O Corvo (The Raven)

Cinema sexta-feira, 05 de outubro de 2012 – 0 comentários

 O escritor Edgar Alan Poe (John Cusack) está na caça de um assassino serial que imita os crimes de seus contos e ainda sequestrou sua noiva Emily (Alice Eve). Para ajudá-lo na investigação, o detetive Emmet (Luke Evans) assume o caso e pretende dar um fim aos terríveis assassinatos, que são seguidos de charadas criadas pelo criminoso que desafia a inteligência do autor num jogo de gato e rato.

Não, este não é um post sobre aquele filme do cara que morre e volta vestindo couro para a satisfação dos que curtem bondage, mas sim daquele filme, muito mais recente, sobre os últimos dias de Edgar Allan Poe, aquela cara com um cabelo estiloso e cabeça chata, que escrevia uma coisa ou outra de vez em quando. continue lendo »

Top 3 Autores – Neil Gaiman

Nona Arte quarta-feira, 19 de janeiro de 2011 – 1 comentário

Qualquer leitor regular das minhas colunas (Ou mesmo aqueles que já leram meia dúzia de colunas que não façam parte de alguma série) sabe que eu sou um fanboy descarado do trabalho de Neil Gaiman. Numa das minhas prateleiras de livros, ao alcance da minha mão, encontram-se Coisas Frágeis, Os Filhos de Anansi, Fumaça e Espelhos – Contos e Ilusões e, claro, a aclamada série Sandman. continue lendo »

Racionalizando Mitos I – Vampiros

Nona Arte quarta-feira, 20 de janeiro de 2010 – 15 comentários

Ano passado, passei pouco mais de dois meses trabalhando no Conta-Gotas Trazendo À Realidade, no qual desconstruí nove personagens das HQs, tornando-os menos fantasiosos e mais compatíveis com a realidade do caráter humano. Como eu gostei de fazer o CG, resolvi voltar a fazer a mesma coisa, mas, desta vez, com cinco dos monstros mais amados da mitologia popular. Começando com vampiros, para poder avacalhar mais ainda a série Prepúsculo. continue lendo »

A Maneira de Escrever Altera o Produto Final?

Analfabetismo Funcional segunda-feira, 23 de junho de 2008 – 9 comentários

Estava aqui eu escrevendo um trecho de minha história, mais um daqueles capítulos que demoro um tempo pra pensar e algumas horas pra passar pro papel. Enquanto estava concentrado nessa tarefa, chega do meu lado meu irmão e pergunta por que eu estava escrevendo a lápis. Depois de explicar pra ele que aquela era a única maneira que eu conseguia escrever, ele vem com o papo de que minha letra é uma bosta, de que se ele fosse ler aquilo, esperaria a versão impressa.
Esse fato me fez pensar aqui em umas coisas. A maneira que alguém coloca suas idéias no papel alteram o sentido delas de alguma maneira?
Muitos escritores usam seus próprios sistemas de escrever suas histórias. Alguns recorrem a esqueletos, maneiras de colocar os fatos da história de uma maneira organizada, para caso seja necessária uma consulta a algum fato que aconteceu antes aquilo possa ser feito da maneira mais rápida possível. Já outros utilizam a maneira mais simples e que pode demorar mais, mas é a maneira preferida, adotada por mim: Escrever apenas enquanto as idéias aparecem. ás vezes, a história já está toda definida na cabeça do autor, só faltando alguns detalhes para que ela funcione realmente.
Mas isso são algumas maneiras de arrumar a estrutura da história, não é exatamente disso que quero falar. Estive lendo a algum tempo atrás O Apanhador de Sonhos de Stephen King e pelo que me lembro esse livro ele revela logo no início ou no final que foi escrito por ele enquanto se recuperava de um acidente, na cama de hospital, usando um bloco e canetas. Posso estar errado sobre o livro, mas tenho certeza que o autor é o certo. Quem já leu essa história, sabe que ela não tem nada de ruim, sendo uma das melhores histórias dele. Antes que existisse toda essa tecnologia, muitos autores conhecidos como Edgar Allan Poe, Charles Dickens ou ainda Julio Verne utilizavam essa maneira de escrever e nem por isso que suas histórias deixavam de ser lidas por todos os lugares. Se elas só foram lidas depois da morte deles, isso não vem ao caso ainda.
Mas mesmo assim, resolvi mudar minha maneira de escrever, fui atrás de uma maneira alternativa e que ainda assim que não me envergonhasse caso eu contasse pra alguém que eu escrevia dessa maneira. Fuçando alguns lugares escuros daqui de casa, encontrei uma máquina de escrever portátil. Com uma aparência de que não era usada a pelo menos uns 10 anos, a retirei de sua maleta e a coloquei na mesa, onde logo comecei a digitar algumas besteiras. Após algum tempo, mais ou menos uns 10 minutos, enchi uma sulfite e resolvi ler o que tinha escrito. Tinha ficado uma bosta. Escrever ali cortava toda a graça de pensar enquanto se desenha cada letra e não poder apagar fazia com que cada coisa que eu escrevesse se tornasse definitiva, como se eu não pudesse alterar, o que no fim de tudo era verdade, pois tudo que escrevi ficou ruim demais.
A máquina de escrever já é algo mais conhecido, ela facilitou muito que as histórias fossem passadas para o papel, mas também fez com que elas ficassem com um estilo diferente das escritas com canetas e lápis. Os autores que podem definir esse estilo de escrita são aqueles de mais ou menos 1975, uma época anterior a criação dos editores de texto, essa ferramenta tão estranha e usada hoje em dia. Mas antes, vamos a próxima parte da história.
Logo após decidir que uma máquina de escrever era algo muito ruim, resolvi tentar escrever no Word, porque bloco de notas é coisa pra escrever post em blog e e não sou blogueiro. Abro o programa, dou uma olhada em umas partes, configuração de fonte, essas frescuras, e após alguns minutos começo a escrever alguma coisa. A história que tinha aparecido em minha mente tinha como protagonista um filete de nuvem que eu tinha visto, então comecei a escrever tudo o que conseguia pensar. Depois de 30 minutos, eu tinha uma história completa, com início, meio e fim. Uma verdadeira… porcaria total. A maneira de escrever nos editores de texto fazem com que as idéias sejam passadas no papel da maneira mais rápida possível, sem que elas tenham aquele tempo para amadurecer na mente, para que elas realmente sejam boas e mereçam ocupar um espaço no papel.
Acredito que seja por esse motivo que temos centenas de livros de auto-ajuda e de histórias que no fim de tudo, só contam tramas sem sentido e que não adicionam nada as pessoas que a lêem. Se eu citasse autores que se encaixam nessa categoria, isso aqui ficaria muito mais longo do que já está, então, vamos a última parte da história.
Depois de passar por todos os estilos que eu tenho a mão pra escrever, voltei ao caderno. Ali, mesmo que minha letra seja feia, eu tenho a vantagem de poder escrever onde quiser, sem ter o risco de ser roubado, problemas com baterias e peso de um notebook ou uma máquina de escrever sempre comigo.
Escreverei a história no PC, mas só quando ela estiver finalizada, com todos os seu fatos e detalhes totalmente definidos no papel. Até lá, onde eu puder escrever as partes, eu o farei. Termino por aqui, com um lembrete: Destruir esperanças de uma ótima história não faz com que ela morra.

O Terror de Edgar Allan Poe

Livros sexta-feira, 13 de junho de 2008 – 9 comentários

Hoje, sexta feira 13, nada como arranjar algo que seja relacionado ao tema para combinar com esse dia, não é?
Eu pretendia escrever algo falando sobre os livros de Poe, mas quando vi que suas histórias estão sobre domínio público, não poderia perder essa chance de falar sobre as que mais gosto e que acho que combina mais com esse dia considerado maldito para alguns e apenas mais um dia para outros.
Mas isso não vem ao caso, pelo menos eu acho. Edgar Allan Poe foi um autor de diversos contos e poemas, muitos com o terror e o suspense como principal tempero para chamar a atenção de seus leitores, fascinados com seu estilo de narrativa que mesmo sem entrar em muitos detalhes, faz com que uma cena seja criada.
Mas mesmo sendo O CARA pra fazer histórias com finais surpreendentes e muitas vezes trágicos, muitos outros autores se inspiraram nelas para criar seus próprios personagens, como Conan Doyle, que se inspirou em Auguste Dupin e seu raciocínio analítico para criar seu mais conhecido personagem, Sherlock Holmes.
Eu poderia ficar escrevendo sobre Poe aqui por horas mas tenho certeza que vocês não leriam, então vamos a parte que interessa, que são as histórias que melhor podem representar o gênero escolhido para o dia de hoje. Já adianto que aí está o que eu considero o melhor, então, não me venham com essas de “noça kra, vossê eskçeu akela lá!“.
Vamos começar com uma história de 1843, intitulada O gato Preto. Nessa história, somos apresentados a um personagem que tem um grande amor por animais, em especial um gato preto chamado Plutão. Apesar de amar o animal, ele não tem controle sobre alguns impulsos que foram surgindo no decorrer dos anos, que pro fim acabam fazendo com que ele dê fim ao pobre animal. Pouco depois, surge outro gato idêntico ao que ele havia dado fim, que é adotado por ele. Logo depois disso, as coisas seguem um rumo muito surreal…
Nota do editor: O que acontece? Espetinho de gato? É NóIS. – théo
Bom, essa foi legal pra começar, mas se é pra ter uma amostra do que é terror, isso não é suficiente. Então vamos seguir em frente, agora com um conto que pode lembrar algum tipo de fábula, mas os elementos malignos estão lá. Esse conto é o chamado Hop-Frog ou Os Oito Orangotangos.
Um bobo da corte e um rei com seus ministros e uma festa a fantasia, todos fatores que isolados não dizem nada, mas que no controle da narrativa de Poe tomam um rumo muito diferente do que poderia ser imaginado por qualquer autor conhecido. Não falarei mais sobre esse conto, ele é bom demais pra ser estragado com o que eu poderia dizer.
Os poemas de Poe não são diferentes, trazendo toda a angustia e sofrimento característicos de seus contos. Dá uma olhada no conto O Corvo que ali você tem uma boa idéia do que estou tentando expressar.
É tão difícil tentar colocar o que eu acho de melhor dele por aqui, que prefiro deixar essa tarefa assim, incompleta. Cabe a cada um de vocês saber o que escolher dele, mas já adianto que seja lá qual for sua escolha, ela será perfeita, afinal, se estamos falando de Poe, tudo o que ele escreveu é digno de apreciação.
Mas mesmo assim, não posso deixar de citar outras histórias que merecem atenção, como O Poço e o Pêndulo e A Queda da Casa de Usher. Seria muita sacanagem minha não citar elas aqui e correr o risco de vocês acabarem as ignorando.
Espero que isso tenha ajudado vocês a terem uma pequena noção de como é o estilo dele, e que hoje, sexta feira 13 vocês sacrifiquem um bode vocês tenham um dia repleto de circunstâncias estranhas e fatos inexplicáveis.

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