Provavelmente você já ouviu esse nome em algum lugar, nem que seja na Smoke on the Water do Deep Purple (“Frank Zappa and the Mothers were at the best place around”), que conta o incidente ocorrido em Montreux, onde Zappa e sua banda (Frank Zappa and the Mothers of Invention) tocavam, quando um membro da platéia acabou causando o incêndio que queimou o cassino onde o show acontecia. Pois bem, o fato é que Frank Vincent Zappa, nascido em dezembro de 1940 em Baltimore, foi um dos grandes músicos do século passado.
Com mais de 60 (é, eu disse SESSENTA, mesmo) álbuns lançados, Zappa foi nomeado diversas vezes para o Grammy, e acabou levando o prêmio em 1988, pelo álbum Jazz From Hell. O cara tocava tudo que é tipo de coisa, do rock’n’roll ao jazz fusion experimental bizarro. E compunha muito bem, aliás.
Suas letras são geralmente ótimas críticas, cheias de ironia e humor. Interessado pela política, chegou a se candidatar a presidente dos EUA, mas a campanha foi abandonada devido ao câncer de próstata que o atacou (e acabou o matando, em dezembro de 1993). Zappa também criticava a religião organizada e a censura, sendo um defensor fervoroso da liberdade de expressão. Sua visão cética sobre os processos e estruturas políticas transborda em suas letras satíricas. Ah, o cara zoava o próprio nariz, também.
Cenas imperdíveis foram protagonizadas por Frank Zappa, como no Steve Allen Show, em 1963, quando fez um solo de… bicicleta. E ficou do caralho, aliás. Ou quando quando Zappa interpretou Mike Nesmith e vice-versa num episódio da série dos Monkees, em 1968. Além disso, o cara já apareceu em Miami Vice e até fez a voz do Papa num episódio de Ren & Stimpy.
Apesar de não se considerar um instumentista virtuoso e dizer que seu ponto forte era a composição, Zappa também era um guitarrista de primeira, e, em suas músicas, podemos ouvir um monte de solos do caralho. Claro que só falar não vai adiantar muito, então aí vai uma maravilha de versão de Zoot Allures junto de Trouble Every Day:
Foi Zappa quem lançou nomes como Bob Martin e Steve Vai – que, segundo a lenda, foi chamado por Zappa para tocar após transcrever solos de guitarra do mesmo e enviá-lo pelo correio. Durante o tempo que passou tocando com Frank Zappa, Steve Vai participava de uma espécie de “jogo” com o público. Eles traziam partituras e ele tentava lê-las á primeira vista (o que é difícil pra caralho, aliás. Já tentaram?).
Quanto a recomendações, bom, vocês tem uns setenta álbuns pra procurar por aí, moçada! Claro, tem a chance de cês acabarem encontrando alguns dos álbuns mais bizarros do cara por azar, mas enfim, ele fez muita, mas muita coisa boa. Claro, se você quer porque quer indicações, pois bem: Aconselho começar pelo álbum Hot Rats, que é do caralho. Se você quer alguma coisa um pouco menos convencional, talvez o álbum triplo,“Shut Up ‘n’ Play Yer Guitar” com suas sequências, “Shut Up ‘n’ Play Yer Guitar Some More” e “Return of the Son of Shut Up ‘n’ Play Yer Guitar” são álbuns recomendáveis. Outro que é do caralho é o “Zoot Allures”. Claro, ce pode ouvir o já citado “Jazz from Hell”. Ou, se você quer cair de TESTA na parte mais bizarra da música do cara, ce pode ouvir o “Apostrophe”. Enfim, tem coisa pra caralho do cara por aí, basta procurar. Ou você pode continuar ouvindo a sua musiquinha indie boiola pra sempre, claro.
Abaixo, o som “The Torture Never Stops”, do álbum “Zoot Allures”:
Quase toda sexta-feira eu saio com os amigos para beber tequila e empurrar com cerveja num café cubano aqui na cidade.
– E eu com isso, Bel?
Bom, acontece que antes da saída, rola um ritual da minha parte. É o único ritual que consegue ser bichinha e machão ao mesmo tempo: escolher a roupa e fazer a maquiagem ouvindo “metal extremo”.
Daniel Filth. Além de gordo, esquisito e TANGA, é feio bagaraio.
Primeiramente, deixe-me esclarecer uma coisa: eu sou completamente anti-rótulos para música; prá mim, toda música com guitarras pesadas e vocal gutural eu chamo de “rock pesado”, subdividindo-se apenas entre “rock pesado bom” e “rock pesado ruim”. E não, eu não ligo de “metal” e “rock” serem duas coisas diferentes.
Mas como eu sei que o leitor pode não concordar comigo, dei uma pesquisadinha no orkut e vi quais rocks pesados podem ser colocados como “metal extremo”. Prá minha surpresa, 70% dos rocks pesados que eu escuto sexta de noite são death metal, 20% são thrash metal, 16.5% é black metal, 0.7% é doom viking college biba metal e 50% é dividido 25% em Sepultura e 25% em Metallica, que, se não me engano, são thrash metal.
Bom, quem liga prá estatísticas e rótulos, não é mesmo?
Voltemos ao “metal extremo”.
Segundo o wikipedia (ou seria a wikipedia? ah, foda-se), “metal extremo é um termo abrangente utilizado para definir subgêneros do heavy metal que são caracterizados por sua agressividade, tais como black metal, death metal, doom metal, thrash metal”. Ou seja: metal extremo é música de MACHO.
De todos esses gêneros, acho que os melhores são death e thrash.
Prá minha imensa surpresa, achei nhenhentas sub-sub-sub-divisões de death. Uns trens ridículos tipo brutal death metal, death metal técnico (what the fuck?!), doom-death e outras coisas inúteis assim.
Novamente, quem liga prá rótulos?
O que importa é que se você quiser dar um toque de macheza na sua inútil sexta feira (que aposto que não tem tequila nem cerveja que nem a minha. Mas caso tenha, não esqueça de me convidar), estou recomendando aqui músicas que já viraram tradição ouvir no antepenúltimo dia da semana (ou penúltimo, caso você seja TANGA e ache que domingo é, de fato, o primeiro dia da semana).
Eu ia indicar dez músicas, mas fiquei com preguiça e vou indicar só sete. Se contente com isso, ok?
Obituary – Insane
Eu queria ter achado outra música deles, mas não tinha no youtube… então, vai essa aí, que também é boa.
Behemoth – Inner Sanctum
Sombrio e sinistro, mas ainda assim é do caralho. O clipe youtubado é meio besta, mas é só minimizar e ficar curtindo o som.
Morbid Angel – Where The Slime Live
Death metal (acho) com cabeludos sacudindo a cabeça que nem bobos. Bom, muito bom.
Arch Enemy – Dead Eyes See No Future
A música não é tããão boa assim, mas a vocalista é muito gostosa.
Cannibal Corpse – Make Them Suffer
Não gosto muito de CC (“cecê”… hihihihi!), mas essa música é boa. O clipe que é meio bããã, com um menino ferido preso num quarto e mais cabeludos bobocas balançando a cabeça.
Sepultura – Roots Bloody Roots
AMO essa música. Simples assim.
Amon Amarth – Death In Fire
Esse dizem que é viking metal. Eu sei lá, só sei que o vocal é um tesão.
Acrescentando minha opinião pessoal a esse post: acho o tal de “bater cabeça” uma coisa muito sem graça, sem contar que você corre o perigo de, sei lá, deslocar seu cérebro. Rodinhas de porrada são mais legais. E mais: essa parada de pintar a cara de branco e fazer maquiagem de drag queen depressiva também é super brega. Vamos nos ater à música, né gente?
Bom, cada um na sua… tem quem goste, tem quem ache baboseira (eu), mas vamos todos admitir que o som é MUITO, mas MUUUUITO bom.
Finalmente os caras do The Hives, promessa DO ANO, divulgaram o tracklist de seu novo álbum: Black and White Album. Também tem uma nova data de lançamento: 1º de Outubro, digitalmente. Se der tudo certo, é claro que eu vou ouvir a bagaça ANTES de vocês e resenhar por aqui.
Black and White Album – The Hives
Lançamento: 01/10/2007
1. Tick Tick Boom
2. Try It Again
3. You Got It All… Wrong
4. Well Allright!
5. Hey Little World
6. A Stroll Through Hive Manor Corridors
7. It Won’t Be Long
8. T.H.E.H.I.V.E.S.
9. Return The Favour
10. Giddy Up
11. Square One Here I Come
12. You Dress Up For Armageddon
13. Puppet On A String
14. Bigger Hole To Fill
A música é a 3s & 7s, e faz parte do álbum Era Vulgaris. O clipe é totalmente Stoner Rock, sensacional. E, convenhamos, a banda nunca deixa a gente na mão quando o assunto é mulher. O que é irônico pra alguns, que ficam MESMO na mão, né? HEIN? SACOU?!
O álbum United Abominations recebe mais um clipe: Never Walk Alone. Bom, não espere muito de um clipe de uma banda de metal, mas pode esperar uma sonzeira do carái.
Não vem que não tem. A Meg White já confirmou que aquele vídeo da gordinha praticando o bom e velho doggy style não é dela, então, passado o susto, os Listras Brancas lançaram o segundo clipe do novo trabalho deles, Icky Thump.
O nome da faixa é You Don’t Know What Love Is e tem um riffzinho bacana, quanto ao clipe não espere nada demais é só Meg White com aquela cara de “ai, peidei” dela e Jack White com seu cabelo seboso.
E o Ato ou Efeito é um site de notícias sobre economia. Gerard Way, vocalista do MCR, em entrevista ao site da Universidade do Maine disse que não consegue conceber que seu grupo seja rotulado como emo. Segundo ele, “Por uma questão de circunstâncias, acabamos agrupados com um monte de bandas consideradas emo, e começaram a nos rotular da mesma forma”.
Estou aqui pensando se as circunstancias “música ruim”, “franjinha caindo na testa” e “letras pseudo-depressivas” seriam contundentes o bastante pra definir o o My Chemical Romance como emo. Way provavelmente foi pego pelo surto de odiar modinha e em sua lógica sagaz acredita que se odiar aquilo que todas as pessoas odeiam vai fazer com que as pessoas achem ele legal. Assim não pode, garotão!
Como se não bastasse ser zoado por ser emo, o My Chemical Romance vai abrir os shows da próxima turnê do Bon Jovi.
I rest my case.
Com a estréia do quadro Made in Taiwan, senti parte do meu sonho sendo realizado: “Trabalhar” com bandas independentes. Lá pra 2004 eu tive a idéia de lançar um site reunindo várias bandas undergrounds, que seria um Trama Virtual mais… seletivo. A idéia era foda, eu e um amigo planejamos coisa pra cacete, já tinhamos umas 5 bandas confirmadas no site, com conteúdo e tudo, e ainda planejávamos lançar um selo pra, pelo menos, gravar uma coletânea. O tempo passou e a gente acabou esquecendo da idéia, ou melhor: Abandonando ela. Então, no início deste ano eu repensei a idéia com o finado Sob, ex-membro do site que colaborou com um texto, algumas idéias e alguns nomes de colunas e quadros, como o próprio “Made in Taiwan”, nome que ele tinha na manga caso fosse criar um blog. Enfim, usamos o nome para este quadro musical do AOE, que tem tudo pra ser sensacional.
Bom, essa idéia de reunir bandas sensacionais que VOCÊ deveria conhecer surgiu depois que um de meus sonhos fracassou: O sonho de ter uma banda. Enquanto durou foi sensacional, claro, apesar de insistir no erro de tentar aprender a tocar guitarra. Minha grande paixão sempre foi ser vocalista e, quem sabe, baterista, mas era uma merda ter uma bateria por aqui E eu sempre cantei mal. Até montar, finalmente, uma banda, e ser obrigado a cantar e fazer a base na guitarra. Eu era tipo o Joey Ramone, não sabia se tocava ou cantava. Se tocava, a voz saia baixa. Se cantava, as notas saiam fora de sincronia. Até esquecerem em casa a guitarra do outro guitarrista, que arrancou a minha guitarra de mim. Então, foi o ensaio mais sensacional da minha vida, e… terceiro e último da banda. Foi coisa de louco: O baterista estava cansado de tocar as músicas que eu escolhi, tendo em vista que ele sim SABIA tocar, então eu escolhi umas fáceis pra gente. Então, a gente parou pra pensar quase o ensaio inteiro, até eu levantar e dizer: “Ok, vamos tocar as mesmas músicas.”
O baterista quase pegou um canetão vermelho e desenhou um alvo na minha cara pra tacar as baquetas, até eu organizar o povo. Pra começar, Island in the Sun, do Weezer: Falei pro guitarrista esquecer aquele riffzinho chato e colocar distorção na guitarra, tocando os acordes em um ritmo acelerado. Aí, o baixista teria que se virar pra acompanhar e, o baterista, mais experiente, improvisaria. Quando eles começaram a tocar, eu me sentia como o Jack Black em School of Rock, então decidi ver se minha garganta funcionava mesmo e comecei a gritar um vocal grave. Cara, imagina essa chatice do Weezer sendo tocada pelo Sick of it All. Depois Hate to Say I Told You So, do The Hives e, pra finalizar, Smells Like Teen Spirit, do Nirvana. Eu saí do ensaio rouco, tomei uns 5 litros de água e fiquei empolgadão. Mas nunca mais voltamos a tocar juntos, acho que terminamos no auge da carreira pra terminar bonito.
Depois ainda cantei na banda do meu primo e aprendi que cantar as músicas do Nirvana é uma experiência do cacete. Mas experiência de verdade é tocar em uma banda, principalmente quando você tem música correndo pelas veias. Acho que quando eu for doar sangue, vai começar a tocar Cowboys from Hell, do Pantera, em uma qualidade de 128 kbp/s.
Então, já que eu não levo jeito pra fazer música, o jeito é continuar garimpando e sendo chatão. Não sou um Lúcio Ribeiro, até porque o cara é indie, ainda prefiro gostar de música boa. Então, já que é pra caprichar, vamos a um novo modelo de coluna. Enquanto isso, vai falando aí suas experiências com bandas. A única coisa que eu tenho a dizer é a seguinte: Não teve banda? TAAANGA!
COLETADÃO DA SEMANA
REVIEWS
Songs for the Deaf (Queens of the Stone Age)*
Probot (Probot)*
The Meanest Of Times (Dropkick Murphys)
Echoes, Silence, Patience and Grace (Foo Fighters)*
Over the Under (Down)
CONHEÇA
Pogues – Música pra se ouvir no convés**
Foo Fighters: A fábrica de bons videoclipes*
Martin Scorsese (and “Ato ou Efeito”) Presents: The Blues
Sem muita enrolação, PHIL ANSELMO no vocal, bóra ligar o som e aumentar o volume no máximo. DOWN, véi.
3 Suns And 1 Star abre o álbum trazendo a velha pegada Doom com uma pitada de Stoner Rock, que parece estar cada vez menor. Pra uma faixa de abertura, pode-se esperar por um álbum sensacional, mais puxado pro segundo álbum dos caras. The Path traz um som de peso, e as saudades do Scream de Phil Anselmo. Puta que pariu, sério, como meus ouvidos pedem pra ouvir aqueles berros. Mas o cara ainda tem meu respeito, e esta faixa prova que os caras não largaram totalmente o Stoner Rock, o que é um alivio DO CARÁI. Sem os gritos até dá pra viver, na merda, mas dá. Agora, sem Stoner Rock, eutanásia, véi.
N.O.D. é um puta som empolgante, apesar de o refrão não ter me agradado muito. O encerramento é foda. I Scream, ou IIIICE CREAAAAMM!, é o single da banda, não poderia ser melhor. Mas, pensando bem, poderia sim. Olha o nome do som. Você já saca que vai ter gritos, né? Pois é, os gritos são baixos, coisa de “plano de fundo”. Eu quero SCREAM, porra. Cadê o Anselmo nessas horas? Tá certo, o cara arrebentou as cordas vocais em um show, mas ainda assim não é desculpa. Enfim, o som é EMPOLGANTE. On March The Saints tem uma introdução que lembra o primeiro álbum da banda, álbum em que Phil Anselmo não economizava a garganta… bom, fazer o quê. O som é do carái, bem a cara da banda, o que é um pouco irônico. Não vou dizer porquê, já repeti a mesma coisa milhares de vezes, aposto que você já sabe o que é. O som fica EMPOLGANTE na metade, fazendo o álbum St Anger, do Metallica, passar pela minha mente. Sei lá, algo neste álbum me lembra esse cd, que você deve ignorar a banda que está tocando pra gostar do que está ouvindo. Never Try, som calmo, mas o peso ainda está ali. Bem experimental, bacana, mas nenhuma… novidade.
Mourn, mais uma vez a afinação grave das guitarras e a bateria detonando. O som é daqueles que dá medo, mas é de se ter medo de uma banda que reúne o ex-vocalista do Pantera (Phil Anselmo), o guitarrista do Corrosion of Conformity (Pepper Keenan) e o baterista do Eyehategod (Jimmy Bower). Beneath The Tides vem com uma introdução deveras chata, e olha que temos mais de 8 minutos de música pela frente. Depois da intro, sonzeira, de um tipo diferente que os caras estão acostumados a fazer. Escuta aí pra ver. His Majesty The Desert não passa de uma introdução para a próxima música, não há muito o que se falar dela. Tipo um prelúdio, e tal, coisa leve. Já Pillamyd chega quebrando tudo, trazendo aquele metalzão pra balançar a cabeça no refrão, clássico. O solo é sensacional, e agora sei o que me fez pensar no álbum St Anger: Talvez a bateria.
In The Thrall Of It All dá mais destaque ao Stoner Rock, finalmente, mais um solo sensacional e um som relativamente diferente do que a banda está acostumada a fazer. Nothing In Return (Walk Away) já chega te chamando pra porrada, os caras estão cada vez menos Stoner e cada vez mais pesados. Nem pense em falar a palavra “New Metal”, ainda é aquela pegada Doom. E essa ainda traz um pouco de Thrash, coisa de louco. Bom, encerraram o álbum com um som EMPOLGANTE, mas meu apelo continua: Phil, VOLTE A GRITAR, PORRA! Leva tempo pra se acostumar com esse estilo. Não que seja ruim, mas não foi assim que eu te conheci, véi. Bom, álbum foda, altamente recomendável pra você que quer um som pesado sem velocidade, afinal, ainda tem um pouquinho de Stoner ali.
Over the Under – Down
1. 3 Suns And 1 Star
2. The Path
3. N.O.D
4. I Scream
5. On March The Saints
6. Never Try
7. Mourn
8. Beneath The Tides
9. His Majesty The Desert
10. Pillamyd
11. In The Thrall Of It All
12. Nothing In Return (Walk Away)
Eis o grande dia! 25 de Setembro, já está nas lojas o novo álbum do Foo Fighters, Echoes, Silence, Patience and Grace. E agora você confere o nosso review, é claro.
Tudo começa com o single que vocês já ouviram por aqui, The Pretender. O que dizer? Sensacional, um dos melhores sons da banda até hoje. E aqui você viu uma resenha só pra esse som, então só digo uma coisa: Puta que pariu, que som foda, empolgante e pesado. Quebre seus ossos com ele. Let It Die começa lenta, dando um tempo pra você descansar depois do estouro da primeira faixa. Mas é só o tempo necessário mesmo, depois a calmaria toda some e vem a parte da música que você diz “Opa, ISSO é Foo Fighters”, aí você volta a se empolgar e fica rouco gritando o refrão. Então, Erase Replace começa e você pensa que Taylor Hawkins, baterista da banda, decidiu virar metaleiro. Mas não é só a bateria, os riffs de guitarra prometem um Metal, pelo menos na introdução. Bom, não é bem um Metal, mas é um som pesado, daqueles que fazem você decorar a letra por acabar colocando a faixa no repeat. Aconteceu comigo.
Long Road To Ruin tem um começo broxante, sinceramente. Mas depois a música se normaliza e, sinceramente, achei essa um pouco… bestinha. Sei lá, não é MESMO a cara da banda. Então vem Come Alive, mais uma com o começo calmo. E continua calma. Enfim, é um som calmo. Mas com o tempo ele vai se animando, fique calmo. Até que WOW, finalmente guitarras distorcidas e Dave Grohl gritando, olha você ficando rouco de novo. Perfeita pra deixar rolando solta no MP3 Player enquanto você anda pela rua, o povo vai achar que você é louco. E é. Aí vem Stranger Things Have Happened, com um violão mais calmo ainda. Dave Grohl sussurra, você boceja. Essa é pra você que gostou do último álbum dos caras, e parece que os próprios caras gostaram dessa de acústico. Eu não gostei, mas admito que o dedilhado deste som é bacana. O som é bacana, mas repito: Foo Fighters NÃO É acústico, véi.
Cheer Up, Boys (Your Make Up Is Running) (lembra?) já é um som mais animado, e lembra o segundo álbum da banda. É bacana, mas eu ainda prefiro quando eles exploram mais o lado pesado da coisa, como o refrão deste som, que é sensacional. Então, Summer’s End chega trazendo o tipo de som clássico da banda, aposto como próximo single. Bem legal, daqueles sons que não chegam a empolgar, mas também não deixam você ficar parado. The Ballad of the Beaconsfield Miners começa com um dedilhado louco no violão, e continua assim. Sim, é instrumental, imagino este som em uma daquelas comédias inglesas. Porém, ele tem uma história: Grohl compôs esta música pra dois caras que ficaram presos em uma mina na Tasmânia por, sei lá duas semanas, e pediram um iPod só com músicas do Foo Fighters. Quando Grohl ficou sabendo, mandou uma carta pros caras. “Oi, pessoal, aqui é Dave. Vocês estão em nossos pensamentos e orações. Quando saírem daí, tem dois ingressos para um show e duas cervejas geladas esperando por vocês onde quer que vocês queiram ver a banda”. Foda.
Statues, próxima faixa. Nossa, que isso? Queen? Péra, piano? Ah tá, é só a introdução. Sim, o piano continua pelo resto da música, mas pelo menos a banda acompanha. Sério, bacana esse som, apesar do susto. But, Honestly, mais um som no violão. E só. Mas depois ele vai tomando forma e o resto da banda entra pra detonar tudo, de vez. São sons assim que me orgulham de ser fã dessa banda. Vai se preparando, a segunda parte dessa música é SENSACIONAL. Pena que é curto. Enfim, Home, a última faixa do álbum, traz o piano novamente. Cês já imaginam que eu vá reclamar, certo? Então, sinceramente essa música é um saco. Aliás, pra quem esperava MUITA coisa deste álbum, eu me decepcionei. Não tá uma porcaria, mas não era MESMO o que eu esperava. Levou um tempo pra eu aceitar isso, talvez realmente a banda esteja “inovando”. A pena é que eles estão fugindo do meu gosto, mas enfim, não é o melhor álbum da banda, e ainda é cedo pra dizer que é o pior, até porque temos o álbum Skin and Bones. Bom, com o tempo, vamos ver no que dá.
Echoes, Silence, Patience and Grace – Foo Fighters
1. The Pretender
2. Let It Die
3. Erase/Replace
4. Long Road to Ruin
5. Come Alive
6. Stranger Things Have Happened
7. Cheer Up, Boys (Your Make-Up Is Running)
8. Summer’s End
9. The Ballad of the Beaconsfield Miners
10. Statues
11. But, Honestly
12. Home