Clássicos em clássicos animados

Televisão quarta-feira, 16 de junho de 2010 – 10 comentários

Em fevereiro do ano passado, fiz uma coluna comentando sobre a ópera Hungarian Rhapsody nº2, de Franz Liszt, ter sido executada por várias animações em episódios clássicos, e com a maioria não tendo, praticamente, relação nenhuma entre si.

Aí lembrei que nunca fiz a lista dos melhores musicais do mundo dos desenhos tradicionais. Afinal, na época que fiz a coluna anterior, estava na casa da minha mãe, usando o note do meu irmão, que apagou todos os favoritos que havia separado para esta coluna. Levou mais de um ano, mas o que interessa é que lembrei, não é?

Segue abaixo os cinco melhores musicais clássicos do mundo das animações. continue lendo »

Os anti-heróis dos desenhos animados

Televisão quarta-feira, 18 de março de 2009 – 12 comentários

O DJ Raphael Mendes, aka Bobagento, mandou uma sugestão interessante para a coluna desta semana.

Listar os maiores anti-heróis da ficção.

Anti-herói é aquele cara que, ao contrário do herói bonzinho cagão – tipo Superman – faz as coisas do jeito lhe convém e de acordo com seus interesses, objetivos ou o que quer que seja para cumprir sua missão, independente se os métodos que usarão são ou não tolerados pela sociedade, como o Batman e Wolverine.

Geralmente são movidos pelo egoísmo, vaidade e qualquer coisa que não seja a visão principal do herói, que é ajudar o próximo.

Anti-heróis são complexos pelo simples fato de que tanto podem ser os heróis como os vilões da história, de certa forma criando uma empatia com o público, que, dependendo da situação, torcem por ele independente de ser o personagem principal, herói ou vilão.

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Música Clássica no Papo Animado

Televisão quarta-feira, 11 de fevereiro de 2009 – 7 comentários

Provavelmente todos sabem que assisto muitos desenhos animados, óbvio, já que escrevo uma coluna sobre isso.

Enfim, reparei que nos desenhos de hoje é raro ver musicais. Mesmo um Pica-pau (tem hífem?), Tom & Jerry ou qualquer um da Warner, sempre havia algum episódio memorável nesse sentido, principalmente com música clássica.

Talvez a mais executada por todos seja a Hungarian Rhapsody nº2, de Franz Lizst, composta em 1847 e que foi interpretada, nada menos, por Tom & Jerry, Pica Pau, Pernalonga, Mickey e anônimos da Warner.

Fiz uma lista com os melhores, de acordo com o meu gosto.

Aproveitem, Papo Animado também é cultura. Clássica.

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As cores e a grana começam a aparecer

Televisão quinta-feira, 25 de setembro de 2008 – 6 comentários

Olá Noobs.

A coluna teve uma pequena quebra na seqüência, culpa do Paramyxoviridae, gênero Rubulavírus, também conhecido com vírus da Caxumba.

Essa porra me derrubou de tal jeito que só conseguia ficar de pé por 30 minutos ininterruptos, talvez, por isso, a coluna possa ter algumas mudanças bruscas, mas (acho) que vocês são inteligentes e vão entender.

Como ninguém tem nada a ver com isso, vamos para a parte da história dos desenhos animados, quando as cores invadem o mundo da imaginação dos autores e as animações viram um negócio lucrativo.

Disney começa a ser oportunista

Como vocês podem imaginar, quem enxergou isso melhor foi o velho Walt Disney, que em 1932, foi até a empresa Technicolor – que havia desenvolvido o sistema para inserir cores nos filmes – e fez um contrato de dois anos de exclusividade com a empresa.

Dessa parceria saiu Flowers and Trees (Flores e Árvores), a primeira animação colorida da história e que rendeu o primeiro Oscar à Disney.

Bonitinho, pena que ordinário

Com o sucesso de Disney, todo mundo resolveu investir em animações, copiando a fórmula de Walt (que todo mundo sabe que é um saco).

Warner entra na parada – Nasce Pernalonga

A Warner foi uma que tentei chupinhar o estilo Disney, mas como falhou miseravelmente e seus desenhos foram um fracasso total (imitar a Disney dá nisso), ela resolveu apostar em personagens malucos e sem noção do que faziam.

Nascia aí, no começo da década de 30, os Looney Tunes – que significa “Cartoons (Desenhos) Insanos” – com destaque para o Pernalonga (Bugs Bunny), o coelho mais pirado das animações, mas continuando com a parada dos bichinhos que falam e agem como seres humanos.

Como os desenhos eram mais insanos naquele tempo

Universal contra-ataca com Pica-Pau

Em 1940, a Universal Estúdios (não é a Record) pediu ao cartunista Walter Lantz uma animação para rivalizar com as cocotinhas e viadices da Disney e os politicamente incorretos, mas não menos populares, bichos pirados da Warner.

Desse pedido, nasceu Andy Panda e sua turma. Como podem ver, mais bichinhos, esses meio gays.
Mas, sem o patrão pedir, Lantz decidiu desenhar um personagem diferente pra fazer frente ao viadinho do Andy e seu pai: o Pica-Pau.

O interessante é que o chefe de Walter, Bernie Kreisler, rejeitou o desenho, dizendo que era o pior cartoon que ele já visto na vida. Lantz insistiu e, por capricho do destino, Kreisler abraçou o projeto, estreando “O Pica-Pau Ataca Novamente (Knock Knock)”, culminando em sucesso estrondoso e no maior desenho estilo cartoon já feito, na minha opinião, já que a de vocês não interessa muito.

Pica-Pau é o melhor que existe, até hoje

William e Joseph se conhecem

Enquanto as três gigantes, Disney, Warner e Universal, brigavam e estavam começando a se consolidar no mercado de animações, dois amigos americanos se conheciam e começavam a trabalhar juntos. Os dois eram William Hanna e Joseph Barbera.

Em 1940, William e Joseph já eram famosos nos estúdios da Metro-Goldwyn-Mayer – MGM, chegaram a mandar seus desenhos para a raposa Walt, que disse que iria até Nova York para contratá-los. Ocupado com outra coisa, talvez com o projeto do Bambi, Disney nunca apareceu.

Magoados, mas com vontade de trabalhar e mostrar que tinham talento, pois não são como vocês que choram com o primeiro esculacho que levam, os dois apresentaram à MGM a animação Puss Gets the Boot (1940), que era nada mais e nada menos que Tom e Jerry.

Tom & Jerry começam a incomodar as poderosas

Com o sucesso da série e cheios de bichinhos na cabeça para virar desenho, em 1944 decidiram romper o cordão umbilical com a MGM e fundar o estúdio Hanna-Barbera.

Até esse ponto, todas as animações, sejam curtas ou longa-metragens, passavam no cinema, como o bicho estava pegando no mundo (não, me recuso a explicar o que era), não houve tantas novidades nesse período.

Após a guerra, e com a popularização da Televisão na década de 50, as animações passam por mais uma revolução e começam a se popularizar como entretenimento de massa.

Mas esse papo vai ficar para outro dia.

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