre paranóia com livros. Eu diria que trato os meus de uma maneira um pouco incomum, mas não de maneira tão estranha quanto alguns conhecidos meus e algumas histórias que ouvi por aí, algumas dessas que irei falar por aqui.
Primeiro de tudo, vamos a minha paranóia. Tudo começa na hora de comprar eles. Logo na livraria, não aceito ajuda de ninguém, desde o dia que ouvi um atendente falando que o livro do Senhor dos Anéis era baseado no filme. Normalmente já chego lá sabendo o título que quero, então é só questão de procurar. Quando finalmente acho, pego uns 4 ou 5 volumes iguais, e observo alguns detalhes: As bordas, para ver se estão limpas; se tem alguma dobra de erro de corte na páginas; se as folhas estão todas do mesmo tamanho; se a costura de cada volume está bem feita; se há cola entre algumas páginas, algo que dificulta a abertura e pode rasgar se forçar demais; essas coisas que quase ninguém percebe. Dependendo do título que quero, demoro em média 20 minutos só nesse processo. As vezes cheiro as páginas para ver se tem um cheiro bom, mas só as vezes. Quando vou ao caixa, faço um pequeno saque na parte de marcadores de livros, pegando o máximo possível para adicionar a minha coleção, que já conta com mais de 80 diferentes, sem contar os que estão no meio dos livros.
Durante a leitura não os abro muito pra não forçar o miolo das páginas, para que a cola não arrebente e para que o volume não fique torto. E quando finalmente chega o momento de colocar ele na prateleira, ele está quase da mesma maneira que saiu da loja, praticamente novo.
Mas isso não é tão estranho assim. Perto de outros, isso é coisa pequena. Já vi gente lambendo as bordas, para ver se as páginas estavam alinhadas EXATAMENTE. Já presenciei uma discussão em uma loja entre um senhor que estava com 6 livros a seu lado, todos iguais, e conferia página por página para ver se tinha letras apagadas e, como ainda não tinha achado nenhum de seu agrado, discutia com o vendedor para trazer mais volumes para que ele analisasse. Um vizinho meu, quando chegou sua primeira edição de Harry Potter e o Cálice de Fogo importada, vi ele colocar o livro em um pacote lacrado e esperar meses até que saísse a versão traduzida do livro, porque não queria estragar o que ele chamava de raridade.
É, eu conheço gente estranha. Para conservar os livros, eu pelo menos uma vez por ano abro todos eles e os folheio para que as páginas não grudem, algo que tenho medo que aconteça. Demora em média umas 6 horas para fazer isso com todos, mas vale a pena, pois quando termino a prateleira fica totalmente diferente. Sobre a maneira de arrumar, não existe uma exata. Eu coloco os livros de uma maneira que eu ache que fique interessante para quem for ver, nada de ordem de altura ou editora, tem que ficar numa ordem que pareça interessante. No momento, está alternada entre livros em pé e deitados. mas pelo que vi nos comentários dessas colunas logo no começo, tem gente que joga todos os livros em um sofá, embaixo da cama, na geladeira e em lugares muito ridículos. Meu sonho é ter um quarto como o da Yomiko Readman, protagonista de Read Or Die e estou chegando perto disso, já.
Enfim, só pra finalizar, só um aviso simples, mas nada importante: Se sua paranóia, sua vontade de proteger seus livros ou qualquer outro objeto inanimado for superior a alguma coisa real, procure um médico. Loucura por livros não é algo bom, e posso garantir que deixa seus bolsos vazios, sem dinheiro pra mais nada…

Baixe o som Hot Corner, novo do B-52’s

Música sexta-feira, 14 de março de 2008 – 2 comentários

Não, eu não me canso de divulgar essa banda por aqui. Ela é do caraleo, e eu sou MACHO o bastante pra admitir isso. Noobs.

Clique aqui ou aqui para baixar o som Hot Corner, que estará no novo álbum da banda, Funplex. O lançamento é no dia 24 (sugestivo?) deste mês.

Incrível, o som é MUITO tradicional. Pura nostalgia. E vale dar os créditos do furo para o Zona Punk, além de pararmos por aqui antes que mais uma piada sem graça de duplo sentido apareça.

Ofertas: CD’s da banda B52’s

Morte do Playstation Portable? Errei, porra!

Nerd-O-Matic quinta-feira, 13 de março de 2008 – 19 comentários

E aí bando de losers que jogam pouco? Duplamente losers, porque além de serem losers vocês jogam pouco. Por que vocês não se matam?

Ok, vocês lembram no início do ano, quando eu fiz umas previsões sobre como seria o ano de 2008 nos vídeo-games? Cês lembram que eu falei que o PSP tava meio fadado a sumir nesse ano?

Orra, acho que errei pra caralho.

Esse início de ano está DO CACETE pro portátil da Sony. Vou falar pra vocês de dois joguins que ocuparam meu tempo desde que voltei do meu exílio vídeo-gamístico auto-imposto há umas semanas, e que podem ser o motivo pra você pensar mais seriamente em adquirir um PSP, caso ainda não tenha um.

God of War: Chains of Olympus

Mano. Esse jogo é de chorar de tão bom. Terminei-o ontem e já estou a fim de jogar essa merda de novo. Jogar inteiro eu quero dizer. Do começo ao fim.

Eu vou falar a verdade: eu não sabia que o PSP podia gerar gráficos com essa qualidade. Porque não é só a questão da boniteza que esse jogo tem, mas presta atenção nisso:

Ele não tem slowdown
Ele não tem loadings

Ce crê? Um jogo de altíssima qualidade gráfica que não tem loadings, cara! Se você tiver o tempo disponível, tu vai do início do jogo até a última batalha sem uma tela de carregamento, num fôlego só. E mesmo quando você tá passando o cerol em Mó GALERA nas arenas, ele não tem slowdown, não dá uma travadinha.

Só esses dois fatos aí de cima já prestam testemunho da excelência técnica de God of War: Chains of Olympus. Dá pra ver que o jogo foi polido á exaustão antes de ser lançado. O resultado é um jogo praticamente perfeito, qualquer reclamação que eu fizesse aqui seria pura frescura e veadagem.

Tirando a boniteza e a parte técnica, vamos ao que mais interessa: “Atillah, o jogo é divertido?” Ô. Chega a me dar ereções, de tão divertido que é. Sério. Mas eu justifico: tem PEITOS nesse jogo. Vários pares deles. E não estou falando do peito nu do Kratos; estou falando de minas com peitos expostos em profusão na telinha do seu PSP. Você vai ter que apertar bem os olhos pra ver alguns deles, mas eles estão lá. Uma das deusas, a irmã de Helios, tem uns peitos maravilhosos e cara de ninfetinha. Sexy. Gosto de jogos que me excitam e colocam peitos na tela sem um motivo específico pra isso. A mina lá no vídeozinho, dando a letra pro Kratos que ele tem que recuperar a luz do Sol e blah blah whatever, e tu sacando o bouncing dos peitos dela. Show de bola.

Fora os peitos (peitos pra fora), a jogabilidade é totalmente fluida, excitante e satisfatória. São poucas armas e magias no jogo, mas elas são eficientes e divertidas de usar; você nem sente falta de mais coisa. É tudo tão violento, assassino e sanguinolento que realmente não dá pra reclamar. Os combos do Kratos te deixam satisfeito só de olhar; aquelas armas dele descrevendo círculos vermelhos gigantescos no ar, com possiblidade de engatar combos e chains eternamente, fazem você gargalhar sozinho de emoção enquanto joga. Não estou exagerando. Nunca foi tão emocionante mandar uma medusa pro inferno.

Aliás, falando em inferno, você desce até o Hades nesse jogo e passa o cerol no CARONTE, mano. Orra, o cara é o barqueiro do inferno. Você PASSA o Caronte e rouba o navio dele; não é de chorar de alegria? Esse jogo me emociona em tantos níveis mitológicos e épicos que nem adianta explicar aqui porque vocês são ignorantes e só lêem Harry Potter. Dante Alighieri manda lembranças, motherfuckers.

Realmente não tem como ficar melhor. Uma salva de tiros para o PSP e para os desenvolvedores de God of War: Chains os Olympus. Trabalho de macho. Coisa refinada. O PSP continua sendo o portátil de escolha para os hardcore gamers. Me diga UM jogo do Nintendo DS que tenha peitos porra!

Patapon

PON-PON-PATA-PON!

Gay.

Sim, gay ficar repetindo as musiquinhas do jogo. Pare com isso agora se você preza esse saquinho de bolinhas de gude que você carrega entre as pernas.

Mas ok, entendo que é difícil pra você, pequeno jogador emasculado, não ficar repetindo os efeitos sonoros absolutamente lesantes desse jogo. Ele é um exemplo de drogas ilícitas em forma de vídeo-game. Tu pega pra jogar sem grandes expectativas, é envolvido pela experiência e não consegue soltar mais da parada.

Patapon é um desses jogos com personagens graciosos, que parece ser jogo de mulher á primeira vista. Mas ele se torna bastante complexo com o passar das fases então não pode ser jogo de mulher. Com mais ou menos uma hora de jogo tu saca que o que parecia apenas um Dance Dance Revolution disfarçado é na verdade um jogo de estratégia, onde você precisa pensar exatamente em como montar seu exército de pequenas criaturas cantantes, e sincronizar esse exército de acordo com a movimentação dos inimigos.

O que realmente diverte em Patapon é que os ritmos são muito intuitivos; é só ficar ligado com o que está acontecendo na tela e seguir o fluxo das coisas. O inimigo fez cara de que vai vir pra cima de você? Toca o ritmo de recuar. O inimigo deu pinta de que está meio abalado e o vento tá a favor? Toca o tambor pra galera partir pra cima. É tudo simples, mas quando você acerta exatamente as condições e o momento, você vê as criaturinhas mandando uma chuva de lanças e flechas no inimigo, com os números de damage pulando na tela. É uma satisfação enorme. Controlar exércitos sempre é uma coisa do caralho e remete cada um de nós imediatamente ás nossas experiências infantis de ficar fazendo guerra com bonecos de Lego ou Comandos em Ação.

O que deixa o troço todo com mais cara de briga de Legos é que com o passar das fases você vai juntando itens e armas, que permitem moldar o seu exército com uma série de características específicas. Como cada exército tem três grupos distintos de patapons, você pode ir melhorando as estatísticas de grupos específicos, e armando eles de acordo com a função que você quer que eles desempenhem. Você chega ao fim do jogo com um exército extremamente particular e personalizado, que reflete as suas características de jogador. Se tu é um cagalhão, você vai ter uma linha de frente com patapons tank, que vão segurar a onda das porradas, e as duas linhas de trás com lanceiros e arqueiros: dano á distância com um mínimo de baixas. Se tu é mais ousado e inconseqüente, vai investir numa linha de frente ágil, pra caçar os inimigos sem se importar muito com perder alguns patapons. Você é o que você joga, como eu sempre digo.

Joguim da porra de legal. Não falei do estilo visual de jogo, que é uma obra de arte. Ele lembra aquele visual clean de LocoRoco, com personagens muito carismáticos e tal. É como eu falei: fica naquela linha entre o bonito e a bichice. Mas não ofende o jogador sério e combina demais com a experiência de jogo. Um jogo do qual você sai feliz e satisfeito, mesmo se jogar só uns dez minutos.

Bom crianças é isso. Foram aí dois ótimos motivos para contradizer a minha previsão de morte prematura do PSP. Tem certos momentos em que eu adoro estar errado cara. Queria ter falado também de Wipeout Pulse, outro PUTA jogo que saiu nesse início de ano, mas isso aqui já tá muito grande. Fica a sugestão de qualquer forma.

Ah, e só pra ilustrar o quanto God of War é excepcional, com apenas alguns dias de lançamento ele já é o jogo top do PSP, com um score médio de 9,2 entre os 35 maiores sites de reviews de jogos em língua inglesa. Impressionante hein? Putaqueospariu como esse jogo é bom.

Joguem, motherfuckers. Não estou vendo os calos nos dedos de vocês.

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