Eu confesso que estava evitando tocar nesse tema desde que vi o vídeo no Destructoid pela primeira vez, mas chega um momento em que você precisa encarar seus demônios. E, infelizmente, ignorar um problema não faz com que ele suma.
á essa altura, imagino que quase todos vocês já tenham visto esse vídeo
O que temos aqui? Um garoto, de sexualidade ainda indefinida, sendo ENRABADO pelo animal de estimação da casa enquanto joga Wii.
Tem tantas coisas erradas nessa última frase que eu nem sei por onde começar.
Em primeiro lugar, por que o pequeno motherfucker tinha que estar jogando Wii? Porra, como se o console da Nintendo já não tivesse fama suficiente de console de veado. Isso parece até jogada da concorrência, para desestimular a compra do console pelos jogadores machos que ainda existem. O Wii não precisa de mais uma propaganda denegrindo seu público; até porque jogos como Cooking Mama e Warioware já fazem o suficiente pra destruir qualquer fama heterossexual que o Wii poderia ter. E é uma fama cada vez mais injusta, cara; o Wii tem jogos como Metroid, Resident Evil, Manhunt 2, entre outros que atestam a capacidade não aproveitada do console para agradar aos jogadores que prezam sua própria honra gamística e masculinidade. Ser o vetor de um estupro canino era completamente desnecessário para o pequeno console da Nintendo neste momento.
Mas ao mesmo tempo, não consigo imaginar isso acontecendo com um jogador de X360 ou de PS3; notem que o garoto estava numa postura relaxada e descontraída, só permitida pela liberdade e descompromisso que o wiimote proporciona, ao se jogar com apenas uma mão, por exemplo (não no caso desse jogo do vídeo). Qualquer jogador hardcore que se reconheça como tal, NUNCA ficaria de quatro no chão pra jogar. Eu, pelo menos, tenho uma poltrona especial para jogar, onde você assume a postura mais adequada para passar horas afundado nos jogos.
Parecida com essa.
É realmente uma questão de respeito e seriedade com a atividade que você vai desempenhar. Mas não se pode pedir que todos levem o vídeo-game á sério, lógico. E o resultado é esse que vocês viram: casual gamer = perda da virgindade anal.
Outro ponto importante: por que demonhos endiabrados o desgraçado do moleque não baixou o sarrafo no cachorro? Vão dizer que o guri é veado e que tava gostando, mas eu não acho que a resposta seja tão simples. Ninguém é totalmente veado numa idade tão tenra, a não ser talvez o Théo, que SEMPRE gostou de catar conchinhas. E, se o guri estivesse mesmo gostando, não ficaria se contorcendo de um lado pro outro, tentando se livrar do animal excitado, apenas manteria a postura quadrúpede, enquanto o animal realizava seu trabalho sujo. Então não pode ser isso.
Notem ainda que o cachorro era de grande porte em relação ao guri, o que dificulta a fuga sem a utilização dos pés e mãos. Não, não creio que o guri tenha fortes tendências homossexuais. O erro dele foi desprezar a excitação e empenho do cachorro, acreditando que o animal reconheceria que ele estava no meio de uma atividade importante e que não podia parar para satisfazer as necessidades sexuais do canino.
Mas isso só vale para o movimento inicial do cachorro, claro, já que ele teve a vantagem da surpresa, atacando o guri covardemente por trás enquanto ele estava distraído. É normal que o garoto leve um certo tempo para entender o que está acontecendo e só então tente se desvencilhar da besta no cio. Mas não TANTO TEMPO, porra. Depois do movimento inicial, bastava apertar o pause do wiimote, largar o controle e escapar do cachorro, não? Ok, nem precisava largar do wiimote, ele podia ser utilizado como arma para se dar um cacete no focinho do bicho, por exemplo. Extremamente eficiente.
Mas o fato é que a criança parece tão absorta no jogo, que tudo o mais á sua volta simplesmente perdeu a razão de ser, se tornou apenas pano de fundo para o jogo. Note que antes do estupro iniciar, o garoto estava realmente transtornado com o FPS em questão, gritando imprecações e xingamentos dirigidos ao jogo. Após o ataque do cachorro, ele continua preso ao jogo, como única coisa importante a ser feita.
Chamo sua atenção para a mão desesperada do garoto apontando para a tela, aos 30 segundos do vídeo, um atestado de tenacidade e vontade de jogar, mesmo sob as mais horríveis condições.
Só… mais um… tiro.
Não é uma mão pedindo ajuda, como a mão estendida da pessoa que se afoga em alto-mar, ou que desaparece na areia movediça. É a mão de alguém que só quer jogar, mesmo que isso signifique a perda total e irreparável de sua honra. Mesmo que isso deixe traumas indeléveis na sua infância. Mesmo que isso crie um hábito no cachorro, que agora não perdoará nunca mais os membros da família que derem condição para uma enrabadinha malemolente e rápida, sem sentimentos, sem paixão, sem DR.
Mas isso é ERRADO, caras. A vida real não está nos jogos. Por mais que eu advogue que todos vocês precisam jogar mais, nunca abram mão da sua honra pra jogar. Vocês deram risadas do vídeo, que eu sei, mas ele não é engraçado. Ele é TRISTE. É por causa das atitudes desses pequenos desajustados que toda uma comunidade gamer fica marcada e mal-vista. Ajudem a construir um futuro melhor para os gamers desse país, joguem mais, mas sejam honrados, sejam piratas, e façam o que é certo.
Vocês já tinham perdido as esperanças, né? Eu também. Prometido desde 2001, Duke Nukem Forever vai no mínimo entra pra história como o jogo que mais enrolou o público. Durante esses 6 anos, muitos comentários sagazes foram feitos á respeito do jogo, como “it will take forever to be done”, e coisas do tipo.
“This is not an early/misplaced April Fool’s joke; 3D Realms’ George Broussard revealed that tomorrow, it will release the first Duke Nukem Forever footage since 2001. At the company Christmas party, some 3D Realms employees surprised attendees with a teaser trailer. The decision was then made to share it with the public, and while it’s just a teaser, rest assured that more is coming. Come back tomorrow around noon (CST), 10am (PST), or 7pm Euro time…”
Sem mais enrolações (já teve muita), aqui está o trailer. Atenção especial para esta imagem de Duke Nukem 3D (1996), que mostra um calendário com a data “December 2007”. Será coincidência?
Chow Yun-Fat (Piratas do Caribe – No fim do Mundo) foi o escolhido para o papel de Mestre Kame no filme de Dragon Ball Z. Compare:
Já foram escolhidos: Goku, Piccolo, Chi Chi, Mai, Yamcha e Bulma. A pergunta é: Essa pequena mistura de orientais com ocidentais não vai dar uma… bagunçada?
Enfim, agora só falta Son Gohan, o avô de Goku, segundo os primeiros comunicados de quem estaria no filme. Boatos de Vegeta existem, mas eu acho improvável. E a Fox promete essa beleza pra Agosto de 2008. O filme já está sendo gravado, no México, com a direção de James Wong (O Confronto).
Meio que continuando com o assunto da coluna anterior, outra coisa que enche o saco, principalmente nessa onda INDIE, é o fato de as pessoas ouvirem algo cult por… status. E isso seria uma forma um tanto quanto irônica de fugir do “lado podre” da mídia, afinal, enquanto eles jogam um 50 Cent na sua cara, você compra um disco do Frank Sinatra. Sem saber o que o puto toca, mas “todo mundo diz que é bom”.
Ser cult é uma bênção pra muita gente. Hoje eu vou ouvir MOZART, quando este cd do The Magic Numbers acabar! Ah! Preciso ler meu livro do Franz Kafka e devolver a fita cassete do filme Laranja Mecânica pro meu amigo. Ai, vou aproveitar e dar a bunda pra ele! Afinal, com todo respeito, até isso é sinal de status hoje em dia.
Beatles é o MAIOR exemplo de cultura musical de todos os tempos. Muitas pessoas conhecem três músicas da banda e já colocam ela no TOPO da lista “Minhas bandas favoritas”. Aí, de vez em quando, pesquisam ou ficam sabendo de algo sobre ela e começam a comentar á respeito, principalmente quando o puto tem um blog. Um blog cult. O cara lê seis livros por semana, ouve INDIE, Sinatra, Beatles e fala mal pra cacete de Emo e Metal, assiste a todos os filmes do Bogart e cita Shakespeare sempre que pode. Se isso é seu estilo de vida, ótimo, pelo menos você não é religioso. Como, não? Ser ateu é ser cult. Aí, só falta você ser vegan, blogueiro, poeta ou qualquer outra merda. E ir a teatros. E assistir musicais.
Na boa?! Ser cult é ser chato pra cacete.
Mas enfim, indo direto ao ponto, algo que me deixa mais indignado com os indies é o fato de eles pensarem ter um PUTA conhecimento musical sem ao menos saber do que está falando. Alguns sabem de tudo sobre certa banda, têm na ponta da língua todos os nomes dos integrantes, sabem o que cada canção representa… tudo na teoria. É RARO você achar alguém que REALMENTE goste dessas bandas; muita gente passa essa impressão mas na verdade escuta Rick & Renner. Por exemplo, nos tempos em que o Nirvana bombou (após a morte, lá pra 2000 você só via puto com a camisa do Nirvana), o que era ROCK DE VERDADE? “Nirvana”. Quem era DEUS? “Kurt Cobain”. Qual era o tamanho do PAU dele? “Peraí, deixa eu tirar ele da minha bunda pra medir”. Comecei a pegar nojo da banda por causa dos fãs, que nem sabiam se gostavam mesmo da banda, mas ouviam porque era o hype CULT da vez. Do outro lado, o lado podre da mídia jogava pagode na nossa cara. E todo mundo ouvia, mas NINGUÉM admitia.
Música virou status pra muita gente, isso é deprimente. No início, era diversão, sentimento. Depois, atitude, protesto. Suicídio. Viadice. Agora, status. Vista sua calça jeans colada e a sua camisa do Jim Morrisson, você será respeitado e bem olhado pelos cults por aí. O que você escuta, não importa.
Você deve estar pensando “porra, bacana, Ozzy Osbourne!”. Não sei se vai ser desanimador pra você, mas já vou logo contando: Foi o primeiro álbum da história que Ozzy Osbourne estava… sóbrio. Mas eu vou tirar essa PULGA atrás da sua orelha. Com um lança-chamas.
Not Going Away já começa te mandando ir tomar no cu, puta som respeitável. Ozzy mostra por que ele é conhecido como uma das grandes influências para o Stoner, ARREPIANDO qualquer um que estiver por perto com cada segundo do som. Esqueça TODAS as bandas Stoner que você conhece, apenas tenha em mente que NÃO HÍ som melhor do que Stoner. Aí vem a faixa I Don’t Wanna Stop e você começa a ter em mente que seu esqueleto devia ter umas… rachaduras. O segundo som mais empolgante do ano, sem dúvidas. Zakk Wylde e seus solos fazem qualquer profissional E aspirante pedir pra sair, o cara é simplesmente FODA. Tudo que eu consigo dizer sobre esse som é ALL MY LIFE I’VE BEEN OVER THE TOP / I DON’T KNOW WHAT I’M DOING ALL I KNOW IS / I DON’T WANNA STOP / ALL FIRED UP, I’M GONNA GO TILL I DROP / YOU’RE EITHER IN OR IN THE WAY, DON’T MAKE ME / I DON’T WANNA STOP.
Black Rain é daqueles sons que te dá medo, especialidade do Ozzy. Como não podia faltar, mais um refrão viciante. É aquela velha história do vinho: Quanto mais velho, melhor. Esse é Ozzy Osbourne. E até nos sons lentos o cara capricha, como é o caso de Lay Your World On Me. Confesso que em um trecho a música fica INSUPORTÍVEL, e o ritmo dela não é lá muito inovador. Porém, o cara conseguiu melar a cueca sem estragar o resto. God Bless The Almighty Dollar, som com um certo tom de suspense e uma certa explosão no refrão, com aquele velho ritmo de dar medo. Lá pra metade, o som te OBRIGA a se esconder debaixo da cama; porém, se você for um fã respeitável, vai catar um morcego ou uma pomba e fazer uma refeição enquanto acende umas velas vermelhas.
Silver já te faz levantar do chão, mesmo com essas fraturas expostas, e te obriga a quebrar mais uns ossos. Já começa quebrando tudo e continua assim, em um ritmo empolgante que anima até paciente na sala de espera do Proctologista. Civilize The Universe não deixa a empolgação de lado e prova que o Ozzy não sabe variar: TODOS os refrões são viciantes. Coma mais um morcego e quebre mais alguns ossos com essa sonzeira. Já em Here For You, o cara não economizou no clichê. Dá pra ver o mel escorrendo pelas caixas de som, é incrível. Apesar de sons desse tipo serem broxantes no caso de você estar ouvindo OZZY, convenhamos, não é tão ruim assim. Mas, pelamor, escute essa música uma vez só.
Countdown’s Begun começa com um certo suspense, e aí vem o peso. E mais empolgação. Ílbum chegando no fim e Ozzy apenas começando, aparentemente. Um dos maiores dinossauros do Metal, senão o maior, conseguiu deixar seu novo trabalho contemporâneo sem se esquecer de suas raízes. Trap Door encerra o álbum já com um começo sensacional, não sendo diferente daí em frente. Uma bela variação, um PUTA trabalho sonoro, enfim, um dos melhores sons do álbum. E, talvez, o mais pesado. Nervoso. EMPOLGANTE! Porra, o som te chama pra PORRADA e já avisa que você tá morto. E, nessas alturas, você já morreu, mesmo. O segundo melhor álbum do ano. Uma obra prima. Você tem bom gosto? E por que AINDA não tem esse álbum?
Blak Rain – Ozzy Osbourne
1. Not Going Away
2. I Don’t Wanna Stop
3. Black Rain
4. Lay Your World On Me
5. God Bless The Almighty Dollar
6. Silver
7. Civilize The Universe
8. Here For You
9. Countdown’s Begun
10. Trap Door
Na coluna Primeira Fila de sexta passada, leia aqui, comentei sobre os filmes indicados ao Globo de Ouro 2008, os votantes me decepcionaram por abrirem mão de produções mais “modernas”, pelas produções mais conservadoras, em compensação, nas indicações de séries, os votantes chutaram o pau da barraca, deixaram de lado as séries mais reconhecidas do público e crítica, como a última temporada da unânime The Sopranos (somente lembraram da série para melhor atriz dramática), a incrível terceira temporada de Lost, Heroes (com razão) e até mesmo, a elogiada comédia The Office (que recebeu indicação somente por seu protagonista, o impagável, Steve Carell).
As maiores apostas do Globo de Ouro recaíram sobre as séries pouco conhecidas do grande público, pertencentes aos canais a cabo. Para quem não sabe, assim como ocorre nas categorias cinematográficas, o GO divide as categorias televisivas em comédias (sitcom e dramédias) e dramas (qualquer outro genêro), além deles, ainda há categorias separadas para os filmes e minisséries televisivas. Vamos aos indicados:
Melhor Série Drama
Amor Imenso, Big Love, do canal HBO; Damages, previsto para estrear em fevereiro no canal AXN; Grey’s Anatomy, do canal Sony; House, do canal Universal Channel e Rede Record; Mad Men, inédito por aqui; The Tudors, recém terminada no canal People+Arts;
Como vocês podem notas destas seis séries somente duas são exibidas na televisão aberta americana, Grey’s e House, as demais todas são da tevê a cabo, sinto a falta, no entanto, de Dexter, insuperável nesta segunda temporada, e Lost, excelente na terceira temporada.
Minha Aposta:Damages
Melhor Série Comédia
30 Rock, do canal Sony; Californication, do canal Warner; Entourage, do canal HBO; Extras, do canal HBO; Pushing Daisies, estréia nos próximos meses na Warner;
Aqui o destaque fica para as estreantes Californication e Pushing Daisies, notem como entre as indicadas não há nenhuma sitcom clássica, com cenário fixo e platéia. Extras, série inglesa, é uma surpresa estar aqui, assim como a ausência de The Office, sempre aclamada pela crítica, ou mesmo de Desperate Housewives.
Minha Aposta: Pushing Daisies
Melhor Ator Drama
Michael C. Hall, Dexter; Jon Hamm, Mad Man; Hugh Laurie, House; Jonathan Rhys Meyers, The Tudors; Bill Paxton, Amor Imenso;
Acredito que aqui a disputa seja entre House vs. Dexter, como já considero Hugh Laurie hour concurs, sendo o ator o último vencedor do prêmio, minha torcida fica então com Michael C. Hall, que nesta temporada evoluiu junto com seu magnifíco personagem.
Minha Aposta: Michael C. Hall
Melhor Ator Comédia
Alec Baldwin, 30 Rock; Steve Carell, The Office, do canal FX; David Duchovny, Californication; Rick Gervais, Extras; Lee Pace, Pushing Daisies;
Categoria complicada, para vocês terem noção, Alec Baldwin é o atual vencedor dela, no entanto, Steve Carell já venceu e Rick Gervais ganhou o último Emmy (principal premiação televisiva). Tenho um apreço pelo personagem Ned, de Lee Pace em Pushing Daisies, mas o retorno de David “Fox Mulder” Duchovny em Californication (mesmo não sendo uma comédia, propriamente dita) ganha minha torcida.
Minha Aposta: David Duchovny
Melhor Atriz Drama
Patricia Arquette, Medium, do canal Sony; Glenn Close, Damages; Minnie Driver, The Riches, do canal Telecine Light; Edie Falco, The Sopranos, do canal HBO; Sally Field, Brothers & Sisters, do canal Universal Channel; Holly Hunter, Saving Grace, inédita por aqui; Kyra Segdwick, The Closer, do canal TNT;
Não sei quem faltou indicar aqui, parece todas as protagonistas de séries dramaticas (faltou Mariska Hargitai, de Lei & Ordem: Unidade de Vítimas Sexuais), no entanto, a categoria promete ser uma surpresa, todas são candidatas fortes, sendo cinco atrizes de séries da têve a cabo. Gosto muito de Kyra Segdwick, atual vencedora da categoria, mas, acredito que Glenn Close (grande atriz do cinema, excepcional nesta série) deva levar o Globo de Ouro.
Minha Aposta: Glenn Close
Melhor Atriz Comédia
Christina Applegate, Samantha Who?, do canal Sony; America Ferrara, Ugly Betty, do canal Sony; Tina Fey, 30 Rock; Anna Friel, Pushing Daisies; Mary-Louise Parker, Weeds, do canal GNT;
Num mundo real minha torcida seria para a hilária America Ferrara em Ugly Betty (vencedora do último Emmy), no entanto, nesta segunda temporada a série está muito dramática para meu gosto, faltam aquelas situações sempre constrangedoras e engraçadas de Betty. Sendo assim, acho que Mary-Louise Parker, como a mãe de família que trafica maconha em Weeds, ou mesmo, o retorno de Christina Applegate, em Samantha Who, podem levar o prêmio. Senti falta das atrizes de Desperate Housewives e de Julia Louis-Dreyfus, de The New Adventures of Old Christine (minha atriz predileta de comédia).
Minha Aposta: Mary-Louise Parker
Melhor Filme ou Minssérie feita para tevê
Bury My Heart at Wounded Knee; The Company, já exibido no canal HBO; Five Days; Longford; The State Within;
Aqui as categorias ficam um pouco mais complicadas de serem chutadas, pois a maioria das produções demoram um pouco para chegar na tevê ou mesmo em dvd. Bury My Heart… foi o grande vencedor do último Emmy nesta categoria e The Company, produção recém lançada, chama a atenção pelo elenco com nomes como Chris O’Donnell e Michael Keaton. Sem apostas.
Melhor Ator em Filme ou Minissérie
Adam Beach, Bury My Heart…; Ernest Bornigne, A Grandpa for Christimas; Jim Broadbent, Longford; Jason Isaacs, The State Within; James Nesbitt, Jekyll;
Grande nomes nesta categoria como os veteranos Borgnine e Broadbent, acredito que como, normalmente, acontece deve ser uma premiação “homenagem” para algum deles (claro, que sem retirar o mérito da premiação). Sem apostas.
Melhor Atriz em Filme ou Minissérie
Bryce Dallas Howard, As You Like It; Debra Messing, The Starter Wife, exibido pelo canal Telecine; Queen Latifah, Life Support, exibido pelo canal HBO; Sissy Spacek, Pictures of Hollis Wood; Ruth Wilson, Jane Eyre;
Com a saída de Helen Mirren da categoria (pelo término de sua série de filmes, Prime Suspect), abriu-se um leque bastante diversificado de opções, sinceramente, não sei o que pode acontecer, de repente, Queen Latifah, pela personalidade e papel social de seu filme (trata da AIDS), seja a vencedora da categoria. Sem apostas.
Melhor Ator Coadjuvante
Ted Danson, Damages; Kevin Dillon, Entourage; Jeremy Piven, Entourage; Andy Serkis, Longford; William Shatner, Boston Legal, do canal Fox; Donald Sutherland, Dirty Sexy Money, inédito por aqui;
Estas categorias de atores coadjuvantes misturam séries (comédia e drama), filmes e minisséries, aqui, o favoritismo sempre é de Jeremy Piven (Ari Gold, o agente do ator Vincent Chase), apesar de estar sendo seguido de perto pelos estreantes na categoria, Ted Danson (num papel genial, muito diferente de suas recorrentes comédias) e o talentoso veterano Donald Sutherland (como patriarca da família Darling).
Minha Aposta: Ted Danson
Melhor Atriz Coadjuvante
Rose Byrne, Damages; Rachel Griffiths, Brothers & Sisters; Katherine Heigl, Grey’s Anatomy Samantha Morton, Longford; Anna Paquin, Bury My Heart…; Jamie Pressly, My Name is Earl, do canal FX;
Discordo um pouco da representante de Grey’s Anatomy na categoria, acho que Heigl perde feio para a oriental Sandra Oh e a “chefe nazi” Chandra Wilson (que voltou a ter espaço neste quarta temporada), sendo assim, acredito que Rachel Griffiths (vista também em A Sete Palmos) por respresentar uma série realmente dramática, Brothers & Sisters, leva o prêmio.
Os caras do Smashing Pumpkins não páram! Após o retorno triunfante, segundo o baterista Jimmy Chamberlain, não vai demorar muito pra novos sons serem divulgados. O cara já adiantou pros fãs ficarem espertos que o conteúdo será lançado na internet. “Procurem no primeiro dia do ano.” Sensacional.
Zeitgeist foi o último trabalho dos caras, álbum que marcou a volta da banda e entrou para a lista de melhores do ano. Como o álbum foi lançado meses antes do lançamento do site mais quente da galáxia, ainda não houve um review. Se tudo der certo, até o fim do ano vocês se deliciarão com muita música boa.
Sobre os novos lançamentos, não explicaram muita coisa. Suspense no ar, não sabemos se será single, “bônus” lançadas na internet ou um novo álbum. Bom, se os caras continuarem na linha, qualquer coisa tá valendo.
Dave Wyndorf, vocalista da banda de Stoner Rock Monster Magnet, foi convocado para escrever novidades da banda e assim divulgar seu novo álbum, 4 Way Diablo, em um… blog. No MySpace. Sabe qual foi a primeira frase do cara?
Blog. what a horrible name. Sounds like somebody puking. Blarrrhg
Sensacional. Imagina se ele descobre sobre a Boiolosfera. E, pra você que é noob em inglês, ele disse o seguinte: “Blog. Que nome horrível. Parece alguém vomitando. Blarrrhg”.
Pra você que não conhece a banda, sugiro que leia esta coluna para conhecer um dos álbuns mais brilhantes dos caras: Powertrip. Quer vídeos? Aqui. Como dito acima, os caras continuam divulgando seu trabalho mais recente, incluído no nTop de melhores álbuns do ano. Blog no MySpace é deprimente, cara.
“Let your plans be as dark and impenetratable as night, and when you move, fall like a thunderbolt”
Me sinto nostálgico ao lembrar do meu primeiro contato com esta hq criada por Kurt Busiek e Mark Bagley. Foi no início de 1999, logo após o fim do evento Massacre Marvel. Lembro que na época não me agradou muito, e só virei leitor alguns anos depois, quando o Gavião Arqueiro se tornou o novo líder do grupo.
A idéia não era tão nova, mas era incomum. No fim do Massacre, os Vingadores e o Quarteto Fantástico foram dados como mortos. Entram então os Thunderbolts, um grupo totalmente “novo” e a população americana passa a se sentir segura novamente. Mas com a volta dos heróis, o grupo revela seu verdadeiro objetivo: Os integrantes dos Thunderbolts eram, na verdade, vilões disfarçados, que pretendiam matar seus velhos inimigos e tomar conta do país. Travado o combate, o líder deles, o nazista chamado Helmut Zemo, se sacrifica para salvar o Capitão América, após ver que tudo aquilo não era certo. O grupo ainda teve um clube de luta entre vilões e mais duas formações, sendo estas bem intencionadas. Ou quase isso.
Mas nada disso nos importa, pois os Thunderbolts que irei resenhar são muito mais violentos, psicóticos e cruelmente engraçados. A partir da edição 110, a revista é assumida pelo desenhista (brasileiro!) Mike Deodato e o brilhante roteirista Warren Ellis, ambos bem conceituados.
Da esquerda para a direita: Penance, Songbird, Radioactive-Man, Swordsman e Venom
Como resultado dos estrondosos eventos da Civil War (altamente recomendável), uma nova equipe foi formada, desta vez completamente controlada pelo governo. Mac Gargan, anets o patético Escorpião, agora o temível Venom! Chen Lu, cidadão chinês, mais conhecido como o Homem Radioativo! o alemão mutante Swordsman, mestre com espadas! A ex-líder da formação original, Songbird! A enigmática e ambiciosa Moonstone! O conflituoso e incrivelmente forte, Penance! Bullseye, o homem que nunca erra! E todos eles sob a direção de ninguém mais, ninguém menos que o maior inimigo do Homem-Aranha, Norman Osborn, o Duende Verde!
Com exceção de Bullseye, que opera como membro secreto, a equipe se torna incrivelmente popular, uma verdadeira celebridade. Sua missão? Capturar os super-humanos que se recusam a assinar o registro imposto pelo governo e agora agem secretamente. Tudo isso para fazer do mundo um local mais seguro para as pessoas comuns. Ou pelo menos é isso que eles afirmam. Warren Ellis e Mike Deodato apresentam uma escura e perturbante tomada na lista dos mais procurados da Marvel, onde a linha entre herói e vilão é difícil de se encontrar. Se é que ela existe…
“I’m no man, i am dynamite, at a height where i speak not in words but in thunderbolts. My fervent will to create impels me thus as the hammer impelled toward the stone”
Sinceramente, esta é a melhor coisa que resultou da Civil War. Confesso que já estava empolgado mesmo antes de ler, mas a empolgação foi ainda maior quando terminei a primeira edição desta nova e brilhante fase. As batalhas são bastante intensas e se desenvolvem de um modo que você não consegue decidir para quem você está torcendo ou com quem você simpatiza mais. A violência é constante, como num filme de ação.
Mas Thunderbolts não é apenas pancadaria gratuita. Por trás das lutas existem também as partes política e estratégica, que vai desde as reuniões com Norman Osborn até comercias de tv, mostrando cenas da propaganda das figuras de ação dos “heróis” e também do Who Wants to be a Thuderbolt, paródia do Who Wants to be a Superhero, de Stan Lee. Propositalmente, Stan Lee se mantém como apresentador na revista também.
E então vem minha parte predileta: Conflito pessoal. É fato que a equipe não se dá muito bem. Mac Gargan mostra os problemas de sua convivência com o simbionte Venom. Songbird e Chen Lu tramam para fazer com que a equipe volte a ser o que era antes. Moonstone trama para tomar a diretoria dos Thunderbolts das mãos de Osborn. Bullseye quer apenas matar todos eles. Norman Osborn se mostra vítima de uma obcessão incomum pelo Homem-Aranha, seu antigo arquiinimigo.
Mas o mais problemático certamente é Penance, antes o herói conhecido como Speedball. Ele passou por muita merda durante a Civil War, até chegar a um ponto que simplesmente não aguentava mais. Possuidor de um grande poder que cresce com a dor, Robert Baldwin usa uma roupa estilo “dama de ferro”, para que se mantenha em dor constante. Como ele obteve esse poder e a extensão do mesmo ainda é um mistério. Ele não é oficialmente um membro da equipe, logo não pode ser atingido por Osborn. Juntando isto com seu poder e personalidade fria e algumas vezes assustadora, Penance é ao mesmo tempo o membro que Osborn mais teme e mais admira.
“None are happy, none are good, none are respectable, that are gyved like us. And i must tell you, besides, it is very dangerous talk. If you grumble of your iron, you will have no luck; If you ever take it off, you be instantly smitten by a thunderbolt”
A arte está entre as melhores. Mike Deodato está caprichando bastante. Os personagens são bem detalhados, assim como o cenário, facilitando as cenas de ação. Assim como nas atuais revistas do Moon Knight e boa parte de Ultimate Fantastic Four, os efeitos especiais (explosões, a rajada de Penance, etc) são retocados no computador, dando um pouco de “luz” ao movimento, fazendo com que fique ainda mais bem feito.
Esta revista vale MUITO a pena e eu recomendo com todas as minhas forças. Não é por pouca coisa que ela é a minha revista predileta atualmente. Mesmo quem não é fã de coolant deveria dar uma olhada. Esses Thuderbolts não apenas mais um grupo da Marvel. Eles são a “justiça, como um relâmpago”.