E aí, vocês cansaram de falar de pirataria? Nós ficamos quase UM MÊS discutindo sobre pirataria. Em dois sites diferentes ao mesmo tempo.
Eu não cansei; na verdade eu podia ficar mais UM ANO argumentando e escutando o que vocês têm pra falar. Não é que eu goste de ouvir vocês, mas eu gosto sim de argumentar, discutir e foder com a mente dos outros. É uma espécie de esporte pra mim. Mas achei melhor dar uma parada no assunto, já que vocês não agüentam o tranco.
Então, na coluna de hoje vamos falar sobre games e personalidade. Já notaram como diferentes tipos de pessoas gostam de diferentes tipos de jogos? Já notaram como existem certas pessoas que simplesmente não vêem graça nenhuma em vídeo-games? Por que será que isso acontece, essas diferenças de perfil gamer?
Vamos analisar. Pense em cinco jogos que você gosta. Os meus, no momento, são:
Shadow of the Colossus (PS2 – Ação).
Final Fantasy Tactics (PSP – Estratégia em Turnos)
Trauma Center (Wii – Puzzle/Adventure)
Zelda Twilight Princess (Wii – RPG/Adventure)
Syphon Filter: Logan’s Shadow (PSP – Ação)
á primeira vista parecem jogos muito diferentes, mas analisando com paciência você percebe que eles têm alguns elementos em comum. Vamos tentar identificar cada um desses elementos e sua relação com a personalidade de quem joga.
1) Todos são jogos que exigem um mínimo de reflexão antes de realizar as ações. Nenhum dos cinco jogos é baseado em reflexos rápidos ou ação incessante. Mesmo no caso de Syphon Filter, o rirmo é lento, e o avanço é feito através da procura de pontos no cenário onde você possa se esconder e derrubar os inimigos impunemente. São jogos muito diferentes de um Doom III Multiplayer, por exemplo, que é ação pura e simples.
2) Os cinco jogos possuem uma história a ser acompanhada. Em todos eles o enredo ocupa um lugar importantíssimo, sendo que em alguns chega a definir o que deve ser feito nas partes de ação. Zelda é o expoente máximo desse elemento: se você não prestar atenção no que os personagens falam, não vai saber o que fazer em seguida. Diferente de jogos como Street Fighter ou Tekken, onde a história simplesmente inexiste ou não importa para o jogo.
3) Os jogos escolhidos permitem uma liberdade de estilo de jogo, onde o jogador define que estratégias vai utilizar para vencer os desafios colocados. Até mesmo em um jogo aparentemente linear e restritivo como Trauma Center, o jogador tem a opção de ser um cirurgião rápido ou um cirurgião habilidoso, usar o healing touch, pular algumas etapas do procedimento, etc. Jogos que são altamente restritivos seriam adventures como Myst, que não permitem que você saia uma linha dos scripts do jogo. Você deve jogar e fazer estritamente o que foi programado pelos desenvolvedores, a fim de fazer o jogo continuar.
Existem outros elementos comuns naqueles jogos, mas já temos material suficiente para uma análise prévia de personalidade com esses três pontos levantados.
Muito bem; quem é esse cara que gosta de jogos com essas características? De pronto já podemos concluir que é alguém que gosta de estar no controle das coisas, e não de ser levado pelo jogo. Como estou falando de mim, posso dizer que isso não é apenas uma preferência de estilo de jogo, mas algo que faz parte da minha personalidade. Não gosto de não saber o que está acontecendo, de ser jogado de pára-quedas em uma situação na qual eu não saiba o que fazer. Quando acontece algum problema no trabalho, por exemplo, eu preciso ser informado com todos os detalhes do que está rolando; eu quero saber quem são os envolvidos e que recursos eu tenho á disposição para resolver a situação. Eu sempre trabalhei dessa forma na minha vida profissional, da mesma forma como acontece o briefing da missão em Syphon Filter. E estou supondo que esse traço da minha personalidade me faz preferir esse jogo pelos mesmos motivos que eu atuo como atuo no meu trabalho.
Por outro lado, conheço pessoas que são especialistas em resolver situações bizarras sem nenhum recurso, fazendo gambiarras aqui e ali, e no fim tudo dá certo. Esses McGyvers são muito diferentes de mim. Lembrei agora de um amigo meu, que não sabe ler inglês, mas mesmo assim joga Metal Gear “por instinto”, jogando através de tentativa e erro. Ele morre pra caralho no jogo, mas uma hora chega na resposta certa e consegue avançar. Eu nunca conseguiria fazer isso, porque detesto morrer em jogo. Quando eu morro, considero que foi um erro meu, e não do jogo.
Tenho baixa tolerância a erros, e eles me irritam muito. Por isso evito jogos que envolvem muita tentativa e erro, como Touch Detective e Full Throttle. São jogos que nem sempre podem ser resolvidos pensando, e você precisa tentar várias coisas até descobrir o que precisa ser feito no cenário. Isso me irrita. Faz eu me sentir burro, e daí eu largo rapidamente do jogo. Não gosto de errar. Gosto de pensar antes e fazer certo já de cara.
Histórias e enredos. Sempre preferi jogos que você precisa ler, até mais do que jogar, como é o caso dos jogos da série Final Fantasy. Provavelmente isso se deve á minha ligação com os livros e com a escrita, que sempre foram fontes de gratificação para mim, e até já me renderam dinheiro. É evidente que eu também jogo coisas que não têm porra nenhuma de história, como Doom. Mas digamos que se for pra dar tiros em alguma coisa, prefiro que exista uma história interessante. Então sempre vou dar preferência a Silent Hill em detrimento de Quake. Se puder, escolho Silent Hill.
Flexibilidade no estilo de jogo. Um ponto MUITO importante para mim. Eu quero jogar como eu achar melhor, trocando de estratégia conforme a situação. Quero ter a opção de uma faca para um combate corpo-a-corpo, quero um rifle para matar um inimigo próximo, e quero um arco e flecha, para matar o cara que ainda não me viu. Me incomodam os jogos muito rígidos, onde você faz a mesma coisa do começo ao fim. Aqui fico pensando em alguns amigos que conseguiam passar MESES jogando Street Fighter, sempre com o Ken, e sempre dando a mesma seqüência de golpes, repetindo eternamente a mesma coisa e, aparentemente, se divertindo muito com isso. Ou minha mãe, que passa horas jogando Freecell no windows, tentando bater o score anterior. Alguma pessoas preferem regras rígidas e simples, que permitam a elas se concentrar no jogo. Eu não sou assim.
Como vocês podem ver, tudo depende da personalidade de cada um. E não se engane: sua personalidade, quem você é, como você vê o mundo, são coisas que se expressam nos jogos que você escolhe e no modo como você joga.
Diga-me quem és e te direi que merda tu jogas.
Eu falei muito de mim, porque sou a única pessoa sobre quem posso falar com certeza. Mas vamos alçar vôos mais altos e tentar expandir esse modelo de análise. Vamos pensar em outra pessoa agora, pra ver se você pegou corretamente a idéia de tudo que eu disse.
Pense no Théo. Considerando o que você já conhece dele pelo site, que tipo de jogo você acha que ele jogaria?
É, você, que acha que só porque ela é um rostinho bonito (cófcófbarangacóf)ela não tem problemas, comece a mudar de opinião. Sabe aquele show de umas semanas atrás, que teve no VMA, e que passou pelo mundo inteiro? Pois bem, depois dele, a carreira de Britney, ou pelo menos o que sobrou dela, voltou ao que era antes. Bem, não totalmente, mas voltou.
Só que, pelo visto, não avisaram ela que ninguém que estava lá dançando era porque gostava das “músicas” dela. Daquela apresentação, nenhum deles viu UM centavo que seja. A maioria que sobreviveu e foi contratado para os outros shows, só foi paga pelas apresentações posteriores. Mas o motivo que pode justificar o não pagamento é bem simples, idiota até. A empresa responsável pela contratação deles, foi “dispensada de seus serviços” dias antes do show. Num pequeno problema de comunicação, não devem ter avisado a equipe, que já estava ensaiada, e prestes a subir ao palco.
Espero que eles sejam pagos, pois aguentar Britney sem que não tenha ninguém pagando, ou é loucura, ou burrice.
Para comemorar os 25 anos do filme original e um clássico de ficção científica, uma versão especial será lançada. O filme, de 1982, que conta uma visão futurista de Los Angeles no ano de 2019, foi baseado em um conto de Philip K. Dick, autor de várias outras histórias adaptadas para ocinema, com Harrison Ford no papel principal de um detetive da cidade chamado Deckard.
O que terá de diferente essa versão? Muitas coisas, pelo que foi divulgado. Ridley Scott, o diretor do filme, restaurou todas as cenas, adicionando um toque especial a cada uma delas, refazendo efeitos que não eram bons na época, e adicionando alguns pra melhorar o que já era bom. Ainda incluso no disco, cenas exclusivas de bastidores, e cenas que foram apagadas na edição final, que nunca foram vistas. Coisa fina, pelo visto.
A edição, que já tem data de lançamento, dia 18 de dezembro, irá se chamar “Blade Runner: The Final Cut”, e pra variar, não há previsão de chegada ao Brasil, mas espero que chegue até meu aniversário, seria o presente perfeito…
Que Boneco Assassino (Child’s Play) é um puta clássico do terror trash vocês já estão cansados de saber. Após cinco filmes, tendo só a trilogia inicial realmente boa (Os últimos dois filmes são uma bomba, pelo que dizem), é hora de parar de insistir no mesmo erro e correr atrás de um remake. Sim, o primeiro filme da franquia vai ser refilmado, e trará algumas… novidades.
“Vamos fazer uma versão mais radical e assustadora do primeiro filme, que já é bem aterrorizante. Ainda não discutimos quem dirigirá. Só falamos sobre histórias, então acho que será um processo divertido quando chegar a hora de rodar. A idéia de pegar uma habilidade que não tínhamos antes e empregar neste novo filme é que é empolgante.”
Essas são as palavras do produtor David Kirschner, responsável pelos cinco filmes do famoso boneco grunge assassino. E tem mais: O boneco não será feito em computação gráfica, ele ainda será um boneco “animatrônico”. Senão não seria trash.
Apesar de muitos acharem que houve poucos anúncios de cancelamentos até agora, a nova programação do fall season estreiou já faz um mês, o canal CBS iniciou á “caça aos seriados de baixa audiência” com o cancelamento de Viva Lughlin.
Obviamente, você não conhece (e dificilmente conhecerá) esta série que contava a história de um dono de cassino que se via, de repente, no meio de uma trama de assassinato. Mas, há um detalhe que não mencionei, a série é um musical, isto mesmo, em meio as conversas entre os personagens eles, simplesmente, começam a cantarolar. A série foi cancelada logo após a exibição do segundo episódio e era, com certeza, um cancelamento certo, se nos cinemas, o gênero musical produz vez ou outra um filme que preste imagina uma série tão específica funcionar na televisão aberta americana.
Aposta certa para o cancelamento
Ainda sobre séries, já foram confirmadas temporadas completas (normalmente de 22 a 24 episódios) das seguintes séries: Pushing Daisies (melhor estréia da temporada, com exibição pela Warner em 2008), Private Practice (série derivada de Grey’s Anatomy, acredito que o Sony exiba em 2008), The Big Bang Theory (comédia que estréia agora em novembro na Warner) e Gossip Girl (drama teen que também estréia em novembro na Warner). Um dos motivos para os poucos cancelamentos comenta-se que seja devido á greve de roteiristas que irá acontecer nos Eua apartir de novembro.
Anteriormente por aqui, eu citei na coluna Previsões para os próximos lançamentos no mundo do Rock os álbuns Echoes, Silence, Patience and Grace (Foo Fighters), Black and White Album (The Hives) e Over the Under (Down), expondo a minha previsão de como os álbuns seriam. Eles já foram lançados e devidamente resenhados, como podem ver. Agora é a hora de falar sobre esses álbuns mais uma vez e aproveitar pra colocar os álbuns Era Vulgaris (Queens Of The Stone Age) e Elect the Dead (Serj Tankian) na roda de vocês. Demorô.
FOO FIGHTERS – ECHOES, SILENCE, PATIENCE AND GRACE
Houve um Especial Foo Fighters por aqui momentos antes do lançamento do álbum, e foi do carái. Só que no fim, não valeu tanto a pena assim. O álbum tá… legal. Os caras meio que gostaram dessa de fazer acústicos e fizeram um “faixa sim faixa não”, colocando um som pesado seguido por um som acústico, e por aí vai. Bom, pesado em termos, a faixa mais pesada é a The Pretender, basicamente, e também é a melhor música do álbum. De poucas. Pela primeira vez fiquei decepcionado com o trabalho da banda, tendo em vista que eu já havia desconsiderado o trabalho anterior, Skin and Bones, um acústico ao vivo. Creio que eu seja o único fã a não ter gostado do álbum, mas eu não ligo pra vocês, mesmo.
THE HIVES – BLACK AND WHITE ALBUM
Deprimente. Logo o álbum em que eu botava mais fé pela SONZEIRA Tick Tick Boom, mas esse é realmente o ÚNICO som bom no novo álbum dos caras. Sério, eu diria que foi a decepção do ano. Conheço pouca gente que gosta da banda, até agora não vi nenhuma opinião sobre o álbum além da minha. Mas, sério, os caras deveriam ter parado quando disseram que iam parar, assim que lançaram o álbum Tyranossaurus Hives. Decepção TOTAL.
DOWN – OVER THE UNDER
Um dos poucos álbuns em que eu acertei a previsão: Não foi ruim, mas também não é sensacional. Os caras meio que CHUTARAM o Stoner Rock e agora estão com um lance mais Doom Metal, não é muito a minha praia. Talvez os caras sigam esse estilo daqui pra frente, uma pena, tendo em vista que Phil Anselmo já não tem mais garganta pro Scream, e agora faz um vocal grave. Ílbum bacana, valeu a resenha.
QUEENS OF THE STONE AGE – ERA VULGARIS
O QOTSA é uma das poucas bandas que inovam sem pisar na bola. Ouvir este álbum pela primeira vez foi um soco, eu entrei em pânico pensando que os caras haviam desaprendido. Mas aí eu dei uma chance pros caras e resolvi ouvir pra valer, e fui percebendo que eles haviam experimentado mudanças mais “radicais” dessa vez. Muito melhor que o álbum anterior, mas ainda assim falta algo: Nick Olivieri, Mark Lanegan e Dave Grohl, definitivamente, fazem falta. O primeiro faz mais falta ainda. O líder da banda, Josh Homme, tá empolgado e querendo gravar um álbum novo o quanto antes. Isso me dá medo, mas quem sabe eles voltem ás origens e fazem aquele Stoner Rock de PRIMEIRA de novo?
SERJ TANKIAN – ELECT THE DEAD
Eu não esperava NADA deste álbum. Aliás, esperava MÚSICA ERUDITA, até. Mas não, o cara fez eu calar a boca e mandou ver em um PUTA ÍLBUM FODA, estou pra dizer que é o melhor do ano. Ainda com um toque de System of a Down, o cara fundiu o som pesado com o som calmo, simplesmente fez um trabalho acima do SOAD e me empolgou legal. Sério, eu não esperava algo tão bom, ouçam o álbum para entenderem o que eu to dizendo. Dos cinco citados neste artigo, esse é o mais bem trabalhado, enfim, é o melhor. Vai ser difícil o cara manter a qualidade para possíveis próximos trabalhos. Eu espero que sim, e que ele venha pro Brasil logo.
É isso, aprendi que nunca mais eu devo botar fé em lançamentos. Mas é difícil, confesso, quem sabe um dia eu aprenda e fure meus tímpanos. Agora é só esperar o que está por vir: Metallica, Alice in Chains, Queens of the Stone Age (possivelmente), Ozzy Osbourne (com ou sem Black Sabbath) e AC/DC. Só coisa boa, convenhamos.
Não vou fazer essa review faixa a faixa, ok? Já tem disso de monte por aí. Vou falar de uma forma geral do álbum, e pensando mais em quem já curte a banda.
Chora emo.
A melhor parte do In Rainbows é uma certa qualidade de transporte pra outros ambientes e cenários, que permeia o álbum todo. Radiohead faz muita música assim, como a “Meeting on the Aisle”, um single antigo deles, absurdamente repetitivo e viajão. Música da qual lembrei muito já na primeira faixa do In Rainbows. Tenho certeza de que esse álbum vai ser ótimo para ser ouvido sob o efeito de tóchicos. Mas não usem dogras crianças. Drugs are bad, you shouldn’t do drugs, como dizem em South Park.
In Rainbows não te pega na primeira audição; é aquele tipo de álbum que te confunde com os sons na primeira vez que você ouve, pois não segue uma harmonia linear, uma forma fácil do começo ao fim das músicas. Do nada surgem scratchs e samplers, que só aos poucos se misturam pra criar a experiência total. Só depois que seu ouvido já conhece a música, e que você retorna a ela, é que você passa a curtir o que está acontecendo. Isso acontece muito com Pink Floyd e outros grupos que investem em complexidade musical.
Aliás esse é provavelmente um forte motivo para explicar o fato de tanta gente não gostar de Radiohead; não é que o som seja “pretensioso”, “esquisito” ou “muderno”, ele simplesmente possui muitas sonoridades e níveis na mesma música, e se vale de efeitos e instrumentos diferentes dos triviais. Estamos acostumados com poucos instrumentos sendo tocados ao mesmo tempo, principalmente quem gosta de rock e metal como eu. Você sai de um Matanza, por exemplo, pra escutar Radiohead, e se auto-provoca uma diarréia mental. O cérebro precisa de um tempo para se adequar á mudança de estímulos.
Radiohead é uma dessas bandas que precisa ser ouvida no fone de ouvido, para ser completamente aproveitada. Eles trabalham muito com alteração dos canais, divisão dos instrumentos e vozes entre esquerda e direita, e as coisas só fazem sentido quando você divide o som entre suas duas orelhas. Essa qualidade está presente em todas as músicas do In Rainbows, um álbum para ser “lido”, da mesma forma que você lê um livro. Pare e sente para escutar o álbum. Preste atenção no que está acontecendo sem distrações á sua volta. Parece frescura? Então pense em alguns exemplos de música clássica. Pense na diferença que você sente quando escuta Beethoven no seu sistema de som e quando a mesma música toca em um elevador. É como se fossem coisas completamente diferentes. Então não culpe a banda se VOCÊ não tem tempo ou paciência para escutar uma música do jeito certo.
In Rainbows é suficientemente criativo para ter um lugar digno na discografia do Radiohead. A única coisa que me incomodou de fato é que nenhuma música do álbum tem “pegada”, nenhuma delas te chacoalha, ou te faz pular diretamente praquela faixa quando você põe o álbum pra tocar. Talvez seja um dos trabalhos mais calmos e melancólicos da banda, possivelmente influenciado pelo The Eraser, o cd solo do Thom Yorke. A faixa mais palatável, mais mastigada do In Rainbows provavelmente é a “Jigsaw Falling Into Place”, ironicamente, a única faixa que não “encaixa” com o resto do álbum. Esses cara gostam de fazer piada interna.
Bom, In Rainbows é um péssimo álbum para se conhecer Radiohead. Mas uma ótima adição para quem já é fã da banda. E se você gostou do The Eraser, então não tem erro.
Em primeiro lugar, o título. Faz algum tempo, o théo tinha falado algo sobre criar títulos pra “séries” de posts sobre música, assim como acontece com o “Filmes bons que passam batido”. O cara até tinha arranjado um nome sagaz e homossexual pra coisa toda. Como eu sou esquecido pra caralho e tenho preguiça de procurar, eu faço do meu jeito, mesmo.
Como alguns de vocês talvez já tenham visto, uma parte dos colaboradores do site já tentou falar sobre blues por aqui, mas o fato é que eles falharam miseravelmente. Era de se esperar, claro, visto que o nível de tanguice do site nos últimos tempos se elevou ás alturas.
Pois bem. Assim sendo, vejo que sou eu quem deve portanto cumprir tal tarefa. A iniciarei, então, trazendo a vocês um dos maiores ícones do blues de todos os temp… não, porra, não é o Eric Clapton, é Stevie Ray Vaughan!
O sétimo entre os cem melhores guitarristas de todos os tempos, segundo a Rolling Stone Magazine (não que isso seja grande coisa. Afinal, uma revista que coloca Frank Zappa atrás de Jack White não merece lá muito respeito), Vaughan, que morreu em 1990 num acidente de helicóptero, é até hoje visto como um homem de respeito dentro da música, influenciando praticamente qualquer um que goste de blues hoje em dia. O cara foi realmente uma lenda, revitalizando bem pra caráio o blues nos anos oitenta.
Stevie, nascido em 1954, começou a tocar guitarra aos oito anos, ensinado por seu irmão, Jimmie. Aos treze anos, o cara já tocava por aí, atraindo a atenção de gente como Johnny Winter. Mas sua primeira banda a gravar alguma coisa mesmo foi a Paul Ray and the Cobras, nos anos 70, que lançou só um single. Em 1975, depois que os Cobras se separaram, ele formou a Triple Threat, com o baixista Jackie Newhouse, o baterista Chris Layton, o saxofonista Johnny Reno e Lou Ann Barton como vocalista. Barton largou a banda em 1978, e Reno fez o mesmo um ano depois. Os três “sobreviventes” continuaram tocando, usando o nome “Double Trouble” para a banda. E foi aí que SRV¹ pegou também o microfone(heh). Tommy Shannon, baixista que tocou com Johnny Winter, acabou tomando o lugar de Newhouse, e em 1982, o Double Trouble lança seu monstruoso primeiro álbum, Texas Flood. O nome te soa familiar, é? Provavelmente essa é mais uma das músicas que você só passou a conhecer graças a Guitar Hero. Bichona.
Um dos traços característicos do som de SRV é o timbre único e inconfundível de sua Fender Stratocaster, com o tremolo invertido, influência de Jimi Hendrix. Nota-se algo de Hendrix também em seu estilo de tocar, que, aliás, é do caralho. E a coisa não para por aí: foi tocando Little Wing, do cara, que SRV levou o GRAMMY em 1993, por melhor performance instrumental de rock. Ce nota que um sujeito é bom quando ele ganha um GRAMMY depois de morto, aliás. Falando em GRAMMYs, o cara levou seis, no total.
Essa imagem tinha 900 pixels de largura, véi. Deu pena ter que reduzir.
Agora, é claro que depois dessa enrolação toda falando sobre o cara, ce quer ouvir ele pirando o bagulho, né? Pois bem, se isso vai te fazer parar de ouvir a porcaria que ce anda ouvindo e te levar pro lado bom da música, aí vai:
Mary Had a Little Lamb. Música do caráio.
Scuttle Buttin’. Provavelmente o vídeo que mais vai te empolgar nessa resenha inteira.
Agora, se isso não te deixa satisfeito, não tem problema: eu, sendo imensamente benevolente, vos deixo aqui a discografia completa de Stevie Ray Vaughan.
¹: Stevie Ray Vaughan, jumento. Ce achou que fosse o quê? “Socialist Republic of VIETNAM”?
Na semana passada o canal Fox brasileiro (ou Raposa, nome que circula na internet desde que resolveu exibir toda sua programação dublada sem avisar os espectadores), terminou de exibir a segunda temporada de Prison Break. Produzida pelo cineasta Brett Ratner (da cinessérie Hora do Rush), Prison Break, surgiu na Fox americana como uma série tapa buraco para ser exibida enquanto não estreiava 24 Horas, no intervalo de setembro á janeiro. No entanto, a série conseguiu uma repercussão tão grande que além de ter uma temporada completa foi renovada para uma segunda e se tornou um dos carro-chefes da programação da Fox americana.
Elenco principal da primeira temporada
Para quem não conhece a série (sua primeira temporada já está disponível em dvd, a segunda chega em novembro), em Prison Break, Michael Scofield é um homem desesperado numa situação desesperadora. Seu irmão, Lincoln Burrows, está no corredor da morte e será executado em alguns meses, após ser condenado por um assassinato que Michael está convencido que Lincoln não cometeu. Sem outras opções e com o tempo diminuindo, Michael assalta um banco para que ele seja preso e levado para a penitenciária estadual Fox River, o mesmo local onde seu irmão está cumprindo pena. Uma vez lá dentro, Michael é um engenheiro civil com as plantas da prisão tatuadas em seu corpo e começa a executar um elaborado plano para libertar Lincoln e provar a inocência dele. Esta, na verdade, é a sinopse da primeira temporada da série porque, na segunda temporada, os produtores resolvem modificar o formato da série e colocar os, agora, fugitivos de Fox River sendo perseguidos pelo misterioso agente Mahone (excelente personagem de William Fichtner).
Na verdade, o grande sucesso de Prison Break se deve ao engenhoso e ágil roteiro do programa, sempre com excelentes ganchos entre os episódios (os já famosos cliffhangers), e, também, á tensão palpável criada em cada cena graças a boa trilha sonora. Mesmo na segunda temporada quando a qualidade não é a mesma da excelente estrutura da primeira, os roteiristas compensam com mais cenas de ação e construindo a narrativa em volta dos fugitivos e a busca dos mesmos pelo FBI.
Os fugitivos da segunda temporada
No entanto, um aviso: para acompanhar Prison Break é necessário deixar de lado a lógica pois o roteiro da trama utiliza de todos os meios possíveis e impossíveis para manter o clima de suspense da história, isto é, a verossimilhança (palavra difícil, hein?) passa longe da trama. Outro problema envolve a utilização da Companhia como vilão do seriado, na verdade, a trama nos empurra que tudo faz parte de uma grande conspiração mas, até agora, não sabemos quem está no comando dela.
Abaixo uma amostra da terceira temporada e, para quem for curioso, minha primeiras impressões sobre os novos episódios. Antes que alguém pergunte, a canal Fox brasileiro deve exibir Prison Break por aqui somente em 2008.
Aviso de spoilers
A terceira temporada está sendo exibida nos Eua (já em seu quinto episódio) e posso dizer, que o gancho do final da segunda temporada, quando Scolfield, T-Bag, Mahone e Bellick são presos em Sona, no Panamá, é, inicialmente, um pouco forçado demais, no entanto, os novos personagens e as situações que surgem em Sona melhoram muito no decorrer dos episódios, voltando a velha fórmula da primeira temporada: armar um plano para fugir da prisão (no caso, Sona), só que desta vez não há um plano de fuga.
A saída da atriz Sarah Wayne Callies, a dra. Sara Tancredi (em função de sua gravidez), prejudicou o início desta temporada de Prison Break, até porque a idéia de utilizar uma modelo para mostrar a personagem de costas foi um fiasco, contudo, a opção pelo final trágico da personagem na série foi um acerto, mesmo que tardio.
Essa semana os fãs ficaram babando em cima de alguns boatos a respeito do filme solo do Wolverine, como a confirmação de que o nome deve ser mesmo X Men Origins: Wolverine, que o personagem William Stryker (interpretado de maneira magistral por Brian Cox em X2) ficará a cargo de Liev Schreiber (CSI) e que a história muito provavelmente será rodada em New Orleans, o que fez os nerds iniciarem uma enxurrada de teorias conspiratórias a respeito da inclusão do Gambit no filme. (se ele realmente estiver no filme, eu simplesmente não assistirei essa bagaça se Josh Holloway – o Sawyer de Lost – não for o escolhido).
Hoje ficamos sabendo que Tyler Mane não será o Dentes de Sabre dessa nova adaptação. Tyler quem?
Ele interpretou o dentuço no primeiro filme da franquia X e contradizendo o papo de que os spin offs iam acompanhar os acontecimentos anteriores dos outros filmes, tomou um chute nos fundilhos nessa nova produção. Apesar de não ter nome nenhum em Hollywood e de que ninguém nunca viu o cara em outro filme, ela não teve culpa nenhuma do baixo rendimento no primeiro filme, já que seu papel era fazer cara feia, dar uma de guarda costas do Magneto e ocasionalmente dar um cacete no Hugh Jackman.
Com essa notícia, deve começar uma nova rodada de boatos a respeito de quem vai interpretar o grandalhão.
Aguardem e confiem.