V de Vingança, dirigido pelos irmãos Matr… Wachowski, tinha sido agendado pra sair em 5 de novembro de 2005, mas só foi lançado em 2006, matando boa parte da enorme publicidade que girava em volta da comemoração dos 400 anos da Conspiração da Pólvora.
A HQ de Alan Moore teve sua adaptação para o cinema feita em 2006, com várias modificações feitas, segundo os produtores do filme, para adaptar a história a um momento político mais atual. Boa parte da anarquia da obra de Moore foi amenizada ou retirada, assim como as referências ás drogas. O filme também é bem mais parcial que a HQ, dando a V a aparência de herói mais do que de terrorista, e transformando o Adam Susan perturbado, solitário e humano dos quadrinhos em Adam Sutler (talvez pra soar parecido com Adolf Hitler, sei lá), o vilão óbvio, sendo um ditador claramente desalmado e inumano.
O filme se passa em um futuro caótico: em 2038, a Inglaterra é governada pelo partido da Nórdica Chama, que controla o estado através do fascismo e da repressão. Ao contrário da HQ, aqui o Destino (supercomputador que funciona quase como o centro de todas as funções do partido – e que dá um toque de 1984 á obra) inexiste, amenizando um pouco a tensão existente na história, na minha opinião, além de deixar pontas soltas: não se explica como V tem acesso a tanta informação ou como ele controla algumas das transmissões durante o filme.
Evey aqui também tem um papel muito diferente da jovem insegura dos quadrinhos. Enquanto a de lá é uma moça desesperada e sem muita visão de futuro, a das telonas, interpretada por Natalie Portman, é uma jovem bem mais independente: enquanto a das HQs tenta entrar pra prostituição por falta de dinheiro, a Evey vista no filme tem um bom emprego na British Television Network, e chega inclusive a ajudar o terrorista a fugir do prédio quando ele precisa.
Creio que V de Vingança teria sido melhor adaptado como um filme de investigação policial. Algo como um Seven com uma ênfase maior na visão do maníaco. O V romantizado do filme é muito menos psicótico, terrível e genial do que o terrorista dos quadrinhos. A HQ passa a impressão de um criminoso extremamente calculista e te faz pensar na possibilidade de não haver coincidência alguma no desenrolar da trama. A cena dos dominós lá faz muito mais sentido do que no filme, colocando na cabeça do leitor a possibilidade de que cada encontro, cada diálogo e cada perturbação dos personagens – até mesmo o encontro com Evey – pode ter sido minuciosamente calculado pelo homem da máscara sorridente. Já o filme, que dá bem mais ênfase ás cenas de luta do que á mente criminosa brilhante de nosso Vilão, transformou o sujeito numa espécie Robin Hood. Um personagem anestesiado, frango, bundão e não tão atento aos detalhes, se comparado com o original.
Não se engane, no entanto. V de Vingança é, apesar de tudo, um bom filme, mas deve ser visto como algo completamente separado da HQ. Se for pra ver só como adaptação, a coisa infelizmente não deu tão certo assim.
V de Vingança
V for Vendetta (132 minutos – Drama/Sci-Fi/Thriller) Lançamento: 2006 Direção: James McTeigue Roteiro: Alan Moore e David Lloyd (HQ), Irmãos Wachowski Elenco: Natalie Portman, Hugo Weaving, Stephen Rea, Stephen Fry, John Hurt
O que esperar de um filme cujo diretor é o mesmo de Blade? Mais uma adaptação fadada ao fracasso? Sim! Mas comentemos isso no decorrer da resenha.
Tudo acontece no final do século XIX: A rainha Vitória nomeia uma legião de grandes nomes da época para combater um gênio do crime que deseja conquistar o planeta (nem vi clichê, né?). Allan Quatermain (Sean Connery), Mina Harker (Peta Wilson), Dorian Gray (Stuart Townsend) e o Dr. Jekyll (Jason Flemyng) estão no time, A Liga Extraordinária.
Que Sean Connery chuta bundas é fato. Que ele devia chutar a bunda desse diretor, também é fato.
A Liga Extraordinária como filme de aventura, descompromissado, é bem legal, tirando os gráficos medonhos de algumas cenas. Repare na destruição da cidade, por exemplo. Só faltou o Homem-Aranha do PS1 pular entre os prédios, aquilo foi MUITO feio. GAH!
A cara de segundas intenções é notável.
Agora, como filme de heróis, levando em consideração o fato de que eu não li a HQ, o longa é mais uma adaptação fraca. Furos no roteiro são clássicos com o diretor Stephen Norrington. Fato é que o filme é clichê DEMAIS, até mesmo pra uma adaptação de uma HQ. Dizem que a culpa é de Sean Connery, que praticamente dominou o filme e quase chutou mesmo a bunda de Norrington, tudo indica que os caras saíram no tapa, até. Mas, só usando como exemplo: mesmo como grande ator, Connery não tinha um personagem que seria o líder da equipe. Se essa treta rolou mesmo, eu diria que o orgulho de Connery o levou a fazer um papel que não era dele.
O vilão nem se comenta, até o Keanu Reeves é mais expressivo que o cara. Cenas forçadas também não faltam – não mentirosas, seria babaquice da minha parte ressaltar isso -, é incrível como encontram a pior desculpa para resolver algum problema.
O que salva mesmo o filme, então, é a aventura em si. Mas só quando você ignora o roteiro, a direção e um Connery perdido. Ou um crítico chato PRA CARÍI!
Puta foto feia E desfocada.
A Liga Extraordinária
The League of Extraordinary Gentlemen (110 minutos – Aventura) Lançamento: EUA, 2003 Direção: Stephen Norrington Roteiro: James Robinson, baseado em graphic novel de Alan Moore e Terry O’Neill Elenco: Sean Connery, Stuart Townsend, Peta Wilson, Shane West, Tony Curran, Jason Flemyng, Tom Goodman-Hill, Robert Goodman, Richard Roxburgh, Max Ryan, Naseeruddin Shah
Eu achei bem legal, cenas bastante oldschool e alguns toques animados… interessantes. Era o que faltava pra gente saber se o filme ia ou não seguir a linha de Sin City. Meio-a-meio, eu diria.
Bom, o filme só estréia por aqui no dia 16 de janeiro. Lá nos EUA estréia no natal deste ano.
Este texto faz parte de uma lista que, definitivamente, não é um top 10. Veja o índice aqui.
Pôster bacana, né? Não se engane. Pra começar, O Sacrifício recebeu CINCO indicações ao Framboesa de Ouro: Pior Filme, Pior Ator (Nicolas Cage), Pior Dupla (Nicolas Cage e seu casaco de urso), Pior Roteiro e Pior Remake ou Imitação Barata.
Eu não levo o Oscar e muito menos o Framboesa de Ouro a sério, mas este filme é incrivelmente muito ruim. Ele é um remake do filme O Homem de Palha, de 1973, não sei se é tão ruim quanto – não vi o filme original e nem pretendo.
Enfim, eu sou um grande fã de Nicolas Cage, um motivo a mais para vocês acreditarem em mim. Sabe um filme MUITO chato, sem nada de interessante do início ao fim, sem nenhuma frase ou fato marcante ou pelo menos memorável? Fichinha. Tudo neste filme é MUITO marcante, você chega ao ponto de bater a cabeça contra a parede para poder esquecer de tudo que você viu.
Pois é, Escola de Rock terá mesmo uma continuação. E pelo que tudo indica, trará praticamente a mesma equipe: Jack Black está confirmado, e o roteiro Mike White foi aprovado. Scott Rudin produzirá o filme, e o diretor Richard Linklater provavelmente voltará ao time também.
Em School of Rock 2: America Rocks, durante o verão, Dewey Finn (Jack Black) viaja com um grupo de alunos que ficou de recuperação para conhecer a história do rock e explorar suas raízes.
Sinopse meio NHÉ, eu esperava pela banda gravando seu CD de estréia. Bom, esperemos por mais detalhes, quem sabe não mudam de idéia.
A sinopse de Outlander é essa: Durante a era dos Vikings, Kainan, um homem de um mundo distânte, cai na Terra, junto com um alien comedor de gente conhecido como Moorwen. Kainan então lidera a aliança para matar Moorwen fundindo sua tecnologia avançada com as armas da Era do Ferro dos Vikings.
Eu, como admirador de um bom filme de vampiros, diria que Entrevista com o Vampiro é o pior, o PIOR filme do gênero.
Tudo começa com a aparência dos vampiros. Eu SEMPRE tenho que repetir: Vampiros são seres MORTOS que se alimentam com sangue, dormem durante o dia e têm a aparência feia. Aqui você se depara com TOM CRUISE, BRAD PITT e ANTONIO BANDERAS, totalmente MAQUIADOS e vestidos de uma forma ELEGANTE. De QUEM foi a idéia GENIAL de chamar GALÃS para serem VAMPIROS?
Além de tudo isso, temos um vampiro que não quer se alimentar de sangue humano. COMO ASSIM?
Mesmo sendo um filme tão ruim, há algo que se salva no filme: Eles deram um bom valor á imortalidade de um vampiro. Mas de uma forma tão cansativa que isso acaba passando batido. Cansativa E repetitiva, aliás, afinal, o filme parece ter umas 3 horas tendo em vista o tédio mortal.
Tirando esta parte, é claro.
A história também é uma porcaria, típico vampiro que não tinha conteúdo nenhum para ser entrevistado. Até eu renderia uma entrevista melhor, mesmo não sendo um vampiro. Mas o erro já começa aí: Vampiros NÃO DÃO entrevistas, véi. Vampiros chupam sangue. Você consegue imaginar algum dos três acima fazendo isso? Ninguém consegue. Todo mundo imagina os três em algum romance, de preferência um triângulo namoroso entre os três. Em Entrevista com o Vampiro, o romance é só entre Tom Cruise e Brad Pitt, mesmo. Fato que este filme é quase um Brokeback Mountain.
:amd:
Enfim, Entrevista com o Vampiro é uma vergonha pro gênero, sem dúvida alguma. Se você gostou desse filme, é porque você gosta de um drama. Acredite, não é porque você gosta de vampiros. Vergonha, Anne Rice (autora do livro que deu origem ao filme, noob).
Entrevista com o Vampiro
Interview with the Vampire: The Vampire Chronicles (122 minutos – Drama) Lançamento: EUA, 1994 Direção: Neil Jordan Roteiro: Anne Rice, baseado em livro de Anne Rice Elenco: Tom Cruise, Brad Pitt, Antonio Banderas, Stephen Rea, Christian Slater, Virginia McCollam, Kirsten Dunst, Thandie Newton, John McConnell, Mike Seelig, Bellina Logan
Este texto faz parte de uma lista que, definitivamente, não é um top 10. Veja o índice aqui.
Sim, mais um filme sobre vampiros neste nTop! Pra você ver como a coisa anda feia.
Ou sempre foi feia.
Fato que Entrevista com o Vampiro é o pior filme do gênero, de todos os tempos. O pior. Não me canso de reclamar dos vampiros maquiados e bem vestidos, definitivamente. Além disso, o filme é completamente um saco enorme, a definição de tédio e mau gosto.
Este filme é muito, mas MUITO ruim. E ainda assim não está no pódio. Eu diria que está meio pendurado, mas algo pior ainda está por vir.