Veja aqui o novo clipe do White Stripes

Música quarta-feira, 26 de setembro de 2007 – 3 comentários

Não vem que não tem. A Meg White já confirmou que aquele vídeo da gordinha praticando o bom e velho doggy style não é dela, então, passado o susto, os Listras Brancas lançaram o segundo clipe do novo trabalho deles, Icky Thump.

O nome da faixa é You Don’t Know What Love Is e tem um riffzinho bacana, quanto ao clipe não espere nada demais é só Meg White com aquela cara de “ai, peidei” dela e Jack White com seu cabelo seboso.

Pelo menos ele raspou aquele bigode medonho.

Vocalista do My Chemical Romance diz que não é emo

Música quarta-feira, 26 de setembro de 2007 – 10 comentários

E o Ato ou Efeito é um site de notícias sobre economia. Gerard Way, vocalista do MCR, em entrevista ao site da Universidade do Maine disse que não consegue conceber que seu grupo seja rotulado como emo. Segundo ele, “Por uma questão de circunstâncias, acabamos agrupados com um monte de bandas consideradas emo, e começaram a nos rotular da mesma forma”.

Estou aqui pensando se as circunstancias “música ruim”, “franjinha caindo na testa” e “letras pseudo-depressivas” seriam contundentes o bastante pra definir o o My Chemical Romance como emo. Way provavelmente foi pego pelo surto de odiar modinha e em sua lógica sagaz acredita que se odiar aquilo que todas as pessoas odeiam vai fazer com que as pessoas achem ele legal. Assim não pode, garotão!

Como se não bastasse ser zoado por ser emo, o My Chemical Romance vai abrir os shows da próxima turnê do Bon Jovi.
I rest my case.

O sonho de ter uma banda

New Emo quarta-feira, 26 de setembro de 2007 – 8 comentários

Com a estréia do quadro Made in Taiwan, senti parte do meu sonho sendo realizado: “Trabalhar” com bandas independentes. Lá pra 2004 eu tive a idéia de lançar um site reunindo várias bandas undergrounds, que seria um Trama Virtual mais… seletivo. A idéia era foda, eu e um amigo planejamos coisa pra cacete, já tinhamos umas 5 bandas confirmadas no site, com conteúdo e tudo, e ainda planejávamos lançar um selo pra, pelo menos, gravar uma coletânea. O tempo passou e a gente acabou esquecendo da idéia, ou melhor: Abandonando ela. Então, no início deste ano eu repensei a idéia com o finado Sob, ex-membro do site que colaborou com um texto, algumas idéias e alguns nomes de colunas e quadros, como o próprio “Made in Taiwan”, nome que ele tinha na manga caso fosse criar um blog. Enfim, usamos o nome para este quadro musical do AOE, que tem tudo pra ser sensacional.

Bom, essa idéia de reunir bandas sensacionais que VOCÊ deveria conhecer surgiu depois que um de meus sonhos fracassou: O sonho de ter uma banda. Enquanto durou foi sensacional, claro, apesar de insistir no erro de tentar aprender a tocar guitarra. Minha grande paixão sempre foi ser vocalista e, quem sabe, baterista, mas era uma merda ter uma bateria por aqui E eu sempre cantei mal. Até montar, finalmente, uma banda, e ser obrigado a cantar e fazer a base na guitarra. Eu era tipo o Joey Ramone, não sabia se tocava ou cantava. Se tocava, a voz saia baixa. Se cantava, as notas saiam fora de sincronia. Até esquecerem em casa a guitarra do outro guitarrista, que arrancou a minha guitarra de mim. Então, foi o ensaio mais sensacional da minha vida, e… terceiro e último da banda. Foi coisa de louco: O baterista estava cansado de tocar as músicas que eu escolhi, tendo em vista que ele sim SABIA tocar, então eu escolhi umas fáceis pra gente. Então, a gente parou pra pensar quase o ensaio inteiro, até eu levantar e dizer: “Ok, vamos tocar as mesmas músicas.”

O baterista quase pegou um canetão vermelho e desenhou um alvo na minha cara pra tacar as baquetas, até eu organizar o povo. Pra começar, Island in the Sun, do Weezer: Falei pro guitarrista esquecer aquele riffzinho chato e colocar distorção na guitarra, tocando os acordes em um ritmo acelerado. Aí, o baixista teria que se virar pra acompanhar e, o baterista, mais experiente, improvisaria. Quando eles começaram a tocar, eu me sentia como o Jack Black em School of Rock, então decidi ver se minha garganta funcionava mesmo e comecei a gritar um vocal grave. Cara, imagina essa chatice do Weezer sendo tocada pelo Sick of it All. Depois Hate to Say I Told You So, do The Hives e, pra finalizar, Smells Like Teen Spirit, do Nirvana. Eu saí do ensaio rouco, tomei uns 5 litros de água e fiquei empolgadão. Mas nunca mais voltamos a tocar juntos, acho que terminamos no auge da carreira pra terminar bonito.

Depois ainda cantei na banda do meu primo e aprendi que cantar as músicas do Nirvana é uma experiência do cacete. Mas experiência de verdade é tocar em uma banda, principalmente quando você tem música correndo pelas veias. Acho que quando eu for doar sangue, vai começar a tocar Cowboys from Hell, do Pantera, em uma qualidade de 128 kbp/s.

Então, já que eu não levo jeito pra fazer música, o jeito é continuar garimpando e sendo chatão. Não sou um Lúcio Ribeiro, até porque o cara é indie, ainda prefiro gostar de música boa. Então, já que é pra caprichar, vamos a um novo modelo de coluna. Enquanto isso, vai falando aí suas experiências com bandas. A única coisa que eu tenho a dizer é a seguinte: Não teve banda? TAAANGA!

COLETADÃO DA SEMANA

REVIEWS
Songs for the Deaf (Queens of the Stone Age)*
Probot (Probot)*
The Meanest Of Times (Dropkick Murphys)
Echoes, Silence, Patience and Grace (Foo Fighters)*
Over the Under (Down)

CONHEÇA
Pogues – Música pra se ouvir no convés**
Foo Fighters: A fábrica de bons videoclipes*
Martin Scorsese (and “Ato ou Efeito”) Presents: The Blues

MADE IN TAIWAN
Super Hi-Fi
Bergenteif

*Especial Foo Fighters
**Talk Like a Pirate Day

Review – Over the Under (Down)

Música terça-feira, 25 de setembro de 2007 – 3 comentários

Sem muita enrolação, PHIL ANSELMO no vocal, bóra ligar o som e aumentar o volume no máximo. DOWN, véi.

3 Suns And 1 Star abre o álbum trazendo a velha pegada Doom com uma pitada de Stoner Rock, que parece estar cada vez menor. Pra uma faixa de abertura, pode-se esperar por um álbum sensacional, mais puxado pro segundo álbum dos caras. The Path traz um som de peso, e as saudades do Scream de Phil Anselmo. Puta que pariu, sério, como meus ouvidos pedem pra ouvir aqueles berros. Mas o cara ainda tem meu respeito, e esta faixa prova que os caras não largaram totalmente o Stoner Rock, o que é um alivio DO CARÁI. Sem os gritos até dá pra viver, na merda, mas dá. Agora, sem Stoner Rock, eutanásia, véi.

N.O.D. é um puta som empolgante, apesar de o refrão não ter me agradado muito. O encerramento é foda. I Scream, ou IIIICE CREAAAAMM!, é o single da banda, não poderia ser melhor. Mas, pensando bem, poderia sim. Olha o nome do som. Você já saca que vai ter gritos, né? Pois é, os gritos são baixos, coisa de “plano de fundo”. Eu quero SCREAM, porra. Cadê o Anselmo nessas horas? Tá certo, o cara arrebentou as cordas vocais em um show, mas ainda assim não é desculpa. Enfim, o som é EMPOLGANTE. On March The Saints tem uma introdução que lembra o primeiro álbum da banda, álbum em que Phil Anselmo não economizava a garganta… bom, fazer o quê. O som é do carái, bem a cara da banda, o que é um pouco irônico. Não vou dizer porquê, já repeti a mesma coisa milhares de vezes, aposto que você já sabe o que é. O som fica EMPOLGANTE na metade, fazendo o álbum St Anger, do Metallica, passar pela minha mente. Sei lá, algo neste álbum me lembra esse cd, que você deve ignorar a banda que está tocando pra gostar do que está ouvindo. Never Try, som calmo, mas o peso ainda está ali. Bem experimental, bacana, mas nenhuma… novidade.

Mourn, mais uma vez a afinação grave das guitarras e a bateria detonando. O som é daqueles que dá medo, mas é de se ter medo de uma banda que reúne o ex-vocalista do Pantera (Phil Anselmo), o guitarrista do Corrosion of Conformity (Pepper Keenan) e o baterista do Eyehategod (Jimmy Bower). Beneath The Tides vem com uma introdução deveras chata, e olha que temos mais de 8 minutos de música pela frente. Depois da intro, sonzeira, de um tipo diferente que os caras estão acostumados a fazer. Escuta aí pra ver. His Majesty The Desert não passa de uma introdução para a próxima música, não há muito o que se falar dela. Tipo um prelúdio, e tal, coisa leve. Já Pillamyd chega quebrando tudo, trazendo aquele metalzão pra balançar a cabeça no refrão, clássico. O solo é sensacional, e agora sei o que me fez pensar no álbum St Anger: Talvez a bateria.

In The Thrall Of It All dá mais destaque ao Stoner Rock, finalmente, mais um solo sensacional e um som relativamente diferente do que a banda está acostumada a fazer. Nothing In Return (Walk Away) já chega te chamando pra porrada, os caras estão cada vez menos Stoner e cada vez mais pesados. Nem pense em falar a palavra “New Metal”, ainda é aquela pegada Doom. E essa ainda traz um pouco de Thrash, coisa de louco. Bom, encerraram o álbum com um som EMPOLGANTE, mas meu apelo continua: Phil, VOLTE A GRITAR, PORRA! Leva tempo pra se acostumar com esse estilo. Não que seja ruim, mas não foi assim que eu te conheci, véi. Bom, álbum foda, altamente recomendável pra você que quer um som pesado sem velocidade, afinal, ainda tem um pouquinho de Stoner ali.

Over the Under – Down
1. 3 Suns And 1 Star
2. The Path
3. N.O.D
4. I Scream
5. On March The Saints
6. Never Try
7. Mourn
8. Beneath The Tides
9. His Majesty The Desert
10. Pillamyd
11. In The Thrall Of It All
12. Nothing In Return (Walk Away)

Review – Echoes, Silence, Patience and Grace (Foo Fighters)

Música terça-feira, 25 de setembro de 2007 – 8 comentários

Eis o grande dia! 25 de Setembro, já está nas lojas o novo álbum do Foo Fighters, Echoes, Silence, Patience and Grace. E agora você confere o nosso review, é claro.

Tudo começa com o single que vocês já ouviram por aqui, The Pretender. O que dizer? Sensacional, um dos melhores sons da banda até hoje. E aqui você viu uma resenha só pra esse som, então só digo uma coisa: Puta que pariu, que som foda, empolgante e pesado. Quebre seus ossos com ele. Let It Die começa lenta, dando um tempo pra você descansar depois do estouro da primeira faixa. Mas é só o tempo necessário mesmo, depois a calmaria toda some e vem a parte da música que você diz “Opa, ISSO é Foo Fighters”, aí você volta a se empolgar e fica rouco gritando o refrão. Então, Erase Replace começa e você pensa que Taylor Hawkins, baterista da banda, decidiu virar metaleiro. Mas não é só a bateria, os riffs de guitarra prometem um Metal, pelo menos na introdução. Bom, não é bem um Metal, mas é um som pesado, daqueles que fazem você decorar a letra por acabar colocando a faixa no repeat. Aconteceu comigo.

Long Road To Ruin tem um começo broxante, sinceramente. Mas depois a música se normaliza e, sinceramente, achei essa um pouco… bestinha. Sei lá, não é MESMO a cara da banda. Então vem Come Alive, mais uma com o começo calmo. E continua calma. Enfim, é um som calmo. Mas com o tempo ele vai se animando, fique calmo. Até que WOW, finalmente guitarras distorcidas e Dave Grohl gritando, olha você ficando rouco de novo. Perfeita pra deixar rolando solta no MP3 Player enquanto você anda pela rua, o povo vai achar que você é louco. E é. Aí vem Stranger Things Have Happened, com um violão mais calmo ainda. Dave Grohl sussurra, você boceja. Essa é pra você que gostou do último álbum dos caras, e parece que os próprios caras gostaram dessa de acústico. Eu não gostei, mas admito que o dedilhado deste som é bacana. O som é bacana, mas repito: Foo Fighters NÃO É acústico, véi.

Cheer Up, Boys (Your Make Up Is Running) (lembra?) já é um som mais animado, e lembra o segundo álbum da banda. É bacana, mas eu ainda prefiro quando eles exploram mais o lado pesado da coisa, como o refrão deste som, que é sensacional. Então, Summer’s End chega trazendo o tipo de som clássico da banda, aposto como próximo single. Bem legal, daqueles sons que não chegam a empolgar, mas também não deixam você ficar parado. The Ballad of the Beaconsfield Miners começa com um dedilhado louco no violão, e continua assim. Sim, é instrumental, imagino este som em uma daquelas comédias inglesas. Porém, ele tem uma história: Grohl compôs esta música pra dois caras que ficaram presos em uma mina na Tasmânia por, sei lá duas semanas, e pediram um iPod só com músicas do Foo Fighters. Quando Grohl ficou sabendo, mandou uma carta pros caras. “Oi, pessoal, aqui é Dave. Vocês estão em nossos pensamentos e orações. Quando saírem daí, tem dois ingressos para um show e duas cervejas geladas esperando por vocês onde quer que vocês queiram ver a banda”. Foda.

Statues, próxima faixa. Nossa, que isso? Queen? Péra, piano? Ah tá, é só a introdução. Sim, o piano continua pelo resto da música, mas pelo menos a banda acompanha. Sério, bacana esse som, apesar do susto. But, Honestly, mais um som no violão. E só. Mas depois ele vai tomando forma e o resto da banda entra pra detonar tudo, de vez. São sons assim que me orgulham de ser fã dessa banda. Vai se preparando, a segunda parte dessa música é SENSACIONAL. Pena que é curto. Enfim, Home, a última faixa do álbum, traz o piano novamente. Cês já imaginam que eu vá reclamar, certo? Então, sinceramente essa música é um saco. Aliás, pra quem esperava MUITA coisa deste álbum, eu me decepcionei. Não tá uma porcaria, mas não era MESMO o que eu esperava. Levou um tempo pra eu aceitar isso, talvez realmente a banda esteja “inovando”. A pena é que eles estão fugindo do meu gosto, mas enfim, não é o melhor álbum da banda, e ainda é cedo pra dizer que é o pior, até porque temos o álbum Skin and Bones. Bom, com o tempo, vamos ver no que dá.

Echoes, Silence, Patience and Grace – Foo Fighters
1. The Pretender
2. Let It Die
3. Erase/Replace
4. Long Road to Ruin
5. Come Alive
6. Stranger Things Have Happened
7. Cheer Up, Boys (Your Make-Up Is Running)
8. Summer’s End
9. The Ballad of the Beaconsfield Miners
10. Statues
11. But, Honestly
12. Home

Review – The Meanest Of Times (Dropkick Murphys)

Música segunda-feira, 24 de setembro de 2007 – 3 comentários

Dá pra levar a sério uma banda que usa uma gaita-de-fole?

Famous For Nothing abre o álbum dizendo que sim, trazendo aquele hardcore de bêbado que passa o dia bebendo e… tocando uma gaita-de-fole. God Willing não foge do ritmo, e aqui você já estará bebendo uma garrafa atrás da outra. Com a batida um pouco mais leve e ritmo mais dançante, cuidado pra não cair sentado em cima das garrafas. The State Of Massachusetts pede uma rodada com quinze garrafas de chopp, baralhos e muita, mas muita mulher pelada. O estilo musical desses caras é um tanto quanto empolgante, daqueles que te faz se sentir no faroeste, com a arma carregada e um monte de cara folgado pedindo pra morrer. Tomorrow’s Industry já é um hardcore “tradicional”, nenhuma surpresa. Aliás, falando em faroeste, uma banda nacional que representa bem isso é o Matanza, mas não chega a ser um Dropkick Murphys brasileiro – os estilos são levemente diferentes.

Echo’s On “A” Street te faz perceber que, apesar de repetitiva, a bateria da banda está sempre em destaque. Aliás, repetitiva em termos, ela varia bastante pra um hardcore, mas a sensação de estar ouvindo a mesma música sempre é a mesma. Chegando em Vices And Virtues, o álbum já está começando a ficar enjoativo. Tá, o som continua sendo empolgante, mas é o que eu disse na faixa anterior: Som repetitivo. Voltando a falar sobre Matanza, os caras conseguem variar melhor que os Murphys, e olha que os músicos são inferiores. Surrender, finalmente, traz um ritmo diferente, com guitarras abafadas nos versos e um refrão mais calmo, sei lá, menos gritado e com um som mais limpo. Flannigans Ball você já ouviu por aqui, este é o novo single da banda. O vocalista tá bêbado, certeza. E, finalmente, a gaita-de-fole ganhando destaque, já tinha até me esquecido dela. Enfim, o som é BEM legal, aqui o álbum começa a perder o “enjoativo”.

I’ll Begin Again volta com o tradicional, também com solos que deram uma boa variada, enfim. Mas nada demais. Fairmount Hill é uma faixa mais calma, sem aquela monotonia de acordes repetitivos. Agora sim os caras variaram, e este som é perfeito pra cantar caminhando pela rua, bêbado, após ser expulso do bar. Loyal To No-One faz você ficar batendo o pé no chão, mas a velha impressão do “de novo essa música?” volta. Shattered, apesar de manter a mesma impressão, tem a batida mais agradável, daquelas de fazer você fazer um bate cabeça com seu irmão recém nascido, já que você teve que ficar cuidando dele aí enquanto seus pais disseram que iam na missa, mas na verdade estão fabricando mais um irmão pra te manter ocupado.

Rude Awakenings, mais uma vez o vocalista está bêbado. E este som é perfeito pra você cantar enquanto está sentado na calçada, no meio da madrugada, esperando o amanhecer pro bar abrir de novo. Johnny, I Hardly Knew Ya você canta quando o bar abre, e Never Forget você canta abraçado com o dono do bar. O sino que toca no fim da música é bastante sugestivo, tendo em vista que você não vai pagar a conta. E assim o álbum seria encerrado, se não fosse a bonus track Jailbreak que não, não é um cover de AC/DC. Mas o ritmo da guitarra tá quase lá, quem sabe um dia. Som dançante, mais uma vez os caras conseguiram variar. Mas é bem isso, o álbum é bacana porém repetitivo. Daqueles que você ouve de vez em quando pra não enjoar rápido. A não ser que este seja seu estilo, claro.

The Meanest Of Times – Dropkick Murphys
1. Famous For Nothing
2. God Willing
3. The State Of Massachusetts
4. Tomorrow’s Industry
5. Echo’s On “A” Street
6. Vices And Virtues
7. Surrender
8. Flannigans Ball
9. I’ll Begin Again
10. Fairmount Hill
11. Loyal To No-One
12. Shattered
13. Rude Awakenings
14. Johnny, I Hardly Knew Ya
15. Never Forget
16. Jailbreak (Bonus Track)

Made In Taiwan – Bergenteif

Música domingo, 23 de setembro de 2007 – 2 comentários

Mais uma banda espetacular para o nosso quadro Made In Taiwan.

Dessa vez trazemos pra vocês:

Bergenteif. Banda para piratas, vikings, bárbaros e gladiadores.

A banda Bergenteif (que significa “Demônios da montanha”) vem com a seguinte proposta, que tá lá no MySpace da banda:

Melhor banda de barbarian metal de todos os tempos, tem como objetivo o fim do amor e de tudo o que é belo e cor de rosa

O estilo musical é inusitado e os próprios integrantes o classificam como True Barbarian Metal. Misturando instrumentos normalmente utilizados em música erudita, umas harmonias medievais e porrada no último, Bergenteif é música pra beber, tacar fogo em vilarejos e estuprar a filha do chefe da aldeia.

Escute “The Second Coming” aqui

Escute “Merchant of Windmills” aqui

Reunidos em 2001, a banda conta com Atílio (gostei do nome, deve ser parente) na guitarra e vocais, Thiago na guitarra, Renan no baixo e Rodrigo quebrando a bateria. A formação mudou desde 2001, e cada componente influencia o som com suas preferências musicais. Consegui falar com o Atílio e o cara deu a real:

Atillah: Cara, defina pra nossos leitores como é o Barbarian Metal de vocês, e o que ele compartilha com outras bandas do gênero, especificamente no som que vocês fazem.
Bergenteif – Atilio: Então, nós queremos mesmo é inovar, fazer algo diferente e não imitar ninguém. Por isso que é tão dificil dizer com o que parece. Cada musica tem um jeitão diferente. Na verdade essa idéia de barbarian metal nasceu meio que de brincadeira: a gente mostrou o som pra um camarada e ele disse “caralho, o som de vocês é barbaro!”
Atillah: Porra, mas é um som Conan mesmo, cara.
Bergenteif – Atilio: Pode crer: diga não ao donzelismo!

Quer ver a entrevista toda? Tá aí embaixo.

As letras acompanham o som pesado, sempre abordando temas de relevância como o paganismo e o suicídio. Uma pena que a banda só tenha duas músicas gravadas. Mas segundo Atílio, tem várias outras no forno, só dependendo de uma oportunidade pra juntar os cúmplices e tocar o horror musical.

A banda não possui shows agendados no momento. Vamos ver se tiramos os caras de sua caverna e promovemos a destruição em nível mundial.

Contato: bergenteif@hotmail.com

Entrevista com Atílio do Bergenteif.

Atillah: Então cara, pra começar, o que significa “Bergenteif”?
Bergenteif – Atilio: Demônios da montanha.
Atillah: Puta merda, só podia. Demais.
Atillah: E, Atilio, qual o seu papel na Bergenteif?
Bergenteif – Atilio: Eu sou guitarra e vocal, componho e faço as partes de violão. Ultimamente também tenho feito as letras.

Atillah: Cara, escutei as músicas de vocês, e me deu vontade de beber, brigar e sair abusando de donzelas. Você acha que é efeito da música ou tem algum problema comigo?
Bergenteif – Atilio: Huhauhahua, é a volta aos tempos bárbaros. Essa é a nossa proposta: fazer o verdadeiro barbarian metal
Atillah: Quando eu tava escutando eu pensei: “Caralho essa é a mistura perfeita de Matanza com Therion”. É por aí mesmo?
Bergenteif – Atilio: Acho que essa é a parte legal de ouvir nosso som: você pode especular á vontade e nunca vai chegar perto das influências hahahaha. Therion e Matanza eu só conheço de nome.
Atillah: Então falei merda. Mas gostei do som do mesmo jeito.
Bergenteif – Atilio: Mas falando sério, é tanta mistura… da minha parte é mais musica erudita, o baixista curte mais black metal e o batera metal melódico.

Atillah: Cara, defina pra nossos leitores como é o Barbarian Metal de vocês, e o que ele compartilha com outras bandas do gênero, especificamente no som que vocês fazem.
Bergenteif – Atilio: Entao, nós queremos mesmo é inovar, fazer algo diferente e não imitar ninguém. Por isso que é tão dificil dizer com o que parece. Cada musica tem um jeitão diferente. Na verdade essa idéia de barbarian metal nasceu meio que de brincadeira: a gente mostrou o som pra um camarada e ele disse “caralho, o som de vocês é barbaro!”
Atillah: Porra, mas é um som Conan mesmo, cara.
Bergenteif – Atilio: Pode crer: diga não ao donzelismo!
Atillah: Você devia ler a série que eu escrevi sobre piratas. Mas e as letras? Vocês estão abordando que temas ultimamente?
Bergenteif – Atilio: Ah, basicamente suicidio, barbarianismo, um satanzinho básico…..
Atillah: Você devem gostar dos vikings cara, eles eram um tipo de pirata que eu respeito, porque eles tocavam o horror no mar e na terra. Aliás, bárbaros se suicidam?
Bergenteif – Atilio: Sei lá, é que eu sou meio depressivo sabe?.
Atillah: Você devia estuprar mais donzelas, cara. Voltando á banda, vocês estão com a mesma formação desde quando?
Bergenteif – Atilio: Faz um ano mais ou menos.
Atillah: A galera se dá bem mesmo tendo um bando de influências diferentes?
Bergenteif – Atilio: Sim, essas influencias se completam.

Atillah: As músicas que ainda não foram gravadas são no mesmo estilão das que já estão disponíveis? Com uma introdução em instrumentos eruditos e tal e daí dá um tempinho e entra batera, guitarra e baixo quebrando tudo?
Bergenteif – Atilio: Então, eu busco algo diferente em cada musica, cada uma é uma jornada pagã por uma regiao diferente do ser.
Atillah: Orra, fala mais sobre as letras cara. Como foi que saíram as letras das duas musicas que estão disponíveis?
Bergenteif – Atilio: A “Merchant of Windmills” foi feita pelo Tiago (violino e guitarra), é uma letra complexa e cheia de trocadilhos filosóficos. A “The Second Coming” é um poema do Yeats.

Atillah: Quando sai mais música cara?
Bergenteif – Atilio: Dificil dizer, tá todo mundo ocupado com trampo e faculdade por enquanto.
Atillah: Cara, mas barbarianismo é PRIORIDADE!
Bergenteif – Atilio: Huahauahua.

Atillah: Legal cara, agradeço aí pelas suas palavras e paciência. Tem mais alguma coisa que você queria dizer pro pessoal do Ato ou Efeito?
Bergenteif – Atilio: Quero agradecer a você pela oportunidade e todos os fãs pelo suporte.
Bergenteif – Atilio: E STAY FUCKIN’ BARBARIAN!!!!!

Made in Taiwan – Super Hi-Fi

Música sábado, 22 de setembro de 2007 – 3 comentários

Antes de começarmos a falar de Super Hi-Fi, quero conseguir que vocês tenham a correta primeira impressão desses caras, portanto, vou começar com um pedaço da entrevista. O Don Gralha (vocalista) foi quem conversou comigo.

bel:
na sua opinião, qual foi o show que consagrou vocês de verdade?
Super Hi-Fi:
Como sempre, o pior está por vir… mas em junho de 2006 entramos no palco completamente bêbados e drogados, prá casa cheia. Foi um arraso…huahahua. Perceberam que não éramos de brincadeira…

Pra você ter CERTEZA que eles não são de brincadeira, dá uma olhada nesse vídeo, protagonizado pelo Don:


Apesar de parecer malvadão, ele foi um amor na entrevista. Além do mais, o panaca pediu prá levar couro.

Ladies and gentlemen, quero apresentar-lhes o Super Hi-Fi.

Perronex (guitarra), Don Gralha (baixo e vocal) e Caetano (bateria).

Rock bacana, bem paulêra. O melhor: letras debochadas cantando em português. Nada contra letras em inglês, mas acho muito mais emocionante bandas de rock brasileiras cantando no bom e velho português brasileiro contemporâneo. Dá um ar mais tupiniquim, manja?

Super Hi-quem? A breve saga da origem ao contrato com a Monstro

O três aí se conheceram em Nova Friburgo, nos anos 90, mas cada um tinha sua banda e eles nem sonhavam com Super Hi-Fi. Foi em 2005 que a coisa começou a se desenrolar: os três descobriram que estavam morando na mesma cidade, mas só no ano seguinte que resolveram se unir pra fazer sujeira.
Influenciados por BRUTOS tipo Motörhead, Metallica, Misfits, White Zombie e Black Sabbath, rodaram muuuito pelo Brasil e finalmente conseguiram chantagear foram descobertos por uma gravadora. Agora, carregam o selo da Monstro Discos e estão ansiosos prá fazer a coisa acontecer (heh).
O primeiro CD já tá saindo do forno, contando com participação dos caras do Cachorro Grande, produção de Jimmi London (vocalista do Matanza) e mixado por Jorge Guerreiro (Deck).
A data de lançamento tá pro dia 14 de setembro, mas aqui ainda não recebi nada… e você?

Essa é a capa do CD. Se você ver por aí em alguma loja, compra e dá uma força pros caras!

Gostou? Vai lá ver!

bel:
e como é que tá a agenda de vocês?
Super Hi-Fi:
Agenda do Super Hi-Fi tem muito show pré agendado… agora confirmado que eu sei é o seguinte:
07/09 – Niterói/RJ – Espaço Convés
12/09 – Belo Horizonte – A Obra
13/09 – Taguatinga/DF – Blues Pub
14/09 – Goiânia/GO – Pré Goiania Noise
15/09 – Uberlândia/MG – Festival Jambolada
22/09 – Nova Friburgo/RJ – Anirrê
25/09 – Juiz de Fora/MG – Festival Balaio
27/09 – Rio de Janeiro/RJ – Espaço Marun

É claro que se você não puder ir em nenhum desses lugares conferir a música dos caras, eu te dou uma força: o site “teoricamente” oficial, com uma simpática mensagem de boas-vindas (“Clique aqui prá abrir essa porra”. Adorei!) e o myspace dos caras, onde dá prá ouvir umas três músicas e sentir como vai ficar o CD. Se você quiser ouvir TODAS as músicas mesmo, em primeira mão, só comprando o CD. Eu tenho aqui porque coloquei um decote na imagem de exibição sou uma garota muito simpática e ganhei de presente via MSN.
Valeu a pena… eles mandam bem!

– O FILHO É TEU, PORRAAAA!

Agora, é esperar prá ver. A banda tem talento, só precisa de espaço e… Ah, eu curti o som, nem vou me delongar em elogios. Ouve aí e diz se gosta, pronto.

Roqueiros de boteco, putamente old school.

Especial Foo Fighters: A fábrica de bons videoclipes

Música sexta-feira, 21 de setembro de 2007 – 5 comentários

Se existe uma banda que sabe usar todo o poder que um vídeoclipe tem, essa banda é o Foo Fighters. Dá pra contar nos dedos os músicos que tem uma vasta videografia de trabalhos bem cuidados, com idéias originais e engraçadas. No texto abaixo você vai encontrar os melhores vídeos da banda e o link para os restantes juntamente com uma breve descrição e alguma curiosidades a respeito da música ou do vídeo. O que você ainda está fazendo aqui?

FOO FIGHTERS

I’ll Stick Around
Diretor: Gerald Casale

Como primeiro clipe da banda, não podíamos esperar muito. Dave Grohl ainda era aquele cara que saiu do Nirvana e a possibilidade de um novo projeto fracassar diante de um passado na mega fuckin’ big band of the moment era imenso. Apesar de I’ll Stick Around ser uma das melhores canções do álbum de estréia, o clipe é bem fraco. Dave Grohl parece não saber o que fazer recém saído de uma bateria, pois fica pulando de maneira estranha durante o clipe e a transição de cores é mais chata do que aqueles efeitos de gelo seco nos clipes da Legião Urbana. Afora isso, você pode se lembrar do clipe por outras passagens bizarras, como quando Grohl literalmente come algumas peças de xadrez ou escova os dentes com uma lixa.

Big Me
Diretor:
Jesse Peretz

Em seguida veio Big Me, baladinha bacana e com um dos clipes mais lembrados por todo mundo. A idéia do clipe se baseia no comercial das balinhas Menthos, onde todo mundo tem uma inspiração sobrenatural depois de comer algumas pra transpor os obstáculos do dia a dia. Agora, se você nunca comeu um Menthos, levante essa bunda gorda da frente do computador pela primeira vez na sua vida e vá até uma doceria se engasgar com essa balinha do demônio.
PS: durante muito tempo o Foo Fighters deixou essa música de fora do setlist nos shows, pois cada vez que era executada, uma chuva de Menthos se abatia sobre a banda. Da próxima vez eles fazem um clipe parodiando uma marca de Maria-Mole.

THE COLOUR AND THE SHAPE

Monkey Wrench
Diretor:
Dave Grohl

Você entra no seu prédio, dá um olá pro porteiro, entra no elevador, escuta uma musiquinha que você tem certeza que já ouviu em algum lugar, mas não lembra onde, até que se dá conta que é uma versão “música de elevador” de Big Me, dos Foo Fighters e quando tenta entrar no seu apartamento adivinha só quem está lá quebrando tudo? Se você disse Engenheiros do Hawaii, tente novamente mais tarde. Claro que são os Foo Fighters, mas enquanto eu e você ficaríamos maravilhados com isso, Dave Grohl achou muito estranho, uma vez que a casa era dele e obviamente aquilo era uma falha na Matrix, já que ele estava dentro da casa, fora da casa e ainda por cima dirigindo o clipe.

My Hero
Diretor:
Dave Grohl

There goes my hero, he’s ordinary! Não é a toa que o rosto do protagonista não aparece em nenhum momento e você também não vê ninguém com uma cueca por cima da calça nos mais de quatro minutos do vídeo, Dave compôs essa canção homenageando pessoas que de uma forma ou de outra se tornaram heróis pra ele e que invariavelmente eram pessoas comuns. Embora não seja um herói no sentido mais completo da palavra, Grohl ainda usa seus poderes para cantar, tocar no meio de um incêndio e ainda arruma tempo pra dirigir o clipe.

Walking After You
Diretor:
Matthew Rolston

Em 1997, chegava aos cinemas a versão cinematográfica da mega série Arquivo X. Era também o ano em que o Foo Fighters estava quebrando tudo com as músicas e clipes antológicos de Everlong e My Hero. Tão fácil quanto saber que 2+2=4 era chamar Dave Grohl e companhia pra fazer parte da trilha do filme e ter retorno garantido. Pena que isso não se refletiu no clipe, que é bem mais ou menos: Grohl contracena com uma bela garota, mas ambos estão separados por um vidro, que representa as barreiras de um relacionamento e blá blá blá… bullshit! O vídeo seria bem mais legal se eles tivessem feito algumas caretas no vidro. A propósito, nem Dave Grohl gostou dele, porque não tinha nada de engraçado que os outros tinham. Se o cara não gostou, quem sou eu pra discordar?

Everlong
Diretor:
Michel Gondry

Definitivamente, um clássico. Já começa pelo fato de ser uma paródia de um ícone do cinema trash, Evil Dead. Junte o clássico, o roteiro pirado e um diretor competente como Gondry (Brilho Eterno de uma Mente sem Lembranças e o clipe de Fell in Love With a Girl do White Stripes) e tenha cenas no imaginário de qualquer um que tenha visto a MTV quando alguém ainda tocava música lá, como Dave dando um cacete em seus algozes com uma mão gigante ou então a cena clássica da cama que vira bateria. A propósito, Taylor Hawkins fica melhor de mulher do que de homem.

THERE’S NOTHING LEFT TO LOSE

Breakout
Diretor:
Emmet Malloy & Brendan Malloy

Trilha do filme Eu, eu mesmo & Irene, o clipe se aproveita do mote do filme e mostra um Dave bobão (como é que ele conseguiu um encontro sendo tão idiota?) que depois de ser passado pra trás por velhotas, pelos seus colegas de banda, por alguns folgados num drive – in e perder sua garota pra um anão bem dotado, vemos o bobão se transformar no nosso Dave gritão velho de guerra encerrar o clipe com um showzinho pra galera que estava assistindo o filme – que nem é lá muito bom.

Next Year
Diretor:
Phil Harder

Sou meio suspeito pra falar de Next Year porque é a música que eu mais odeio em toda a discografia dos Foo Fighters, no entanto além de transformá-la numa música de trabalho, ainda fizeram um clipe para a dita cuja. E o clipe consiste basicamente na tática Forrest Gump de participar de eventos históricos: recorte a cabeça de seus protagonistas e cole nas imagens da época. Phil Harder faz isso e transforma os Foos em astronautas.

Learn to Fly
Diretor:
Jesse Peretz

Rivaliza com Everlong nos quesitos produção e roteiro. Embora faça referências literais a aprender a voar durante o clipe, o resto não tem nada a ver. O clipe começa com os caras do Tenacious D (Quem? Kyle Gass e o bizarrão Jack Black) escondendo uma substância, hum… estranha no café que é servido no avião e quando até o piloto já está mais pra lá do que pra cá, – there goes our hero, again – lá vai Dave mostrar tudo que aprendeu durante anos jogando Flight Simulator. A banda toda representa vários personagens (e de novo Taylor Hawkins faz o papel da gostosa). Dave como a adolescente fã dos Foo Fighters é impagável e nos faz lembrar o Dave de trancinhas do clipe de Big Me.

ONE BY ONE

All My Life
Diretor:
Dave Grohl

Eu tenho um certo problema com bandas que fazem clips onde tudo o que eles fazem é tocar, uma vez que se eu quisesse vê-los apenas tocando eu veria um show ao vivo e não seriam gastos rios de dinheiro em um clipe com nada. As únicas coisas que diferem All My Life de todos os clipes com a mesma idéia é a força da performance da banda no palco, belos truques de câmera e o fato de que ela está sendo apresentada pra… ninguém.

Low
Diretor:
Jesse Peretz

Mais uma transição literal da letra para o clipe, “low as you go” é o que você pode esperar de Dave Grohl e Jack Black como dois caminhoneiros que encostam num motelzinho de beira de estrada e começam a brincar com uma câmera, depois com umas cachacinhas, e já que estão de bobeira mesmo, porque não perucas e lingeries? Duas perguntas ficam no ar: alguém mais ficou com medo do Jack Black de saiote e com a pança de fora, e porque Taylor Hawkins não apareceu vestido de mulher neste clipe também?

Times Like These
Diretor:
Liam Lynch

Ainda bem que o clipe foi gravado antes dessa moda de conscientização contra o aquecimento global ou coisa que o valha, afinal atirar toda a sorte de objetos ás margens de um rio não é o que podemos chamar de ecologicamente responsável. Aliás, muito me admira que entre os diversos objetos arremessados eles não tenham acertado nenhum na cabeça de algum integrante da banda.

PS: Segundo nossa equipe de análise, foram arremessados: um game boy, 2 TVs, 1 amplificador, 1 violão, 1 calota, 1 skate, 1 caixa de som, 1 maleta, diversas folhas de papel, 1 busto, 1 projeto de ciências, 1 sofá, 1 urso de pelúcia, 1 teclado, 1 jacuzzi, 1 porta retrato, 2 carros e 1 casa.

IN YOUR HONOR

DOA
Diretor:
Mike Palmieri

Lembra quando sua mãe te falava pra você não ficar de cabeça pra baixo senão o sangue ia todo pro cérebro e ia acontecer alguma coisa que você não lembra porque você não ouviu sua mãe e seu sangue foi pro cérebro? Os Foo Fighters também não ouviram suas respectivas progenitoras e fizeram um clipe amarrados num quarto que vai girando 360 graus até que você fique zonzo e desista de entender o conceito. Assista ao clipe e saiba por que Dave apelidou o quarto de Barf Ball (Bola de vômito).

Resolve
Diretor:
Mike Palmieiri

Apesar de ser uma música meio quadradona, é a retomada do videoclipe engraçadinho. Dave exagera na comida japonesa e mergulha (rá, como eu sou engraçado) num mundo de sereias, lulas, enguias, comidas cruas e sobra tempo até pra achar um clone japinha. Repare na referência ao clipe de DOA com a imagem da TV de cabeça para baixo, dê risada do Dave desdenhando do próprio refrão e quebre a taça de cristal da sua mãe tentando equilibrar uma colher e um garfo em cima de um palito de dente.

No Way Back
Diretor:
Nick Wickham

Típico clipe “fala rapeize, esse sou eu e meus brothers na Estrada: nate, taylor, chris e eu causando na estrada, mó legal, só de brinks”. Perfeitamente descartável, se utiliza de um expediente muito comum quando alguém decide que precisam de mais uma música de trabalho, mas ninguém está com paciência de produzir um vídeo novo.

Best of You
Diretor:
Mark Pellington

Por mim, se o clipe de Best of You fosse uma tela preta somente com a música rolando de fundo ou então apenas com os quatro sentados olhando pra cara do espectador sem fazer nada já seria genial. Porque essa música consegue ser tão contundente e empolgante que na verdade ela não necessitaria de outros elementos pra melhorar. No entanto, o diretor Mark Pellington capta a essência da música e com uma câmera nervosa e com cortes rápidos complementa a porrada na orelha gerada por Dave e Cia.

ECHOES, SILENCE, PATIENCE & GRACE

The Pretender

É interessante notar que mesmo quando faz um vídeo minimalista, os caras ainda assim fazem um trabalho muito bem feito. Você começa a assistir The Pretender achando que é um remake pelado de All My Life: os caras pegando os instrumentos, deixando o cabelo cair na cara, pulando, moendo a batera e tal, de repente você vê um cara da tropa de choque do outro lado e pensa “isso vai dar merda” e o clipe não tem muita alteração até que aparece o resto do batalhão comandado pelo Tenente Coronel Praxedes, que recebeu ordem de “fazer esses cabeludos pararem com a arruaça”. Como diria o Fernando Vanucci: simplezinho, mas bonitinho.

***

Se você viu todos esses clipes e ainda não saciou sua sede de Foo Fighters veja ainda o trabalho de um desocupado que tentou achar sentido numa versão de DOA tocada ao contrário ou assista a versão de See You que um cabra magrelo que não tinha mais o que fazer gravou no banheiro de casa.

Review – There Is Nothing Left to Lose (Foo Fighters)

Música quinta-feira, 20 de setembro de 2007 – 0 comentários

Os caras do Foo Fighters estavam (e estão) muito, mas MUITO longe de parar. Com a formação definida, There Is Nothing Left to Lose é o terceiro álbum da banda.

Stacked Actors abre o álbum da melhor maneira possível: Som putamente EMPOLGANTE. Lembra do som que te chama pra porrada? Esqueça de todos, esse esclarece tudo que eu disse até então. Você pode perder a vida antes que a faixa acabe, o que seria uma pena, afinal, você perderia outra sonzeira: Breakout. O som está na trilha sonora do filme Eu, eu Mesmo e Irene, uma comédia sensacional com o Jim Carrey. Se você sobreviveu com o primeiro som, vai ficar rouco com esse. Sem dúvidas, essas duas faixas são as melhores do álbum.

Learn To Fly é uma das músicas mais chatas do Foo Fighters, e uma das mais conhecidas também. E não sou só eu quem não gosta dessa música, o próprio Dave Grohl não gosta dela. Então, quem sou eu pra dizer o contrário? Mesmo assim, me empolgo com ela, é incrível. Gimme Stitches é um dos sons mais divertidos do álbum, que segue uma linha diferente do álbum anterior da banda. Ou seja: eles definiram o estilo, e agora já estão começando a inovar. Isso é legal, mas só quando a banda continua a mesma – o que acontece com o Foo Fighters, uma das pouquíssimas bandas que seguem o mesmo estilo desde o começo. É foda ver uma banda do mainstream assim.

Generator é uma baladinha bacana, assim como a maioria das baladas da banda. Enfim, a maioria das músicas da banda são baladinhas, mas quem liga ou se lembra disso quando Dave Grohl é o “frontman” da banda? Não dá pra levar o cara a sério. Aurora, outra baladinha, dessa vez mais melosa. O ritmo do álbum começa a cair nessa parte, eles deixaram toda a empolgação pro começo. Mas nem por isso o álbum ficou uma merda, só ficou mais calmo. E outra, você ficou rouco na segunda música, devia agradecer. Aí vem Live-In Skin pra dar uma animadinha, mas não vá se empolgando. Ou não vá se empolgando muito. Enfim, é o tipo de música “padrão” da banda. Ou seja, é BOA. Então tá, pode se empolgar.

Next Year, pra mim, é uma das melhores baladinhas da banda, pelo menos musicalmente falando. Eu sempre gosto da interação do baixo com a bateria, e esse som segue esse estilo, o que quebra toda a monotonia que uma baladinha causa. Headwires já é mais calma, com um refrão mais empolgante. O gozado é que, antes de começar a resenhar os álbuns, eu considerava este o álbum mais chato da banda. Em termos, ele se torna chato pela sequência de baladinhas, mas agora eu estou tendo uma visão diferente dele.

Ain’t It The Life, sinceramente, é uma música deveras chatinha e até um pouco repetitiva, o que prova que nem Dave Grohl é perfeito. M.I.A, então, fecha o álbum, deixando mais uma vez aquele gostinho de “quero mais”, por mais idiota que isso pareça. É aquela coisa, eu não sou muito fã de baladinhas, e provavelmente quem não gosta vai achar o álbum chato. Porém, como fã de Foo Fighters, eu gostei do álbum. Orra, me empolgo até com a música que eu considero a mais chata.

There Is Nothing Left to Lose – Foo Fighters
1. Stacked Actors
2. Breakout
3. Learn To Fly
4. Gimme Stitches
5. Generator
6. Aurora
7. Live-In Skin
8. Next Year
9. Headwires
10. Ain’t It The Life
11. M.I.A

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