Isso não é um Top 10 de fim de ano – Séries

Televisão terça-feira, 11 de dezembro de 2007 – 1 comentário

Este texto faz parte de uma lista que, definitivamente, não é um top 10. Veja o índice aqui.

Tem coisa mais clichê do que listinhas no último mês do ano e, pior, fazer uma lista (ou duas) de séries é muita dor de cabeça, afinal o calendário de séries norte-americanas (99% das séries) é dividido em temporadas que, normalmente, vão de setembro de um ano á maio do ano seguinte. Sendo assim, vale o que rolou neste ano, sendo temporadas terminadas em maio ou recém iniciadas, agora, em setembro, vocês que se virem para entender!

Claro que para as piores temporadas de séries não valem as que eu já considero hors concurs como, Smallville (que me desculpem os fãs), Ghost Whisperer e Men in Trees, somente para citar três.

PIORES TEMPORADAS DE 2007

9 – 24 Horas 6ª Temporada
Depois de uma temporada excepcional, Jack Bauer merecia melhor sorte em sua volta da China. O personagem continua fodão (incluindo a interpretação de Kiefer Sutherland), mas a trama que iniciou de maneira explosiva (literalmente) não soube evoluir os arcos da temporada e, no final das contas, houve uma reciclagem de tudo o que a série apresentou nestes anos, familiares de Jack atrapalhando sua vida (e não é o caso da gostosa de sua filha, a atriz Elisha Cuthbert), invasão terrorista na C.T.U. (lugar mais desprotegido em solo americano), abundância de terroristas (ainda está faltando um representante venezuelano) e até a personagem mais querida dos fãs, a nerd/irritadinha Chloe, perdeu seu charme com a participação de seu marido chato.

8 – C.S.I. Miami 5ª Temporada
Um motivo qualificou a presença de C.S.I. Miami aqui, o episódio que se passa em nosso país é de um constrangimento ímpar (Rio, primeiro episódio da 5ª temporada), e nem estou falando de problemas óbvios como a geografia absurda do Rio de Janeiro (muito bem fotografado na série) e a facilidade de encontrar pessoas fluentes em inglês para dialogar com os personagens, mas sim do absurdo da trama. Ainda faz um sucesso inexplicável nos EUA.

7 – Bionic Woman 1ª Temporada
Aposta alta da NBC para esta temporada, já considerada um fracasso pelos baixos índices de audiência (devendo ser cancelada em breve, provavelmente isto não ocorreu devido á greve dos roteiristas). Assisti a dois episódios e posso dizer que a série não me conquistou, parece um xerox de Alias (que eu adorava, diga-se de passagem) com toques de ficção, a heroína é apagadinha e o que se salva na série é a vilã da atriz Katte Sackoff (Starbuck de Battlestar Galactica).

6 – Heroes 2ª Temporada
O que falar desta fall season (temporada de outono, que pode virar a segunda temporada definitiva caso não termine a greve dos roteiristas), se o próprio criador da série reconheceu os absurdos das escolhas das tramas. Assim como ocorreu na temporada inicial o arco se mostrou ineficaz frente aos absurdos das tramas (como a amnésia de Peter Petrelli) e a adição excessiva de novos personagens (como os irmãos latinos chato e chatonilda), nem mesmo a subtrama épica de Hiro, personagem mais simpático, funcionou. Ao final sobrou muita expectativa de uma série mais comentada do que elogiada.

5 – Vanished 1ª Temporada
A praga que assolou a temporada 2006/2007 foram as séries contínuas, no rastro do sucesso de Lost, que no entanto, devido a baixa audiência foram canceladas com os mistérios não sendo muito bem explicados. Vanished mostrava os bastidores de uma investigação do sequestro da esposa de um senador, na metade do caminho mataram o protagonista (o que nunca tinha presenciado numa série) e o roteiro dos episódios restantes (13 ao total) foi uma bobagem sem sentido algum. Cancelada!

4 – Six Degrees 1ª Temporada
Outro exemplo de série contínua, aqui um drama de J.J. Abrahms sobre a teoria de seis graus de separação, com um elenco cinematográfico, com nomes como Hope Faith, Campbell Scott, Jay Hernandez, Bridget Moynahan, Erika Christensen, a série não conseguiu em seus primeiros episódios prender a atenção devido as pontas soltas do roteiro, não havia uma trama em si, as ocasionalidades dos encontros dos personagens eram muito fracas. Teve onze episódios produzidos, cancelada!

3 – The Nine 1ª Temporada
Mais um exemplo do fracasso das trama contínuas, aqui se mostrava os eventos referentes a um assalto a banco, onde, bandidos e reféns ficaram presos por horas. Na série, optou-se por uma narrativa desconstruída mostrando eventos após o resgate dos reféns, concomitantemente, aos eventos dentro do banco durante o assalto. Não teve nem os 13 episódios exibidos na tevê, cancelada!

2 – Drive 1ª Temporada
Exibida durante a mid-season (meio da temporada, entre março e abril), Drive tinha uma trama que misturava a corrida maluca com toques de conspiração e muitas perseguições automobilísticas, no entanto, muito mistério e pouco conteúdo derrubaram a série com uma fraca audiência, teve seis episódios produzidos. Cancelada!

1 – Hidden Palms 1ª Temporada
Com dois anos esperando para ser exibida na tevê, percebe-se o porquê depois de assistí-la, Hidden Palms era a volta de Kevin Williamson na tevê (criador de Dawnson’s Creek), misturando uma trama teen com um misterioso assassinato o que se viu era um emaranhado de situações constrangedoras, personagens e situações clichês e um gancho muito fraco, teve oito episódios produzidos. Cancelada!

Melhores Temporadas de 2007

7 – Friday Night Lights 1ª Temporada
Supresa este drama teen sobre futebol americano que estreiou na temporada passada apresentando uma trama bastante forte e com persongens bastantes reais, algo difícil em séries teens. Destaque para o treinador Taylor e sua esposa, que se voltam para Dillon, no Texas, onde irão treinar o time local (único divertimento da cidade pequena), Dillon Panthers. Filmado de maneira “câmera na mão”, Friday possui um texto acima da média que vale ser conferido, já está em sua segunda temporada no Sony.

6 – Ugly Betty 1ª Temporada
Comprovação do talento para contar uma história que os americanos possuem, pegaram um conceito de novela venezuelana de sucesso mundial e conseguiram adequar ao seu modelo de série (no caso, comédia com toques de drama). O exagero toma conta dos personagens (principalmente os vilões) e das situações, mas tudo de forma engraçada e debochada, a série ri de seus personagens e de si mesma, além disso, a atriz America Ferrara está um encanto como a feiosa Betty, auxiliar do editor de revista de moda Mode. Está sendo exibida pelo Sony.

5 – Pushing Daisies 1ª Temporada
Pra mim melhor surpresa entre as novas séries, acho seu conceito de fábula encantador, Pushing Daisies, conta a história de Ned, um fazedor de tortas, que faz as vezes de um investigador particular com uma habilidade interessante e única: ele consegue fazer os mortos voltarem á vida apenas com um toque seu e ao tocar novamente em seu corpo, volta a perder a vida. Ele usa desse seu poder para resolver os casos, ele ajuda as vitimas a identificarem seus assassinos. Com um humor peculiar, uma narração em off irresistível, Pushing Daisies, encanta pelo seu visual rebuscado lembrando obras cinematográficas de Tim Burton.

4 – Prison Break 3ª Temporada
Depois de uma segunda temporada cambaleante, os roteiristas voltaram ás origens, fazer a trama se passar dentro de um presídio, claro, que a escolha por um presídio no Panamá facilita a estruturação de desordem que ocorre por lá. Agora, Scolfield precisa fugir do presídio para salvar a vida de sua namorada e sobrinho, sendo que não mapas para ajudá-lo, além disso, também estão presos o agente Mahone, T-Bag e Bellick. O maior atrativo de Prison Break (que nunca foi muito verossímil) é a constante adrenalina das situações limites na série.

3 – Damages 1ª Temporada
Destaque da tevê a cabo americana nesta temporada, Damages conta com nada mais nada menos que Glenn Close no elenco deste suspense de tribunal (sem nenhuma cena no mesmo) sobre uma conspiração envolvendo um processo de funcionários que perderam suas aposentadorias devido a quebra de uma companhia. Se você acha que parece complicado, te digo que piora, em poucos momentos (acho que no último episódio) conseguimos discernir quem seria o suposto vilão ou a suposta mocinha na trama, um texto que levanta ambigüidades como poucas vezes eu vi numa série. Como uma boa trama nunca é demais, Damages garantiu uma segunda temporada com um incrível gancho deixado no episódio final. Ainda, inédito por aqui mas pertence ao canal FX americano (provavelmente será exibido pela Fox daqui).

2 – Grey’s Anatomy 4ªTemporada
Depois de uma temporada cambaleante, Grey’s Anatomy sacudiu a poeira (com a saída de dois personagens) e deu a volta por cima, mesmo sendo uma série bastante dramática (sei que isso é coisa de tanga) é indiscutível o bom roteiro de Shonda Rhimes no desenvolvimento dos personagens e das situações (claro que acho a protagonista Meredith uma chata e o casal George e Izzie, intragável, mas tude bem), sempre uma metáfora para a vida dos médicos do Seattle Grace. Além disso, a trilha sonora é um show a parte e as atrizes Chandra Wilson (dra. Bailey) e Sandra Oh (dra. Yang) garantem o elenco com ótimas performances.

1.2 House 4ª Temporada
Everybody Lies, com esta frase icônica, Dr. House sempre nos diverte e demonstra o quanto um personagem consegue ser trabalhado seriamente numa série muito bem escrita, nesta quarta temporada, o divertimento é garantido com a seleção para os novos auxiliares de House (reparem que uma meia dúzia dos candidatos terá seu momento nos futuros episódios), além disso, sua antiga equipe volta aos poucos para nas histórias para fechar o excelente elenco coadjuvante (junto com Cuddy e Wilson) da série que, certamente, renderá ainda muitos prêmios á Hugh Laurie.

1.1 Lost 3ª Temporada
Mesmo tendo aqueles episódios solitários em 2006, os episódios corridos de 2007 foram o que de melhor Lsot apresentou até agora, acrescentando dois excelentes personagens, Ben e Juliet, e se perdendo em outros (Paulo, Nikki, Rose e Bernard), Lost ainda é um vício difícil de desagradar, quando mais se pensando no que ocorreu no último episódio, agora, também saberemos o que ocorreu depois de alguns personagens saírem da ilha. Com o número de episódios definidos (16 por temporada, serão mais três) a partir de fevereiro saberemos quem são os tripulantes do resgate que Ben tanto não queria que chegasse á ilha, a volta de Michael, o que será mostrado nos flashforwards e mais um milhão de respostas que os fãs esperam ansiosamente.

1.0 Dexter 2ª Temporada
Graças a internet, os fãs de downloads já puderam conferir o final da temporada de Dexter (que será exibido somente dia 16). O que dizer de uma série que consegue desenvolver, ainda mais, seu personagem central, um assassino sob um código de ética, Dexter teve seus momentos de abstinência (excelente exemplificação para os sentimentos de Dexter, colocá-lo no narcóticos anônimos) e conheceu sua madrinha, Lila (a inglesa incendiária), que viria a ser sua perdição. O arco narrativo era o envolvimento do FBI na caça ao próprio Dexter (já que foram descobertos os corpos na marinha onde Dexter os desovava), e este se esquivando de todas as maneiras possíveis além de descobrir mais sobre o passado de seu pai, o mentor do código de Dexter seguia. Elenco e texto impecáveis (somente no final há uma entrega óbvia do roteiro), mas que não arranha a excelente segunda temporada de Dexter (que deve estrear por aqui somente em 2008).

Quer mais dicas e comentários sobre as outras tantas séries, toda terça-feira a coluna Sit.com, deste que vos escreve, tenta mostrar o que tem de interessante e curioso no universo dos série maníacos
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Band Of Brothers

Televisão sexta-feira, 07 de dezembro de 2007 – 4 comentários

Começando o AOE Recomenda! com uma série do caralho.
Essa é uma série tão boa, mas TÃO boa que não apenas UM, mas sim DOIS membros do ato ou efeito vão recomendar a você (só por acaso, os dois mais bonitos, inteligentes e pegadores. sim, isso significa o atillah e eu (y)). Segue, logo abaixo do meu texto, um pensamento huno sobre minha recomendação.

Band of Brothers é uma mini série sobre a Segunda Guerra Mundial. Não, não… deixa eu corrigir. Band of Brothers é A mini série sobre a Segunda Guerra Mundial. Gosto bastante de filmes sobre a Segunda Guerra, mas Band of Brothers extrapolou os limites de “gostar” prá mim.

Prá vocês terem uma idéia, eu nem cheguei a assistir esse bagulho inteiro (o que muito lamento), pois foi um amigo meu quem alugou, e estávamos assistindo na casa dele. São dez episódios de mais ou menos uma hora cada um; eu devo ter visto uns quatro ou cinco.
Mas essa série é que nem o pudim de leite da minha vó: você não precisa comer a fôrma toda prá saber que é bom. Assisti babando cada episódio que vi, e até hoje espero que alguma alma caridosa me dê os DVD’s de presente :~

Tá só 60 reais nas Americanas! POR FAVOR, me dêem de Natal! :~~~

Vamos lá, sobre Band of Brothers. Como vocês viram na imagem acima, esta mini série foi produzida por Tom Hanks e Steven Spielberg, tendo a idéia surgido logo após a confecção do filme O Resgate do Soldado Ryan, e foi exibida em 2001 na HBO. A produção desta belezinha custou singelos R$120 milhões de dólares -muito bem gastos, diria eu-, ganhando o status de série mais cara da TV.

A série acompanha os homens da Easy Company, 506º Regimento da 101ª Divisão de pára-quedistas do exército norte-americano (confesso: copiei esse pedaço da wikipedia. NUNCA ia lembrar essa parada sozinha), um pelotão de soldados que caem na guerra literalmente de pára-quedas. Eu não conheço muito bem termos de guerra, mas vou me esforçar ao máximo prá não dar gafe. A série acompanha desde o treinamento dos soldados até os nazistas se renderem. Claro que entre uma coisa e outra rola os pára-quedistas saltando na Europa para entrarem em combate (episódio 2, Day of Days, o primeiro que assisti. simplesmente fantástico), invasões a cidades européias, soldados feridos (óbvio), estratégias de combate etc etc etc.

Dois aspectos que muito me agradaram na na série foram a fotografia e a forma humana como os soldados são mostrados. A fotografia é incrível. É bonita ao mesmo tempo que é realista. A fotografia das cenas de batalha não deixam nada a desejar, e passam uma clareza de como os soldados deviam estar vivenciando aquilo de maneira angustiante, porém com coragem. Se eu estivesse no lugar deles, com certeza teria me mijado toda de medo dos nazis (y).

ATIRA, MANO! ATIRA!

Quanto á abordagem humana dos soldados, bom, gente chega a CONHECER os caras. Os episódios contêm, no início, depoimentos de nêgo que você vai ver chutando a bunda dos nazis durante a próxima hora. Sem contar que as atuações são humanas, sabe. Band of Brothers mostram soldados que têm medo, que têm gostos, que se esforçam, e não apenas homens capazes de atirar.

Em suma, se você gosta de filme de guerra, documentários, tiros, explosões (aaaah, sempre é bom, vai), história e qualidade, vai gostar MUITO desta série. O AOE recomenda!

Band of Brothers no Youtube:

O trailer da HBO

A batalha em Carentan, na França, seis dias depois do Dia D.

E só esses dois acho que já foram o suficiente prá te deixar com água na boca.

Bom, quando eu falei pros meninos que minha recomendação seria Band Of Brothers, o Atillah prontamente se pronunciou como admirador da série. Como eu sei que vocês VENERAM os textos do cara (não se sinta constrangido por admitir isso, eu também gosto muito do que ele escreve), eu fui bem legal e PERMITI que ele escrevesse a opinião dele também. Mas só porque eu tava de bom humor.

Band of Brothers – Segunda Opinião
(por Atillah)

Band of Brothers (BoB) tem uma capacidade única pra uma série de guerra: consegue emocionar homens e mulheres igualmente. Normalmente os filmes de guerra do tipo “Apocalypse Now” e “Full Metal Jacket” apelam aos hormônios masculinos, devido á violência, loucura e crueza do retrato da guerra. Enquanto isso, boiolagens como “Saving Private Ryan” e “Schindler’s List” apelam mais ás mulheres, devido ao forte conteúdo emocional e desenvolvimento dos personagens. BoB junta o melhor de dois mundos, e você pode assistir tranquilamente com a namorada: você E ela vão curtir.

Band of Brothers NÃO é uma continuação de “Resgate do Soldado Ryan”, apesar de ter sido produzido por Spielberg e Tom Hanks. Em BoB a guerra se torna muito mais evidente do que o destaque dado aos personagens caricatos de Matt Damon e Vin Diesel, no “Resgate”. A série não tem astros ou protagonistas, já que “Band of Brothers” significa literalmente “Time de Irmãos”; o foco é diferente, portanto, do filme onde o objetivo era salvar um soldado perdido, colocando em risco a vida de um monte de outros soldados para tal. BoB parece mais real, mais sincero do que o “Resgate”. Menos “hollywoodiano”, se isso é possível em uma super-produção americana.

Por fim, a reconstrução histórica é impecável. BoB é baseado no livro Band of Brothers: E Company, 506th Regiment, 101st Airborne: From Normandy to Hitler’s Eagle’s Nest, de Stephen Ambrose, de 1992. O cara deve ser simplesmente o maior pesquisador vivo da história da Segunda Guerra. E os livros do cara são praticamente roteiros prontos para filmes espetaculares. Não tinha como dar errado.

Então siga o meu conselho e o da Bel: ASSISTA essa porra. Você vai nos agradecer.

É isso aí, cambada. Recado dado e recomendação feita.
;*

Seriados que dão sono

Sit.Com terça-feira, 04 de dezembro de 2007 – 12 comentários

Bom, não se assustem: O Paulo Jr., ilustre colunista que comanda a Sit.Com teve uns probleminhas e não pode comparecer nessa semana. Então, após mandar um email para a equipe do site pra ver se alguém colaboraria, obviamente sobrou pra mim. Lógico que eu resolvi chutar o balde.

Lost, Heroes, Smallville… enfim, a maioria dos seriados FODÕES me dão sono. Um TREMENDO sono. “Ain, mimimi, não fala mal do meu seriado favorito sem tê-lo visto, TÍ!”. Meu, COMO eu vou ver um seriado INTEIRO se ele me dá SONO?

Dos seriados acima, eu diria que Lost é o MELHOR. Sério, sem ironias. Me lembro da primeira vez que eu o vi: Foi na Globo, dublado. Eu não conseguia dormir, era minha época de insônia das chatas. Aí, beleza, vamos ver esse tal de Lost. Só me lembro de ter acordado com o despertador. Cara, foi um MILAGRE! Eu consegui DORMIR, depois de tanto tempo! Por isso Lost é o melhor.

Uns tempos depois, vi mais dois ou três episódios, na casa de amigos. Na metade de um, após acordar, eu me recusei a continuar “assistindo” e fui até o computador ver vídeos no YouTube. Porra, era algum tipo de flashback. Não basta o seriado ser ruim, ele PRECISA ter um flashback. “Lembre que nós não somos ruins Só agora, ok?”. Não me lembro dos outros dois episódios, obviamente, mas é sempre a mesma merda.

Heroes não é só uma cópia mal feita de X-Men, mas uma cópia mal feita que consegue ser PIOR do que a trilogia de filmes do X-Men. Até a novela Caminhos do Coração, que copiou os dois ao mesmo tempo, não é tão ruim. E não é só por causa da Preta Gil, claro.

Enfim, uma vez a minha namorada me fez assistir a uma maratona de episódios de Heroes. Cara, a única coisa legal nesse seriado é testar seus conhecimentos sobre os personagens da Marvel com aqueles clones. De resto, só uma historinha chata pra cacete porém convincente o bastante pra vender, assim como o seriado citado acima. Sério, todo mundo esperando por algo original e me aparecem com isso? Façam um X-Men 4, POR FAVOR!

Smallville é outro modelo de seriado comercial, mistura malhação com algumas porradas e efeitos especiais. Imagine o Márcio Garcia com super poderes. Agora imagine ele combatendo o crime. Impossível? Veja Smallville, cara.

Entre esses e outros, diversos seriados de múltiplos gêneros se enquadram no mesmo termo: Comerciais. Não, eu não odeio os seriados mais famosos, mas a maioria deles SÃO um lixo por serem feitos exatamente para vender. Obviamente todos são, mas há uma certa diferença entre você preparar algo legal pra vender e preparar algo que VÍ vender. E é aí que eu entro. Veja seriados como Two And a Half Men, ou até mesmo House, que tem uma PUTA qualidade comparado aos seriados citados acima. Seinfeld, véi. O cara se recusa a dar continuidade á bagaça, dizendo que ninguém pode comprá-lo. E daí? Lost e Heroes, principalmente, terão um destino igual: Se prolongarão ao máximo, enquanto tiver audiência, até se tornarem monótonos e terem um final “provisório”. E, até lá, vocês estarão putos e eu estarei dormindo.

Desenhos animados Made in Brazil?

Televisão segunda-feira, 03 de dezembro de 2007 – 14 comentários

YEAH! Coluna NOVA no AOE! Mas não se acostumem com meu nome por aqui, a verdade é que estamos sem um colunista fixo pra esta coluna de desenhos animados e animes. Então, pretendo revezar com o NM e o resto da equipe por tempo indeterminado. Se você conhece alguém PERFEITO para esta coluna, entre em contato.

Após publicar este artigo, percebi que o assunto de que o governo está “incentivando” desenhos animados produzidos no Brasil é no MÍNIMO… interessante. Afinal, o “incentivando” acima, na verdade, seria um “obrigando”. Em cinco anos, querem que a exibição de desenhos animados por aqui seja de 50% produzidos aqui. É óbvio que não temos animações o suficiente pra isso, mas brasileiro tem um jeito pra tudo.

A primeira coisa que vem á cabeça é a desordem. É mais porcaria que está por vir. Imagine se eles fazem um ZORRA TOTAL em desenho animado, ou PIOR: Fazem do Sílvio Santos, um super herói. Se bem que o Faustão tem mais cara de super herói. Mas enfim, é claro que muita merda virá, mas nós nos esquecemos fácil fácil de coisas BOAS por vivermos na merda. Quem se lembra da Super Liga de VJ’s, da MTV, por exemplo? A animação era filhadaputamente FODA, a MTV que cagou com as dublagens. Já temos alguém promissor, enfim. É só não deixar a MTV tocar nele.

Navegando em fóruns por aí, principalmente aqueles voltados a programas de animações, você também pode encontrar muita coisa boa. Assim como pode encontrar muito brasileiro que faz bonito no exterior e não ganha reconhecimento por aqui. Desenhista nós temos de sobra, mas, é aquela história: Falta espaço. Assim como o Rock não tem espaço no país do Carnaval, o desenho não tem espaço na nação das Novelas. Querem ver as rugas da Nair Belo (seja lá quem for ela, não me lembro MESMO) e ver sempre a mesma história em Malhação; de resto os gringos cuidam. Aí que eu digo: Nós, até então, perdemos um PUTA tempo. Veja o cinema brasileiro, tá começando a bombar lá fora. Se já tivéssemos desenhos animados, é certeza que já teríamos alguns mundialmente conhecidos, certeza. Esqueçam a política, esqueçam a MTV, esqueçam o resto. Pra começar, o nosso Folclore tem histórias sensacionais, algumas nem tão absurdamente infantis, mas já temos um começo. O Maurício de Souza é um gênio e pode abrir as portas pra muita gente. Por falar nele, e o Ziraldo, chegou a fazer uma animação pro Menino Maluquinho?

Mas é claro, nossa cultura vai se firmar em favela, sotaque nordestino e outras coisas mais que você vê no cinema brasileiro, e é essa a pena. Estamos correndo em círculos, e temos recursos pra uma ficção, pra algo que fuja da nossa realidade, sei lá. Pra mim, idéias não faltam, estou cursando design e SECO pra escrever uma Graphic Novel, mas ainda falta muito. Mas, voltando ao assunto, eu acho a proposta do governo meio radical. Obrigar desta forma realmente não vai incentivar e vai trazer muita coisa provisória, tornando um sonho em um fracasso. Mas é essa a chance para os animadores de plantão: Se esforcem ao máximo para divulgarem o trabalho de vocês. PROVEM que a gente pode fazer algo que preste.

Lei quer mais desenhos animados nacionais

Televisão terça-feira, 27 de novembro de 2007 – 8 comentários

Sinceramente, nos últimos tempos eu estou completamente por fora de desenhos animados, ainda mais brasileiros. Só me vem á cabeça Turma da Mônica.

Enfim, um projeto de lei pretende criar cotas na TV para a exibição de desenhos animados nacionais. A idéia é que as emissoras comecem a transmitir um pequeno porcentual, aumentando aos poucos – no quinto ano, a meta é atingir 50% de desenhos animados produzidos no Brasil transmitidos na TV.

Obviamente, isso tá dando uma polêmica danada. A Associação Brasileira de TV por Assinatura (ABTA) e a a Associação Brasileira de Emissoras de Rádio e TV (Abert) são contra, o argumento é que isso não vai gerar produção, tendo em vista que atualmente a produção nacional não é tão grande.

De qualquer forma, acho meio radical, mas apóio. Temos recursos pra fazer algo legal, é só não deixar o trabalho na mão dos mais podres e dar espaço a quem realmente pode fazer algo GENIAL. Mas, enfim, qual outro desenho animado foi produzido no Brasil? Esqueci de TODOS.

Californication

Sit.Com terça-feira, 27 de novembro de 2007 – 2 comentários

Sendo exibida pelo canal Warner (terça ás 22hs.), está no terceiro episódio, Californication chama a atenção pelo conteúdo sexual poucas vezes visto num seriado americano (talvez esteja no mesmo nível do sempre polêmico Nip/Tuck). Claro que por ser exibido na tevê á cabo americana facilita a presença de cenas de sexo, bundas, seios, bebedeiras e consumo de drogas sem haver maiores problemas com a censura.

A primeira coisa que chama a atenção na série é a presença de David Duchovny, reconhecido como o crente agente Fox Mulder na inesquecível série Arquivo X, interpreta de maneira cínica e despojada Hank Moody, escritor de um livro só (one hit wonder) que virou um filme idiota nos cinemas. Californication Hank Moody (Duchovny) é um escritor que se esforça para conseguir criar sua filha adolescente, Becca e continua apaixonado por sua ex-mulher Karen (Natascha McElhone, Ronin e Solaris), enquanto tenta relançar sua carreira após ter um bloqueio criativo. Sua obsessão com a honestidade e seu comportamento auto-destrutivo — bebidas, drogas e relacionamentos — estão ao mesmo tempo destruindo e enriquecendo sua carreira.

Para quem não conhece as ousadias da série, logo na primeira cena do primeiro episódio, Hank aparece adentrando numa igreja e ao se confessar a freira, esta lhe diz: “Na maioria dos casos eu recomendaria cinco Ave Marias e dez Pai Nossos, mas acho que o que você está precisando é um boquete.”, não preciso dizer mais nada. No entanto, ao decorrer dos episódios nota-se que o tom provocativo da série diminui para retratar a personalidade auto-destrutiva de Hank, sempre a procura de uma nova idéia para seu livro e a tentativa reconquistar sua ex-esposa, enquanto isto não acontece, ele vai bebendo, cheirando e comendo as mulheres que surgem pelo seu caminho.

Além de Hank Moody, Californication possui alguns personagens de apoio bem utilizados pela trama, como o agente literário de Hank, Charlie Runkle (Evan Handler, ator de séries como Sex and The City), envolvido com uma descoberta sexual de sua secretária; e mesmo, a ninfeta Mia Lewis (Madeline Zina, a garotinha da série The Nanny), de 16 anos, que se envolve com Hank, sem ele saber, sendo ela a filha de Bill, namorado de Karen (olha a situação!).

Quem for assistir Californication pela putaria pode parar agora, depois destes episódios iniciais (tendo a temporada 12 episódios), diminui a porra louquice do personagem pois Hank tenta de inúmeras maneiras reaver sua família. Seu relacionamento com Becca é muito bem retratado pelos roteiristas através de diálogos carinhosos e com cumplicidade entre os dois. Um dos melhores episódios mostra o relacionamento de Hank com seu pai, através de flashbacks, que muito explica o comportamento destrutivo de Hank.

Mesmo assim com seu humor cínico e alta voltagem sexual ao final da temporada fica-se com uma sensação de vazio, como se os roteiristas não soubessem justificar as transformações e escolhas dos personagens (por vezes, moralistas), mesmo assim, o saldo é positivo.

O incrível mundo da tv aberta

Televisão sexta-feira, 23 de novembro de 2007 – 12 comentários

Sabem, a uns anos atrás, jurei a mim mesmo varias coisas: não comer chiclete, arranjar um emprego, e a mais importante de todas: Nunca ligar a TV sem motivo. “Como assim, ô maluco? Sem motivo?”. Sim, sem motivo. Ah sim, antes de tudo, os motivos para ligar a tv: Eu aparecer em algum programa (nunca aconteceu até hoje), ver CSI, (quando eu lembro, eu ligo), assistir filmes do DVD, e, se eu tivesse um, jogar vídeo-game.
Pois bem, como devem perceber, eu não tenho TV a cabo, senão, esse texto se chamaria “o incrível mundo da TV a cabo”. O que me faz ser uma pessoa completamente alheia as novidades que rolam nessa mídia. Só soube que Bush tinha vindo pro Brasil quando ele tinha entrado no avião pra ir embora. O acidente de avião Legacy, só soube uma semana mais tarde. quem ganhou o Big Brother, não sei até hoje, graças a deus. e mais recentemente, aquele negócio do leite só veio ao meu conhecimento quando vi um cartaz falando que o leite era puro em certa padaria.
Mas apesar de tudo, não sou muito fiel a esse juramento, pois diversas vezes no mês, eu ligo a TV, seja para enrolar 15 minutos de um download, seja para esperar a bateria do mp4 carregar, eu sou atraido pelo controle da maldita, e mergulho naquele mundo doido da programação da TV aberta…
E a cada vez que a ligo, me lembro exatamente de o porque jurei nunca mais assistir nada que passasse por lá. Claro, estou falando de programas gravados no brasil. séries não se encaixam nesse tipo de boicote pessoal, que me deixa com um tempo livre pra usar em outras coisas.
Mas vamos ao que interessa, já enrolei 3 parágrafos, e não disse o que vim fazer aqui. Seguinte, você que é um daqueles caras que é um pouco pior que eu, que a última vez que ligou a TV, foi pra saber quem era o assassino em “A Próxima Vitima”, venho te apresentar o: GUIA PRÍTICO DE SOBREVIVÊNCIA DA TV ABERTA (Q?). Sim ,isso mesmo que você leu. Um guia pra você que nunca ligou a TV, feito por uma cara que não liga mais a TV também. “Puta merda, o que esse cara entende?”. O que eu entendo? Muita coisa, afinal, já que não assisto direto como você, pobre viciado que sabe o nome de todos os 150 pokémons big brothers, eu consigo escolher o que de melhor que passa nela, o que realmente vale a pena gastar minutos preciosos de sua vida inútil em frente a tela, enquanto baixa o novo filme, ou aquele CD daquele rapper senegalês desconhecido. Vamos começar, porque eu já prendi vocês demais aqui
Rede Globo
Emissora estranha, sua melhor programação, começa as 4 da manhã, por incrível que pareça.

se você conseguir ficar acordado tempo suficiente para vê-la de uma maneira que você entenda o que está passando. mas como falei, só comentarei programas produzidos pela própria emissora. A muito tempo atrás, Casseta e Planeta era um dos melhores programas de humor, simplesmente por passar uma vez por mês, o que dava tempo de eles prepararem vários quadros com piadas relativamente novas de assuntos meio frescos ainda. hoje em dia, nem sei se passa ainda. Rede Globo, podemos aproveitar o programa da Xuxa de manhã, que passa uns desenhos legais, o Jô Soares, que as vezes passa algo que presta. E se você gosta de cozinhar, poe ver o programa de culinária da Ana Maria Braga. ou quem sabe você seja pedófilo, então você pode assistir o sitio do pica-pau amarelo.
SBT

A emissora do senhor Abravanel. e também, a que mais tem programas próprios, que podem ser considerados bons. não vou considerar novelas, porque não chego perto delas (isso é coisa pra uma especialista aqui do site, mas não vou falar quem é) e também não sou nem um pouco interessado na história da Maria, que aparece em todas as novelas que ele produz. Temos, de manhã, o Bom Dia e Cia, com sorteios de Playstation´s 2, um apresentador hiperativo e uma menina irritante, uma programação regional, que aqui em curitiba é o Tribuna na TV, que dias atrás, quando eu vi, estava mostrando uma macumba no meio da rua, com um porco inteiro, e… deixa quieto. Temos também, o Casos de Familia, diversão garantida com histórias extremamente humanas, o que quer dizer, se você rir do que passa lá, cuidado poderia acontecer com você. Charme, seria uma boa, mas nunca vi o programa, não acho a Galisteu gostosa boa apresentadora o suficiente para gastar meu tempo com ela. temos também, A Praça é Nossa, com suas piadas novíssimas, da safra de 1978, feitas pelo próprio pai do apresentador, que eu estou com preguiça de pesquisar o nome dele no google, até porque, ninguém liga pra ele mesmo, se na mesma cena estiver aquelas pseudo-gostosas de sempre…
PRóXIMA!!
Band
Band, ahhh, Band, como posso me esquecer de você? noites de sábados perdidas esperando o A Noite é uma Criança, o Comando da Madrugada, e até mesmo, as transmissões de jogos de vôlei femininos…

Bom, divagações a parte, a Band tem poucos programas, mas aposto que você lembra deles se já assistiu. Temos as tardes, aqueles programas de culinária, que uma apresentadora tenta ser o mais parecida com a Ana Maria Braga, com suas piadinhas e seus mascotes, mas é aos sábados que a programação dela é a mais assistida, pelo menos pelo povo adolescente, que não tem dinheiro pra comprar uma Playboy, nem internet banda larga. A Noite é uma Criança, programa do Otávio Mesquita, onde ele passa as vezes making off´s de ensaios femininos, e servia de aquecimento para aqueles filmes água com açúcar do cine privê, que não aparecia nada, mas todo mundo comentava na escola na semana seguinte. Os programas do Gilberto Barros, como o sabadaço, mostram mais do que os filmes, mas o problema é que você tem que ouvir Funk, mas nada que o MUTE não resolva. Também temos o programa mais agitado de todos, que fala de seres poderosos, inimigos invencíveis, e muita intriga e vingança, apresentado pelo reverendo Love Joy R.R. Soares, que faz sermões que eu nunca entendo, mas me divirto vendo aqueles fiéis entorpecidos pelas palavras dele…
Record
Emissora de um padre, que eu não sei nada quase. O pouco que sei sobre ela, é que a Eliana

apresenta um programa lá, e ela é centenas de vezes mais gostosa talentosa, que a Galisteu. Até hoje acho que ela tem um caso com aquele biólogo que aparece em todos os programas dela. Atualmente, eles são os donos do direito de exibição dos desenhos do pica-pau, do Popeye, e de alguns ouros desconhecidos, como Rambo. É o canal com mais séries, mas como passam tarde, não tem índices de audiência elevados para que consigam mudar de horário, a não ser Heroes, que passa aos domingos,antes do domingo espetacular, que tembém é uma versão melhorada do fantástico, pelo menos, seus assuntos são mais interessantes
MTV
Aqui mal pega, então vou falar um pouco sobre o que eu já assisti dessa emissora. Rockgol era

um ótimo programa até um tempo atrás, mas eles se perderam em algum ano, não sei qual. Parei de assistir mais ou menos em 2003, quando as piadas deles estavam ficando repetitivas. Hoje em dia, não sei como que está o programa, mas presumo que esteja na mesma. Hermes e Renato é uma diversão mais sossegada, com seus quadros politicamente incorretos, e suas historinhas bem sacadas. aquele programa que eles zoam filmes obscuros é sempre legal de se ver. Tem um programa que passa a tarde, ou de manhã, não sei, sempre me confundo com as reprises, de um cara que apresenta clipes, e que consegue ser mais parado que uma garrafa de água na Oktoberfest. Os outros programas da emissora eu praticamente desconheço, então, vou deixar pra outra oportunidade falar sobre eles.
Bom, parei por aqui. não sei se tem mais emissoras, pois só conheço mais essas. É claro, não falarei dos canais de propagandas, que eles são um show á parte, como aquele das câmeras digitais, ou o do espremedor de frutas, e como não falar do grill George Foreman e de muitos outros produtos que recomendo que vocês vejam. E se algum programa que você gosta não está aqui, paciência, deve ser porque eu não acho bom.

Overdose Faroeste: Na Telinha

Sit.Com terça-feira, 20 de novembro de 2007 – 2 comentários

O gênero faroeste ou western ou, simplesmente, bang-bang viveu na televisão nos anos 50 e 60 seu apogeu, nas minhas procuras foram mais de 80 séries do gênero nestas duas décadas. Claro que algumas se destacaram mais e estão no consciente coletivo (de quem tem mais de 50 anos, óbvio) e outras por terem sido adaptadas em recentes produções cinematográficas (Hollywood sempre inovando!).

Quando levantei alguns seriados fui logo comentar com o meu pai (pertencente ao grupo dos acima dos 50) quais daquelas séries tiveram alguma relevância por aqui, ele me indicou algumas bastante entusiasmado (momento nostalgia) e, por incrível que pareça, quando estava atrás de uma abertura sempre comentada nos textos que li, ele, de longe, reconheceu á qual série pertencia. Veja abaixo se você reconhece ou alguém perto de você:

Bonanza (1959) é a mais conhecida série faroeste da tevê. Foram 431 episódios divididos em 14 temporadas, sendo a primeira do gênero colorida, com mais três telefilmes feitos décadas depois para contar a história da família Cartwright e o Rancho Poderosa. No entanto, Gunsmoke – A Lei do Revólver (1955), pode não ser tão reconhecido por aqui mas, durou 20 temporadas com 635 episódios. Outros exemplos de faroestes televisivos são: James West (1965) (que foi adaptado de maneira pavorosa naquele filme medonho de Will Smith), Bat Masterson (1957), O Homem da Virgínia (1962), Maverick (1957) (adaptado de maneira divertida nos anos 90 com Mel Gibson e Jodie Foster), Durango Kid (1945), Chaparral (1967), Daniel Boone (1964) e Zorro (versões de 1950 e 1957)

Em comum, assim como ocorre com os filmes, nas séries de faroeste há espaço para pistoleiros destemidos, bandidos fora-da-lei, cavaleiros honrados e bravos que, normalmente, procuram vingança ou justiça em ambientes desérticos, ranchos ou cidadezinha distantes dos grandes centros. Notem como é um gênero especificamente masculino, quase não há mulheres em papéis de destaque, quase sempre elas são retratadas como mães e donas-de-casa. Isso se modificou com a série Dra. Quinn – A Mulher que Cura (1993) exibida por aqui pelo SBT, na série, que teve 6 temporadas com 147 episódios, a Dra. Quinn (Jane Seymour) é uma médica que lutava contra o preconceito no interior de uma pequena cidade do oeste americano.

Deadwood, uma das tentativas de ressuscitar o gênero na TV

Nesta década, o gênero passou a ser bissexto, poucos produções se arriscaram a incursar na televisão (que vive o momento suspense criminal), com exceções como Deadwood, elogiada produção da HBO, teve 3 temporadas, com Timothy Olyphant (de Hitman), Ian McShane e Molly Parker, mostrava o poder e a corrupção na cidade do interior da Dakota do Sul. Outra produção da tevê á cabo americana foi a minissérie Into the West, com produção de Steven Spielberg, mostrava aventuras do Oeste Americano sob a ótica de duas famílias, uma de brancos e a outra de nativos indígenas.

Já as séries que tentaram se arriscar ao modificar a estrutura clássica do gênero como Peacemakers (2003), que misturava faroeste com investigações forenses, claro, de maneira bastante artesanal não agradou a audiência e foi cancelada com apenas 9 episódios. Mexendo mais no gênero foi Joss Whedon (criador de Buffy e Angel), que levou o gênero faroeste para o espaço, literalmente, criando a saga intergaláctica Firefly. Utilizando todos os tipos e temas do faroeste, a série não teve retorno em audiência, foram apenas 14 episódios, mas já é considerada uma série cult, tanto que ganhou em 2005, um filme exibido nos cinemas retomando a história da série, Serenity.

Uma pena o cancelamento precoce, a série era muito boa

Greve dos roteiristas! Alerta vermelho para os série maniácos

Sit.Com terça-feira, 13 de novembro de 2007 – 9 comentários

Se você é como eu e estudou num colégio público já deve estar mais do que acostumado a ouvir falar em greves e, inclusive, chega um momento que a considera normal todo ano. Já nos Eua isto é sinônimo de revolta e muito, mas muito, dinheiro perdido. Pois o sindicato dos roteiristas (que representa todos os roteiristas da televisão e cinema) entrou em greve na segunda passada exigindo um acordo quanto ao pagamento de direitos pelo lançamento de filmes e programas de TV em DVD e sua distribuição por internet, telefones celulares e plataformas portatéis, ou seja, novas mídias que representam o futuro.

A última vez que isto ocorreu foi em 88 e foram 22 semanas de paralisação, a grande questão é que para o cinema esta paralisação não é muito incoveniente durante algum tempo, afinal os filmes possuem pré e pós-produção de anos, sendo assim, os filmes que serão lançados no ano que vem devem estar todos devidamente filmados em fase de finalização.

Já no universo televisivo, a questão se complica, os famosos talk-shows (espécie de programa do Jô, com melhores piadas e entrevistados) já estão paralisados pois dependem da presença diária (cobrindo os eventos do dia e da semana) dos roteiristas para formularem os programas. Já os malditos reality-shows ou são colocados no ar já devidamente terminados (como os programas de competição estilo Survivor e Amazing Race) ou não dependem de um roteiro pronto sendo, atualmente, improvisados pelos seus apresentadores como no programa Dancing with the Stars, que é exibido ao vivo toda semana.

greveestudioThe New Adventures of Old Christine, Two and a Half Man, Rules of Engagement, How I Met your Mother, The Office, Back to You, ‘Til Death e a dramédia Desperate Housewifes já esão paralisadas. Normalmente, nesta altura do ano as séries já estão com uns 10 a 15 episódios finalizados (sendo que a TV já exibiu de 5 á 7 episódios de cada série), então a grande questão atual é saber por quanto tempo a greve durará? Até porque os atores também estão apoiando a causa e já não gravam mais os roteiros finalizados de suas séries.

Algumas das novas séries desta temporada como sitcom Carpoolers, da ABC, por exemplo, tem os roteiros de todos os 13 episódios encomendados pelo canal prontos. Cane, da CBS, também. A dúvida é se quando a greve terminar estas séries receberão a encomenda de novos episódios ou não, pela audiência baixa das séries é bem provável que sejam canceladas.

Dos programas que já estão sendo exibidos alguns podem sofrer mudanças como Heroes, a série está prevista para entrar em intervalo no dia 3 de dezembro (11ª episódio da segunda temporada), encerrando o segundo capítulo da saga, chamado Generations. Comenta-se que as cenas finais do episódio foram reescritas no domingo anterior a greve, preparadas para que, caso a greve avance mais semanas, esta pausa se transforme no final definitivo da segunda temporada. Se a temporada já está sofrível imagina se terminaram de maneira abrupta?

Os fãs de Lost também tiveram uma notícia horrível e assustadora na semana que se passou. Comentou-se a hipótese da quarta temporada (prevista para estrear em fevereiro de 2008) estrear somente em 2009. Mas nada está definido oficialmente e a série tem até o momento 8 episódios prontos (de 16 previstos). O canal tem algumas opções: adiar a estréia da série ou estrear a série assim mesmo, interrompendo a exibição após estes oito episódios.

Já a Fox anunciou oficialmente: a estréia da sétima temporada de 24 Horas fica adiada até o final da greve. Segundo o canal, a série só irá ao ar quando for possivel transmitir todos os seus 24 episódios sem interrupções. Uma má notícia mas justificável pelo formato da série, imaginem um episódio terminar quando Jack está descobre uma reviravolta na trama (como sempre acontece) e, simplesmente, tivermos que esperar por semanas ou meses para saber do que se trata, complicado né? No entanto, para as séries do mid-season: Terminator: The Sarah Connor Chronicles, New Amsterdam, Canterbury´s Law e The Return of Jezebel James, todas com episódios já gravados, estréiam em janeiro, independente da greve.

Com programação diferenciada, os seriados de TV paga serão menos afetados com a greve, já que são filmados com bastante antecedência. Na FX, a primeira parte da quinta temporada de Nip/Tuck já tem todos seus roteiros prontos. O último ano de The Shield também. The Riches não terá problemas se a greve terminar até dezembro. Já Dirt deverá sofrer atrasos.

Um dos representates dos roteiristas, Damon Lindelof, criador de Lost, fez um interessante artigo para o jornal The New York Times sobre o tema. Um dos trechos diz:

Eu estou irritado porque eu sou acusado de estar sendo mesquinho pelos estúdios que estão sendo mesquinhos. Eu estou irritado porque minha mesquinhez é justa e razoável: se dinheiro está sendo gerado porque meu produto está na Internet, então eu tenho direito a uma pequena parcela. Os estúdios gananciosos, por outro lado, estão se escondendo atrás do argumento cínico e falso de que não estão fazendo nada pela Internet — que o streaming e o download de nossos programas é puramente promocional. Sério?

Seis semanas é o período crítico para que a greve dos roteiristas se resolva. Depois de seis semanas os estúdios podem alegar force majeure – literalmente, motivos de força maior – para justificar absolutamente tudo: cancelamento de contratos e projetos, demissões, re-negociação de salários (até mesmo para diretores e atores). Alguns acreditam que os cartolas não tem a menor pressa em retomar as negociações exatamente porque preferem esperar pelas seis semanas para ver “o circo pegar fogo”.

A questão é complicada e delicada, mas, obviamente que com a entrada de novos tipos de mídia quem realmente tira proveito financeiro deles são os produtores e estúdios, enquanto isso, os roteiristas ficam prá trás mesmo sendo de vital importância para a indústria.

Estréias da Semana: Dicas

Sit.Com terça-feira, 06 de novembro de 2007 – 1 comentário

Com as novas programações do canal Sony, Warner e mais algumas estréias em outros canais nesta semana, faço aqui um resumo do que ando acompanhando e que irá estrear por estes dias. Para saber mais sobre todos as séries que estão estreiando veja aqui, aqui e aqui.

Cold Case – 5ª temporada: (segunda-feira ás 21hs. na Warner).
Lilly Rush manteve seu sólido público na TV americana e estréia seu quinto ano investigando um caso de 1994, em que três crianças foram espancadas até a morte. A trilha sonora do episódio é um show á parte com oito músicas do Nirvana. Drama criminal que acompanho ocasionalmente, vale sempre pela trilha sonora do ano em que ocorreu os crimes que os agentes voltam a investigar.

Californication – nova série: (terça-feira ás 22hs. na Warner).
Uma das melhores estréias deste mês, a série é uma comédia com drama da tevê á cabo americana, com alto conteúdo sexual e adulto. David Duchovny (Mulder de “Arquivo X”) volta á televisão nesta polêmica série. O ator é Hank Moddy, um escritor frustrado cuja vida se complica com seus atos inconvenientes enquanto encara as dificuldades de criar uma filha de 13 anos e tenta reconquistar a ex-mulher. Boa notícia: a série já tem segunda temporada garantida!

Ugly Betty – nova série: (quarta-feira ás 20hs. no Sony).
Podem até achar que é série de tanga por se passar nos bastidores de uma revista de moda, mas as gargalhadas são inevitáveis e o desfile de mulheres gostosas impressiona, participam desta primeira temporada a morenaça Salma Hayek (Bandidas e Frida) e a loiraça Rebecca Romjin (a mistica de X-Men). A trama é a versão americana da novela mexicana Betty – A Feia que foi exibida por aqui.

Chuck – nova série: (quarta-feira ás 20hs. na Warner).
Do mesmo criador de “The O.C.”, Josh Schwartz, a série mostra quando um nerd da computação, Chuck, é exposto sem querer a milhões de imagens e acaba absorvendo as informações do departamento de defesa dos Estados Unidos, escondidas por trás dessas imagens. Apesar do argumento absurdo, vale a pena conferir pelo personagens nerds divertidos e as referências pop.

Supernatural – 3ª temporada: (quarta-feira ás 21hs na Warner).
A título de curiosidade sempre gostei de séries bizarras, não esqueçam que fui iniciado neste vício (de assistir séries) com Arquivo X, e atualmente, o que mais se aproxima dele é Supernatural (dadas as devidas proporções). A série em seu terceira temporada apresenta um arco bastante promissor: a morte iminente de Dean e a abertura do portal do inferno. Além disso, duas novas personagens surgem em alguns episódios, até o quinto episódio que assisti somente um deles foi banal os demais estavam muito bons.

Moonlight – nova série: (quarta-feira ás 22hs. na Warner).
Fechando a quarta-feira de ação na Warner estréia uma nova série de vampiros, diferente do universo de Buffy e Angel, em Moonlight, a trama acompanha um detetive vampiro envolvido com casos humanos e sobrenaturais, a série é mais pé no chão que as anteriores e, por enquanto, tem me agradado pela diferenciada mitologia ao redor do conceito dos vampiros.

Como a maioria das estréias são sitcom não tenho como sugerir por assistir somente algumas (The New Adventures of Old Christine e How I Met Your Mother) e não são as que estão no ar atualmente.

Das séries que acompanho religiosamente, a maioria deve estrear somente no ano que vem por aqui (como CSI, Grey’s Anatomy além dos retornos de 24 Horas e Lost), não esquecendo que House – 4ª temporada, está imperdível, e estréia dia 22 de novembro no Universal Channel.

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