Destaques da semana em DVD – 14 á 25/07

Cinema quinta-feira, 24 de julho de 2008 – 2 comentários

Sangue Negro: Um dos mais aclamados filmes do ano, inclusive do Oscar, chega agora em dvd; para mim inédito, pois não estreou nos cinemas da minha “rica” cidade. Na trama, passada na virada do século XIX para o século XX, na fronteira da Califórnia, Daniel Plainview (Daniel Day-Lewis) é um mineiro de minas de prata derrotado que divide seu tempo com a tarefa de ser pai solteiro. Um dia ele descobre a existência de uma pequena cidade no oeste onde um mar de petróleo está transbordando do solo. Daniel decide partir para o local com seu filho, H.W. (Dillon Freasier). O nome da cidade é Little Boston, sendo que a única diversão do local é a igreja do carismático pastor Eli Sunday (Paul Dano). Daniel e H.W. se arriscam e logo encontram um poço de petróleo, que lhes traz riqueza mas também uma série de conflitos.

SICKO – S.O.S. Saúde: Mais recente produção do premiado e polêmico diretor Michael Moore (de Tiros em Columbine e Fahrenheit 11 de Setembro), este filme foi indicado ao Oscar de Melhor Documentário. Mais uma vez, Moore pega algum ponto fraco do governo norte-americano e expõe ao público. Desta vez, ele trata de mostrar as fraquezas do sistema de saúde dos Estados Unidos. Para isso, ele conta a história de vários cidadãos comuns que tiveram as vidas desperdiçadas por causa de um sistema que está cheio de falhas, considerando-se que se passa no país mais rico do mundo.

Traídos pelo Destino: Na trama, Ethan (Joaquin Phoenix) e Grace Learner (Jennifer Connelly) estão voltando para casa com seus filhos, Josh (Sean Curley) e Emma (Elle Fanning). Antes de entrar no carro, Josh pegou alguns vaga-lumes e os prendeu em um pote. Já durante a viagem de retorno ele pergunta á mãe se pode ficar com eles, com ela respondendo que seria melhor soltá-los pois caso contrário morreriam. A família faz uma parada durante a viagem, onde Josh aproveita para saltar do carro para soltar os vaga-lumes. Simultaneamente Dwight Arno (Mark Ruffalo), um advogado divorciado, está voltando para casa com seu filho, Lucas (Eddie Alderson), após assistirem ao vivo uma partida do Red Sox. Dwight perde a direção do carro por um instante e atropela Josh, sem parar para socorrê-lo. Ethan vê o carro e seu condutor em um relance, mas corre para socorrer o filho. O garoto morre, o que faz com que Ethan desenvolva uma obsessão em encontrar e punir o culpado. Como a polícia não consegue encontrá-lo Ethan decide procurar uma empresa de advogados, sendo encaminhado para ser auxiliado por Dwight. Confira a crítica.

Um Jogo de Vida ou Morte: Adaptação de um filme de 1972 chamado Jogo Mortal, esta produção trás os atores ingleses Michael Caine (de Batman Begins) e Jude Law (de Closer – Perto Demais) em uma trama de suspense bem construída e surpreendente. Os dois estão trancados em uma mansão equipada com tecnologia de ponta, onde se enfrentam de forma inteligente, como se fosse um jogo de xadrez, para discutir o problema da esposa de um deles, já que ela se tornou amante do outro. Porém, o jogo em qual se metem vai se tornando cada vez mais perigoso e impiedoso, e a única saída talvez seja o assassinato.

Sem Vestígios: Policial que nada inova ou mesmo acrescenta ao gênero (que mostra sinais de cansaço), previsível ao extremo, ficou inédito nos cinemas. Na trama, uma divisão do FBI atua investigando e condenando crimes praticados através da Internet. Esta produção mostra a ação de uma dupla de agentes que atuam exatamente nessa área. Agora, eles devem enfrentar um grande desafio já que um cruel assassino está exibindo o sofrimento de suas vitimas em um site. Quanto mais visitas a página recebe, mais rápido as vítimas morrem. Porém, esta caçada se torna algo pessoal e os agentes precisam correr contra o tempo para salvar mais uma vida e prender, de uma vez por todas, este cruel assassino.

Paranoid Park: Elogiado filme do sempre experimental, ou quase sempre, Gus Van Sant, teve bastante repercussão no circuito cinematográfico mais alternativo. Na trama, Alex (Gabe Nevins) é um jovem de 16 anos que namora Jennifer (Taylor Momsen) e tem Jared (Jake Miller) como seu melhor amigo. Um dia ele e Jared vão a Paranoid Park, o paraíso dos skatistas. Eles combinam de voltar ao local no sábado á noite mas, de última hora, Jared precisa viajar. Alex decide ir ao local sozinho e lá conhece outros skatistas. Ele aceita o convite de um deles para subir em um trem de carga, sem imaginar o problema que teria.

Jumper: Mesmo sendo somente uma diversão nada conseguiu ser tão vazio e absurdo quanto a trama deste filme, e pensar que pode ser um início de cinessérie: Conta a história de um jovem que tem o poder de se teletransportar para onde bem entender. Só que logo ele descobre que existem outros como ele, o que acaba fazendo com que se veja no meio de uma guerra entre pessoas com a mesma habilidade que ele jamais pensou que existisse. Assim, ele passa a ser caçado por um grupo que pretende eliminar os jumpers. Agora, seu estranho dom pode ser, ao mesmo tempo em que o condena, a sua única chance de sobrevivência. Confira a crítica.

Unidos pelo Sangue: Passou rapidamente pelos cinemas esta produção canadense com elenco multiracial sobre a AIDS. Na trama, três continentes, três histórias, uma experiência inesquecível. Na China, Jin Ping (Lucy Liu) monta um serviço de coleta de sangue móvel e, inadvertidamente, começa uma epidemia que ela deverá conter. Na Ífrica do Sul, Clara (Chlöe Sevigny), uma noviça, inicia uma ajuda ás crianças tendo contra ela as superstições locais e da própria igreja. No Canadá, Denny (Shaw Ashmore), um ator pornô, envolve-se em uma série de eventos que mudará para sempre sua própria vida, assim como a de sua mãe.

Polaróides Urbanas: O ano de 2008 tem sido cruel para o cinema nacional. Com exceção de Meu Nome não é Johnny, os demais têm passado em branco junto ao público. Estréia na direção em longas-metragens de Miguel Falabella, é baseada em uma famosa peça de teatro chamada Como Encher um Biquíni Selvagem. Aqui ele faz uma comédia que tem apelo para agradar o gosto popular, e não difere muito da dinâmica apresentada em especiais para a televisão. Conta a história de cinco mulheres que convivem e tentam resolver seus problemas do dia a dia no Rio de Janeiro. São elas uma jovem em conflito com a mãe, uma terapeuta que não consegue resolver suas próprias questões, uma dona de casa de classe média que perdeu a capacidade de sonhar, uma atriz consagrada que está em decadência e uma mulher que foi escolhida como mãe da filha de sua patroa.

O Olho do Mal: Nova bobagem de Jessica Alba (em inferno astral?) e, pior, ainda é uma refilmagem de um bom suspense chinês, The Eye – A Herança. Na trama, igualzinha, uma mulher é cega desde uma tragédia que ocorreu em sua infância. Ela se submete a um transplante de córnea e recupera a visão. Aos poucos, porém, descobre que está tendo estranhas visões. Sem saber direito se é uma fase de adaptação ou sua imaginação, a garota percebe que estas visões se tornam cada vez mais reais e assustadoras, e passa a desconfiar que, na verdade, trata-se de algo bem mais grave do que pensava. Assim, talvez o doador dos olhos tenha aberto uma espécie de porta para um mundo sobrenatural de onde ela terá que desvendar e escapar.

Paixão Proibida: Passou rapidamente nos cinemas este drama/romance com cara de filme á moda antiga (lembrando o recente Memórias de uma Gueixa). Na trama, Herve Jancour (Michael Pitt, de Os Sonhadores) achava que seria feliz para sempre ao lado da amada Helene (Keira Knightley, de Piratas do Caribe), mas estava enganado: A próspera indústria da sede européia é atingida por uma praga e ele terá que fazer uma perigosa viagem para negociar a mercadoria em uma ilha misteriosa e lendária. Sua jornada o levará ao temido barão local e também á sua concubina, garota misteriosa e dona de uma beleza impressionante. Ela não tem nome. Eles não falam a mesma língua. Mas algo acontece entre os dois que vai mudar a vida de Herve.

Um Plano Brilhante: Suspense de assalto com a sumida Demi Moore e incansável Michael Caine nos papéis centrais. Ela é a executiva dedicada da maior empresa de diamantes de Londres na década de 1960. Ele é um zelador amargurado que trabalha no mesmo local que a executiva. Ambos estão insatisfeitos com o rumo de suas carreiras, já que sempre foram menosprezados no local em que trabalham. Assim, para se vingar, eles se juntam e planejam um grande assalto, mas nem tudo sai como eles haviam planejado. Confira a crítica.

Em Pé de Guerra: Comédia veículo para as peripécias de Sean “American Pie” Scott e o jeito durão de Billy Bob Thorton, somente não sei o que a excelente atriz Susan Sarandon faz aqui. Na trama, John Farley nem sempre foi um bem-sucedido autor de livros de auto-ajuda. Na verdade, demorou até que ele se recuperasse dos abusos sofridos nas mãos do professor de educação física do colégio, Sr.Woodcock. Eis que seus maiores pesadelos se tornam realidade quando, ao visitar sua cidade natal, John descobre que a mãe está de casamento marcado… com o Sr.Woodcock. Obcecado, ele deixa de lado sua filosofia de paz interior para provar ao mundo o verdadeiro mau-caráter que é seu futuro padrasto. Mas Woodcock não é do tipo que vai deixar barato, e promete virar a mesa. A batalha vai começar!

10000 AC: Nova bobagem do diretor Roland Emmerich, diretor de Independence Day e de O Dia Depois de Amanhã, que mostra que sabe trabalhar com produções grandiosas e traz esta aventura ambientada em uma época em que os mamutes sacudiam a superfície e espíritos místicos moldavam o destino dos humanos. Este espetáculo de efeitos especiais enche somente os olhos do espectador (a trama nem vou me atrever a discutir, imaginem os detalhes históricos) contando a história do primeiro herói da humanidade, que embarca em uma arrojada jornada para salvar sua a amada, que foi seqüestrada e condenada a um profético destino. Lutando contra um tigre dente-de-sabre e outros predadores pré-históricos, ele cruzará regiões desoladas e totalmente desconhecidas, formará um exército e descobrirá uma civilização perdida bem á frente de sua época. Lá, ele liderará uma batalha pela libertação de sua amada – e se tornará campeão em um período lendário.

Guitar Noob

Nerd-O-Matic quinta-feira, 24 de julho de 2008 – 32 comentários

Falarei hoje de forma complicada e prolongada (já vou avisando antes de lerem o resto) sobre o fenômeno ao qual resisti bravamente por anos, mas que finalmente tomou de assalto minhas horas disponíveis de jogo com a inevitável aquisição do controle em forma de guitarra. Desbravarei os meandros que tornam o jogo em questão um fator de vício incontrolável e a sensação inexplicável de ser um rock star na sala de sua casa. Verificarei os ganchos de jogabilidade que mantêm o jogador médio seguindo até a última música e cansando os dedos com geração de dor concomitante no punho que segura o braço da guitarra. Enfim: vamos ver qualé a do Guitar Hero. Mas antes de mais nada, creio que é importante deixar uma coisa bem clara:

Você parece um retardado quando joga Guitar Hero

É sempre de grande importância manter esta lembrança presente. Porém, não se depreenda disso que jogar Guitar Hero não é causa de alegria e contentamento, já que a sensação de produzir acordes de guitarra sem ter efetivamente o instrumento em mãos é deveras agradável e satisfatória. A emulação de instrumentos que não existem no ambiente pode ser indicada como responsável, por exemplo, pela decadência musical que ocorreu na década de 80, com o advento dos sintetizadores (vide Miles Davis e Serge Gainsbourg). Ah, os sintetizadores… esses instrumentos eletrônicos mágicos que imitavam os instrumentos verdadeiros de forma bizarra e ruim, e que foram usados e abusados na citada década, gerando bandas sofríveis como RPM. Se bem que o Paulo Ricardo comeu a Luciana Vendramini. Então tá tudo pelas ordi.

ÊÊÊ peixão!

Mas eu falava do jogo, e o que sintetizadores têm a ver com Guitar Hero? Convenhamos pimpolhos, a sensação de criar música sem de fato saber tocar porra nenhuma é como se fosse a trapaça máxima do universo; você tem o poder em suas mãos, e com o apertar de alguns botões bem-colocados, VOILÍ!, eis que agora você, nerd débil mental, virou o fucking Tom Slash Vaughan e está tocando “Sweet Child O’Mine” como se isso apenas exigisse uma troca rápida de apertares entre 4 botões coloridos! (Eu só consigo jogar direito no nível médio, não enche). Caralhos, com um pouco de treino você toca até mesmo “Trough The Fires and Flames” do Dragon Force, coisa que deve ser mais difícil na vida real do que comer a Maitê Proença. Mas é claro que você nunca vai fazer nenhum dos dois – afinal, você toca música numa guitarra de prástico na sala de sua casa – então a comparação é inútil.

Voltando ao assunto, chamo sua atenção para o processo de síntese que ocorreu aqui: é como se o sintetizador, que já era um instrumento que sintetizava vários outros instrumentos, tivesse sido sintetizado novamente na porra da fucking guitarra de prástico do Guitar Hero. É um processo de miniaturização e diminuição de botões, com manutenção do número de músicas que podem ser tocadas. Todos se curvem em respeito ao poder dos games e sua inegável capacidade de emular o mundo real com amontoados de prástico. O que, logicamente, não muda o fato de que:

Você parece um retardado quando joga Guitar Hero

Falemos então da guitarra, já que ela veio á tona. É uma guitarra de fucking prástico, um controle normal com menos botões, glamourizado de forma dúbia numa carcaça preta e branca com umas partes coloridas, que, quando empunhada de forma adequada, te faz parecer um retardado:

Você parece um retardado quando joga Guitar Hero

Porém, o amontoado de prástico fake desperta emoções bastante reais. Reais a ponto de fazer seus dedos e punho doerem no fim do dia, deixando também o usuário dos dedos e do punho com uma ligeira dor na nuca, dependendo da quantidade e intensidade do head-banging que você fez ao tocar “No One Knows” doze vezes seguidas pra conseguir 100% naquela música. Maldito Queens of the Stone Age e suas músicas do caralho.

Mas o fato importante é: Guitar Hero desperta sua auto-consciência corporal de você a si mesmo enquanto noob jogador de jogos, colocando para funcionar partes que você nunca tinha levado em consideração antes. Por exemplo, vocês já pensaram na importância do dedo mínimo? Ele é o último dedo de sua mão e, caso você nunca tenha tocado violão ou coçado o ouvido com ele antes, são grandes as chances de que ele esteja pendendo praticamente sem função na sua mão. Se você usa seu dedo mínimo para outras coisas além das que citei, não quero saber. Sério, não cite nos comentários.

Muito bem, em Guitar Hero, ao se passar do nível noob-easy para o nível medium-peso pena acontece a adição de mais uma tecla, que requer o uso do dedo mínimo para que você desempenhe corretamente as músicas. No meu caso, começar a usar o dedo mínimo foi como trazer um morto para o reino dos vivos novamente, já que nunca toquei violão, cocei o ouvido e nem manejei sondas anais com o dedo em questão. É um testemunho real que estou fazendo aqui: eu tinha um dedo inútil que praticamente não era mapeado pelo meu cérebro e nem sentido como fazendo parte do meu corpo, até que fui obrigado a utilizá-lo pra manejar uma guitarra de prástico que me faz parecer um retardado:

Você parece um retardado quando joga Guitar Hero

Mas não pareço retardado só por causa do dedo, claro. O que te transforma num retardado é que você realmente acha que está tocando numa banda, fazendo covers 100% de músicas do cancioneiro popular, como “My Name is Jonas” que eu nunca tinha ouvido mais gorda na minha vida, o que é explicável já que nunca fui muito com a cara de Weezer. Mas parte da alegria está justamente em descobrir riffs e solos divertidos de apertar botão em músicas nunca dantes navegadas. É claro que de vez em quando você tropeça num Fall Out Boy, o que te faz levantar as mãos pro céu e pedir pra um deus que não existe pra fulminar quem fez o setlist de Rock Band, que, de outra forma, teria o setlist mais espetacular de todos os tempos, batendo de longe qualquer jogo da série Guitar Hero.

Fall Out Boy; quem bota uma merda dessas num jogo de tocar guitarra de prástico? Vsf. Continuamos na semana que vem, ainda tenho muitas fotos de retardados tocando Guitar Hero pra vocês verem.

Confira o novo pôster de Death Race

Cinema quinta-feira, 24 de julho de 2008 – 2 comentários

Tá certo, essas poses não foram muito felizes, mas esse filme promete.

um futuro próximo (2020), Death Race é um programa de televisão popular no mundo todo, em que prisioneiros de alto risco dirigem carros armados em uma pista que faz parte de um complexo chamado de Terminal Island e correm pelo direito de serem “chefes” da prisão.

O filme estréia por aqui no dia 24 de outubro. Se liga no trailer, vai ser uma espécie de mistura de Twisted Metal com Carmageddon. E com Jason Statham. ORRÔ!

Overdose Adaptações: Asilo Arkham (Panini)

HQs quarta-feira, 23 de julho de 2008 – 1 comentário

Fato: Mais de metade dos créditos de Asilo Arkham vai para Dave McKean. A narrativa de Grant Morrison é inteligente, mas não brilhante e aliada á alguém do nível de Jim Lee, Ed Benes ou … não teria o mesmo efeito que no traço rebuscado e sombrio que McKean utiliza. A HQ é estupidamente surrealista, um sonho em formato de quadrinhos. Um conto bizarro de Batman.

Coringa homossexual e cada vez mais assassino

De forma resumida, Asilo Arkham coloca o homem-morcego em uma complicada situação: Os loucos alojados no Arkham fazem reféns e sua única exigência é de que quem os colocou lá seja internado com eles. Assim, Batman entra no mundo alucinado fundado pelo Doutor Arkham, enfrentando seus medos e aguentando gente do naipe do Coringa, Duas-Caras e Crocodilo.

Hahahahahahahahahahahahahahahahahahahahahaha…

O interessante da história é que, assim como em filmes de terror, a própria mansão que serve de asilo é colocada como louca, pondo em cheque o mundo real e o ilusório. Na capa consta que o Asilo é “Uma séria casa num sério mundo” e, durante as … páginas que compõe a Graphic Novel, Morrison tenta nos convencer de que fora dos portões de Arkham é que estão os verdadeiros loucos. A sanidade do vigilante de Gotham é contestada o tempo todo, chegando ele próprio a se perguntar se não deveria ficar dentro do Asilo com os criminosos que prendeu.

-É um jogo de palavras, Batman. Amor? – Robin… Não, NÃO! Eu quis dizer Mulher-Gato!!!

Sinceramente? Eu fiquei alucinado na primeira vez que li esta história em quadrinhos. Achei fantástica, um exemplo de como ao mesmo tempo os vilões de Batman são insanos e sanos. A HQ cria uma teoria bizarra sobre o Coringa, colocando-o como o vilão mais normal do Batman, que sofreria se super-sanidade, criando uma personalidade pra cada vez que ele tiver necessidade.

Ele é normal… Assim como George W. Bush

Infelizmente, ela não é tão boa assim depois. As últimas páginas e o desfecho são meio broxantes. Porém, ter a história de Batman comparada á Alice no País das Maravilhas é absurdamente divertido. Até mesmo um Chapeleiro Louco ele tem! E o Coringa não é nada mais nada menos que o Gato Risonho que, de uma forma sinistra e cruel, introduz Batman ao mundo da loucura, dando-lhe pistas de como prosseguir, sem que a “Alice” perceba que cada vez mais louca ela fica.

Asilo Arkham

Arkham Asylum
Lançamento: 1989
Arte: Dave McKean
Roteiro: Grant Morrison
Número de Páginas: 128
Editora:Panini Comics

Overdose Adaptações: Batman Ano Um (Panini)

HQs quarta-feira, 23 de julho de 2008 – 2 comentários

Se você perguntar a um fã de Batman por que ele considera Frank Miller um gênio, provavelmente ele te responderá que é por Cavaleiro das Trevas. E não, não é do filme que estréia dia 18 agora que eu estou falando. É da HQ criada por Miller que fala de um futuro apocalíptico, em que Bruce Wayne é um velho perdido, esbravejando contra uma sociedade sem heróis que ele mesmo ajudou a formar. Genial ou não, a graphic novel é muito lembrada, ainda mais do que Batman: Ano Um. Só que, se Christopher Nolan leu algum quadrinho antes de dirigir Batman Begins e Batman – Cavaleiro das Trevas foi o Ano Um.

E assim nasce um emo… Um emo que bate pra caramba!

A história sintetiza os primeiros momentos do Homem-Morcego em ação, quando ainda não era um vigilante experiente e não conhecia o seu… “Público”, saindo sem uniforme pelas ruas, apanhando mais do que batendo. Não que ele seja derrotado, mas é óbvio que Alfred se mostrou extremamente eficiente como médico quando Bruce chegava em casa com mais do que uns simples arranhões. Ano Um se caracteriza por ser bem mais real, apesar de citar algumas vezes o OUTRO super-herói da DC que mora em Metrópolis. Nessa mini-série não há super-vilões, apenas a participação curta de uma certa “inimiga mui amiga” do Batman, enquanto ele lida com a corrompida Gotham City.

Ele IA deixar o malaco cair… Que pena que conseguiu salvar

Falando em Gotham City, James Gordon é ponto crucial da história. Os fãs já estão cansados de saber da relação que ele e o homem-morcego partilham, e em Ano Um vemos ela sendo construída. Jim chega á Gotham como tenente e, assim como Bruce Wayne, fica revoltado em ver uma polícia tão podre e começa a tomar atitudes. O personagem se torna o co-protagonista de Ano Um e dá pra perceber a dualidade entre ele e o Cavaleiro das Trevas. Enquanto o policial trabalha na luz, procurando transformar e edificar uma nova central policial (E acabar virando o futuro Comissário Gordon), o playboy trabalha na escuridão, tentando fazer o mesmo efeito. Ao contrário do sempre “Luto sozinho” de Batman, o jovem guardião de Gotham busca aliados em pessoas que tenham caráter parecido com o dele, sabendo que não pode cuidar sozinho de uma cidade tão grande.

Gordon começa a se tornar dependente… Do Batman… Xiiii…

Lembram que eu falei antes que Nolan bebeu muito de Ano Um? Pois é… Em uma determinada sequência da HQ eu vi praticamente um trecho do roteiro de Cavaleiro das Trevas. Gordon visita Harvey Dent (É, o promotor com o sorriso Colgate dos cartazes do filme) pra questionar se ele poderia ser o Cruzado de Capa.Fato: Mesmo sendo tão elogiado, Ano Um não é perfeito. Vemos Batman em situações estarrecedoras e queremos mais. Só que a história simplesmente acaba com nossas esperanças… Do nada. É curta, fazer o quê, mas vale a pena ser lida e serve muito bem para quem quer conhecer o personagem. E deixem de ser noobs e vão nas livrarias comprar. É fácil.

ó aí o momento semi-suicida em que ele criou o traje

Batman Ano Um (Panini Comics)

Batman Year One
Lançamento: 1989
Arte: David Mazzzucchelli
Roteiro: Frank Miller
Número de Páginas: 148 páginas
Editora:Panini Comics

Assista ao trailer japonês de Metal Slug 7 para Nintendo DS!

Games quarta-feira, 23 de julho de 2008 – 6 comentários

Que Metal Slug é um dos melhores jogos de plataforma de todos os tempos, é fato. E o melhor é que, por sete gerações, não quiseram estragá-lo levando-o para o 3D. Ou eu falei merda? Enfim, vamos ao trailer:

Porra, não tem como dizer que não é sensacional. Aparentemente o game sai no dia 18 de novembro deste ano.

Lançamentos de Jogos da Semana – 20/07 ~ 26/07

Games terça-feira, 22 de julho de 2008 – 3 comentários

Essa semana tem UM lançamento de gente, mas ele vale por muitos.

Final Fantasy IV (Nintendo DS)
O portátil da Square Enix Nintendo recebe mais um jogo de grande porte. Final Fantasy IV foi lançado originalmente para Super NES em 1991 pela então Square. Foi o primeiro Final Fantasy a introduzir personagens mais profundos, histórias mais densas e o Active Time Battle, sistema de batalha usado até o Final Fantasy IX e definiu algumas das características da série, como história focada nos personagens e o uso de tecnologias de ponta, no caso um sistema para simular 3D. Um divisor de águas e também um ótimo jogo, ainda hoje um dos favoritos de vários fãs.
Final Fantasy IV volta agora em 3D pelo mesmo time do remake de Final Fantasy III em comemoração aos 20 anos da série, com vídeos em CG, minigames, dublagem e algumas mudanças menores no gameplay. Todas essas mudanças estão muito bem executadas e revivem esse clássico que entra imediatamente na lista dos jogos que todo jogador de Nintendo DS deve ter.

Overdose Adaptações: Hellboy – Sementes da Destruição (Mythos)

HQs terça-feira, 22 de julho de 2008 – 1 comentário

Você já leu Hellboy? Nem eu.
Exatamente. Eu nunca tinha lido uma edição sequer do gibi do garoto do inferno. E não sentia a menor falta. Mas não é que presta?
Hellboy – Sementes da Destruição é relativamente antiga, já que foi lançada aqui no Brasil em 1998.

A história começa em uma igreja em East Bromwich, Inglaterra, na data de 23/12/1944. Um esquadrão de soldados americanos, acompanhados por três membros da Sociedade Paranormal Britânica, está no local, pra evitar que os nazistas concretizem o “Projeto Ragna Rok”. Além desses, também está no local o herói Tocha da Liberdade, que acredita nessas coisas de espíritos.
Um dos membros paranormais diz que algo vai acontecer ali, só não sabe o que. Até que nota que algo acontecerá ali e em outro lugar, mais ao norte. Longe dali, com umas pedras em pé formando um círculo. Alguém ai falou em Stonehenge? No local, um grupo de nazistas cerca um monge lunático que entoa canticos. E quando o ritual chega ao seu fim, um bebê surge na igreja, no meio de uma explosão. Não um bebê normal, mas um bebê que tem uma cauda e chifres: O garoto do inferno, ou Hellboy.
Muito tempo depois, alguém ou algo volta para se vingar, e ataca um ente querido do cramulhão de chifre cortado. Depois de dar conta do bicho, Hellboy vai investigar a mansão Cavendish [Ou Cavendish Hall], com uma pequena equipe do Bureau de Pesquisa e Defesa Paranormal: Elizabeth Sherman e Abraham Sapien.
Lá, eles são atacados sem descobrir nada, exceto que ele encontrou alguém com um poder que ele nem imagina.

Eu não diferencio muito traços e tal, mas os desenhos do Mignola são foda, apesar de parecerem meio simples á primeira vista.

É um belo início, que te empolga e deixa curioso, mas podia ter mostrado a origem do vermelhote de modo menos confuso. Ou isso passa conforme se vai lendo os arcos…

Hellboy – Sementes da Destruição

Hellboy: Seed of Destruction
Lançamento: 1998
Arte: Mike Mignola
Roteiro: John Byrne
Número de Páginas: 52
Editora:Mythos

Overdose Adaptações: Hellboy – O Despertar do Demônio (Mythos)

HQs terça-feira, 22 de julho de 2008 – 2 comentários

A história dessa vez começa no Círculo Polar Írtico, próximo á Noruega. Roderick Zinco invade um castelo cheio de esqueletos de nazistas mortos faz muito tempo, quando ativa um alarme, chamando a atenção do pessoal que já tá la dentro. Pessoal esse que pretende matar Zinco, até que ele revela ter tido um encontro com o mestre. Ai eles param pra escutar a proposta do riquinho.
Um ano depois, em Nova York, num lugar meio estranho, um velhote é morto por um cover do Lemmy, Giurescu, de quem, aliás, a última notícia que se teve era de 1956. Hellboy e o resto da BPDP vão até a Romênia investigar uns castelos suspeitos, divididos em três equipes. No lugar a ser investigado, um ritual está sendo feito, para conseguir vingança. Depois de uma decida do avião espetacular, o capetoso já sai na porrada com um tio de braço de metal, enquanto a vilã foge e tem um flashback, e uma visão atual também. Com isso, Hellboy acha um velhote jantando, que viaja pra caceta mas conta umas histórias. Depois de aturar o ancião, Hellboy sai andando e chega num salão onde encontra uns pássaros do mal.
O alarme é acionado, o cinto do Hellboy apitou, então ele deve estar em perigo. Será? Ele está preso numa encruzilhada, quando o cover do Lemmy aparece. Depois de um ataque do mal, o chifrudo sem chifre luta contra a sua natureza graças ao que aprendeu com os humanos. Os bandidos fazem uma cagada que vai tudo pelos ares, enquanto a equipe volta para casa.
Detalhe para um epílogo, que conta mais sobre o monge maluco.

Apesar de melhor desenhada, o enredo deixa o leitor MUITO confuso. Ou fui só eu. Mas, na minha opinião, se você quer uma leitura rápida, esquece Hellboy, vá ler algo que não tenha cronologia nenhuma tipo a Marvel.

Hellboy – O Despertar do Demônio

Hellboy: Wake the Devil
Lançamento: 1999
Arte: Mike Mignola
Roteiro: John Byrne
Número de Páginas: 126
Editora:Mythos

Me digam que este NÃO É o Piccolo

Cinema terça-feira, 22 de julho de 2008 – 9 comentários

Bom, o Dragonball Movie Blog publicou scans de uma revista com fotos do filme por lá e, pra variar, são sempre as mesmas. Mas isso aqui que me chamou a atenção:

O que é mais engraçado? Essa camiseta de (que eu imagino ser de) um time de baseball ou cara de quem saiu de um episódio de Power Rangers?

confira

quem?

baconfrito