Loki — Review do 6° e Último Episódio da 1ª Temporada — Por Todo Tempo. Sempre.

Televisão sexta-feira, 16 de julho de 2021

O segundo ano do ensaio do apocalipse já passou da metade, saiu o primeiro filme do MCU depois de mais de dois anos, e a terceira série da Disney+ chega ao fim. Bem, a primeira temporada. Eu não ligo muito para números, até por isso não ponho nota nos meus reviews (Meus reviews? Minhas reviews?), mas se alguém se importa, Loki está no momento do fechamento desse post texto com 92% no Rotten Tomatoes pela crítica (E 87% pela audiência). Será que concordo, será que discordo? Venha comigo para descobrir. Lembrando que tivemos uma “cena” de meio de créditos. Bora (Com spoilers).

De todos que poderiam ser canonizados no MCU, eu realmente não esperava a Greta Thunberg, que twist. Achei a abertura criativa, começando com a música do Steve Rogers dançando com a Peggy Carter e várias falas icônicas (“Way to go, Tic Tac!”) do universo, hm, junto com algumas falas de personagens da história recente. Eu acho engraçado se pararmos para pensar que aquilo foi meio que um apanhado de coisas ao longo da Timeline Sagrada, mas só engloba umas poucas décadas na Terra. De qualquer forma, ótimo CGI. Falando nisso, o CGI desse episódio e da série como um todo foi melhor do que o CGI em vários dos filmes.

Ok, vamos falar do plot. O Loki e a Sylvie entram na Cidadela no Fim do Mundo, onde levam um jump scare da Senhorita Minutos. Até agora eu não entendi muito bem a oferta dela, sendo que o que Aquele Que Permanece oferece não tem nada a ver com isso. Teria sido um teste? Não me ficou claro. Ao mesmo tempo, de volta à TVA, o Mobius enfrenta a Renslayer que desaparece depois de descobrirmos que ela era professora (Ou diretora, sei lá) de uma escola em Ohio. Sinceramente, a personagem não me interessou muito ao longo da série, então nem consigo me animar muito em pensar no futuro dela.

Por volta da marca dos 10 minutos a gente encontra o Jonathan Majors no elevador. Quem tá ligado, tá ligado, e eu tinha mencionado (Veladamente) isso no último review: O Jonathan Majors tinha sido anunciado em dezembro do ano passado pelo Kevin Feige no papel de Kang, o Conquistador no filme Homem-Formiga e a Vespa: Quantumania (2023). Se você é do tipo de pessoa que assistiu o Investor’s Day do início ao fim, até o fim mesmo porque deixaram os anúncios sobre a Marvel pro final, você já sabia disso. Se você é uma pessoa normal, provavelmente não.

Aí, você me pergunta “e daí?”. E daí que muita gente já esperava que ele fosse aparecer em Loki. Primeiro que a Ravonna Renslayer nos quadrinhos era um interesse romântico do Kang. Depois, tivemos o Alioth, uma criatura realacionada ao Kang nos quadrinhos. Entre os easter eggs do quinto episódio também apareceu uma torre da Qeng, uma entidade que nos quadrinhos é ligada ao… Acho que já deu pra entender.

Particularmente, eu gostei da caracterização. A atuação foi um pouco excêntrica sim, mas achei razoável considerando um ser que viveu por um tempo incontável, em grande parte isolado. O mais questionável seria a conclusão de que Loki e Sylvie poderiam preencher o papel dele como líderes da TVA, mas enfim, foi necessário para explicar porque ele teria deixado eles chegarem até aquele ponto.

Apesar do episódio ter sido bem expositivo, eles fizeram um trabalho razoável. Não acho que tinha muitas opções em relação a apresentar o conceito do multiverso e das guerras entre as timelines, e ter isso apresentado através dessa variante do Kang encaixou bem na história e com a excêntrica pegada do personagem a coisa conseguiu não ficar tediante.

Enfim, minhas considerações. Não ligo pra Renslayer; gostei d’Aquele Que Permanece e do seu final; gostei do que aconteceu com o Loki e com a Sylvie; e o final foi menos óbvio do que eu esperava. Quando os dois se beijaram eu achei horrível, até a Sylvie trair o Loki, o que eu achei ótimo. Desculpa aos shippers, mas Loki trai Loki é bem melhor (E coerente) do que Loki se apaixona por Loki. Enfim achei que os dois agiram de forma consistente: a vida toda de Sylvie foi em busca de vingança, e ela conseguiu (“But at what cost?”), já o Loki aceitou o fato de que estava lidando com forças acima do que ele podia compreender, em alinhamento ao progresso do personagem durante a série.

Não teve Mobius num jetski, mas teve um final com a TVA “resetada”, ninguém sabe quem o Loki é, a Sylvie está na Cidadela no Fim do Tempo, a timeline quebrou em infinitas timelines ao longo do tempo, e Kang retornará. E, claro, Loki foi confirmado (Hm… De novo) para uma segunda temporada. De fato, deu para vermos que o episódio foi estruturado como um fim de temporada, e não como um fim de série. Minha opinião final: Melhor série do MCU até agora, com final muito bom, tomara que a segunda temporada mantenha a qualidade e o nível de esquisitice.

Beleza, abaixo falo de algumas repercussões da série para o futuro do MCU, se você não quer ficar muito por dentro, pode ir embora agora.

Enfim, eu falei bastante sobre o Kang, porém… O personagem de hoje não era o Kang. Ele era oficialmente Aquele Que Permaneceu, e também uma versão do Immortus dos quadrinhos. O Immortus, que é uma variante do Nathaniel Richards, um descendente longíquo do Reed Richards (Muito interessante que conhecemos o Nathaniel antes do Reed aliás), que tem como outra variante o Kang. Muito provavelmente isso confirma a previsão do nosso redator Jo de que ele será o “próximo Thanos”. Outra coisa muito interessante é a primeira aparição dele numa série e não num filme. É Kevin Feige mostrando que as séries realmente são importantes.

No review passado, eu também falei rapidamente sobre os Young Avengers. Acontece que outra variante do Nathaniel Richards é o Iron Lad / Rapaz de Ferro (Que tradução horrível, meu Deus), um personagem à la Homem de Ferro (Teremos muitos desses, não adianta reclamar) em versão adolescente que também faz parte da equipe.

Esse post texto ficou enorme, será que alguém vai ler isso tudo? Por fim, a quebra da timeline que foi selada com a decisão da Sylvie escancara o multiverso, relevante, no mínimo, para What If…? (Estreia 11 de agosto!) e Doutor Estranho no Multiverso da Loucura (2022). Muito provavelmente também é o início de uma futura Secret Wars, um evento dos quadrinhos englobando várias timelines diferentes (Se eu ler mais alguém sugerindo o Tom Cruise de Homem de Ferro alternativo eu desisto da internet).

Pronto. Cabou. Quem sabe eu volto para o What If…?, ou para Shang-Chi e a Lenda dos Dez Anéis (Estreia 02 de setembro).

Quem sabe. Abraços, vacinas e distanciamento social para todos.

Agora que o Smith vai tirar novas férias, quem sabe não é a sua chance?

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