Ainda sobre o Mid-Season – The Closer

Sit.Com terça-feira, 26 de agosto de 2008 – 3 comentários

Enquanto não se inicia o fall season americano (pra quem não lembra, agora em setembro), comento um série policial que foge um pouco dos dramas de procedimentos técnicos investigativos e foca mais em seus personagens e não em procedimentos (policiais/forenses) para revelar os criminosos do caso inestigado da semana, seu nome: The Closer. Exibida por aqui pelo canal TNT (infelizmente em horários deploráveis, a terceira temporada era exibida nos sábados à tarde, quem consegue ficar em casa neste horário semana após semana?) e pelo SBT, sob o título Divisão Criminal (o mesmo utilizado para os lançamentos em dvd das temporadas já disponíveis) em alguma madrugada durante a semana.

Para quem ainda não conhece a trama (acorda mané!), The Closer apresenta a detetive Brenda Leigh Jonhson (Kyra Sedgwick, atriz que nunca estourou nos cinemas, seria um eterna coadjuvante não fosse a exposição da série atualmente) que foi trazida de Atlanta para Los Angeles para comandar o Esquadrão de Crimes Prioritários, uma unidade especial do Departamento de Polícia de Los Angeles que lida com sensíveis e importantes casos de assassinato. Brenda é convidada para comandar a equipe devido à sua capacidade de interrogar os suspeitos, e quando é preciso obter uma confissão, é ela quem consegue fechar os casos.

O grande acerto (e charme) da série é seu elenco e roteiro, trabalhando muito acertadamente os personagens, tanto a protagonista quanto os coadjuvantes (com claro destaque cômico para G. W. Bailey, o detetive Provenza, para quem não lembra participou da cinessérie Loucademia de Polícia). A série teve uma terceira temporada impecável, principalmente quando soube dosar os casos mais dramáticos e pesados com o humor espontâneo e muito engraçado. Como não se divertir com Brenda tendo que lidar com os desafios de se tornar uma mulher de meia-idade precocemente, com direito a calorões e tudo mais, graças à atropelada vida que leva em função do trabalho, enquanto tenta conciliar o relacionamento com seu noivo Fritz, agente do FBI?

Tendo estreado há semanas (está em seu 7° episódio) na tevê a cabo americana (também TNT) e nos computadores ao redor do planeta, The Closer iniciou sua 4ª temporada de maneira lenta, com tramas não muito empolgantes ou hilárias. No entanto, com a exibição de Cherry Bomb (3° episódio) muito bem escrito e revoltante, Dial M for Provenza (5° episódio), um dos mais engraçados de toda a série e Problem Child, muito dramático e pesado; a série realmente caminha para um temporada imperdível, sempre contando com a presença intensa e (atrapalhadamente) cômica de Kyra Sedgwick liderando o elenco.

Assista ao trailer de Velozes e Furiosos 4!

Cinema terça-feira, 26 de agosto de 2008 – 5 comentários

Pois bem, todo mundo sabe que a franquia Velozes e Furiosos é famosa por não ter conteúdo algum e se basear em carrões e gostosas. Até então, é assim que o filme Corrida Mortal está sendo apresentado, mas com um teor mais… pesado.

Todo mundo TAMBÉM sabe que Vin Diesel e Jason Statham têm diferenças marcantes. Uma das mais marcantes é: o segundo não faz filmes tão ruins quanto o primeiro.

Mas vamos ao que importa: O trailer de Velozes e Furiosos 4:

Essa cena inicial é BEM bacana, e é ela quem vai levar boa parte do público aos cinemas. E, pelo que tudo indica, este filme trará mais ação do que carrões e peitões. Será? Ó a sinopse:

Dom (Vin Diesel) está correndo com um tal de Braga no México até que Brian (Paul Walker) aparece chama ele pra fazer parte da turminha e eles vão explodir carros, fugir da polícia e tudo mais. Além de Braga, uma nova personagem chamada Gisele vai aparecer e vai trabalhar para o time de um tal de Fênix e ainda tem um personagem meio tapado (só um?) chamado Dwight.

A história vai girar em torno de Dom e Brian transportando mercadorias ilegais, fugindo da polícia e participando de corridas clandestinas. Ou seja: o foco não será nas corridas.

Eu acho absolutamente improvável que este filme vá levar uma nota maior que 4 por aqui, mas os comentários estão abertos para previsões. O filme estréia por aqui no dia 12 de junho de 2009. Prefira Corrida Mortal.

Mais uma adaptação vem aí: Kick-Ass!

Cinema segunda-feira, 25 de agosto de 2008 – 0 comentários

A trama da HQ escrita por Mark Millar e desenhada por John Romita Jr., Kick-Ass, gira em torno do adolescente Dave Lizewski, que, assim como VOCÊ já fez nessa época, decidiu vestir uma fantasia de super-herói e combater o crime. Com um bastão de baseball.

E sim, ela vai virar filme. Com Nicolas Cage e Christopher ‘McLovin’ Mintz-Plasse, véi!

Aaron Johnson (O Ilusionista) será Dave Lizewski. Sim, você NÃO conhece o ator. Nicolas Cage será o policial, e sua filha é a atriz Chloe Moretz. Christopher Mintz-Plasse será Red Mist e, como eu nunca li a HQ, não posso dizer quem exatamente o cara é.

Bom, o filme será dirigido por Matthew Vaughn, que também seria diretor de Thor e dirigiu Stardust. O cara escreveu o roteiro ao lado de Jane Goldman, também. A boa notícia é que o filme será da Marv Films, então: Finalmente teremos uma adaptação (de HQ) boa com Nicolas Cage? Porque depois de Motoqueiro Fantasma, o cara devia se aposentar OU largar adaptações. E, porra, teremos McLovin. O filme SÓ PODE ser bom.

As filmagens começam em meados do mês que vem. Dá pra apostar?

Uma longa lista de espera

Analfabetismo Funcional segunda-feira, 25 de agosto de 2008 – 9 comentários

Ultimamente tenho mais livros pra ler do que tempo para fazer tal ato. Como nunca paro de comprar, acabou que agora tenho uma lista enorme de livros que são meus e que quero ler. Mas com a escolha de ler ou dormir, nos últimos tempos tenho escolhido a última opção, o que no fim de tudo está se revelando uma grande má escolha, pois acordo mal todos os dias. Mas meu sono não é a questão aqui, o que vou falar a vocês hoje é algo um pouco mais simples que isso.
Ter vários livros em sua prateleira só esperando o momento de serem abertos é bom, mas só quando se tem tempo pra isso. Depois de um tempo, mais ou menos uns 5 meses, aquilo ali começa a se tornar um peso, quase que uma obrigação começar a ler tudo. E é nessas horas que ou eu desisto de tudo ou começo a ler pelo que me parece mais melhor de bom.
Definir a lista de ordem dos livros é uma puta sacanagem, afinal, se você comprou todos eles, é porque você os quer ler, logo, decidir qual será antes do outro acaba por se tornar uma missão desagradável. E é aí que rola as merdas, como fazer sorteios, pedir pra amigos escolherem uma ordem, colocar todos em um saco e ler o primeiro que sair de lá, enfim, qualquer método que sirva pra tirar pedras de um jogo de bingo acaba por se revelar um bom método pra escolher a ordem.
Mas tem aqueles livros que são os TOP’s, os que tem que ser ou os primeiros ou os últimos da lista, para poderem ser apreciados com a atenção que se deve ter. São aqueles que você adia a leitura cada vez mais, sabendo que quando for a hora de o ler, vai valer a pena. No meu caso, é o Filhos de Anansi de Neil Gaiman que está no momento em último lugar da lista, porque ele me custou uns bons dias para encontrar e comprar. Poderia comparar isso com as pessoas que guardam garrafas de vinho para tomar alguns anos depois. É claro que guardar um livro como se guarda um vinho é um sacrilégio, tanto para o vinho quanto para o livro, não façam isso.
Tem aqueles que quando você olha pra capa, só se passa na cabeça o momento em que você o tirou da prateleira e passou no caixa, logo depois pensando “Porque diabos comprei isso!?!”. Esses são os que recheiam qualquer lista, fazendo com que ela se torne um castigo, dependendo de sua capacidade de comprar livros que não quer, como aquelas pessoas que comprar um aparador de pêlos de ouvido se nem tem pêlos lá.
Depois que a lista é feita, vem a parte de cumprir ela. Parece fácil, mas se sua lista tem mais de 13 livros, acaba por se tornar algo que merece ser anotado, para que não se esqueça e também porque quando algo está escrito, fica mais dificil de não se cumprir. Por isso que certidões de casamento são guardadas tão bem, quase sendo impossíveis de se achar.
Mas no fim de tudo, ver que a lista está terminada, que tudo o que foi comprado está com suas páginas lidas, dá aquela sensação de dever cumprido e que a vontade de começar tudo de novo aparece sem que se note, principalmente quando se vai numa livraria e sai de lá só com o dinheiro da passagem de ônibus, a mochila cheia de livros e aquela sensação de que acabou de esquecer de fazer algo. Mas não importa, o peso que você carrega justifica qualquer coisa. Pelo menos pra você, aquela pessoa que você foi comprar um presente que espere mais um pouco…

Destaques da Semana em DVD – 18 à 22/08

Cinema sexta-feira, 22 de agosto de 2008 – 0 comentários

Ponto de Vista: Instigante e interessante thriller sobre diversos pontos de vista de oito personagens que, na verdade, acaba funcionando como uma adição de cenas a cada “versão” de personagem, vale uma conferida. Na trama, durante uma histórica conferência sobre o combate ao terrorismo mundial realizada na Espanha, o presidente dos Estados Unidos é atingido por uma bala. Oito estranhos conseguiram ver o ataque, mas o que será que cada um deles realmente viu? À medida que os momentos anteriores ao tiro fatal são revistos através dos olhos de cada testemunha, a realidade do assassinato ganha sua forma real. Quando você achar que já descobriu a resposta, a chocante verdade será revelada.

Ensinando a Viver: Com rápida passagem nos cinemas, este filme prova que a carreira de John Cusack está a todo vapor. Na verdade, lendo a sinopse abaixo você verá que a trama lembra um versão juvenil do recente drama K-Pax A Caminho da Luz, com Kevin Spacey fazendo o papel do “louquinho” que se dizia vindo de outro planeta. Na trama, quando era criança, o escritor David Gordon (John Cusack) sempre se sentiu excluído. O menino se achava diferente, e cresceu sonhando com o dia em que os ETs viriam buscá-lo e levá-lo para casa, no espaço sideral. Os aliens nunca vieram. Mas sua imaginação o transformou em um escritor de sucesso. Mesmo hoje em dia, no entanto, David continua se sentindo um solitário. Desde a trágica morte de sua noiva há dois anos, ele nunca mais experimentou qualquer traço de vida afetiva. Todavia, David sempre quis ser um pai. E ele finalmente resolve tentar – e acaba adotando o brilhante e problemático Dennis. Assim como David, Dennis vive trancafiado em seu próprio mundo de fantasia. Quando era criança, David queria ser um alien. No caso de Dennis, ele acredita de verdade que é um marciano em missão de exploração na Terra.

Banquete de Amor: Também com rápida passagem pelos cinemas, este drama/romance se destaca dos demais pelo bom elenco e trama mosaico. Na trama, em uma cafeteria de uma comunidade bem pequena no Oregon, um professor e escritor local chamado Harry Stevenson (Morgan Freeman) testemunha intrigas amorosas entre os moradores da cidade. Entre jovens e velhos, pais e amantes; entre o dócil e o selvagem, humanos e animais; Harry observa admirado como o amor mistifica, fere, devasta, inspira, faz exigências insanas e molda profundamente as vidas de cada um ao seu redor, incluindo ele próprio. Do intransigente proprietário da romântica cafeteria, Bradley (Greg Kinnear), que tem o hábito constante de procurar pelo amor em lugares errados, incluindo sua atual esposa Kathyrn (Selma Blair); à geniosa corretora imobiliária Diana (Radha Mitchell), que foi flagrada em um encontro amoroso com um homem casado (Billy Burke), com quem ela compartilha uma ligação inexprimível; à bela jovem recém-chegada Chloe (Alexa Davalos) que desafia o destino ao ter um romance com o inquieto Oscar (Toby Hemingway); até o próprio Harry, cuja adorável esposa (Jane Alexander) está procurando encontrar uma luz no fim do túnel após o sofrimento da perda de uma pessoa amada.

Chega de Saudade: Uma das maiores bilheterias de filmes nacionais neste ano, não necessariamente sucesso de público, mas as críticas foram bastante positivas. Na trama, a história acontece em uma noite de baile, em um clube de dança em São Paulo, acompanhando os dramas e alegrias de cinco núcleos de personagens freqüentadores do baile. Tudo começa ainda à luz do sol, quando o salão abre suas portas, e termina ao final do baile, pouco antes da meia-noite, quando o último freqüentador desce a escada. Mesclando comédia e drama, Chega de Saudade aborda o amor, a solidão, a traição e o desejo, em um clima de muita música e dança, com participação especial de Elza Soares como a crooner da banda de baile.

Imagens do Além: Para quem não conhece Espíritos, terror tailandês que fez sucesso aqui no Brasil, até pode se surpreender com este filme. No entanto, como digna refilmagem americana de filme oriental, o filme somente clona o original, sem novidade alguma. Na trama, se você não conhece, uma lua-de-mel perfeita se transforma em uma imagem assustadora neste terror arrepiante assinado pelos produtores executivos de O Grito e de O Chamado. Logo após a chegada dos recém-casados nova-iorquinos Ben (Joshua Jackson) e Jane (Rachael Taylor) ao Japão, onde Ben vai assumir seu mais novo trabalho como fotógrafo, eles descobrem assustadores reflexos fantasmagóricos de uma jovem em suas próprias fotos. Esta inexplicável imagem de espírito está determinada a mostrar ao jovem casal que não há como escapar de um futuro horrendo, fruto de uma vingança implacável!

Qual o destino do suspense na telona?

Primeira Fila sexta-feira, 22 de agosto de 2008 – 5 comentários

Se há um gênero cinematográfico que sempre invisto meus trocadinhos em ingressos é o suspense, de preferência psicológico, tenso, mas de vez em quando, um sangue jorrando na telona em altos acordes não faz mal a ninguém. De contraponto, as comédias (principalmente, as americanas) me cansaram há muito, mas muito tempo, com suas piadas escatológias (com raras exceções!), humor grosseiro, apelando para constragimentos desnecessários e humilhando seus personagens em detrimento de uma “boa” piada.

No entanto, ultimamente, poucos filmes do gênero me animam, muito pelo contrário; em tempos de continuações, refilmagens e pouca criatividade, falta tensão e inteligência nas tramas e sobra mesmice e tédio. Exemplos de filmes “ditos” suspenses recentes foram: Awake – A Vida por um Fio, me nego a tecer comentários desta trama absurdamente ridícula com um protagonista idem; O Olho Do Mal, sem sequer conseguir imitar o clima do filme chinês original; Imagens do Além, se você não tiver assistido ao original tailandês, até pode render algum susto, mas os de sempre, menina chinesa cabeluda assombrando pessoas atrás de vingança; Uma Chamada Perdida, outra cópia mal realizada de filme chinês; Sem Vestígios, uma reunião de todos os clichês de filmes policiais com serial killer; entre outros.

Claro que não se perde tudo, alguns bons filmes me assusturam ou mexeram com meus nervos em tramas bem construídas com personagens excelentes, os famosos thrillers (Medo da Verdade, Conduta de Risco, O Orfanato e Joshua – O Filho do Mal) ou onde imperava a adrenalina e tensão alucinante (Cloverfield – Monstro e Rec – coincidentemente, ambos falsos documentários. Sim, aqueles filmes com câmeras balançando pra tudo que é lado, se você não curte… sorry).

Ótimo suspense sobrenatural

Mas o que mais me chamou a atenção nestes últimos dias, motivo da pergunta do título, é que a maioria dos filmes do gênero que estão sendo produzidos, neste momento, são refilmagens de filmes famosos e mesmo cult do gênero. Não consigo entender o porquê de mexer nestes “clássicos” (claro, que eu sei, é dinheiro!).

Entre os próximos títulos, novas rodadas de Jogos Mortais 5 e Halloween (já lançado no ano passado nos EUA, na verdade uma releitura, já que conta, novamente, o surgimento de Michael Myers, sempre perseguindo sua irmã mais nova), e refilmagens de títulos oitentistas como Poltergeist (aquele da menina engolida pela tevê), Piranhas (sim, você não leu errado), Sexta-feira 13 – parte 11 (Jason está de volta) e Brinquedo Assassino 6.

“Venha para Luz, Caroline!

The Day That Never Comes é o novo som do Metallica e, sinceramente…

Música sexta-feira, 22 de agosto de 2008 – 14 comentários

Véis, cliquem AQUI ou AQUI para ouvir o som novo do Metallica, The Day That Never Comes, que estará no álbum Death Magnetic.

Bom, vocês já ouviram a faixa Cyanide, ao vivo, aqui. Removeram o vídeo, mas no mesmo link acima vocês que AINDA não a ouviram poderão desfrutar de tal som… fraco. Fato.

Minhas previsões para este novo álbum já não eram nada boas, e esses dois sons me convenceram de vez: O Metallica já era. The Day That Never Comes parece ser o som de uma banda iniciante, mas não uma banda iniciante como o Metallica… no início de carreira. Eu diria que este som é uma bagunça, além de ser extremamente sem sal.

Ouvi diversas, DIVERSAS vezes seguidas para poder tentar GOSTAR da música, ao menos. Mas não deu. Se o álbum inteiro seguir essa linha, teremos um álbum ainda pior que St. Anger (que é melhor que Load e Reload JUNTOS, tenho que admitir, porém…), mas é possível que eles tenham errado cruelmente SÓ nesta faixa. Mas… usar logo essa como single? Alguma coisa muito errada tem.

Pra compensar, a parte final da música é muito boa e realmente lembra os primórdios da banda. Mas, de resto, sério: Puta merda.

12 de setembro, infelizmente o álbum sai. Vão querer especial?

Um Crime Americano (An American Crime)

Cinema quinta-feira, 21 de agosto de 2008 – 7 comentários

Um Crime Americano é baseado na história real que chocou a nação em 1965. O filme reconstrói um dos crimes mais chocantes já cometidos a uma só vítima. Sylvia e Jennie Fae Likens, as duas filhas de um casal, que trabalha em um parque de diversões, são deixadas para uma estadia demorada em Indianápolis, na casa Gertrude Baniszewski, uma mãe solteira com sete crianças. Tempos difíceis, e as necessidades financeiras de Gertrude, obrigam-na a fazer este arranjo antes de perceber como esta obrigação levará sua natureza instável a um ponto de ruptura e horror.

Filmes de tortura já são meio revoltantes. Filmes de tortura de garotinhas bonitinhas, como a Juno [A Ellen Page, não o atillah] são muito revoltantes. Mas um filme de tortura de garotinhas por uma véia FDP e um monte de pirralho, baseado em fatos reais, é o que?

Tudo começa mostrando a vida de Sylvia Likens e sua irmã, Jennie, filhas de um casal que trabalha em feiras estaduais, aquelas feiras americanas que vocês provavelmente já viram nos Simpsons. Acontece que, como eles viajam muito, não tem com quem deixar as filhas, mesmo elas não querendo ficar com ninguém, mas acompanhar os pais. A mãe de Betty, avó das meninas, chega a ser considerada, mas sabe-se lá porque descartaram a idéia. E acabam deixando as filhas com Gertrude Baniszewski, que já tem outros trocentos filhos, por uma módica quantia de 20 doletas por mês. Acontece que Gertrude é uma doida varrida, que tem um senso próprio de verdade e justiça. Quando um dos pagamentos atrasa, por exemplo, ela resolve punir as duas, como se fosse culpa delas.

“Eu te espanquei, mas não é nada pessoal, você sabe, né?”

Mas Sylvia e Jennie fazem amigas, como Paula, que até conta um segredo para Sylvia, que essa usa pra salvar a amiga em determinado momento. Isso devia ser bom, certo? Mas não é. Paula fica putinha, e resolve falar pra mãe que Sylvia anda espalhando “mentiras” sobre ela. E quem é a mãe de Paula? Yeah, Gertrude. Que basicamente deixa as duas se estapearem no meio dos outros moleques. Quando a “boataria” [Já que não é nenhuma mentira] começa a rolar mais pesada, Gertrude resolve punir a garota de um modo mais exemplar: Oficialmente, manda-la para um reformatório. Mas na verdade ela é trancada no porão de Gertrude. E começa a ser torturada por Gertrude. Até que a véia se cansa, e começa a supervisionar as torturas feitas pelas crianças. E puta que pariu, como você fica com raiva desses pivetes. Eles fazem coisas extremamente cruéis sem a menor pena ou remorso.

O filme é praticamente todo baseado nos depoimentos do julgamento. E é lá que você vê a loucura de Gertrude. Ela foi a última a depor, depois de todos os seus filhos. Todos concordaram que Sylvia foi torturada, por todos eles, e sem motivo aparente. Menos Gertrude, que insiste que todos lá são mentirosos, inclusive seus filhos. Ela alega que Sylvia era uma péssima garota, que era má, coisa que você vê que não é verdade no decorrer do filme. E não há muito mais o que falar do filme sem estragar tudo. Mesmo que você saiba como vai terminar, vá ver. Se não sabe nada sobre ele, vá ver também, mas não pesquise sobre. Quanto menos você souber, melhor.

“Meritíssimo, a ré é uma FDP…”

Mas não recomendo que você vá ver se tiver estômago fraco ou for sensível. As torturas são gratuitas e agressivas. O filme é, com o perdão do clichê, um tapa na cara, principalmente de religiosos. Do espectador, de modo figurado, é claro. Sylvia sofre de outras maneiras. Ou tinha tapa também? Não me lembro, muitas torturas em um curto periodo de tempo…

Um Crime Americano

An American Crime (92 minutos – Drama)
Lançamento: EUA, 2007
Direção: Tommy O’Haver
Roteiro: Tommy O’Haver, Irene Turner
Elenco: Ellen Page, Catherine Keener, Hayley McFarland, Ari Graynor, Evan Peters, Bradley Whitford, Hannah Leigh Dworkin, Scout Taylor-Compton, Carlie Westerman, Nick Searcy

Reflexos da Inocência (Flashbacks of a Fool)

Cinema quinta-feira, 21 de agosto de 2008 – 6 comentários

Joe Scot (Daniel Craig) é um astro de cinema em crise, que vive uma vida sem regras a base de excessos como alcool, drogas e sexo. A notícia repentina da morte de seu melhor amigo de infância leva o ator, perdido em sua realidade, voltar a um passado que lhe incomoda, devido a algumas passagens vividas durante a adolescência agitada e cheia de loucuras para a época. Amores perdidos e proibidos além de decisões tomadas repentinamente tornam difícil a volta para a cidade natal.
Agora será necessário enfrentar uma realidade que o colocará frente a frente o passado jamais esquecido e um presente com caminhos tão errados quanto os tomados quando jovem.

Parece filme cabeça, certo? Pois não é. Por increça que parível, o filme é divertido, e ao mesmo tempo, é um filme FDP. Por que FDP? Continua lendo ae, caraio.

Uma das primeiras cena é extremamente foda. Um menage [!] com duas gostosas e Joe. Só que ele não guenta muito, e as duas vão embora aloprando o cara.
Nisso chega sua secretária, Ophelia, que tá cansada de limpar as cagadas que o chefe faz. E quem não ficar puto de chegar no trabalho todo dia e encontrar o chefe estirado, com a BUNDA BRANCA pra cima, em um ambiente infecto? Só sua mãe, que limpa seu quarto. Depois de negociar uma encomenda de pó, ele recebe uma ligação da mãe, avisando que seu amigo de infância, Boots, morreu. Do nada. Sem razão ou motivo aparente.

Bateu as botas. Sacou?

Abalado com essa morte, ele vai tratar de negócios com seu agente e um diretor num almoço de negócios. O diretor o corta do filme, ele fica puto com o agente e os dois batem boca. Por fim, ele vai pra praia e se joga no mar, se perdendo em lembranças enquanto bóia por ae.
São as lembranças da adolescência de Joe, na Inglaterra. Quando era um bom garoto, que gostava de David Bowie e outros cantores estranhos da estranha década de 70.

Mas é ai que o filme começa a ficar interessante, já que mostra como o bom garoto se transformou num FDP de marca maior. Você acompanha a trajetória do moleque fazendo o que moleques fazem melhor: Cagadas que vão marcar sua vida. Coisas que não devia ter feito e fez, coisas que devia ter feito e não fez. Consequências. Eu cheguei a pensar, boa parte das vezes: “Caraio, não é que é? Eu sou reflexo do que eu fiz e deixei de fazer.” Cê fica puto com a cara de pau do pirralho, com a idiotice, e ao mesmo tempo se identifica, porque faria algumas coisas do mesmo jeito.

Não parece, mas ele é boa. Muito boa.

Menção honrosa: Evelyn, gordinha muito foda. Ela é casada, mas fica tentando o jovem Joe. E consegue. Afinal, que garoto de 15 anos ia recusar uma gostosa, mesmo que ela fosse casada? Cê recusava? Tanga.
Inclusive, por conta de uns chupões, ele se ferra com Ruth, uma gostosinha que ele tava a fim.
O problema é que, mesmo ninguém descobrindo o rolo, ele teve consequências desastrosas [Fora a bota de Ruth] na vida de Joe. Tanto que foi o gatilho de um evento que o levou até onde ele está. E não, eu não vou contar, o filme é bom e cês deviam ir ver.

Depois dessas lembranças todas, ele vai até o funeral do seu amigo. E lá encontra a mulher de Boots, Ruth!
Sim, ela se casou com Boots, porque Joe tava muito ocupado fazendo outras coisas. Mas não isso que você pensou, seu sujo.
Joe até tenta uma aproximação, mas Ruth meio que recusa. Talvez pelo que ele fez no passado. Joe então faz o que poderia fazer. O que? Cê acha que eu vou spoilerzar? Não quero ser linchado!

Ah, os anos 70

O que me irritou foi que não houve uma conclusão, no final. Quer dizer, o filme se concluiu, mas a história ficou devendo algumas explicações. Mas tudo bem. Nem sempre a vida nos explica as coisas mesmo.

Reflexos da Inocência

Flashbacks of a Fool (124 minutos – Drama)
Lançamento: Inglaterra, 2008
Direção: Baillie Walsh
Roteiro: Baillie Walsh
Elenco: Daniel Craig, Harry Eden, Eve, Miriam Karlin, Jodhi May, Helen McCrory, Olivia Williams, Felicity Jones, Keeley Hawes, Sid Mitchell

Estréias da semana – 22/08

Cinema quinta-feira, 21 de agosto de 2008 – 4 comentários

O Procurado (Wanted)
Com: James McAvoy, Morgan Freeman, Angelina Jolie, Terence Stamp, Thomas Kretschmann, Common, Kristen Hager, Marc Warren, David O’Hara, Konstantin Khabensky
Wesley Gibson é um bundão. Um merda. Um nada. Quase um théo. 25 anos nas costas, criado pela mãe, depois do assassinato do pai. Até que Wes conhece Fox, uma assassina da Fraternidade, e por acaso uma gostosa de primeira. Fox vai treinar o moleque pra ser um assassino fodão da Fraternidade. E pra vingar a morte do pai. Filme baseado [E não adaptado, VSF] na série Wanted, criada por Mark Millar e J.G. Jones.

Reflexos da Inocência (Flashbacks of a Fool)
Com: Daniel Craig, Harry Eden, Eve, Miriam Karlin, Jodhi May, Helen McCrory, Olivia Williams, Felicity Jones, Keeley Hawes, Sid Mitchell
Joe é um ator famoso, cheio da grana e babaca que recebe a notícia de que seu melhor amigo de infância/adolescência morreu. Por conta disso, volta à sua cidade natal para o funeral, entra em parafuso e começa a se lembrar de acontecimentos do passado.

Um Crime Americano (An American Crime)
Com: Ellen Page, Catherine Keener, Hayley McFarland, Ari Graynor, Evan Peters, Bradley Whitford, Hannah Leigh Dworkin, Scout Taylor-Compton, Carlie Westerman, Nick Searcy
Vocês podem ler a descrição do Eric, se quiserem. Mas ele é noob. Tanto que o filme só estréia agora, no fim de Agosto.
Enfim, em 1965, Sylvia e Jennie Fae Likens, filhas de um casal que trabalha naquelas feiras estaduais americanas, são deixadas pelos pais com Gertrude Baniszewski, uma nativa de Indianápolis. Não de graça, é claro. Só que Gertrude é uma maluca, que acha que pode castigar as filhas dos outros, torturando até a morte.

Mandela – A Luta pela Liberdade (Goodbye Bafana)
Com: Joseph Fiennes, Dennis Haysbert, Diane Kruger, Shiloh Henderson, Tyrone Keogh, Patrick Lyster, Faith Ndukwana, Mehboob Bawa, Garth Breytenbach, Adrian Galley
Um carcereiro branco, racista e sul-africano, em plena época de apartheid, conta a história de sua convivência com um prisioneiro negro que ele vigiou por trinta anos: Nelson Mandela.

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