Harry Potter na telona

Primeira Fila sexta-feira, 09 de novembro de 2007 – 3 comentários

Esta semana temos o lançamento da versão em português do sétimo, e supostamente o último, livro da série Harry Potter, Harry Potter e as Relíquias da Morte e, na semana que vem, chega em dvd Harry Potter e a Ordem da Fênix, quinto filme desta cinessérie que, juntamente com a trilogia O Senhos dos Anéis, ressuscitou o gênero fantasia que há muito tempo não ganhava destaque no cenário mundial, tanto de crítica como de bilheteria. Por isto, faço hoje um apanhado da trajetória de Harry Potter nos cinemas, já deixando bem claro que o considero um passatempo bem produzido para toda família, mais que isso, é pedir muita consideração da minha parte.

Pra início de conversa não li nenhum dos livros lançados de Harry Potter (e nem pretendo!), logo, como um “trouxa” não tenho nenhuma intimidade com nomes como Rua dos Alfeneiros, Beco Diagonal, Grifinória e Sonserina. Assim não posso fazer um paralelo entre os livros e suas adaptações para a telona mas, como a escritora J. K. Rowling está envolvida supervisionando as produções acredito que elas não sejam muitos destoantes. O que posso dizer é que a saga do bruxinho de J.K. Rowling caiu como uma luva para os produtores ($) da Warner, onde melhor retratar magia se não nos cinemas?

A quimica destes atores ajuda no sucesso da franquia

Foram lançados até agora, cinco filmes, sendo o último Harry Potter e a Ordem da Fênix, obviamente, todos foram sucesso de bilheteria no mundo inteiro gerando bilhões para o estúdio e para a escritora. Com o sucesso editorial dos livros em 2001 chegou ao cinemas a primeira adaptação Harry Potter e a Pedra Filosofal, para isto foi escolhido o diretor Chris Columbus (também resposável pelo segundo filme), conhecido por fazer “filmes famílias”, como Uma Babá Quase Perfeita e Esqueceram de Mim, escolha óbvia porém, burocrática pois o diretor em momento algum se arrisca no filme, o que se vê é uma introdução aos personagens e ao universo mágico num formato episódico e arrastado.

Mesmo assim, a produção técnica do filme (e dos demais) é de encher os olhos, os cenários e figurino são ótimos, já os efeitos especiais quando utilizados de forma discreta funcionam, o mesmo não se pode dizer das criaturas do filme, há um troll medonho de tão mal feito. Uma característica presente em todos os filmes é a escalação dos melhores atores do teatro e cinema inglês em papéis coadjuvantes como, Alan Rickman, Maggie Smith, Emma Thompson, Kenneth Branagh, Gary Oldman, Ralph Fiennes, Imelda Staunton, entre outros (se fosse citar todos a coluna se transformaria nos céditos de um filme).

Além de um ótimo ator Alan Rickman tem o melhor personagem professor de Hogwarts, Severo Snape

No ano seguinte, em 2002, estreiava Harry Potter e a Câmara Secreta, novamente dirigido por Chris Columbus, a trama de Steve Kloves (responsável pelo roteiro dos quatro primeiros filmes), é melhor por dispensar as apresentações e começar a trabalhar na dinâmica dos personagens principais (Harry e seus amigos Rony e Hermione) em situações que aproximam, cada vez mais, Harry do vilão mor da série.

O melhor filme para mim de longe é Harry Potter e o Prisioneiro de Azkaban, de 2004, assumindo a direção está o mexicano Alfonso Cuaron (das incríveis fábulas A Princesinha e Grandes Esperanças, e do excelente drama E Sua Mãe Também). O grande mérito deste capítulo é o claro crescimento/amadurecimento dos personagens, além disso, a trama é bastante interessante e o clima sombrio toma de vez conta da história, notem como aquela auréa de “Era uma vez…” se perde neste episódio.

O quarto filme Harry Potter e o Cálice de Fogo, de 2005, dirigido por Mike Newell, dá um tempo no clima sombrio (que volta ao final da película), para recheá-lo com muita aventura, afinal de contas, neste capítulo é exibido o torneio Tribruxo, uma aventura com diversas provas entre bruxos de diferentes escolas (sabem, sinto falta de informações sobre todo o universo de Harry Potter, ficamos sempre restritos á Hogwarts, acredito que de repente nos livros deva ser melhor ilustrado isto o que não ocorre no cinema). Apesar dos desafios, o personagem Harry Potter nunca parece realmente correr risco de vida, o que é uma perda clara de tensão no filme. Mesmo assim, o melhor ficou para o final com a aparição em carne/osso e sem nariz de Lorde Voldemort (figura horrenda de Ralph Fiennes).

Excelente personificação do vilão da série por Ralph Fiennes

Já último e mais recente filme Harry Potter e a Ordem de Fênix, de David Yates (diretor também do próximo), puxa um pouco o freio da ação e da tensão em Hogwarts (Michael Goldenbergh assume a adaptação) entretanto, há uma subtrama sobre manipulação de informações na mídia por agências governamentais muito interessante e bem explorada pela trama (assunto que faltava nos filmes anteriores). A entrada de Dolores Umbrige, interpretada com requinte por Imelda Stauton, preencheu a trama, que mesmo não indo muito adiante, deu a oportunidade para a direção de arte caprichar em novos cenários, como o Ministério da Magia, a sala de Dolores e as placas de regras em Hogwarts.

Sendo a galinha do ovos de ouro do cinema atual, seria possível que o universo de Harry Potter termine neste sétimo livro? Fica aí, uma pergunta que deve estar passando na mente dos produtores e da Warner, apesar de estarem trabalhando ainda no sexto livro para ser lançado nos cinemas em novembro de 2008. O futuro da série a J.K. Rowling pertence!

Covers: 6. Billy Jean (Chris Cornell)

Música sexta-feira, 09 de novembro de 2007 – 3 comentários

Eeste texto faz parte de uma lista que, definitivamente, não é um top 10. Veja o índice aqui.

Há muito, muito tempo atrás, quando Micheal Jackson ainda era negão e ele tinha um nariz, suas músicas eram realmente boas. Não pareciam covers malfeitos da Mariah Carey e ele ainda não pendurava crianças em janelas. Billy Jean era um dos hits que faziam todo mundo rebolar e não ter vergonha de coreografar passos inusitados ou usar aquelas roupas medonhas dos anos 80.

Um pouco depois que a carreira de Jackson começou a ir para o ralo, surgia em Seattle o movimento grunge e com ele nascia também o Soundgarden. Dono de uma voz poderosa, o vocalsta Chris Cornell se tornou um dos ícones do movimento e incutiu grandes sucessos no imaginário popular, como Black Hole Sun e Rusty Cage.

Vinte anos depois, Cornell – que depois do término do Soundgarden formou outra superbanda com os ex-integrantes do Rage Against the Machine, o Audioslave – lançou um álbum solo (Carry On), que além de trazer composições próprias, traz uma releitura da canção de Michael Jackson. Como você vai notar nessa série de posts, geralmente os artistas que fazem os covers adoram a letra, mas acham que a música está muito cheio de firulas e acaba limando todas as frescuras e excessos da versão original. O resultado aqui é uma estranha e introspectiva versão de Billy Jean, mas pelo menos dessa vez você não precisa dar um mau jeito na coluna tentando fazer um passo que você não sabe.

Atillah no Podcast Maniac.

Games quinta-feira, 08 de novembro de 2007 – 21 comentários

Venho informar a vocês, bando de desocupados jogadores de vídeo-game que, devido ás minhas opiniões altamente balizadas na área de jogos, fui convidado a participar do podcast dos sites DSManiac e WiiManiac.

Se você é nintendista roxo, ou simplesmente curte as duas plataformas, dá uma ouvida no podcast. No espírito das Fast-Food Reviews, discutimos os últimos lançamentos para os dois consoles, novidades nintendistas e eu tentando puxar encrenca com todo mundo, lógico.

Manhunt 2: Descanse em Paz.

Nerd-O-Matic quinta-feira, 08 de novembro de 2007 – 8 comentários

Ok. Depois de MESES de veadagem, finalmente estamos nos deparando com o lançamento de Manhunt 2. Se você não sabe que jogo é esse, e qual foi a treta com ele, dá uma olhada nesse post e nesse.

Como eu falei muito sobre esse jogo desde o lançamento do Ato ou Efeito, me sinto obrigado a fechar o processo todo agora, com minha opinião sobre o assunto. Minhas idéias sobre o assunto são tão inválidas quanto as de vocês, mas não tem jeito: a gente curte discutir.

A síndrome do jogo natimorto.

Bom, o primeiro passo foi jogar a parada. Joguei no PS2 e joguei no PSP. Ainda estou esperando para dar uma sacada na versão do Wii, mas não espero muita coisa diferente do que já vi. O que nós temos com Manhunt 2 é basicamente a mesma jogabilidade e feeling do primeiro. Aliás essa foi minha maior decepção: eu esperava que ele fosse realmente uma experiência nova e claustrofóbica, do tipo “Arkham Asylum”, com o protagonista retalhando e passando um monte de internos doidões pra tentar sair do hospital psiquiátrico. Mas rapidamente você sai do hospital para ambientes mais abertos, e fica parecido demais com o primeiro jogo.

Isso não é uma resenha, mas indico a frustração com a falta de novidade porque ela tem uma conseqüência importante: o jogo perdeu a força do primeiro título. O que eu gostava mesmo no primeiro jogo era o fato dele ser extremamente atmosférico, criando medo a cada esquina, e trazendo uma sensação de paranóia, onde você nunca sabia que porra ia acontecer, com o jogo apresentando personagens uns mais doentes que os outros a cada momento. Você se sentia frágil no jogo. Você não era um super-herói. Se tu marcasse ou mandasse mal ao andar pelo ambiente, tu ia pra fita. Simples assim.

Manhunt 2 acabou virando uma paródia do primeiro, porque perdeu toda a magia e charme perversos que a gente conhecia. Você já sabe o que esperar agora, e nada te surpreende. A Rockstar fez muito pouco para mudar o jogo. Tudo bem, em time que está ganhando não se mexe. Mas nesse caso, o impacto da novidade é extremamente importante: manter o jogador surpreso o tempo todo. E a surpresa não está mais presente em Manhunt 2.

Opa, festa surpresa?

Essa é a parcela de culpa da Rockstar. Agora vamos analisar a culpa da CENSURA.

Até hoje Manhunt é uma experiência única; um jogo que me fez sentir coisas que não senti com outros jogos, sejam essas coisas boas ou ruins. Tudo era complementado de forma genial pela violência excessiva e muito realista. Eu GOSTO desse tipo de coisa. Mexe comigo e me faz pensar porque as pessoas se incomodam tanto com violência de mentirinha.

Em Manhunt 2 a maldita CENSURA (porque é isso que aconteceu) obrigou a Rockstar a “esconder” as cenas mais violentas; as coisas ficam borradas na hora das execuções, os ângulos de câmera mudam, e você tem que ficar imaginando o que está acontecendo.

Isso é uma merda, porque você não recebe o impacto da violência que deveria receber. Eu não sou criança, eu quero ver cenas que me choquem, para descobrir o quanto eu agüento em um jogo. Eu quero saber que tipo de gamer eu sou, e que tipo de violência me agrada, qual me incomoda, e qual simplesmente me faz rir. Censurar as cenas foi a pior solução possível, era melhor nem ter liberado o jogo. Não é necessário proteger os jogadores da brutalidade já que Manhunt nunca foi um jogo pra criança. Isso foi tão imbecil quanto, por exemplo, colocar tarja preta nos órgãos sexuais que aparecem em um filme pornô. Se eu vou assistir sexo, eu quero ver o sexo. Se eu vou jogar um jogo violento, eu quero ver a violência em todos os seus tons de vermelho e cor de miolo esmagado. Não me ofereçam a experiência pela metade!

“Ok, as flores são um bom substituto para a pistola. Mas AINDA tá violento” (Liga das Senhoras Católicas).

A coisa toda se torna ainda mais imbecil quando a gente lembra que ninguém é obrigado a jogar a porra do Manhunt, assim como não é obrigado a jogar NENHUM jogo. Se o cara joga e se sente “ofendido” pela violência, porque diabos resolveu jogar, em primeiro lugar?

Isso me deixa puto: em nome de um bando de boiolas, tangas e frutinhas, órgãos normativos decidem me proteger da violência excessiva. Quem disse que é excessiva? EU que vou decidir se é excessiva ou não, e não vocês, Liga das Senhoras Católicas.

Enfim, bato demais nessa tecla da censura, porque acho que isso efetivamente FERROU com Manhunt 2. Se havia alguma visão artística no jogo, essa era baseada na crueza das execuções com requintes de crueldade, e isso tudo simplesmente foi deletado da versão que está disponível. Um jogo emasculado, manco, caolho, inválido.

Apesar de tudo, joguem Manhunt 2. Joguem em homenagem ao primeiro. Joguem para compreender como a CENSURA pode estragar algo que era uma obra-prima. Joguem para entender a sua ligação com a violência e aprender mais sobre vocês mesmos. Lembram daquela coluna onde eu falei que “você é o que você joga”? Manhunt é um espelho: você olha pra ele e ele olha pra você. Nem sempre você vai gostar do que vê.

Covers: 7. Chop Suey (Richard Cheese)

Música quinta-feira, 08 de novembro de 2007 – 6 comentários

Eeste texto faz parte de uma lista que, definitivamente, não é um top 10. Veja o índice aqui.

É uma tarefa hercúlea escolher só uma versão dentre as várias pérolas do nosso camarada Ricardo Queijo. Seja Creep (Radiohead) interpretada de maneira feliz e saltitante, People = Shit (Slipknot) acompanhada por um pianinho ou Somebody Told Me (The Killers) com a gravata frouxa, um copo de uísque na mão e uma voz de quem acabou de entornar uma garrafa de Old Eight.

Agora, o que faz a versão de Chop Suey ser tão boa? Você sempre imagina o System of a Down como ativistas revoltados, babando e gritando, castigando suas guitarras e moendo suas baterias e achou que ninguém jamais tiraria onda com esses caras porque eles são um bando de badass motherfuckers. Pois bem, um homem, um destemido rapaz com seu paletó tigrado ousou ir onde ninguém mais teve colhões de ir e… matou todo mundo de rir. Para de ler isso aqui e ouve a versão aí embaixo.

Die, ladies and gentlemen.

Isso não é um Top 10 – Covers

Música quinta-feira, 08 de novembro de 2007 – 5 comentários

Todo mundo tem suas preferências.
Todo mundo gosta de fazer listas.

E todo mundo vai discordar das coisas que você escolher, porque todo mundo é besta.

Como aqui a gente não liga pro que os outros pensam ou deixam de pensar, a gente decidiu fazer uma série dessas listas, com motivos absurdos, critérios escusos e pouca ou nenhuma coerência, mas, é claro – ou talvez por causa disso – sem perder o humor.
Agora que eu sou o vagabundo oficial do site, foi intimado a ser o primeiro a enumerar alguma coisa pra entreter os leitores do Ato ou Efeito e escolhi um tema pelo qual eu fiquei obcecado de uns tempos pra cá: Covers.

Inusitados, engraçados, depressivos, bizarros.
Bandas de splash-gore-black-and-white-motherfuckin’ metal cantando hits radiofônicos de princesinhas do pop. Cantores de casino com ternos tigrados dando uma nova cara a clássicos do rock. A velha geração emprestando uma nova cara a canções da nova era. A gama de combinações é enorme e tem pra todos os gostos, basta escolher sua preferida.

Pra quem quiser discordar da gente, a caixa de comentários é livre, mas vocês só precisam se lembrar de uma coisa:

Isso não é um top 10.

7. Chop Suey (Richard Cheese)
6. Billy Jean (Chris Cornell)
5. What a Wonderful World (Joey Ramone)
4. Stairway to Heaven (Foo Fighters)
3. Baby One More Time (Travis)
2. Hurt (Johnny Cash)
1. I Will Survive (Cake)

Dragon Ball Z: saiba mais sobre o filme

Cinema quarta-feira, 07 de novembro de 2007 – 11 comentários

Um dos animes que mais marcaram a minha e quem sabe a SUA infância vai virar um filme live-action. O que RAIOS é isso? Esqueça o desenho, humanos vão estar na bagaça.

O diretor James Wong (O Confronto), além de dirigir o filme, também vai cuidar do roteiro. Aparentemente o filme vai misturar fatos de Dragon Ball e Dragon Ball Z, trazendo Goku, Son Gohan (avô de Goku, não o filho), Chi Chi, Bulma, Mestre Kame, Mai e Yamcha. Segundo o primeiro casting divulgado, Piccolo seria o vilão, porém, existem boatos de que Vegeta também será incluido nessa. Isso me lembra Homem Aranha, Vegeta = Venom? Espero que não dê a mesma confusão.

Tudo indica que as filmagens começarão no ano que vem, no México. O orçamento será de $100 milhões de dólares, e é a Fox quem tá nessa. Não faço idéia de quem fará parte do elenco, ao meu ver os atores serão relativamente desconhecidos, tendo em vista que estão a procura de um jovem de 18 anos pra fazer o Goku. É claro que tem muito ator de 18 anos conhecido, mas não com um rabo de macaco. RÍ!

Espero que o filme seja melhor que essa piada. Ele deve ficar pronto antes de Julho, vai se preparando aí.

MPMB – Música pra macho brasileiro

New Emo quarta-feira, 07 de novembro de 2007 – 9 comentários

Ah, a música de macho. Melhor que música de macho, só aquilo que vem acompanhado com uma mulher, em volta. Vai abrindo a latinha de cerveja aí, vamos ao que interessa, direto ao ponto. Vou citar seis bandas nacionais que vão mudar sua vida, se é que já não mudaram. Como algumas bandas já são óbvias, vamos começar com elas então.

VELHAS VIRGENS
Clássico. A maior banda independente do Brasil, os caras estão aí há um tempo do carái, seu avô só fez seu pai porque descobriu essa banda. Letras vulgares, assuntos vulgares (sexo e álcool, em sua maioria), e uma sonzeira muito boa. Não ouço muito a banda, é realmente difícil achar músicas dela. Não é impossível, eu sei, mas a preguiça sempre fala mais alto. Então, decidi ESTUPRAR a preguiça e explorar a banda pra ver se realmente valia a pena divulgar aqui pra vocês. Pois bem, a letra de Tudo o que a gente faz é pra ver se come alguém é, definitivamente, o HINO dos machos.

Tudo que a gente faz é pra ver se come alguém – Velhas Virgens

A gente corta o cabelo
Pra ver se come alguém
A gente faz a barba
Pra ver se come alguém
A gente toma banho
Pra ver se come alguém
E até troca a cueca
Pra ver se come alguém
Tudo o que a gente faz é pra ver se come alguém
Tudo o que a gente faz é pra ver se come alguém
Tudo o que a gente faz é pra ver se come alguém
A gente arruma emprego
Pra ver se come alguém
E a gente junta dinheiro
Pra ver se come alguém
A gente fica bêbado
Pra ver se come alguém
E ouve papo furado
Pra ver se come alguém
Tudo o que a gente faz é pra ver se come alguém
Tudo o que a gente faz é pra ver se come alguém
Tudo o que a gente faz é pra ver se come alguém
A muito tempo sem trepar eu perco a dignidade
Tudo que a gente faz é pra ver se come alguém
A muito tempo sem transar e o desespero invade
Tudo o que a gente faz é pra ver se come alguém
Tudo o que a gente faz
Tudo o que a gente faz
Tudo o que a gente faz é pra ver se come alguém
A gente lava o carro
Pra ver se come alguém
E vai aos bares da moda
Pra ver se come alguém
E apura putis-putis
Pra ver se come alguém
Paga dez paus numa breja
Pra ver se come alguém
Tudo o que a gente faz é pra ver se come alguém
Tudo o que a gente faz é pra ver se come alguém
Tudo o que a gente faz é pra ver se come alguém

É EXATAMENTE isso, principalmente a parte da cueca e do putis-putis. Eu tive que aturar indie, véi. INDIE. Ser macho é uma tarefa realmente difícil, não é atoa que dizem que “pra dar a bunda, tem que ser muito macho”. Obviamente eu discordo, mas é aquela coisa: Macho não é homem. A Bel, integrante do AOE, por exemplo, é mais macho que VOCÊ. E também tem mais peito. Mas enfim, tem um vídeo bem podre desse som aí, dá só uma olhada:

Banda boa. Quer mais? Corre atrás. O álbum desse som é o Cubanajarra, de 2006. Eles também têm MySpace.

MATANZA
Acho que já dá pra pular pra letra.

Clube dos Canalhas – Matanza

Vai chegar de madrugada e ela vai querer saber
Onde foi, aonde esteve, o que foi fazer
Mas á todas as perguntas sabe responder
Tem um plano A e tem um plano B

Se você nunca se contradiz
Não abre mão do que te faz feliz
Se não há nada que abale sua paz
Já nasceu sabendo como é que se faz
e todo segue do jeito que sempre quis

Temos um sócio no Clube dos Canalhas
Não admitimos que apontem nossas falhas
Queremos todo dia tudo isso que a vida tem de bom

Farra para tudo é um bom remédio
Só um idiota completo morre de tédio
Queremos todo dia tudo isso que a vida tem de bom

Sabe o quanto é importante não dar muita explicação
Não há nada de extraordinário na situação
O segredo do sucesso é a moderação
ter um dia sim e ter um dia não

Se você nunca se contradiz
Não abre mão do que te faz feliz
Se não há nada que abale sua paz
Já nasceu sabendo como é que se faz
e todo segue do jeito que sempre quis

Temos um sócio no Clube dos Canalhas
Não admitimos que apontem nossas falhas
Queremos todo dia tudo isso que a vida tem de bom

Farra para tudo é um bom remédio
Só um idiota completo morre de tédio
Queremos todo dia tudo isso que a vida tem de bom.

O hino dos canalhas, obviamente. Sensacional. O álbum é o A Arte do Insulto, de 2006. Eu recomendo todos os álbuns dos caras, eles seguem a linha de letras sobre bebidas, brigas e mulheres, tudo com esse Contrycore SENSACIONAL. Uma das MELHORES bandas do Brasil, sem dúvidas. E olha que os caras são cariocas.

O site dos caras é sensacional.

WANDER WILDNER
É simplesmente o Brega mais macho da galáxia. Falo isso pelas letras do cara, claro. Outro que eu recomendo todos os álbuns, e vou passar a letra de Um lugar do caralho, que é tipo um hino do doidão.

Um lugar do caralho – Wander Wildner

Sozinho pelas ruas de São Paulo
eu quero achar alguem prá mim
um alguém tipo assim
que goste de beber, falar, lsd queira tomar
e curta Sid Barret e os Beatles

Um lugar onde as pessoas sejam mesmo afudê
Um lugar onde as pessoas sejam loucas, e super chapadas
Um lugar do caralho, lugar do caralho, lugar do caralho, lugar do caralho

Eu preciso encontrar um lugar legal
prá mim dançar e me escabelar
Tem que ter um som legal
tem que ter gente legal
e tem que ter cerveja barata

Sozinho pelas ruas de São Paulo
eu quero achar alguem prá mim
um alguém tipo assim
que goste de beber, falar, lsd queira tomar
e curta Júpiter Maçã e os Beatles

Um lugar onde tornarão-me mais feliz
Um lugar onde as pessoas sejam loucas e super chapadas

Um lugar do caralho, lugar do caralho, lugar do caralho, lugar do caralho, lugar do caralho, lugar do caralho, lugar do caralho, lugar do caralho
Um lugar do caralho
Um lugar do caralho

paraparaparananana
paraparaparananana
papapaparanana

Um lugar do caralho
Um lugar… do caralho

A letra é da banda Júpiter Maçã, vale frisar que o cara deu um tapa na letra e, é claro, no som.

A faixa tá no álbum Baladas Sangrentas, de 1996. Dá uma navegada no site do cara, é sensacional, dá pra ouvir os sons do cara por lá. Vale também citar o hino dos Bregas que eu não havia encontrado pra publicar na coluna anterior, Eu tenho uma camiseta escrita eu te amo:

É EXTREMAMENTE Brega, dá uma olhada na letra:

Eu tenho uma camiseta escrita eu te amo – Wander Wildner

Eu tenho uma camiseta escrita eu te amo
Parece uma grande bobagem mas é o que eu sinto quando estou voando e eu tô voando
Eu fico pelado no quarto vendo a sua foto
Parece uma grande bobagem mas é o que eu faço quando estou de porre e eu tô de porre

Se eu pudesse eu ficaria sempre junto de você
Se eu pudesse eu estaria sempre perto de você
Se eu pudesse eu estaria ouvindo o seu coração
Se eu pudesse eu não faria nada nem esta canção

Eu tenho uma camiseta escrita eu te amo
Parece uma grande bobagem mas é o que eu sinto quando estou voando e eu eu tô voando
Eu fico pelado no quarto batendo punheta
Parece uma grande bobagem mas é o que eu faço quando estou porreta e eu tô porreta

Se eu pudesse eu ficaria sempre junto de você
Se eu pudesse eu estaria sempre perto de você
Se eu pudesse eu estaria ouvindo o seu coração
Se eu pudesse eu não faria nada nem esta canção

Se eu pudesse eu ficaria sempre junto de você
Se eu pudesse eu estaria sempre perto de você
Se eu pudesse eu estaria ouvindo o seu coração
Se eu pudesse eu não faria nada nem esta canção

A letra sofreu uma leve editada, como vocês podem ouvir aí. Enfim, Brega também é som de macho, cê acha que o Falcão e o Wando não comem ninguém? Presente procês: Cliquem aqui pra ouvir/baixar os sons do cara.

CAMISA DE VÊNUS
Marcelo Nova é um dos caras mais irreverentes do rock nacional, o cara simplesmente detona. Ele teve a manha de criar o hino dos CORNOS, satirizando as músicas clássicas que VOCÊ conhece que falam de dor de cotovelo e afins.

Sílvia – Camisa de Vênus

Você me diz que não tá mais saindo
Mas eu desconfio que cê tá me traindo

Ô Silvia, piranha!!! Ô Silvia, piranha!!!

Vive dizendo que me tem carinho
Mas eu vi você com a mão no pau do vizinho

Ô Silvia, piranha!!! Ô Silvia, piranha!!!

Todo homem que sabe o que quer
Pega o pau pra bater na mulher

Ô Silvia, piranha!!! Ô Silvia, piranha!!!

Vive dizendo que tá numa boa
Mas veio pra São Paulo dar massagem em coroa

Ô Silvia, piranha!!! Ô Silvia, piranha!!!

Você jura e repete que me tem amor
Mas eu lhe flagrei com um vibrador

Ô Silvia, piranha!!! Ô Silvia, piranha!!!

Todo homem que sabe o que quer
Pega o pau pra bater na mulher

Ô Silvia, piranha!!! Ô Silvia, piranha!!!

Quando eu chego em casa com essa cara de otário
Vejo o zelador, tá dentro do armário

Ô Silvia, piranha!!! Ô Silvia, piranha!!!

Eu acho mesmo que você não tem jeito
Pois até o leiteiro anda mamando em seu peito

Ô Silvia, piranha!!! Ô Silvia, piranha!!!

Todo homem que sabe o que quer
Pega o pau pra bater na mulher

Ô Silvia, piranha!!! Ô Silvia, piranha!!!
Ô Silvia, piranha!!! Ô Silvia, piranha!!!

Ô sua puta!

Tipo: Quer ser um CORNO EXPLÍCITO? Então APRENDE. Todo homem que sabe o que quer, pega o pau pra bater na mulher. O álbum desse som é o Viva, de 1986, ao vivo. Os caras têm site e MySpace.

ULTRAJE A RIGOR
Na minha opinião, a melhor banda brasileira da galáxia. Não tem pra ninguém, as letras e o som são SENSACIONAIS, Ultraje a Rigor é daquelas bandas que você deve ir a pelo menos UM show antes de morrer (ou antes que eles morram). Já fui um PUTA fã dos caras, participei do Fanático MTV da banda e… perdi, por ser lento ao apertar o maldito botão. Se fosse uma teta, eu teria ganhado.

Sexo! – Ultraje a Rigor

Sexo!
Sexo!
Como é que eu fico sem Sexo?
Eu quero Sexo! Me dá Sexo!

Hoje vai passar um filme na TV
Que eu já vi no cinema
Êpa! Mutilaram o filme
Cortaram uma cena…

E só porque
Aparecia uma coisa
Que todo mundo conhece
Se não conhece
Ainda vai conhecer
E não tem nada de mais
Se a gente nasceu
Com uma vontade
Que nunca se satisfaz
Verdadeiro perigo
Na mente dos boçais…

Corri pr’o quarto
Acendi a luz
Olhei no espelho
O meu tava lá
Ainda bem
Que eu não tô na TV
Senão ia ter que cortar…

Uh!
Sexo!
Como é que eu fico sem Sexo?
Eu quero Sexo! Me dá Sexo!
Sexo!
Como é que eu fico sem Sexo?
Eu quero Sexo! Vem cá Sexo!

Bom! Vá lá, vai ver
Que é pelas crianças
Mas quem essa besta pensa
Que é prá decidir?
Depois aprende por aí
Que nem eu aprendi…

Tão distorcido
Que é uma sorte eu não
Ser pervertido
Voltei prá sala
Vou ver o jornal
Quem sabe me deixam
Ver a situação geral
E é eleição, é inflação
Corrupção e como tem ladrão
E assassino e terrorista
E a guerra espacial
Socorro!…

Eu quero Sexo! Me dá Sexo!
Como é que eu fico sem Sexo?
Sexo!
Me dá Sexo! Me dá Sexo!
Eu quero Sexo!

Sexo! Eu quero Sexo!
Como é que eu fico sem Sexo?
Me dá Sexo! Me dá Sexo!
Eu quero Sexo!
Como é que eu fico sem Sexo?
Sexo!

Sexo! Eu quero Sexo!
Como é que eu fico sem Sexo?
Vem cá Sexo! Senta Sexo!
Vem cá Sexo! Me dá Sexo!
Solta Sexo!

Do álbum Sexo!!, de 1987, o hino do Macho que SABE curtir a vida, ou algo do tipo. Sabe o que vale a pena, enfim, por aí. O site da banda é meio parado, e no Ning dá pra ouvir uns sons. Curte hinos? Mas hinos mesmo, um ritmo meio… carnaval, e tal. Se liga no Hino dos Cafajestes, procura aí:

Hino dos Cafajestes – Ultraje a Rigor

Nós, os cafajestes do Brasil
temos como missão cafajestar
queremos nossas esposas prá chifrar
e o povo prá enganar

Filhos nos quatro cantos do Brasil
pensões que nós deixamos de pagar
contamos com o respaldo popular
em qualquer lugar

Canalhas!
em qualquer posto dessa nossa sociedade
os cafajestes do Brasil
podem viver com toda liberdade

Sem mais.

RAIMUNDOS
Eu fiquei na dúvida se devia mesmo encerrar a coluna com essa banda, mas dei uma chance pros caras. A forma em que a formação original da banda acabou foi totalmente anti-macho, mas beleza, os caras têm sons sensacionais.

Tora Tora – Raimundos

Se ela tá gemendo é porque eu sou um cara legal
Se ela tá tremendo é que ela gostou do meu pau
Se ela tá gritando é que ela tá querendo mais
Se ela tá berrando é hora de meter por trás

Tora Tora, é isso aí moleca doida
é que a moçada da minha área só para quando a bola do olho pula fora
O corpo fala tem sensor ativo,
é o que me faz vivo, então se agacha e chupa a rola agora
Bye bye, não conta pro teu pai, essa é a manha da ariranha
tu diz vem ele não vai
Igual cipreste, só compre coisa que preste, eu tô doidão
eu tô á toa terra boa é do nordeste

Se acalma, meu chegado
que o homem já encomendou 10 kilos do prensado,
e tu vai ver que é do bom
Que se eu te mostro o camarão, que eu tenho lá em casa meu irmão,
tu vai dizer:yeah yeah yeah yeah

Não sei porque tu chora sempre, hoje quando o galo cantou e a nossa brenfa não chegou, corte de faca no isopor
Não sei porque eu não tava lá quando o bicho pegou toda a minha brenfa sem pedir licença

A gritaria rindo anuncia a hora,
eu tô cansado eu vou-me embora vôo de volta pro meu lar
Volto prá casa, prá mulher e pros meus filho
mas não largo do gatilho, essa herança é de lascar
Sendo animal preferi ser o predador,
não sei fingir não sou ator, só vou querer o que quiser
O sanfoneiro toca a música da morte,
com a minha eu abro um corte e tu sangra quanto sangue tiver

Tora Tora
ela chegou era da boa, era cheirosa manga-rosa
do jeito que os brasiliense adora adora
Fala mais baixo se dançá tá fudido, e aperta um comprido,
quem aprecia comemora a tora
Vai Trás que é pr’eu ficar em paz,
pode até ser bom demais, só que uma fina assim não faz
Aperta um beck do tamanho desse moleque,
camarão da cabeleira dos cabra que toca reggae

Como troféu de um caçador na sua parede,
37 almas na rede eu levo prá todo lugar
É claro que morrer de tiro ninguém gosta,
então eles grudam nas minhas costas e ficam só me dando azar
Não tem problema minha cabeça tá tranquila,
querem briga façam fila, eu tô aqui e não arredo o pé
Cabra safado em dois tempo te encho de bala
emudeço a tua fala e tu sangra quanto sangue tiver

E aí, tá vivo? O Hino dos comedores do BOPE, véi, meu irmão ouvia essa música no último volume na época em que eu nem sabia por que DIABOS eu tinha aquela coisa que me fazia mijar na cama. Essa faixa tá no álbum Lavô tá Novo, de 1994, um dos MELHORES álbuns da banda. Por falar em melhores, posso encerrar essa porra com um dos MELHORES sons dos caras.

Essa é pra você que gosta de MAMONAS ASSASSINAS e pensa que é MACHÃO. Nem vou passar a letra, se vira aí pra DECORAR ouvindo essa PORRADA o dia inteiro. Enfim, é isso, agora vocês podem perder seu tempo de merda procurando por música boa, até deixo vocês indicarem mais bandas aí nos comentários. Se for pra vir com boiolice, vá ler a coluna de games.

Kiss lança escova de dentes musical

Música terça-feira, 06 de novembro de 2007 – 4 comentários

Cês devem saber que o Kiss é uma banda que deixou de fazer música (se é que um dia já fez) pra entrar para o mundo das vendas, transformando a banda em marca, tipo a… Xuxa. Vi no ANTI MOFO que os caras lançaram uma escova de dentes chamada Tooth Tunes, que toca Rock and Roll All Nite enquanto você escova os dentes. Na descrição do produto consta que “você vai ouvir a música de DENTRO da sua cabeça”, o que é algo incrivelmente perturbador, ainda se tratando de Kiss.

Se você não gosta de escovar dentes, pode jogar damas, brincar de carrinho ou, sei lá, se perfumar e se fantasiar. O que você prefere?

Lily Allen em ensaio de moda…

Música terça-feira, 06 de novembro de 2007 – 3 comentários

Lily Allen, famosa por hits como “Smile”, “LDN”, entre outros, fará um ensaio para o catálogo de langeries da marca “Agent Provocateur”.
O ensaio, que terá 6 fotos dela, será para o lançamento da nova linha de Primavera da marca. andei dando uma olhada no site , e só digo que, se as fotos forem metade do que tem as que tem no site, já tá de bom tamanho.
Lily Allen, a um tempo atrás, que dizia que estava gorda, parece que teve um belo levante de estima. aos 22 anos, seu cd de estréia “Alright, Still” já vendeu mais de 600.000 cópias.

óóóuuunnn :wub:

confira

quem?

baconfrito