Os 7 Livros Mais Prejudiciais a Sua Mente

Livros sexta-feira, 08 de fevereiro de 2008 – 1 comentário

Ok, vocês têm um gosto pelo Bizarro. Isso é óbvio pela escolha do seu site de notícias preferido. Vocês Confiam na gente.
Mas o Bizarro não é nada, se não houver seletividade. Eu vos apresento o Bom & Bizarro. A Nata do Choque Mental da literatura.
Livros que possuem uma proposta estética e/ou de conteúdo tão diferente, tão estranha e tão forte, que vocês sentirão pequenos choques & estremecimentos em suas espinhas.
Porque, ao fim dessa lista, Ninguém sai ileso.

Reconhece? Diga adeus.

Pequenas críticas ás obras vão começar a surgir. Até a semana que vem, se vocês forem bons alunos, poderão acompanhar de perto o Nosso Crescente de estranheza.
Porque, meu amigo, isso Não É Um Top 10.

7. CAOS – Terrorismo Poético & Outros Crimes Exemplares (Hakim Bey)
6. Medo e Delírio em Las Vegas (Hunter S. Thompson)
5. Por Trás dos Vidros (Modesto Carone)
4. Boca do Inferno (Otto Lara Resende)
3. Não Há Nada Lá (Joca Reiners Terron)
2. Crash (J.G. Ballard)
1. Como uma Luva de Veludo moldada em Ferro (Daniel Clowes)

Piratas do Caribe – No Fim do Mundo (Pirates of the Caribbean – At World’s End)

Cinema quinta-feira, 07 de fevereiro de 2008 – 3 comentários

pôster

Filme médio, trilogia animal. Não, sério. Se ainda não viram, podem ir na locadora, pegar os três e assistir de uma vez. Se já viu, TAMBÉM! E chama a namorada pra “discutir” o filme enquanto troca pelo próximo. Aliás, arranca o fio do telefone, deixa o pc desligado e tranca todas as portas de casa pra você NÃO ser incomodado enquanto isso. Se você quiser entender tudo da história, vai precisar. Porque o maior defeito de toda essa história… É que ela tenta ser complexa. Vamos ao filme.

corre!!!
É por causa disso que vale a pena ver o filme

Quem já viu os dois anteriores sabe que Piratas do Caribe trata de Jack Sparrow, capitão do Pérola Negro, ex-navio almadiçoado que NUNCA tomba. Nada poderia fazê-lo afundar. Isso por causa de um trato feito com o pirata mais traiçoeiro de todos os mares: Davy Jones. O cara de Lula criou uma confusão enorme para capturar o Jack, que finalmente é engolido no fim pelo Kraken e considerado morto. O que não é bem verdade. É aí que começa o terceiro filme. Jack está vivo, só que aprisionado em um local chamado de Fim do Mundo, onde seus companheiros terão de chegar, não importa como. Ao mesmo tempo, a Companhia das Índias Orientas consegue controlar o Holandês Voador e promover uma caçada a todos os Piratas sobre os mares e terra também. Resta aos sete Lordes se reunirem para achar uma maneira de derrotar a Companhia. É… É um rolo só.

reunião dos lordes
Burocracia em filme de piratas? Ô DROGA!

Como eu disse antes, o problema de toda a trilogia é não manter a simplicidade da trama como no primeiro e no início do segundo filme. Quando são apresentadas múltiplas faces em todos os personagens principais, fica difícil acompanhar tantas situações ocorrendo ao mesmo tempo. Além das claras tentativas de fazer qualquer outro ser além de Jack Sparrow brilhar em tela. Desculpe, mas tanto Elizabeth Swann quanto Will Turner são muito fracos comparados ao Davy Jones, ao Sparrow e á Barbossa. Aliás, Orlando Bloom conseguiu ser indicado como pior coadjuvante por esse filme, fato com que tenho de concordar. Somente após a batalha final ele parece mostrar a que veio.

soda

Outro que não se entende na tela é Chow Yun-Fat como o Capitão Sao Feng. Sua participação é curta e aparentemente desnecessária. Qualquer outro personagem poderia ter feito o que ele fez. Assim como Keith Richards que, apesar de estar PERFEITO como o pai de um certo pirata, ainda consegue roubar a cena dedilhando uma espécie de violão em plena reunião dos grandes Lordes dos Mares. Piratas do Caribe não peca nos efeitos especiais, na trilha sonora, no figurino ou na fotografia. Ele peca nos detalhes, tentando ser perfeito demais. A batalha que ocorre ao redor do redemoinho é fantástica para fãs de uma boa briga. São inúmeros loucos pulando, se esfaqueando, em uma cena que lembra a luta de homens, elfos e orcs em Senhor dos Anéis. Só que muita gente sentiu ali uma falsidade, uma plasticidade que fez a cena não convencer tanto. E a parte romântica… Huuuuum. Não colou bem.

Cena romântica
Cena fantástica… QUE QUASE ESTRAGA O FILME! O QUE VOCÊS ESTAVAM PENSANDO?

Essa mania de reviravolta do filme é outra coisa que incomodou. Pra quê fazer tanto vai e vem se era só fazer uma intercalação das tramas? Tem gente que saiu do cinema perguntando: “Que porra foi essa? Cê entendeu?”. Bom, eu entendi e quanto a isso, não gostei. Orlando Bloom, por mim você poderia até receber o Framboesa de Ouro por sua atuação, meu filho, que cê num é pirata, cê é elfo, compreendeu? Tira essa roupa de macho e volta pra tua raça efeminada. Se tiver continuação, que seja só com o Barbossa e com o Sparrow que eu agradeço. Ou ensinem ao Legolas como se faz.

Indicado para o Framboesa de Ouro em:
Pior Ator Coadjuvante – Orlando Bloom

KEITH RICHARDS
Aprenda Pequeno Gafanhoto. É assim que se faz ponta em filme

Piratas do Caribe – No Fim do Mundo

Pirates of the Caribbean – At World´s End (168 minutos – Aventura/Fantasia/Comédia)
Lançamento: EUA, 2007
Direção: Gore Verbinski
Roteiro: Ted Elliott e Terry Rossio
Elenco: Johnny Depp, Geoffrey Rush, Orlando Bloom, Keira Knightley, Jack Davenport, Bill Nighy, Tom Hollander, Naomie Harris, Chow Yun-Fat, Keith Richards.
Nota: 8

Livro tem validade?

Analfabetismo Funcional quinta-feira, 07 de fevereiro de 2008 – 4 comentários

Vez ou outra, ouço me falarem “porque você comprou esse livro amarelo, caindo aos pedaços?” como se eu estivesse carregando um cadáver em meus braços, e o olho dele estivesse rolando perto dos pés da pessoa que me fala isso. Tá certo que são pessoas que chegam perto de um livro novo de vez em nunca, mas da maneira que falam, parece que estou com algo vencido em mãos.
O que me leva a pensar nisso: Livro tem validade? Um livro pode estar todo rasgado, fodido, com rasgos e dobras em praticamente todas as páginas, manchas de mofo e sangue espalhadas em toda sua superfície, mas mesmo assim, ele não pode ser considerado “vencido”, ao contrário de uma lata de ervilhas estragada no fundo do armário, que se passar de alguns dias, já era. Afinal, não é a aparência de um volume que prova o seu valor. E ervilha é uma coisa horrível.
Pra variar um pouco, vou soltar exemplos. Jack kerouac teve seu On the Road publicado em 1957. Com sua narrativa empolgante, seus personagens completamente diferentes de tudo o que tinha sido feito na época, o livro fez um relativo sucesso. Antes que me apedrejem pelo relativo, eu ia falar de algum outro livro que foi lançado no mesmo ano dele, mas como não teve nenhum interessante, deixarei esse exemplo de lado. Bom, On the Road foi um marco na literatura pelos motivos citados anteriormente, mas ele não é conhecido por praticamente o mundo inteiro, como aqueles livrinhos mais atuais que sempre me dão raiva. Pergunte pra um transeunte qualquer se ele já ouviu falar de Jack Kerouac, e ele pode cuspir na sua cara, achando que foi ofendido, mas se perguntar por James Redfield, é capaz que ele comece a falar sobre as teorias da profecia celestina, sobre os pergaminhos ou seja lá o que for. Tá certo que antes,lá pelos anos de 1980, um livro lançado fora do Brasil demorava anos pra ser lançado aqui, isso se era lançado, e a chance de ler algo realmente bom estava somente ao alcance de pessoas com vontade de encomendar o livro, conhecimento do idioma dele, e paciência, porque demorava meses pra chegar. Não sou dessa época, o máximo que tenho que esperar hoje em dia por um livro que encomendo é 3 semanas na pior das hipóteses, e isso porque onde moro o endereço é completamente maluco, mas isso não vem ao caso. Hoje em dia, que livros são lançados simultaneamente em todo o mundo, que prazos de encomenda diminuíram muito, a velocidade das entregas é extrema, e que temos centenas de livrarias por aí, temos diversos títulos que não chegam nem ao conhecimento do público. Podem falar que não são livros comerciais, que não tem apelo comercial, que não são pra ganhar dinheiro, mas eles tem que ficar escondidos no fundo de cada prateleira?
Mas voltando ao principal, antes que eu me perca,como sempre. Livros assim, escondidos são aqueles que só depois de um tempo (normalmente depois da morte do autor) é que se tornam conhecidos. Eles são velhos? Sim. Podem ter sua trama, clima de história, ambientação ultrapassados? Nunca. Um tema de um livro nunca fica velho, pois sempre pode ter seu contexto histórico, seu estilo de escrita singular,que pode marcar alguma época, e acima de tudo, sempre tem público pra qualquer tipo de livro. O livro amarelo que citei no inicio do texto, por exemplo, é o Três Portas para a Morte, de Rex Stout,edição de 1954, época que os telefones só tinham 4 digitos. Só essa tradução que tenho em mão tem 54 anos, uma época que meu pai nem era nascido ainda, não é por isso que deixei de comprar ele. Ele pode estar meio gasto nas bordas, e algumas páginas soltando, mas a história dele é o que vale. Apesar de sua idade, ele tem uma história que me faz pensar até hoje, e é só isso que importa. Não estou dizendo para só ler coisa velha, mas sim, para que, ao estar diante de um volume desses, dê uma olhada, pois não é a aparência dele o principal, e sim, seu conteúdo.
É claro, você pode pegar uma virose antiga, alguma doença já erradicada que ainda está entre as páginas dele, mas todo mundo tem que correr alguns riscos, não é verdade? Bien, sobrevivam até a próxima semana, se conseguirem…

Caixinha de diversão do demonho/O mal á espreita

Nerd-O-Matic quinta-feira, 07 de fevereiro de 2008 – 6 comentários

Confesso pra vocês que essa coluna do Piratão me fez sentir vergonha por não aproveitar melhor meu pretenso dom literário. Talvez porque eu não tenha nenhum dom no fim das contas, e nem QUERENDO sairia um troço com real valor literário.

Ou então vai ver que eu não levo vocês muito a sério. E vice-versa. Whatever.

Ainda assim eu acredito que até sei juntar algumas palavras, expor algumas idéias e provocar alguma comoção de vez em quando. Portanto, em tom de inveja ao texto do Capitão, toma aí procês:

Jogos Mortais

ou

“Relato auto-psiquiátrico de um sociopata gamer”

Meu nome é Anônimo e eu tenho algo a dizer: Violência RLZ

O gosto pela violência nos jogos é uma falha grave de caráter. Assim, eu teria uma falha grave, se eu tivesse caráter. Sabem quando eu descobri isso? Quando eu joguei Hitman. Sabem quando eu descobri isso de novo? Quando joguei Manhunt. Sabem quando eu descobri isso de novo mais uma vez novamente outra vez? Quando joguei Resident Evil 4. Sabem quando eu descobri isso pela última vez? Quando eu joguei No More Heroes.

Meu nome é Legião, e não é o excesso de sangue nos jogos que me excita. Não existe esse negócio de “excesso de sangue” e, sinceramente, se preocupar com esse tipo de coisa nos jogos é perda de tempo. Pegue um filme como Kill Bill, que é praticamente uma tela vermelha intercalada com closes da Uma Thurman, do início ao fim. O sangue é caricato e existe em profusão. Tão grande é sua presença que você começa a ignorá-lo, pois ele é mais comum que a água no mundo de Quentin Tarantino.

Infantil e ignorável também é a presença de sangue em jogos como Mortal Kombat. Sangue-dispensável. Sangue-parte-do-cenário. Sangue invisível. Aquilo que ocupa a tela toda durante o tempo todo rapidamente se torna paisagem, panorama, horizonte. É uma lei da percepção humana: pra você prestar atenção em alguma coisa, pra que ela seja diferente e chocante, ela precisa ser o detalhe, se destacar do fundo. Aquilo que está presente o tempo todo é rapidamente ignorado pelo humano médio, em busca de outros estímulos mais… estimulantes.

Não, não é o sangue que me excita.

Meu nome é Raiva. O que me move é a violência per se, a fúria irracional e desmotivada, o excesso de força para resolver uma situação que poderia ser resolvida de uma forma mais equilibrada. Equilíbrio é para os fracos, parlamentar é coisa de mulherzinha. Na dúvida, ATIRE. Mire na cabeça, entre os olhos, pelas costas, imprevisível, escopeta 12 cano serrado, pólvora estourando, efeito dramático, satisfação avermelhada, cai devagarzinho com um fio rubro escorrendo pela parede. HEADSHOT motherfucker; quero ver você levantar e olhar torto pra mim de novo.

Na dúvida, ATIRE. Atire até que você não tenha mais dúvidas de que essa é sempre a melhor opção. Atire até começar a estranhar o simples fato de um jogo não ter uma arma de fogo como opção de negociação.

Na dúvida, ATIRE. Atire tanto que os joysticks dessa sua caixinha de satisfação eletrônica começarão a sair de fábrica com gatilhos incorporados, a fim de satisfazer aquela coceira no dedo que você não sabe direito o que é.

Na dúvida, ATIRE. Contra a violência não existem argumentos.

Meu nome é ódio e eu não preciso de argumentos, só me dê a chance de matar e eu abro mão do motivo. Antes eles eram zumbis, e isso era uma ótima justificativa para eu exterminar TODOS. Eles já estão mortos mesmo. Ou eu mato ou eles me comem vivo. Legítima defesa. Absolvido de todas as acusações. Caso encerrado.

Mas agora eles não são mais zumbis, eles são gente. Mas ok, eu mato como se fossem zumbis. Aliás, eu mato como se fossem cachorros. Aliás eu mato como se fossem pixels na tela. Aliás, pixels são mais interessantes, vocês são apenas um alvo móvel e balbuciante. Headshot.

Meu nome é Crueldade. Me dê UM motivo e eu posso ser mais do que violento; não é que eu vou fazer igual, eu vou fazer pior. Eu posso me tornar um filha-da-puta sanguinário com apenas meio motivo. Qual é o meu motivo?

Agora eu sou um assassino profissional? Ok, eu posso lidar com isso. Eu vou passar o cerol em você e toda sua família, eu sou um assassino profissional, e profissionais não deixam a emoção interferir no seu trabalho. Esconda o corpo na sombra. Sem vítimas, sem crime. Melhor matar todo mundo em volta também. Sem testemunhas, sem crime. Eu sou um profissional e vocês são só um bando de alarmes ambulantes. Por que vocês gritam e correm tanto? Nunca viu um cadáver, porra? Olhe no espelho e você vai ver um. Porque você ainda finge que está vivo?

Agora eu sou um cara normal que foi preso numa espiral de perversão alheia? Orra isso é mais motivo do que eu precisava. Vocês são todos do mal e merecem morrer. Eu sou a mão de deus, eu sou o martelo das bruxas, eu sou a punição divina. Se vocês são a doença, eu sou a cura. Eu sou normal e vocês merecem morrer, pelo bem da humanidade. Absolvido de todas as acusações. Caso encerrado.

Agora eu sou… o quê? Alguém que precisa matar 10 nego pra subir num ranking? Ok, a competição sempre moveu a civilização. O desafio, a sobrevivência do mais forte, meu tacape é maior que o seu, e assim caminha a humanidade. Eu tenho um sabre de luz, mas ele não é mais aquela arma infantil de Star Wars. Vocês já estão bem grandinhos, é hora daquele sabre de luz arrancar SANGUE. Muito sangue. Mas eu nem vejo mais, porque ele cobre a tela. O sangue é tanto que me impede de ver quem é o próximo a morrer. Porque eles precisam sangrar tanto? O sangue me impede de MATAR com mais eficiência e presteza. Morram, mas não sangrem, porra.

Meu nome é Violência, e vocês deviam me internar. Mas se chegar perto, é headshot.

Confira a capa (verdadeira) do álbum de estréia do Cavalera Conspiracy

Música quinta-feira, 07 de fevereiro de 2008 – 1 comentário

Você viu aqui a suposta capa do álbum de estréia do Cavalera Conspiracy, Inflikted, que será lançado no dia 24 de Março. Porém, nesses dias, os caras divulgaram outra capa.

Segundo a Roadrunner Records, a outra capa foi usada em cópias promocionais, mas não seria a oficial. Segundo a minha visão de crítico de encartes de cd’s, eles pioraram a situação. Enfim, o importante é o que tá DENTRO do CD, mesmo. Aguardemos pelo grande lançamento.

Saiba mais sobre o novo álbum do Pennywise

Música quinta-feira, 07 de fevereiro de 2008 – 0 comentários

Você não conhece Pennywise?

Fuck Authority. Ou seja, você DEVIA conhecer.

Os caras lançaram seu último álbum, The Fuse, em 2005. Agora eles estão com um álbum inédito saindo do forno: Reason to Believe. O álbum será lançado no dia 25 de Março e, pasmem, também estará disponível para download gratuito, lá no MySpace dos caras.

Pennywise é uma banda formada no fim dos anos 80 e faz parte do grupo das principais bandas hardcore punk californiana, ao lado de bandas como NOFX e Bad Religion, por exemplo. Se você curte sons do tipo e NÃO conhece Pennywise, devia enfiar sua cabeça em uma privada entupida, puto. Agradeça ao vosso amado Jesus Cristo por eu existir.

Brohymn. Na sequência, Alien.

E, pra fechar, Homesick.

Uncanny X-Men 495

Nona Arte quarta-feira, 06 de fevereiro de 2008 – 2 comentários

Nos últimos tempos, quarta-feira tem sido meu dia predileto. Não é difícil explicar o por quê. Quarta-feira é dia de lançamento de hqs. E hoje o excitamento foi maior graças á Uncanny X-Men 495, primeira parte de “Divided we Stand”. Devo me antecipar e dizer que esta foi a melhor edição de Uncanny X-Men que eu li em anos.

Com os X-Men desbandados, Scott e Emma vão tirar férias na Terra Selvagem. Ed Brubaker (Captain America, Daredevil) começa a mostrar sua genialidade aqui. O relacionamento dos dois é tratado de forma bela e serena, num nível completamente diferente do que eu já havia visto. Scott é mostrado como o personagem que eu sempre admirei, sensato, inteligente e um grande líder, mesmo sem uma equipe para liderar. Emma Frost demonstra o mais puro amor por Scott, e me faz perder o pouco de saudade que eu tinha dos tempos de Jean Grey. Durante o encontro de Emma e Scott com Kazaar e Shanna, dá para sentir a falta que os X-Men fazem à Scott. E o que pode ser o prelúdio para um reagrupamento.

Enquanto isso, Logan, Piotr e Kurt se encontram na Alemanha. Os três também estão dando um tempo à vida de herói, e seguem rumo à Rússia, terra de Piotr. Esta não é a primeira vez que os três vão para a Rússia (a última acabou em briga com o Omega Red), e eu duvido muito que eles encontrem a mesma tranquilidade pela qual Scott e Emma estão passando na Terra Selvagem.

Os desenhos de Mike Choi não estão menos do que excelentes. Tudo está devidamente detalhado, e o trajamento de Emma consegue ser sexy e ao mesmo não dar a impressão de que ela é uma prostituta. As cores dadas por Sonia Oback (cujo nome sempre me lembra de Barack Obama) dão o toque final de perfeição.

Esta edição é bem escrita, bem desenhada, e uma homenagem aos velhos tempos… E ao que está por vir. Posso dizer que não poderia estar mais satisfeito, e que esta será uma grande fase para os mutantes da Marvel.

O Assassinato de Jesse James pelo Covarde Robert Ford (The Assassination of Jesse James by the Coward Robert Ford)

Cinema quarta-feira, 06 de fevereiro de 2008 – 3 comentários

Mais um filme que concorre ao oscar. Para conferir a resenha de Juno e Desejo e Reparação, ãhn, acho que já sabem o que fazer…

Dirigido por Andrew Dominik (quem?) e estrelado por Brad Pitt, O Assassinato de Jesse James pelo Covarde Robert Ford não é um filme pra se assistir assim, a toa. Com um desenrolar lento, chato diversas vezes, vale a pena ser assistido.
Jesse James, famoso bandido, reúne um bando pra assaltar um trem, que é lá onde aparace Bob Ford, seu futuro assassino, o que não é mais spoiler do que o título do próprio filme. Depois de um tempo, o necessário para que ele conquiste a confiança de Jesse James, uma pessoa extremamente paranóica que acha que qualquer um o quer matar (o que não deixa de ser verdade), Bob vai conhecendo mais sobre essa pessoa tão diferente, e que outrora foi seu ídolo.
Bien, não vou falar mais do filme, até porque no título dele já dá pra saber o final que apesar de tudo é um pouco surpreendente. A interpretação dos atores é impecável. Com um diálogos curtos que parecem seguir um ritmo diferente de outros filmes, praticamente se apoiando na interpretação dos papéis de cada um. Brad Pitt no papel de Jesse James está bem caracterizado, quase passando bem a idéia de como seria as atitudes do próprio na época.

Mas o principal de tudo, o que valeu uma indicação ao Oscar, foi a interpretação de Robert Ford encarnada por Casey Affleck, irmão mais novo de Ben Affleck, e que parece ter todo o talento da família. A cada momento em que ele fala no filme, ele passa a impressão de que tem algo mais escondido na manga, dando bastante ênfase a interpretação dele as caras que ele faz.
E já que estamos falando de indicações, outra que esse filme está concorrendo é a de melhor fotografia, que admito, não entendo muito (nada), então não vou arriscar. Só digo que as cenas dele são muito bem feitas, desde as noturnas, durante o assalto no trem, logo no início do filme, até aquelas ao ar livre, com os caras cavalgando na neve.
E tem uma coisa que sempre me dá uma raiva nesses filmes que concorrem ao Oscar é aquela sensação de “Como essa coisa pode concorrer a um prêmio?”, mas daí lembro que americano tem um gosto esquisito. O filme é lento, como já disse, a ponto de eu ver ele em velocidade maior, porque estava ficando pentelho, desagradável até. Deve ter sido bom para o público de lá, acostumado a não ter que pensar muito pra ver um filme, o que explica algumas cenas mastigadas, das quais qualquer um poderia tirar suas próprias conclusões. Não recomendo pra ver ele numa tarde de domingo como fiz, é porque pode dar muito sono. Esse é um daqueles filmes pra se ver nas horas em que tem outros problemas mais sérios pra resolver, e que tem que ser deixados pra depois, pois com suas pouco mais de 2 horas, ele parece se desenrolar por mais tempo, tornando o filme mais longo, e deixando mais tempo pra que cada um resolva seus problemas.

Indicações de O Assassinato de Jesse James pelo Covarde Robert Ford ao Oscar 2008

*Melhor Ator Coadjuvante, para Casey Affleck
*Melhor Fotografia

O Assassinato de Jesse James pelo Covarde Robert Ford

The Assassination of Jesse James by the Coward Robert Ford (160 minutos – Drama/ Faroeste)
Lançamento: 23/11/2007 (Brasil)
Direção: Andrew Dominik
Roteiro: Andrew Dominik, baseado em obra de Ron Hansen
Elenco:Brad Pitt, Mary-Louise Parker, Casey Affleck e Sam Rockwell

Destaques da Semana em DVD – 04/02 á 08/02

Cinema quarta-feira, 06 de fevereiro de 2008 – 0 comentários

Com a semana mais curta, após o Carnaval, os lançamentos em dvd são poucos devido ao ritmo fora do comum deste início de mês. Contudo, na próxima semana há uma avalanche de novidades.

Um Verão para toda Vida: Filme que ficou reconhecido em todo mundo como o 1º filme de Daniel “Harry Potter” Radcliffe fora do universo de Hogwarts. Este é uma produção pequena e conta com uma história simples e correta, não vai mudar a vida de ninguém somente poderia ser um pouco mais criativa. Na trama que se passa no final dos anos 60, quatro meninos órfãos – Maps (Daniel Radcliffe), Spark (Christian Byers), Spit (James Fraser) e Misty (Lee Cormie) – vão passar um feriado na praia, no sul da Austrália. Lá, eles descobrem que um casal local quer adotar uma criança. Essa situação dá início a uma disputa entre eles. A amizade será testada e novas alianças serão feitas.

Deu a Louca na Cinderela: Os executivos da Europa Filmes andam com uma criatividade ímpar, depois de lançaram Deu a Louca na Chapeuzinho, já inventam mais título absurdo para esta animação alemã. No desenho os finais felizes podem estar com os dias contados depois que os dois desastrados assistentes do mago que é responsável pelo controle dos finais felizes deixam um cajado mágico cair nas mãos da maldosa Frieda, a madrasta da Cinderela. O objetivo da maldosa mulher é transformar todos os finais felizes em finais infelizes, e daí está armada a confusão quando Cinderela e seu grupo de amigos tentam reverter essa história.

Deite Comigo: Produção canadense que passou em circuito restrito nos cinemas, conta um romance com alto conteúdo erótico envolvendo um casal, o protagonista é Eric Balfour, figurinha fácil em séries como 24 Horas 6ª temporada. Na trama, uma jovem e bonita mulher vive de maneira livre, tendo relacionamentos breves somente por encontros sexuais. Em uma festa, ela acaba conhecendo um homem que logo lhe chama a atenção. Depois de um tempo, os dois passam a se relacionar de maneira fogoso. Para eles, tudo é relacionado ao sexo e a descoberta da sexualidade de cada um pelo outro. Mas com o tempo, eles percebem que essa relação está, pela primeira vez, ficando mais séria do que imaginam, já que um turbilhão de sentimentos toma conta de cada um. Com isso, eles decidem se afastar novamente e tentar viver suas vidas separados, mas depois de muitas reviravoltas, eles voltam a se encontrar para começar tudo, só que agora de uma maneira completamente diferente.

Assassinato em Los Angeles: Inédito nos cinemas esta co-produção entre os EUA e a Rússia, tem como protagonista a decadente atriz Sean Young, que fez muito sucesso nos anos 80, mas que atualmente, se envolveu numa gafe ao ser “convidade a se retirar” do evento DGA (sindicato dos diretores) por estar alcoolizada. Na trama, um policial russo se muda de Moscou para a agitada cidade de Los Angeles, nos Estados Unidos. Lá, ele se casa e vive aparentemente feliz com uma bela dançarina de tango. Ela se apresenta em uma casa noturna de sucesso, mas que tem seu dono assassinado. Com isso, o policial acaba se envolvendo em uma investigação para descobrir o que está por trás do crime e acaba desvendando coisas nada agradáveis sobre o passado de sua esposa.

Two and a Hal Men – 2ª Temporada: A distribuidora Warner está lançando nesta semana o pack com a segunda temporada da sitcom mais popular dos EUA.

O Gângster (American Gangster)

Cinema quarta-feira, 06 de fevereiro de 2008 – 6 comentários

Não sei bem ao certo o que ocorre com O GÂNGSTER, talvez seja o universo explorado por Scott e Zaillian que esteja tão associado ao diretor Martin Scorsese e Francis Ford Coppola, pois são inevitáveis as comparações e, neste quesito, falta um roteiro melhor arranjado ao filme de Scott, o que não prejudica sua exibição, mas acaba gerando outro filme “mais do mesmo”.

Como sempre acontece nas produções de Scott, o diretor capricha nos quesitos técnicos, aqui no caso, a reconstituição de época, anos 70, é excelente e a trilha igual. A dupla de protagonistas, Denzel Washington e Russell Crowe, dão conta do recado, e até mesmo, coadjuvantes como Cuba Gooding Jr. e Ruby Dee (exageradamente indicada ao Oscar, somente tem ums 3 ou 4 cenas) auxiliam a contar a história de Frank Lucas, traficante negro do Harlem que trazia heroína do sudeste asiático em caixões de soldados americanos durante a Guerra do Vietnã.

Provável cena que gerou a indicação de Ruby

A história por si só já é um roteiro de filme, no entanto, o roteiro de Zaillian (mesmo de A Lista de Schindler) parece ser seduzido pelo “lado negro da Força” do traficante família com ética de Lucas, poupando de um visão mais forte e chegando a glamourizá-lo, frente á figuras, ditas, piores como os policiais corruptos.

gangue família

A trama separa os protagonistas e cria subtramas para cada um, obviamente, a trama de Lucas é muito melhor explorada e instigante do que a ética caxias e os problemas no casamento do detetive Richie Roberts (Crowe), o que, inclusive, cria um final extremamente forçado, levando os personagens a uma suposta “amizade”. Do universo apresentado pelo roteiro acharia muito mais interessante abordar a corrupção policial (apenas sugerida no bom personagem de Josh Brolin) e o esquema de transporte das drogas que deveria envolver, dizem, o alto escalão da CIA e do exército. Assim como se apresenta, O GÂNGSTER é um bom filme, embora, apenas correto e já datado.

o confronto poderia ocorrer mais cedo no filme

Indicações de O Gângster ao Oscar 2008

*Melhor Atriz Coadjuvante – Ruby Dee
*Melhor Direção de Arte

O Gângster

American Gangster (157 minutos – Drama)
Lançamento: EUA, 2007
Direção: Ridley Scott
Roteiro: Steven Zaillian
Elenco: Denzel Washington, Russell Crowe, Chiwetel Ejjiofor, Josh Brolin, Ruby Dee, Cuba Gooding Jr., Carla Gugino, Ted Levine.

confira

quem?

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