Filmes bons que passam batidos 14 – Silent Hill

Filmes bons que passam batidos quinta-feira, 17 de janeiro de 2008 – 12 comentários

Já havia resenhado o filme em meu antigo blog, o agorafobia, e a resenha tá aqui. Agora é hora de dar uma renovada de leve pra série mais sensacional do AOE.

Radha Mitchell (Em Busca da Terra do Nunca), Sean Bean (A Lenda do Tesouro Perdido) e Laurie Holden (Quarteto Fantástico) fazem parte do elenco, desconhecido. Quase lei de filmes bons que passam batidos, falaí. Enfim, eu era um puta fã do primeiro jogo da série Silent Hill, do PS1, mas nada xiita – só me concentrava no jogo e em notícias pra saber se saía possíveis continuações. Que saíram, mas pra PS2, então eu fui deixado pra trás. O jogo era incrivelmente sensacional e assustador, deixava Resident Evil no chinelo, completamente. Quando fiquei sabendo que ia sair um filme baseado no jogo, pirei.

E eu pensava que isso era neblina.

O filme já tem um começo bizarro. Você fica boa parte se perguntando se perdeu algo, mas não, tudo vai se esclarecendo aos poucos, com um ótimo suspense. Rose da Silva (Radha Mitchell) já não aguenta mais os problemas de sua filha Sharon (Jodelle Fernand), que é sonâmbula e gritava como louca algo como “ALL YOUR BASE ARE BELONG TO US”. Tá, mentira, ela gritava “SILENT HILL!” – e é assim que o filme começa. Rose então decidiu despistar o maridão, Christopher da Silva (Sean Bean), e levar a menina para a cidade de Silent Hill após fazer umas pesquisas no Google. No meio do caminho, ela encontra uma policial que não vai com a cara dela e a pára no meio da rodovia e, após avistar umas placas indicando o caminho de Silent Hill, Rose pisa no acelerador, derruba o portão que bloqueava a cidade (Sim, um PORTÃO, Silent Hill se trata de uma cidade abandonada e fechada pelas autoridades por causa de seus freqüentes incêndios subterrâneos.) e sofre um acidente após tentar desviar de uma garota que se encontrava no meio da pista. Ela desmaia.

Após acordar do acidente, Rose percebe que sua filha não estava mais no carro,e é aí que ela começa a rodar a cidade inteira atrás dela, enfrentando umas anomalias demoníacas em meio a uma “neblina de fumaça” e “neve de cinzas”, tudo isso por causa dos incêndios subterrâneos. Até mesmo a policial Cybil Bennett (Laurie Holden), que curiosamente também sofreu um acidente com sua moto, foi parar naquele cinzeiro também. No decorrer do filme ela percebe que não há muito o que fazer, então acaba ajudando Rose. Como se não bastasse todos os problemas, um bando de mulheres começam a perseguir as duas.

E vocês se cagando de medo por causa da Samara.

A história é relativamente diferente da do jogo, até porque foram usadas referências do segundo jogo também, além de usarem uma mulher. Porém, ainda consegue ser fiel ao jogo, MUITO fiel. A única bizarrice que eu achei que deixaram na mão foi no início, quando ela se depara com umas criaturas demoníacas que… não vou falar o que acontece. Pra você que jogou o jogo, dou uma dica: Não acontece como um sonho, mas não se empolgue. As cenas com o alarme da igreja avisando que o “clima” vai mudar, e muda, são as melhores. Eu quase pausei o filme pra procurar o jogo. Muita gente ficou insatisfeita, mas eu sou muito fresco com filmes de horror – Silent Hill, definitivamente, deixa o MELHOR pro final. As enfermeiras e a carnificina que eu achei que nunca mais veria em filmes de horror criados hoje em dia. Eles mostram TUDO, sem frescura alguma. Destaque pro Pyramid Head, que é do segundo jogo. [SPOILER] Ele simplesmente arrancou a pele de uma das mulheres, como se estivesse abrindo o pacote de uma bala. Dá uma olhada em um trecho do filme:

[/SPOILER]

Não gosto de filmes de suspense e acho os atuais filmes de horror incrivelmente broxantes. Silent Hill é a prova de que há suspense FODA, assim como filmes de terror SUPERIORES. Definitivamente, Silent Hill é supreendente. E passou batido. E vai ganhar continuação. E vai ser foda.

Filmes bons que passam batidos 13 – El Laberinto del Fauno.

Filmes bons que passam batidos sexta-feira, 11 de janeiro de 2008 – 20 comentários

Vocês gostam de contos de fadas? Aposto que sim, porque vocês são tudo umas bichas-loucas. Louquíssimas, aliás. Aposto que vocês também gostam de musicais. E de fazer as sobrancelhas. E de tomar Fanta Uva. E de catar conchinhas.

Mas essa introdução é só pra dizer que vou indicar pra vocês hoje um conto de fadas que não é boiola. Aliás, nem é um conto de fadas. Se você achava que “Shrek” era espetacular por subverter o gênero “historinhas pra criança”, então prepare-se para ver algo muito, mas muito melhor do que a animação com o ogro verde que ficava melhor dublado pelo Bussunda do que a voz original.

El Laberinto del Fauno (2006)

Eu acho que esse filme passou batido, porque eu quis assistir no cinema e ele ficou um tempo ridículo em cartaz. É um absurdo como as salas dos multiplex privilegiam filmes de merda e deixam de lado essas boas produções. “Laberinto” é um filme do caralho feito por um diretor que já tinha feito outro filme do caralho antes: “El Espinazo del Diablo”. E nem estou falando de filmes cult ou obscuros; são produções grandes, feitas por um cara (Guillermo del Toro) que já dirigiu blockbusters como Hellboy e Blade II, porra. Tomem tenência e coloquem filmes bons pra rodar nessas salas com som surround, seus putos.

Ok. Tirando a raiva contra o sistema, que outro motivo você teria para assistir “Laberinto”? Muitos. Pra começar o filme é muito bonito e produzido com extremo cuidado visual. Todos os detalhes são pensados pra construir uma experiência única e encher os olhos do espectador. Os designs de portas, móveis, monstrinhos e monstrões é extremamente original e me lembra alguns livros de RPG. Espetacular.

Grilo Falante dando um toque pra heroína do filme

A parte visual é complementada pela história de uma menina que, no meio da guerra civil espanhola, encontra um fauno bico-doce que conta um caô e leva a criança a correr atrás de uns bagulhos pra se tornar a rainha da cocada preta. Não sou o Théo, portanto não vou ficar contando a história pra estragar tudo. E nem fazer como os trailers motherfuckers desse tipo de filme, que já mostram as melhores cenas ANTES de você assistir a porra do filme. O que interessa é que cada momento do filme recria de forma genial alguns clichês dos contos de fadas, principalmente de Alice no País das Maravilhas, ao mesmo tempo em que cria novos rumos para uma história infantil.

Fada Sininho

Nem sei por que ainda estou falando em infantil aqui. Isso não é um filme pra crianças. Acho que esse é outro motivo que faz com que esse tipo de filme passe batido. Criança pega essa parada e não vai entender nada, ao mesmo tempo em que vai se assustar mais com “Laberinto” do que com filme do Jason. E os adultos deixam de assistir por achar que é um filme pra criança. Mas não se engane, esse filme é um dos melhores exemplo de como contar uma história extremamente sedutora, que te gruda na cadeira até o fim. A qualidade da narrativa e a mistura entre mundo real e mundo fantástico é tão bem feita que a única coisa que eu posso dizer é “por que caralhos não fazem mais filmes desse tipo”?

Na boa, esse deve ter sido o melhor filme que recomendei até agora. Se você não teve vontade de assistir nenhum dos outros que já indiquei, dê uma chance com esse aqui. Quem sabe você começa a acreditar em mim.

Recomendação final: Película espanhola da melhor qualidade. Assista sozinho e depois reveja com seus irmãos e priminhos menores pra fazer eles se borrarem nas calças. Talvez até VOCÊ se borre nas calças, falando nisso.

Filmes bons que passam batidos 12 – Escola de Idiotas

Filmes bons que passam batidos segunda-feira, 07 de janeiro de 2008 – 3 comentários

Sabe qual é o problema do filme? O nome. Creio que esse é o maior culpado por o filme ter passado batido, porém, não penso em nenhum melhor pra ele. E você, o que pensa ao ler “Escola de Idiotas”? Ah, mais uma comédia pastelão! / Que bela merda, e nem tem o Adam Sandler! / Disney? e por aí vai, acredito. Mas agora eu vou quebrar isso.

Elenco? Billy Bob Thornton (Armageddon), Jon Heder (Escorregando Para a Glória), Jacinda Barrett (Poseidon), Michael Clarke Duncan (Sin City), Sarah Silverman (Escola de Rock) e Ben Stiller (Uma Noite no Museu). Relativamente desconhecido, eu diria. E isso é bom.

Olhando o nome do filme, nem preciso falar que ele é um aluno.

Roger (Jon Heder) está com uma puta baixa estima, além de sofrer ataques de ansiedade e ser… um guarda de trânsito. Após ver sua vida piorando cada vez mais e se tornando impossível de piorar ainda mais, fica sabendo através de um “amigo” que há uma ajuda. Um curso. Para… idiotas. Após gastar 5 mil pilas na matrícula e entregar a grana em um envelope cor de creme e não marrom, como solicitado, Roger levou uma bronca de Lesher (Michael Clarke Duncan), assistente do Dr P. (Billy Bob Thornton), o professor. A primeira aula dura um pouco mais que 5 minutos, se eu não me engano, se resumindo a insultos.

Uma das aulas futuras, uma das melhores.

É claro que há uma garota na vida de Roger, e ela é Amanda (Jacinda Barrett), e os dois moram no mesmo prédio. Roger é tímido e extremamente… idiota, mal consegue ter uma conversa decente com Amanda. Digo, nunca consegue. Com o andamento do curso, o cara começa a melhorar e até a convida para jantar, não hesitando em beijá-la na melhor oportunidade.

No curso, Roger é o melhor da sala e, ao comentar isso com seu “amigo”, o mesmo que o indicou o curso, o tal “amigo” o diz que, quando ele havia feito o curso, um cara também se dava bem com a bagaça, um tal de Lonnie (Ben Stiller). Dr P. acabou com a vida do puto. Poderia acontecer o mesmo com Roger.

Paintball, outra aula. Eu diria que o filme é uma mistura de Tropa de Elite com Escola de Rock.

Não dá outra: Dr P. começa a ferrar bonito com Roger, que fica sem saber o que fazer, mas não se esquece das aulas. Então, o cara também parte pro ataque.

O que eu achei foda nesse filme foi a linguagem. Sei lá, me identifiquei, acho que a idéia desse curso sairia de uma hora pra outra de uma conversa entre eu e o Atillah e pularia pra um Conta-Gotas por aqui, fácil (é claro que isso já tá anotado), mesmo sem termos visto o filme. Reparem nos tópicos da segunda imagem, falando sobre um encontro. Puro machismo com o melhor toque sarcástico possível. Mesmo sendo uma comédia romântica, o filme foge do estilo American Pie Way of Life e do estilo Letra e Música Way of Life. Ou seja: Nada muito banal, nada muito meloso. Simplesmente sensacional. ótimo filme pra TER na sua coleção, acredite. Quando o filme vai chegando ao fim ele vai ficando cada vez mais impressionante, tendo um fim inesperado que não deixa nada na mão. Agora, pare de ler isso e corra atrás do filme. Mas continue desconfiando dos nomes que você lê por aí.

Pra você que viu a desgraça do filme, reflita: Qual seria o nome IDEAL para ele?

Filmes bons que passam batidos 11 – Os Vigaristas

Filmes bons que passam batidos terça-feira, 11 de dezembro de 2007 – 2 comentários

Nada menos que Nicolas Cage (O Vidente), Sam Rockwell (O Guia do Mochileiro das Galáxias) e Alison Lohman (Beowulf) no elenco. Comédia com uma pitada de drama. Sensacional, e passou batido.

Mania de limpeza. O cara é tão problemático que eu vejo meu FUTURO ali.

Roy Waller (Nicolas Cage) e Frank Mercer (Sam Rockwell) formam uma dupla de vigaristas que planejam golpes até clichês, mas que sempre dão certo. Sabe o truque de ligar pra um puto e informar que ele ganhou um prêmio, e que só precisa pagar uma taxa para recebê-lo? Por aí. Inclusive, os caras são tão profissionais que vão até a casa dos “felizardos” vestidos de policiais antes que eles acionem a polícia.

Entre um golpe e outro, Roy Waller está sempre obsessivo com as suas fobias: Mania de limpeza, mal estar fora de casa, tiques, e por aí vai. É claro, ele se medica, e o remédio acaba. Precisando de uma nova receita, corre atrás de seu psiquiatra, que… está de férias. Então, o jeito é procurar por outro, que não demora muito pra aliviar o cara com mais remédios. Tenho certeza de que eu terei um déjá vu disso em meados dos 20 anos.

Inclusive, os pontos fortes do filme são os TOC’s (Transtornos Obssessivos Compulsivos) do cara. Lembra um pouco o filme Melhor é Impossível, com o Jack Nicholson. O cara simplesmente endoidece, começa a limpar a casa e ignora tudo ao seu redor até estar tudo limpo. Nem pense em abrir uma janela perto do cara, inclusive. Há uma piscina em sua casa, creio que ela só existe pro cara limpar ela, já que ele detesta lugares abertos. Ironias á parte, o cara é fumante. Como alguém com mania de limpeza pode ser fumante?

Então, os caras planejam um novo golpe. Grana pra cacete. Do nada, uma surpresa: A filha desconhecida de Roy Waller, fruto de seu casamento mal-sucedido, aparece. Roy então começa a se aproximar dela, adolescente no mínimo descolada que faz coisas que só o NM faria com seu coelho de estimação. É claro, o cara não muda seu estilo de vida; continua paranóico e planejando o golpe. E acaba ensinando sua filha, que acaba participando do golpe tão planejado.

O cabelo de Nicolas Cage poderia servir como modelo para um elmo de uma nova armadura dos Cavaleiros do Zodíaco.

É agora que eu paro de contar o que acontece, afinal, é daqui pra frente que o filme começa a PIRAR e VOCÊ vai acabar paranóico. Uma reviravolta totalmente inesperada, eu DEMOREI pra entender o que realmente aconteceu. Sou fã do Nicolas Cage, mas não me acho suspeito ao falar sobre os filmes do cara. Os Vigaristas é, sem dúvidas, o meu filme favorito com o cara, recomendo com todas as forças. Não deixe este filme passar batido na sua lista de fim de semana, ok?

Filmes bons que passam batidos 10 – Reine Sobre Mim

Filmes bons que passam batidos terça-feira, 20 de novembro de 2007 – 5 comentários

Você tem DOIS motivos pra me SOCAR agora: É um DRAMA, e é com o ADAM SANDLER (Eu os Declaro Marido e… Larry!), a combinação MENOS provável de entrar pra lista dos elogiados pelo chatão aqui. Em compensação, Don Cheadle (Crash – No Limite), Jada Pinkett Smith (Matrix Reloaded & Revolutions [faça o sinal da cruz AGORA!]) e Liv Tyler (The Wonders – O sonho não acabou) também fazem parte do elenco. E é sério, Drama e Adam Sandler não são a minha praia, muito menos os dois juntos.

Deram uma boa estragada na cara do puto, ainda bem.

Alan Johnson (Don Cheadle) é um dentista bem-sucedido, até aí nada demais. O fato é que o cara re-encontra seu velho colega de quarto dos tempos da faculdade, Charlie Fineman (Adam Sandler), que está EXTREMAMENTE ESQUISITO, tanto que o cara nem se lembra dele. Então os caras começam a nostalgia… ou melhor, Alan começa a nostalgia e Charlie “finge” se lembrar. Depois de várias tentativas falhas, Alan é convidado pra ir até a casa de Charlie, com um PATINETE MOTORIZADO. Chegando lá, a surpresa: O cara tem um PUTA casarão, mora sozinho e joga videogame o dia inteiro, além de reformar a cozinha todos os meses. Tirando a casa e o videogame, até me identifiquei. O cara é pirado.

PATINETE MOTORIZADO! Ou outra coisa, sei lá.

No decorrer do filme, a revelação: Charlie perdeu sua família no acidente de 11 de Setembro, e desde então vive uma vida depressiva e cheia de manias. Por Alan não saber de nada, Charlie percebe que ele pode ser um amigo daqueles que não vão perguntar nada sobre a sua família. Mas quando o cara descobre, a coisa começa a ficar feia. Alan se vê obrigado a ajudar Charlie, falhando miseravelmente e abalando sua relação com a sua esposa, mas sem desistir. O jeito é pedir ajuda pra sua amiga Angela Oakhurst (Liv Tyler), psiquiatra, mas Charlie não ajuda. E não quer ser ajudado.

– Já terminamos?

Se você gosta de dramas, certeza que vai curtir o filme. Ele dá a impressão de ter pelo menos CINCO HORAS, mas acho que todo drama dá essa impressão. O final não é tão brilhante assim, mas a trilha sonora é putamente marcante, e olha que o último som é do PEARL JAM. Conseguiram juntar tudo que eu não gosto, e eu… gostei.

Minha namorada definiu o filme como “bonitinho”, e eu levei três semanas pra sair da definição “filme depressivo” pra entrar na “filme depressivo e marcante”. Ou cada um define um drama de uma forma diferente ou eu vou precisar da ajuda da Liv Tyler.

Filmes bons que passam batidos 09 – Atirador

Filmes bons que passam batidos terça-feira, 06 de novembro de 2007 – 7 comentários

Mark Wahlberg (Uma Saída de Mestre) e Michael Penãoa (Crash – No limite), a primeira prova de que o filme vale a pena. Sem grandes estrelas, Atirador foi um dos MELHORES filmes de 2007, na minha ignorada opinião. Se você gosta de ação, cola aí, cê vai curtir o filme.

– CARÍI!

Bob Lee Swagger (Mark Wahlberg) era um atirador de elite dos Marines até ser apunhalado pelas costas pelos caras, quase sendo morto em uma operação. O cara largou de vez o trampo e foi morar no meio do nada, em umas montanhas, com um… cachorro. O coronel Isaac Johnson (Danny Glover) encontra o cara e pede ajuda: O Presidente dos EUA corre perigo, ele vai ser morto por um atirador de elite a 1,6 km de distância. Isso é possível? óbvio que é, mas Swagger não é fácil, então fez um doce do carái até aceitar ajudar os caras.

Na cena do futuro crime, Swagger examina a área para prever como o atirador de elite vai atacar, quando é surpreendido pela equipe de Johnson e é mais uma vez traído: Agora o suspeito da tentativa de assassinar o Presidente dos EUA é ele. Em uma fuga SENSACIONAL, o cara dribla todo mundo mesmo após ter levado dois tiros e ainda rende um policial bobão do FBI. É aqui que Jason Bourne fica no chinelo.

Sempre há uma gordinha como última escolha.

Falando em Jason Bourne, o chato é ver muitos filmes desse gênero extremamente parecidos. Tá, não é uma comparação totalmente correta, mas você VAI comparar um filme com o outro. Mas como eu já disse, Jason Bourne agora é FICHINHA, esquece. Sim, eu curto pra cacete os filmes do Bourne, não reclama.

Sarah Fenn (Kate Mara) é a ex-namorada de seu parceiro de equipe morto na primeira traição, e também é a única pessoa no mundo inteiro que poderia levar o papo do cara a sério agora. Além de salvar a vida do cara, a mina ainda o ajuda e acaba sendo sequestrada futuramente, o que seria bem óbvio, convenhamos. O agente bobão do FBI, Nick Memphis (Michael Penãoa), está cada vez mais com o pé na rua após cometer tal falha, então decide dar o melhor de si pra saber qual é a de Swagger, e é quando os dois se cruzam e acabam trabalhando lado a lado. O filme começa a ficar EXTREMAMENTE empolgante; explosões, tiro pra todo lado e ação, definitivamente, não faltam.

Tente ADIVINHAR porque o Senador e o Coronel estão com essas caras de bunda.

Não há muito o que falar sobre um filme tão foda, até porque eu poderia estragar a melhor parte. Sério, tira a bunda daí e corre atrás do filme, você vai querer comprar uma Remington e vai passar a tarde matando seus vizinhos da laje da sua casa. O Aurélio devia atualizar a palavra “Empolgante” para “Atirador”. E o filme merece continuações.

Filmes bons que passam batidos 08 – Adrenalina

Filmes bons que passam batidos quinta-feira, 18 de outubro de 2007 – 6 comentários

Tái um filme que consegue ser melhor do que você espera. Chev Chelios, interpretado por Jason Statham, é um assassino profissional. Até aí, beleza, se não fosse o porém de ele começar o filme já no chão. Depois de se levantar, ele vai até sua TV, onde tem um dvd, que ao colocar no aparelho, aparece ele mesmo, e um cara injetando algo no pescoço dele. Depois de descarregar toda sua raiva em uma tv de plasma, ele sai de casa, até seu carro, decidido a se vingar. O que injetaram nele? um composto sintético chinês, que faz com que o coração dele vá diminuindo o ritmo aos poucos, até que pare totalmente. isso deveria matar ele em algumas horas, mas só deveria. Aos poucos, Chelios percebe que, quando faz coisas que aumentam sua adrenalina, e que por tabela, aumenta seus batimentos cardíacos, ele consegue sobreviver por mais tempo, o filme começa realmente.

Nesse tempo que ele tem, alguma como umas 6 horas de vida, ele tem muito a fazer. descobrir porque que mataram ele, se vingar, continuar se mexendo, e se despedir de sua garota. É muita coisa a se fazer em tão pouco tempo, mas nada impossível, se você levar em questão algumas coisas que ele faz para se manter vivo.
Em uma das cenas, ele invade um hospital, atrás de Epinefrina, que um doutor amigo dele diz que irá ajudar a aumentar a adrenalina dele. Ao quase ser expulso, um louco lá diz que em spray nasal tem um pouco de Epinefrina, então, ele fica cheirando vários potes durante essas cenas no hospital, que termina com ele levando um puta choque no peito, e roubando uma moto de um policial.
Não sinto pena de contar essa cena pra vocês, pois ela não é uma das melhores. Depois dela, a intensidade do que ele tem que fazer pra ficar vivo aumenta, fazendo com que o filme fique mais rápido, se aproximando muito rápido de seu final, que é completamente surpreendente.
Abaixo, você pode conferir o trailer do filme, que passa um pouco da corrida insana que ele faz durante o filme.

Trailer do filme

Enfim, é um filme que eu recomendo MUITO. principalmente porque ele terá uma continuação, e ela começará do ponto onde o primeiro filme parou, o que é uma coisa estranha, sabendo o que acontece no final. E também, se você não assistir, Chelios irá apontar o dedo para você, e daí, já era.

olha que ele atira mesmo

Filmes bons que passam batidos 07 – Fora de Rumo

Filmes bons que passam batidos quinta-feira, 11 de outubro de 2007 – 10 comentários

Clive Owen (TAAAAANGA! – Filhos da esperança), Jennifer Aniston (Quero ficar com Polly, e do seriado Friends) e Vincent Cassel (Doze Homens e Outro Segredo) no elenco. Suspense. DO CARÍI!

E aí… bóra? (heh)

Você é um publicitário fodão, casado e tem uma filha com diabetes. Bom, não me lembro muito bem, mas acho que era diabetes, mesmo. Enfim, você é Charles Schine (Clive Owen) e, em um certo dia, além de não conseguir comprar a passagem do trem, ainda não leva dinheiro na carteira. Como pagar a multa, então? É só conhecer a executiva Lucinda Harris, (Jennifer Aniston), mas calma, você ainda não conhece ela. E, caia na real, você não é o Clive Owen. Mas é tanga.

Charles está sozinho e não tem uma desculpa melhor, até que uma desconhecida oferece o dinheiro e acaba pagando a multa por ele. Então, o cara vai conhecer a moça, que se apresenta: Lucinda Harris, uma executiva relativamente poderosa. Só faltava ser gordinha, mesmo. Enfim, os dois conversam, mas não muito, um “passeio de trem” não dura o dia inteiro, ambos têm que trabalhar. No serviço, Charles não pára de pensar na garota, até a encontra no site de sua empresa, pega seu telefone e PUCA! Encontro marcado.

E ambos são casados, que beleza.

Dar um pega na Jennifer Aniston é a única coisa boa ao ser um Clive Owen, convenhamos.

É lógico que róla todo aquele clima de enganação antes disso, ambos têm que inventar alguma desculpa pra contar pro maridão e pra patroa. Ambos nunca pularam a cerca antes, estavam sem jeito, mas acabaram indo pra um motel. Que tipo de pessoa entra em um quarto de motel e não tranca a porta? Charles Schine. Quando a coisa esquenta, Philippe LaRoche (Vincent Cassel), um criminoso fodão, entra no quarto e mostra que o Clive Owen apanha bem. Não satisfeito em quebrar o nariz de Charles, LaRoche termina o trabalho que ele nem havia começado: Dar um trato em Lucinda, na CARA dele. Charles, frouxo pra cacete, desmaia e acorda no dia seguinte, com Lucinda com cara de quem foi estuprada.

Foi bom pra você?

A boa é que ambos não podem chamar a polícia, já que eles teriam que contar exatamente o que aconteceu, e isso foderia ambos os casamentos. Charles volta com o nariz quebrado pra casa, deixando sua mulher e filha surpresa com que tipo de reunião de negócios teria sido aquela, enquanto Lucinda, dias depois, avisa que prefere não ver mais o cara, e que está grávida. LaRoche não perde tempo e quer uma grana pesada pra livrar o pescoço dos dois, chantagem extremamente baixa. Então Charles precisa abrir mão das economias que fez pra melhorar o tratamento de sua filha e fica na merda. Vendo seu casamento abalado e sua amante sem um pingo de auto estima, Charles pede a ajuda de um amigo e tenta acabar com LaRoche, que acaba matando seu amigo e tocando mais terror que nunca: o cara tem a moral de entrar na casa de Charles como se fosse um velho amigo do cara e ainda faz amizade com sua mulher e filha. Definitivamente, já era. O inimigo na própria casa, ele quase apanha de novo e não pode falar nada.

E é aí que o filme começa a pegar fogo.

Daqui pra frente você começa a se EMPOLGAR com o que está por vir, uma reviravolta emocionante tá no meio disso. E você não faz IDÉIA do que vai acontecer, e ainda vai queimar a língua por ter chamado o Clive Owen de FROUXO o filme INTEIRO. E quando você pensa que o filme acabou, não acabou, ainda falta a MELHOR parte. Você não deve perder este filme, já devia estar voltando da locadora agora. Definitivamente, Fora de Rumo é um filme imprevisível, marcante e empolgante. Se eu estiver errado, eu quero é que você estupre o Clive Owen.

Eu compraria o DVD. Se você tá interessado: Veja as ofertas do DVD do filme Fora de Rumo!

Filmes bons que passam batidos 06 – Obrigado por fumar

Filmes bons que passam batidos segunda-feira, 01 de outubro de 2007 – 8 comentários

OBRIGADO POR FUMAR foi o filme mais genial de 2005. Com Aaron Eckhart (Sem Reservas), Katie Holmes (Batman Begins), Sam Elliott (Motoqueiro Fantasma), William H Macy (Motoqueiros Selvagens), entre outros, o filme é a prova de que não é necessário um puta elenco pra se fazer um filme bom. Até o Keanu Reeves se sairia bem neste filme.

Quer… fogo? (heh)

Eu odeio cigarros. Sério. Odeio fumantes também, mais ainda. Motivos? Sou alérgico, e acho completamente idiota o ato de fumar. Um vício completamente vazio, que só apodrece a pessoa e a deixa com um fedor horrível. Eu ando com fumantes, há uns cinco no meu curso que fazem questão de acender um atrás do outro no intervalo. Eu tento sobreviver, e até aconsigo, é só procurar a direção certa do vento. Assim, só fica o mal cheiro, mesmo. Você fuma? Que pena, cara. Além de se foder com doenças, EU não gosto de você. E olha que decadência, você devia se matar, e não simplesmente parar de fumar. Eu não sou do tipo que diz “Pare de fumar!”, mas do tipo que diz “Seria hipocrisia falar pra alguém parar de fazer algo que gosta, então manda ver. Mas longe de mim. E, de preferência, comece a fumar mais, você tá bem assim.”

– Fumar causa impotência.
– O RLY?
– Você é broxa?

Nick Naylor (Aaron Eckhart) é um lobista (ou porta-voz) de grandes empresas de tabaco que faz palestras onde tenta informar que fumar não é perigoso, e é do caraleo. Sério, o cara manda tão bem que eu fui capaz de me rebaixar a ponto de ter vontade de dar uma tragada enquanto assistia o filme. Aliás, ironicamente, ninguém sequer acende um cigarro durante o filme inteiro, e foi esse o ponto alto do filme. Se ver pessoas fumando do seu lado já é chato, imagina perder 2 horas da sua vida vendo um FILME com pessoas fumando? Seria deprimente. Enfim, o cara é um gênio e ganha todas, até mesmo quando usam um exemplo vivo (ou semi-vivo) de que o cigarro pode foder com a sua vida. É lógico que uma multidão é revoltada contra o cara, ameaças não faltam. O que o consola são seus dois amigos (foto acima) que trabalham em áreas semelhantes, então se entendem perfeitamente. Tem também seu filho, que o acompanha em uma de suas viagens de negócios – Nick dessa vez está fechando uma parceria com um famoso agente de Hollywood, Jeff Megall (Rob Lowe), pra colocar o cigarro em filmes.

E ainda sobra tempo pra comer a Katie Holmes.

O sucesso do cara é tão grande que, além de ser perseguido pelos vigilantes da saúde e pelo senador Ortolan K. Finistirre (William H. Macy), Nick também é perseguido pela jornalista (Katie Holmes), e você sabe que não devemos confiar em jornalistas. E é aí que a coisa pega fogo e eu paro de falar, afinal, definitivamente não há graça ler uma resenha sobre este filme. Você tá perdendo tempo, poderia estar assistindo-o AGORA. Então corre, véi.

Antes de finalizar, adianto umas coisas: O filme é tão irônico que o cara é salvo por SER um fumante, após ser seqüestrado. Alguns closes são feitos na cara de Nick no decorrer do filme, algo totalmente perturbador, tipo O Silêncio dos Inocentes, com a diferença de que fumantes não dão medo e não comem ninguém. O senador Finistirre é tão oportunista e radical que quer colocar rótulos de veneno nas embalagens de cigarro, mas pra isso vai ter que passar por cima de Nick. A pergunta é: No QUE isso vai dar? Eu respondo com outra pergunta: Você AINDA tá aqui?

Filmes bons que passam batidos 04 – Oldboy.

Filmes bons que passam batidos sexta-feira, 07 de setembro de 2007 – 7 comentários

Quem trouxe esse filme á minha atenção e finalmente me fez assisti-lo foi o Paulo Jr., na sua coluna sobre a diversidade do cinema oriental. Mesmo quem já está acostumado com a estética e cultura “um pouco” diferentes dos asiáticos, sempre fica com o pé atrás ao começar a assistir um desses filmes que não pertencem ao agora conhecido gênero de horror oriental. Mas aqui temos uma grata surpresa.

 

Oldboy (2003)

O roteiro não deve ser detalhado aqui, pois é parte fundamental da experiência de Oldboy. É um desses filmes em que o entretenimento depende muito da confusão inicial do telespectador, como Memento (“Amnésia” aqui no Brasil). O que você precisa saber é: Oh Dae-Su é um bebum que foi raptado e ficou preso por 15 anos. Depois desse período ele é solto, e agora vai tentar se vingar de quem fez isso com ele.

Eu sei que parece enredo de filme ruim, tipo “Hora do Rush”. Mas, por favor, ignore as sinopses que viu por aí. O que menos interessa no filme é esse resumo do enredo. O que mais interessa é: QUEM raptou Dae-su, POR QUE soltá-lo depois de 15 anos e POR QUE raptá-lo em primeiro lugar. Essas perguntas são respondidas através de uma narrativa surpreendente, que não é confusa como em “Amnésia”, mas se desenrola de forma muito natural e com um final bem amarrado. Os 15 minutos finais do filme realmente me surpreenderam, com muita coisa acontecendo em cenas com alto conteúdo dramático.

Isso me lembra Manhunt. (Playstation 2)

Todos os atores do filme são absolutamente geniais. Fica difícil para nós ocidentais avaliarmos o desempenho de atores orientais, já que a cultura deles normalmente pede uma atuação que ás vezes nos parece exagerada, com muitas caras e bocas. Mas mesmo com essa nossa ignorância, é impossível não se admirar com a riqueza e originalidade dos personagens. O filme não tem heróis, todos que aparecem em cena têm algum pecado ou transtorno sério de personalidade. E conforme a história vai se desenvolvendo, vemos como esses personagens são realmente muito humanos e lesados, o que faz com que a gente se aproxime ainda mais da história e aumente o interesse pelo filme.

Até mesmo as cenas de ação fogem aos clichês. Dae-su passou anos treinando luta em seu cubículo, como todo bom cativo que não tem porra nenhuma pra fazer. Quando é solto, ele sabe lutar e se virar, mas não significa que virou o Batman. Em uma das melhores seqüências do filme vemos Dae-su derrubando, sei lá, uns 20 caras, SOZINHO e só com um martelo na mão. Mas a cena foi montada e filmada de tal maneira que não ofende o telespectador e nem faz a gente pensar “Até parece que alguém consegue fazer isso”, tipo aquelas cenas de “Triplo X”. Dae-su leva muita porrada, se arrasta pelo chão, pára pra recuperar o fôlego, usa golpes baixos, e no final está todo quebrado. Como deveria ficar QUALQUER UM que briga com uma dezena de caras ao mesmo tempo. Definitivamente um filme fora dos padrões.

Esse é o vilão de Oldboy. Você vai ficar confuso. De um jeito bom.

Oldboy, em minha opinião, é um desses filmes que transcendem o seu contexto cultural; Sem contar com orçamento bilionário e nem efeitos especiais estrambólicos, consegue contar uma história inteligente, com validade universal. Coisa quente, cara.

Recomendação final: Oldboy é um dos exemplos do que existe de melhor no cinema oriental. Se você não gostar de Oldboy, então fique só com o cinema americano mesmo.

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