Guinness World Records Games 2008

Games terça-feira, 03 de junho de 2008 – 6 comentários

Olá bando de gamers desocupados. Gostaria de informá-los de que fui agraciado recentemente com uma cópia do Guinness World Records Games 2008, que acabei de ler de cabo a rabo e queria compartilhar com vocês agora.

Confesso que nunca fui muito chegado nesse lance de Guinness Records e tals. Não tenho interesse nenhum em descobrir quem é o cara mais feio com o cabelo mais comprido, ou quem tem o maior câncer de próstata do mundo. Sei lá, acho meio idiota e uma completa perda de tempo ficar “descobrindo” essas coisas. Então, foi com pouca curiosidade que peguei esse Guinness de Games. Pensei que seria apenas uma lista enorme de recordes em jogos, além de coisas desinteressantes como “XBox 360 que ficou mais tempo ligado sem incendiar a casa do jogador” e coisas do gênero.

Mas começando a folhear o livro já tive algumas surpresas agradáveis; a principal é que os recordes de pontuação ocupam apenas doze páginas do livro. E só lá no finzinho, antes do índice remissivo. Orra, isso aí já me empolgou, pois significava que todas as outras duzentas e várias páginas teriam OUTRO TIPO de informação sobre games.

Volto pro começo e vou virando as páginas com um interesse já maior, e pego de cara as páginas com destaques gamísticos do ano de 2007; coisas como o lançamento do PS3 na europa, que eu já nem lembrava que só tinha acontecido no início do ano passado. As coisas andam rápido no mundo dos jogos. Mas ali nos destaques encontrei várias informações que passaram batidas pra mim, mesmo eu sendo um atento seguidor das notícias gamísticas há anos. Mas ok, até aí nada que justifique comprar um livro desse tamanho. Notícias eu posso ver em sites especializados, porra.

Disso pula para o ranking dos 20 jogos de maior sucesso em 2007. A lista é razoavelmente coerente, embora contenha jogos como “Peggle” (que eu acho que só fez sucesso no Japão) e “The Simpsons” que eu vi na lista dos “20 mais de 2007” e fiquei tipo “Q”. Mas beleza, rankings são complicados mesmo, e variam demais dependendo do critério adotado.

Depois da parte obrigatória dos números e destaques, começa o filet mignon do livro. Trinta páginas saborosas seguem, apresentando a história dos consoles, acompanhadas de seções específicas para os consoles da geração atual. Lá estão todas as informações técnicas de X360 e PS3 por exemplo, pra você tirar definitivamente a dúvida de qual dos dois é mais rápido ou com capacidade para gerar gráficos melhores. Seu nerd turrão do cacete. Algumas informações ali foram TOTALMENTE novas para mim, como descobrir que é possível ligar o Playstation 1 a um celular para trocas de dados e downloads! Coisa do Japão, claro. A gente sempre perde essas coisas por aqui.

Finalmente entramos no “grosso” do livro, onde se fala sobre os jogos em si. Totalmente espetacular; quase duzentas páginas de jogos categorizados passando por todos os gêneros esperados, de jogos de luta até os puzzles. Todos os grandes jogos de 2007 estão lá, com resgates históricos competentes e fatos e curiosidades que existem grandes chances de você não ter ouvido. Aliás, é tanta informação no livro que você CERTAMENTE vai achar um monte de coisa nova pro seu repertório gamer. Por exemplo, em jogos de luta, ao se falar de Tekken você descobre todas as plataformas para as quais ele já foi lançado, um pequeno histórico do jogo, informações sobre os lutadores e os caras chegam mesmo a citar a comics de Tekken que foi lançada um dia. Muito bom.

Eu ia criticar o conteúdo e a escolha dos jogos, mas nem vou. No fim das contas o conteúdo é bom, e ficar xingando a escolha de jogos dos caras seria preciosismo. Para mim vale mais a iniciativa e culhão de editarem um livro desse tamanho voltado para os vídeo-games. É exatamente o tipo de material informativo que a gente precisa para expandir a popularidade dos jogos como forma de entretenimento a ser respeitada.Esta seção também é complementada por informações esporádicas sobre recordes e fichas técnicas, além de entrevistas feitas com personalidades do meio gamer: jogadores, desenvolvedores, jornalistas. etc. Muito competente.

Na parte gráfica o livro é bem-acabado, com aquela tradicional capa bicha brilhante dos livros Guinness, com efeitos “holográficos” e tal. Não faz meu gênero, mas não tem como dizer que não é bem-feito. O miolo é maravilhoso, em papel resistente e muito bem ilustrado, colorido e recheado de figuras que enchem os olhos de qualquer gamer. Me lembra os tempos áureos da revista Ação Games e Gamepro. O tamanho e o peso são reduzidos em relação ao Guiness tradicional de recordes, então fica bem mais fácil de manejar e ler no banheiro, por exemplo.

Tenho algumas críticas, entretanto, á revisão e edição final do livro; algumas coisas absurdas passaram batidas como citar o X360 como “XBox 260” e outros pequenos erros de formatação. Nós SABEMOS que não existe um “XBox 260”, mas é engraçado ver um erro desses no meio do texto. Alguns erros são mais sérios, como na seção do Wii, onde ilustram um foto do wiimote com uma versão em desenvolvimento do controle, ao invés de colocar a versão que foi para o mercado. Mais cuidado na próxima, ok? Outra coisa absolutamente dispensável (e que felizmente ocupa bem pouco espaço no livro) é a adição de “dicas” sobre jogos específicos. C’mon guys, quem compra um livro enorme desses pra ver dicas velhas de jogos de 2007? Existem revistas só disso e o Gamefaqs que está aí há anos cumprindo essa função. O espaço pode ser melhor aproveitado, convenhamos.

No geral, um lançamento muito interessante. Gostoso e fácil de ler, e obrigatório para qualquer gamer hardcore como eu, que leva o lance de vídeo-games á sério demais. É realmente um “manualzão” sobre jogos, bom de ter ao alcance das mãos, principalmente pra quem escreve sobre o assunto como eu faço. Felicito a Ediouro pela coragem de botar um livro desses no mercado brasileiro, em um momento onde a literatura e o jornalismo impressos sobre games estão em franca decadência. Precisamos mais disso.

Veja mais informações sobre o Guinness Games aqui. Inclusive como mandar seu record para uma próxima edição.

Guinness World Records Games 2008

Guinness World Records Games 2008
Ano de Edição: 2008
Autor: Guinness World Records
Número de Páginas: 256
Editora:Ediouro

Quer reset? Perdeu preibói.

Nerd-O-Matic quinta-feira, 29 de maio de 2008 – 38 comentários

Então lembram da coluna que eu fiz sobre o jogo mais depressivo do mundo?

Pois é, vou fazer isso de novo. Novamente trazer á atenção de vocês um joguinho desses que mexe com algo dentro da gente, além da diversão instantânea e fugaz. Quer dizer, talvez não mexa com vários de vocês, que são toscos pra cacete e não conseguem ver jogos como um veículo de outra coisa que não seja gratificação imediata.

Mas tô falando demais. O que você precisa fazer antes de continuar lendo isso aqui é baixar o jogo e jogar pelo menos duas vezes. Sério joga, duas vezes, ok? Depois continua lendo. O jogo é bem rápido, não tem fase nem nada, então faça o favor a você mesmo de experimentar algo diferente. Baixa aí no seu desktop e roda o jogo Execution.

Só coloquei essa figura aqui pra te convencer a JOGAR antes de LER O RESTO dessa coluna

E aí? Que achou? Vou falar da MINHA experiência com o jogo, vamos por partes.

A primeira coisa é que o jogo se chama “Execution” então isso já me deixou na expectativa pra um jogo de execução, chacina ou enforcamento em praça pública. Beleza. Entra no jogo e aparece aquele disclaimer “Suas ações têm conseqüências”. Ololco, sério? “Beleza” pensei de novo, “o joguim tem pegadinha, gostei, vamos ver o que rola.”

Aí comecei o jogo e abre a tela com o carinha amarrado no pau. Bom, tá na cara que esse é o carinha a ser executado né? óbvio demais, é a pegadinha do jogo, claro. Aí aquela mira enorme na tela, PEDINDO pra eu atirar em alguma coisa. Isso foi bem interessante aliás. Fiquei pensando em como eu fui treinado ao longo de anos de Medal of Honor, Rainbow Six e Call of Duty pra automaticamente sair passando GERAL em qualquer jogo que contenha uma mira na tela. Eu realmente só me segurei pra não atirar no carinha porque eu SABIA que era isso que não podia fazer.

Isso foi interessante, a agonia de ficar lutando contra o instinto gamer, lapidado em anos de FPS, e não atirar no motherfucker. Passando essa agonia inicial, pensei “se não posso matar o desgraçado, vou fazer o quê aqui?”. Aí saí passeando pela tela, procurando outras coisas pra matar ou pelo menos atirar, já que era evidente que eu só tinha duas formas de interação com o jogo: movimentar o campo visual e dar tiros.

Olhei de um lado e de outro, a única coisa que se mexia eram os matos que passavam rolando pela tela. Atirei neles claro, eram um alvo móvel. Por um breve momento pensei “mata o nazista, MATA O NAZISTA FDP!!”, mas não foi tão satisfatório como Medal of Honor. E o arbusto não sangrava e tals. Aí atirei no muro, procurando alguma coisa “secreta” a ser atingida. Nada. Nada de diferente em lugar nenhum. Voltei a atenção pro motherfucker no pau.

Aí de novo pensando “não posso matar o carinha, o que caralhos vou fazer aqui?”. “Vou tentar libertar ele com tiros”. RÍ, mas que óTIMA idéia completamente retardada. Atirei no pau (o pau em que ele estava amarrado) e nada, tentei atirar de raspão, nas cordas que amarravam ele e nada. Aliás fazer esse tipo de coisa foi o atestado do início do desespero com o jogo, do tipo “caralho velho, o que vou fazer agora pra não matar o infeliz?”. Porque, na boa, esperar que um joguinho de 2 megas tenha um reconhecimento de cenário tão avançado e milimétrico é coisa de desesperado mesmo. Não tinha nem pixel suficiente no jogo pra separar a corda do corpo do carinha.

Bom, a essa altura, como vocês podem adivinhar, eu já estava entregando os pontos. Com uns… dois minutos de jogo eu já não sabia mais o que fazer. Isso foi bem interessante; um jogador hardcore e experimentado como eu sem saber o que fazer num joguinho de uma tela só. Impressionante. Aqui foi quando eu fiquei pensando em como nós realmente ficamos bitolados pelos tipos de jogos que preferimos, e como tendemos a jogar quase sempre as mesmas coisas. Quando aparece um jogo que contraria o script que costumamos esperar de um jogo – por exemplo, um jogo onde você tem uma mira mas não pode atirar no alvo – a gente fica sem saber o que fazer.

Bom, o momento de auge chega e eu vou lá, miro no meio dos olhos do condenado e HEADSHOT MOTHERFUCKER! YESSS! DIE YOU FUCKING MOTHERFUCKER FILHO DE MIL CADELAS!!11

Eu confesso que foi libertador dar o tiro de misericórdia. Foi misericórdia por mim, na real, porque eu já não tinha mais o que fazer ali. Matar o magrão era realmente a única coisa a ser feita.

Aí matei né. O cara sangra, baixa a cabeça e YOU LOSE pra mim. Saco, lógico que perdi, eu sabia disso desde o começo. Eu não podia executar o cara. Foi bem frustrante, no fim das contas; perder sabendo que eu ia perder. Perder sabendo o que eu não podia fazer pra perder. Foda, foda.

Ok, engoli a frustração, voltei pro desktop do windows e fiz a única coisa que qualquer jogador que se preza faria: tentar de novo. Clica duas vezes no arquivinho e tal. Aí abre a mesma tela “suas ações têm conseqüências” com a mensagem MAIS MOTHERFUKCER de todos os tempos:

“Agora é tarde demais”

OLOLCO. Apertei espaço, sem acreditar, e tava lá o carinha ainda morto. Espetacular.

Bom, eu espero que vocês tenham se surpreendido tanto quanto eu com esse momento. Pra mim foi excepcional passar pela experiência de um jogo onde você não pode começar de novo, onde não dá pra voltar atrás e onde você experimenta de verdade as conseqüências de suas ações. Em “Execution” não existe “começar de novo”, é uma chance só de fazer o que é certo. E o certo é se recusar a atirar no carinha e simplesmente sair do jogo. Não fez isso? Não resistiu a atirar? Então você se fodeu exatamente como eu me fodi. LOSER!

Não sei vocês, mas eu gosto muito de ver esses experimentos gamísticos que contrariam o que a gente espera ver em um jogo. Eu queria muito que esse tipo de lógica “suas ações têm consequências” fosse implementada nos jogos “de verdade”, embora eu não consiga imaginar como seria. Afinal, isso é tarefa dos desenvolvedores.

Overdose Sci-Fi: Jogos que piram o cabeção Pt. 2

Nerd-O-Matic quinta-feira, 22 de maio de 2008 – 8 comentários

Então, eu pesquisei bastante mas infelizmente parece que não existem mesmo jogos onde você possa manejar uma sonda anal e penetrar terrestres incautos para fins de pesquisa científica. Isso seria emocionante como um jogo do Wii ou do Nintendo DS; seria como um Trauma Center:

Eu não acredito que achei isso na internet. Cês são tudo doente.

Mas não, os desenvolvedores ainda não chegaram a esse nível de criatividade e ficção científica. Então, continuando a coluna da semana passada, fiquem com os outros jogos sci-fi que me emocionaram ao longo da minha carreira de gamer.

Out of this World (1991)

Embora esse jogo tenha surgido no Amiga, foi no Super NES que eu fui conhecê-lo. Era totalmente diferente de qualquer merda que a gente já tinha visto antes num vídeo-game e o título do jogo (“Fora deste Mundo” ou “Em Outro Mundo”) é um dos mais adequados possíveis; nunca antes desse jogo eu tinha sentido tanta estranheza e inadequação nos personagens. Aquele mundo poligonal (uma estética á qual não estávamos acostumado devido ao amplo domínio dos sprites) passava uma sensação REAL de hostilidade, com cada nova tela trazendo um novo evento de impacto e idéias originais.

Dramática fase final, onde você tinha que se ARRASTAR feito aquelas lesmas do começo do jogo:

Deus Ex (2000)

Além de Deus Ex ser extremamente sci-fi ele ainda por cima é CYBERPUNK, mano. VSF, por que todos os jogos não são assim? Foi um dos primeiros (e únicos) jogos em primeira pessoa a permitir total controle sobre o personagem, e uma curva de desenvolvimento altamente personalizável. Mas a maior diversão de Deus Ex mesmo era a possibilidade de abordar cada obstáculo e desafio do jogo de várias formas diferentes, dependendo dos recursos á sua disposição. Só fui sentir essa mesma liberdade anos depois, com Splinter Cell, que não era em primeira pessoa e também não era cyberpunk… oh, well.

Saca como era o jogo funcionando:

Dune II: The Building of a Dynasty (1992)

Puta merda, mil novecentos e fucking noventa e dois. Dezesseis anos atrás e eu já tava jogando isso. Vários de vocês não estavam nem no saco dos seus pais ainda, hein? Envelheço na cidade. Mas enfim, taí um jogo que estabeleceu parâmetros para vários RTS que vieram depois. Mas para mim o mais quente mesmo era que eu já tinha lido quase toda a série “Duna” nessa época, e isso emprestava um sabor especial ao jogo. Era o complemento gamístico perfeito á uma das melhores séries de ficção-científica que eu já li, e o jogo não ficou devendo.

A apresentação de Dune II:

Starcraft (1998)

Não precisa ficar ajoelhado, pode sentar na cadeira de novo. O filho mais brilhante e pródigo da Blizzard, Starcraft atingiu o status de ícone e lenda gamística. Até hoje deve ser simplesmente o RTS mais balanceado que existe. Eu provavelmente venderei a alma da minha mãe pra comprar um computador novo quando sair Starcraft 2, e vocês deviam fazer o mesmo. Foi um dos primeiros jogos que levaram os alienígenas á sério, transformando-os numa opção de altíssima jogabilidade e diversão. Os Zergs possuem uma baita personalidade no jogo, e é impossível não desenvolver uma simpatia pela lógica de colméia deles. Jogaço, jogaço.

Os vídeos da Blizzard sempre chegavam quebrando tudo:

Xenogears (1998) & Xenosaga (2002)

São jogos diferentes, ok, concordo com vocês. Mas são unidos pela escala épica, envolvendo anime, raças alienígenas e mechs. Xenogears e Xenosaga têm uma puta vibe Evangelion, aliás, não sei se vocês sentiram a mesma coisa quando jogaram. Eu gosto do fato do conceito ter sido expandido em Xenosaga, levando a humanidade para outros planetas e aquele lance todo. Esses jogos passaram batidaços de uma forma geral, e acho que merecem ser reavaliados por qualquer gamer que se preze e curta uma boa história de fundir neurônios.

Evangelion na veia:

Parasite Eve I (1998) & II (2000)

Impressionante como a Square aparece nessa lista. Eu devo ser muito Square fanboy mesmo. Mas é impossível não reconhecer a criatividade de Parasite Eve em postular um cenário apocalíptico onde as nossas próprias mitocôndrias se voltam contra nós. O conceito que permeia o jogo é espetacular, digno de super-produção sci-fi, e com alguns dos chefes e inimigos mais bizarros que eu já vi. Top de linha. Parasite Eve 2 foi subestimado.

Curte aí um remix com cenas do jogo:

X-Com (1993)

Isso é o mais perto de alienígenas com sondas anais que eu achei, espero que esteja bom pra vocês. O tom moderadamente cômico da série nunca tirou seu mérito como uma das melhores séries de estratégia em turnos que eu já joguei. Com a emoção adicional de caçar alienígenas verdes, o que é totalmente emocionante pra qualquer moleque gamer. Parece ser um estilo de jogo que acabou, o que eu acho uma pena. Mas vamos deixar a nostalgia de lado, e que venha o novo.

Abertura de um dos últimos jogos da série:

É isso motherfuckers. Se ainda não jogaram alguma coisa dessa lista, corram atrás, cês não sabem o que tão perdendo.

Uma homenagem ao Fabião

Overdose Sci-Fi: Jogos que piram o cabeção

Nerd-O-Matic quinta-feira, 15 de maio de 2008 – 7 comentários

Aproveitando o Overdose Sci-Fi, resolvi trazer para essa coluna alguns jogos que me marcaram pelo tratamento sério que eles dão ao tema ficção-científica, além de serem jogos DO CARALHO de bons.

Ficção-científica e mundos fantásticos são temas recorrentes nos vídeo-games, claro. Os produtores se aproveitam do desejo natural de escapismo dos jogadores pra vender seus jogos com apelos de mundos futuristas, épicos, utópicos e com alienígenas armados de sondas anais; é por este motivo que os jogos com esses cenários… abundam (heh). O difícil é a gente ver jogo bom com esses temas (Não achei nenhum com sonda anal, ok? Quem sabe na coluna da semana que vem.). Vamos ver se vocês concordam com a minha lista dos melhores jogos sci-fi que EU já joguei.

Como a lista é minha, desnecessário dizer que só falei aquele “vamos ver se vocês concordam” por educação. O que eu quis dizer é “vocês que se fodam se não gostarem, porque vocês têm mau-gosto mesmo”.

Warhammer 40,000: Dawn of War (2004)

“In the grim darkness of the far future, there is only war.”

Puta jogo de estratégia em tempo real, baseado num puta jogo sci-fi de miniaturas. Aliás, essa foi a primeira tentativa de transformar o jogo num vídeo-game que deu certo. Todos os personagens são absolutamente ignorantes e violentos, o que é uma beleza num RTS. Pra mim esse jogo foi o sucessor espiritual de Starcraft, já que foi o único jogo de estratégia no PC que me emocionou tanto quanto o filhote da Blizzard. Além da beleza das cutscenes e dos vídeozinhos, ele te coloca no clima de um futuro violento onde raças intergaláticas brigam pelo controle dos planetas, e te mantém no clima de porrada-além-mundos até o final. Obra-de-arte da porradaria.

Saca só o pau comendo:

Time Commando (1996)

Graças á compra da minha placa Soundblaster 16 em 1998, pude entrar em contato com esse jogo totalmente despretensioso e altamente satisfatório. Ele veio de brinde com a minha placa, e o desdém que eu senti pelo “jogo de grátis” logo foi substituído por dois dias seguidos de jogatina pra chegar no final da parada. Ele lida com o tema extremamente batido da viagem no tempo, mas foi implementado de uma forma tão legal que é impossível largar do jogo. Você realmente passa por todas as fases desde a pré-história até o futuro, e as fases não são apenas variação sobre o mesmo tema; cada uma delas têm um feeling diferente, e dá pra perceber o amor dos desenvolvedores pelo que estavam fazendo. A sensação de derrotar um tigre-de-dentes de sabre NA PEDRADA é uma das melhores coisas de que lembro.

Dá uma olhada na fase final do jogo, quando ele fica mais pirado:

Final Fantasy VII (1997) e VIII (1999)

O 7 e o 8 foram, na minha opinião, os melhores da série toda até hoje. Não vou discutir com vocês, eu estou certo. Independente do que vocês acham, aí estão dois belíssimos exemplos de como os temas sci-fi combinam 100% com a série. Foram absolutamente bem implementados, particularmente no 8, que abandonou de vez as baboseiras fantasiosas e medievais. O tema futurista apelou tanto pra mim que tenho quase certeza que o Final Fantasy XIII deve novamente reestabelecer o padrão do que é um rpg sci-fi. É a Square, porra.

Cês não precisam ver MAIS vídeo de FFVII né? Fiquem aí com a versão orquestrada de “One Winged Angel” então, a trilha do Sephiroth:

E, pra não perder a prática, a abertura de FFVIII:

Front Mission (1995)

Não tem muito o que falar de Front Mission, a não ser que é a minha série preferida de estratégia depois de Final Fantasy Tactics. O meu preferido é o FM3, onde eles finalmente conseguiram aproveitar toda a capacidade gráfica do PSX pra fazer um puta jogo de mechs se quebrando. A história também era legal e ajudava, mantendo um clima de guerra mundial, com tensão entre blocos de nações fictícias que se tornaram marca registrada da série. Eu curtia muito o aproveitamento que eles fizeram do conceito de internet no jogo, que funcionava melhor ali do que a internet da vida real, por sinal. Wanzers: uma vez que você entra em contato com eles, é impossível de esquecer.

Mechs em batalha não ficam melhor do que isso:

R-Type (1987)

Crássico shooter. Crássico. Um jogo de tiro dificilmente fica mais crássico do que R-Type. Em todas as suas versões (menos nessa última que saiu pro PSP, claro) R-Type possui a elegância de um bom jogo de tiro, com fases criativas e chefes sempre desafiantes. Nem lento nem rápido demais, perfeito. Tudo completado pelo maravilhoso conceito do Império Bydo, uma raça alienígena com o plano batidaço de atacar a Terra. Seria imbecil e clichê, se o pessoal da Irem (desenvolvedora do jogo) não fizesse questão de criar todo um mito e um cabedal de informações sobre os invasores, sempre disponibilizando o máximo de material extra nos jogos, a fim de dar as cores certas aos invasores. R-Type Final, com sua centena de naves disponíveis, é orgásmico pra qualquer fã de shooters.

R-Type Final: de trincar os corno.

Wipeout (1995)

Fui conhecê-lo no PSX, claro. Esperava só mais um joguinho genérico de corrida mas acabei encontrando o jogo que me faria parar de jogar F-Zero pra sempre. Wipeout requer um dedicação absurda para que você finalmente consiga completar um circuito sem bater em nada, mas é extremamente compensador. O mais agradável é como o tema de corrida futurista foi bem aproveitado, desde os cenários pirados e utópicos, passando pelo desenho das naves (“Piranha” é crássico) e finalizando com a trilha techno, feita especialmente para os jogos da série. A produção de cada jogo Wipeout é irretocável, e o jogo transpira design e sofisticação. Pela própria natureza do jogo, ele só melhora com cada nova geração de consoles e, com certeza, a versão do PS3 deve chegar quebrando tudo.

Wipeout HD: esse jogo só melhora com o tempo.

Chrono Trigger (1995) & Chrono Cross (2000)

Muitos não gostam de ver Chrono Cross como da mesma família de Chrono Trigger, mas oras, deixem de ser pentelhos. São jogos de épocas e consoles diferentes, é claro que eles são diferentes. O que importa é que os dois trabalham de uma forma inovador com o conceito de viagem no tempo, conseguindo misturar de forma interessante o tema futurista com alguns conceitos tradicionais dos jogos de fantasia. Chrono Trigger foi totalmente inovador em sua época, e certamente é um dos responsáveis pelo alto valor nostálgico do Super Nintendo. Mas confesso que eu ainda gosto mais de Chrono Cross, o jogo é mais… polido… mais bem acabado. E com um enredo que ainda não se repetiu em outros jogos. Nota 10 pros dois.

A batalha final contra Lavos, um dos momentos mais emocionantes de um RPG no Super NES:

A excelência gráfica e sonora de Chrono Cross:

Caralho, faltou muito jogo pra falar. Vamos continuar isso na semana que vem, ok? Não vale a pena deixar o serviço pela metade bem agora, porra!

Gostosas salvam os vídeo-games.

Nerd-O-Matic quinta-feira, 08 de maio de 2008 – 18 comentários

É, é… resolvi falar de mulheres e vídeo-games de novo. Eu achei que aquele fascínio era temporário, mas depois de ser ownado no Supositório desse mês por um rol de mulheres espetaculares, resolvi me render de vez.

Então, quando eu estava rodando pelas internets á procura de fotos de gamers girls gostosas pra uma coluna anterior, acabei me deparando com essa loirinha aí:

Na hora nem me emocionei muito porque, convenhamos, ela não é gordinha. E nem muito bonita. Mas dá um caldo, eu sou um cara justo. Sem falar que ela faz fotos com temas gamísticos e pouca roupa. Mereceu entrar na coluna. E depois, rodando mais um pouco pelos sites profissa de games, acabei batendo com a foto dela de novo numa matéria sobre como fazer sua namorada jogar com você.

Não que eu queira minha mulher me atrapalhando enquanto eu jogo, claro; o máximo de companhia vídeo-gamística necessária pra mim é algum outro jogador pra apanhar de mim em Fight Night Round 3, e isso se consegue com qualquer conexão de rede ou com o joystick 2 (independente de ser homem ou mulher). Se eu quiser SÉQUIÇO, eu paro de jogar e vou lá pegar a mulher, lógico. O esforço de fazer uma mulher jogar com você nem sempre rende lucros, a não ser que ela saiba jogar decentemente algum jogo de homem. Porra, mánemfudeno que eu vou jogar The Sims com a mulher pra ela ficar escolhendo a decoração da casa e discutindo sobre o salão de jogos que eu montei no terraço. Me apresentem uma namorada que saiba jogar Burnout e eu posso pensar no assunto. Pode ser até a SUA namorada, eu não me importo.

Mas enfim, voltando ao tema desta coluna, a matéria da menina era simples e bem-escrita. Dicas interessantes para quem (quer e) não consegue conciliar namorada e vídeo-game. Curti. Fui navegando meu barco atrás do barco dela e descobri que a mina é modelo e escreve sobre games desde 2004. Ololco. Esqueci de citar o nome dela né? Então lhes vos apresento a vocês DE NOVO:

Só um motivo pra colocar mais uma foto

Então, olhando assim com mais carinho, você começa a dar valor pra menina e tal. Ainda mais quando você alia a lata da moça com o que ela escreve por aí. Não que ela seja uma cronista espetacular sobre vídeo-games, mas sei lá, pelo menos ela se interessa, acompanha a cena e escreve sobre isso, se metendo até mesmo nos jogos considerados extremamente masculinos, como Gears of War.

Opa, esqueci de falar quem é a moça de novo. Então, reapresentando-a:

Mas que curvinhas DILIÇA minha filha

Como eu já disse, ela tá por aí falando de games desde 2004, e atualmente tem até um site quase exclusivo com um outro puto aí, onde eles colocam podcasts periódicos sobre o universo gamer e outros temas relacionados. Tem até myspace, se vocês ficaram interessados. Além disso, a garota tem um blog no 1UP, participações em outros sites especializados e, num empreendimento mais recente, se juntou ao Girls Entertainment Network que eu sinceramente não tenho muita idéia do que é, mas talvez interesse para as nossas leitoras. Odeio essas paradas girl power, de mulher pra mulher. Mulheres precisam INTERAGIR com os homens, assim como a Bel faz no AOE. Orra, a Bel só não interage mais com a gente no site por falta de… KY. Porra, esqueci de dizer que a mina também é beta tester da Sony. Ela manda bem, vai.

Ainda não tá botando fé? Vai lá ler o último post dela sobre Grand Theft Auto IV. Eu sei que até aqui essa coluna ficou quase parecendo um post patrocinado, mas eu juro pra vocês que não é. Aliás, no dia em que me PAGAREM pra escrever alguma coisa aqui eu vou fazer questão de contar pra GERAL. Ainda mais se me pagarem pra escrever sobre mulher e vídeo-game.

Mas eu quis falar da mina aí porque acho importante mesmo desfazer essa imagem de gamers como nerds bitolados e virgens, e mostrar que também existem mulheres, adultas, com vida própria, gostosas e que ainda assim são hardcore gamer. Desde que eu assumi essa coluna foi uma questão importante pra mim atacar o estereótipo do gamer/nerd/babão. Enquanto esse tipo de imagem rolar como o modelo dominante de gamer, TODOS NóS saímos prejudicados; se os próprios gamers não se respeitam e não se reconhecem como gente, então a comunidade onde eles estão também não vai respeitá-los.

Se a imagem do gamer no Brasil passa sempre pelo “adolescente do sexo masculino e vagabundo sem nada melhor pra fazer da vida”, então o mercado como um todo não vai nunca ver os gamers brasileiros como adultos responsáveis com dinheiro no bolso, como uma fatia do mercado consumidor. E, enquanto não formos vistos como um mercado possível para a indústria de entretenimento, estaremos eternamente condenados a continuar importando nossos consoles do Paraguai, com uma rede limitadíssima de assistência técnica e acesso ainda mais limitado aos jogos e periféricos. Diz aí Luke, o parto que foi pra achar sua guitarra de Guitar Hero.

ORRA MLK FOE FODS PR EW AHCAR A PARAD

Cês já tentaram encontrar uma assistência técnica da Nintendo no Brasil? Quando eu comprei meu Nintendo DS ele queimou 3 pixels na tela com uma semana de uso. Eu sabia que a Nintendo cobria esse defeito do melhor jeito: trocando seu DS por um DS novinho em folha. Mas e cadê rede de assistência técnica da Nintendo no Brasil? Tive que correr na loja onde comprei, tirar meu pau pra fora e bater no balcão pra ameaçar os caras. Aí trocaram meu DS por outro, novo, na caixa. Só que isso logicamente não é a regra nessas lojas altamente suspeitas e não-profissionais onde costumamos comprar nossos apetrechos vídeo-gamísticos. Se você tem pau pequeno, nem tenta. Melhor ficar em casa chorando com seus dead pixels.

Ainda não descobriu o nome da mina?

Quem diria que eu conseguiria ligar a Raychul Moore (esse é o nome da moça, aliás) seminua com a questão do mercado restrito de games no Brasil, hein? Fala a verdade, cê se surpreende com essa coluna de vez em quando. Não se surpreende? Então te fode.

RPG Hardcore num console da Nintendo

Nerd-O-Matic quinta-feira, 01 de maio de 2008 – 5 comentários

Vocês, doninhas jogadoras enfurecidas que acompanham essa coluna semanal, já devem ter notado á essa altura que eu não costumo fazer reviews neste espaço. Prefiro sempre falar de reflexões particulares a respeito da experiência trazida pelos games, vida de gamer, mulheres nos jogos, sexo nos jogos, essas coisas. Porém costumo abrir exceção a esta regra para apresentar alguns jogos, quando estes são realmente excepcionais.

É o caso de hoje. Não farei uma resenha, no sentido de avaliar o jogo, mas gostaria de trazer á sua atenção:

The World Ends With You

É um jogo para o Nintendo DS. E, em meio á caralhada de jogos imbecis, retardados, débeis mentais e para mulherzinha lançados para o portátil, fica fácil um jogo como esse se destacar.

Não, falando sério agora: é tanto jogo RUIM que sai pro Nintendo DS e pro Wii que eu estou quase pegando raiva dos dois consoles ultimamente. É lógico que eu evito qualquer jogo que me pareça mesmo levemente colorido demais ou com muitos tons de rosa, mas só de ver tanta merda sendo lançada todo dia você começa a pensar que a Nintendo deveria avaliar e licenciar todos os jogos lançados para seus dois consoles. Porra, um mínimo de controle de qualidade, pelamor. Ou vai me dizer que alguém realmente joga isso:

Só pode ser zoação

Não adianta ter uma biblioteca enorme, composta só por jogos ruins. Mirem-se no Dreamcast, porra. Mas ok, isso é tema pra outra coluna. Continuemos com esse jogo espetacular da Square Enix:

A primeira coisa que me chamou muito a atenção foi a história sem mimimi. Seu personagem já começa entrando numa baita roubada, do nada, e o jogo nem se incomoda em te explicar exatamente o que tá rolando. A história vai se desenvolvendo freneticamente, um tutorialzinho aqui, outro ali, e quando você vê cê já tá botando os dois personagens em batalhas e correndo de um lado pro outro em Shibuya, um “bairro” real da cidade de Tóquio, no Japão.

E o mais legal é que parece que o jogo captou mesmo a vibe do lugar real. Cê começa o jogo nesse cruzamento aí de cima, inclusive. Porra isso faz toda diferença num jogo. Nada daquela bullshit medieval e manjada; um jogo ambientado no mundo real.

Mas claro, não tão “real” assim, senão não teria graça nenhuma. Porque ao mesmo tempo o jogo é bem lôco. O enredo demora pra se desdobrar, mas é interessante o modo como acontece, de um jeito meio “Lost”: você vai descobrindo um pouquinho da história ao mesmo tempo em que descobre sobre o passado e as motivações dos personagens.

Nenhum dos personagens é muito herói, inclusive. Acho isso do caralho. Na vida real ninguém é totalmente bom ou ruim; as pessoas seguem suas motivações e desejos, e não tentam ajudar ou foder com os outros só porque são “boas” ou “más”. E esse caráter dual de cada pessoa foi muito bem explorado no jogo.

Falando nisso, basicamente todos os conceitos tradicionais de um RPG são subvertidos em The World Ends With You. Você não vai lidar com armaduras ou equipamentos de proteção: você vai entrar em lojas e escolher roupas de grife. Você não tem armas ou magias: você tem “pins” diferenciados, aqueles buttons de prender em camiseta. Muito doido né?

Outro lance que me surpreendeu foi o modo de desenvolvimento dos personagens. Normalmente em qualquer Final Fantasy da vida, quanto maior seu level mais poderoso você fica. Isso cria o problema do level-grinding nos rpgs, aqueles momentos onde você pára de seguir a história pra só combater e passar de level. Isso é xarope. Em The World Ends With You, você continua lidando com XP e level-ups, mas aqui você é recompensado por manter seu level BAIXO. Olha só: você acumula XP e vai passando de level, mas você pode diminuir o seu level de novo a qualquer momento do jogo. E pra que você vai querer fazer isso? Porque quanto menor o seu level, mais difíceis as batalhas e mais recompensas você vai ganhar. O jogo coloca o nível de dificuldade totalmente nas suas mãos. Isso se chama fucking respeito pelo jogador.

Falar um pouco do sistema de batalha, vê o vídeo aí:

Cês sacaram o que acabaram de assistir? Esse é o sistema de batalha do jogo, onde você luta em duas telas ao mesmo tempo. Tesão, hein? Você controla o personagem principal com a stylus na tela de baixo e, ao mesmo tempo, controla o personagem na tela de cima com o direcional. E, claro, dependendo da sincronia dos golpes, e as magias e combos que você realizar, você ganha o direito de um hiper combo vitaminado em alguns momentos, que une os dois personagens em uma porradaria só na tela. O lance todo é bem caótico e cê vai levar um tempão pra aprender o esquema de combate. Exatamente como todo hardcore gamer gosta.

Esqueci da estética e boniteza do jogo. Muito, MUITO bom. Estilo próprio de jogo e desenho, visual totalmente urbano, grafittis abundantes pelo cenário. Contemporâneo mesmo, e muito agradável aos olhos. E tudo isso dentro das limitações do DS. Dá gosto de ver como criatividade sempre dribla limitação técnica. Esse jogo me trouxe lembranças vívidas de Jet Grind Radio, pra quem é da velha guarda aí.

Definitivamente um jogo pra hardcore gamer. Respeita o jogador e deixa você moldar a experiência no seu ritmo, de acordo com a sua vontade. Porra, eu já falei que o jogo te recompensa até por você NÃO jogar? Então, se você ficar tipo um dia sem jogar, quando você voltar ganha uns pontinhos lá, pra desenvolver o nível dos seus pins. Mas se você ficar uns três dias sem jogar, já não ganha mais nada. Pra mim funcionou como um “larga do jogo e vai fazer outras coisas mais legais, cara. Mas amanhã volta aqui pra jogar de novo”. Você sabe que um jogo é bom quando ele te controla mesmo quando você não tá jogando. Espetacular.

É o tipo de jogo que mantém a gente ligado em vídeo-games, e sempre esperando pelo que ainda vem por aí. Ponto para a Square Enix, sempre conseguindo inovar num gênero já tão explorado como os rpgs. Ponto para o DS, que CONTINUA tendo as suas duas telas cada vez melhor exploradas pelos desenvolvedores. E ponto para os hardcore gamers, que têm mais uma belíssima opção de jogo e mais um motivo fortíssimo para adquirir um Nintendo DS.

REZ – Pra você mulher! (18+)

Nerd-O-Matic quinta-feira, 24 de abril de 2008 – 5 comentários

Texto para maiores de 18 anos. Agora eu não paro mais com isso hein?

Então, o lance é o seguinte: esses dias eu estava com uma bela e querida amiga no msn, jogando papo fora ao invés de trabalhar, como é usual. Preservarei a identidade dessa bela e querida amiga, já que tudo que vocês precisam saber é que ela joga vídeo-game.

Aí né, ela fez um comentário ingênuo de que deveriam existir mais jogos de sexo, principalmente em consoles como o Wii, devido á sua capacidade de interatividade, controle inovador e tal. E nós dois meio que concordamos que é um absurdo realmente que os consoles estejam tão avançados, mas não ofereçam nenhuma forma de entretenimento sexual saudável para adultos apreciadores do esporte mais antigo da face da Terra.

A não ser, é claro, no caso do garoto que gozou no Dreamcast.

Mas eu gostaria de informar a essa bela e querida amiga que entretenimento vídeo-gamístico de cunho sexual já existe desde o PS2. Desde o Dreamcast, pra ser mais exato. E é em prol de todas as leitoras saudáveis desta coluna que eu apresento-lhes hoje o jogo REZ.

Parece um jogo normal né? Simplezinho, de tiro com música. Ok. No fim das contas é isso mesmo, mas o que pega aqui é que REZ vinha com um singelo acessório para ligar na porta usb do seu PS2:

O infame Trance Vibrator

Essa porra que parece um mouse antigo era na verdade um VIBRADOR com poder vibratório QUATRO VEZES maior que os vibradores do controle Dualshock comum. Se eu fosse mulher meus olhos teriam arregalado agora. Tá, meus olhos arregalaram de qualquer jeito.

A idéia era que você, ahem, segurasse o trance vibrator na mão enquanto jogava. Ou, tipo… colocasse ele no bolso. Ou em cima da sua… perna. Pra se sentir mais… dentro… do jogo e experimentando novas… sensações… ao jogar. É isso.

AHAM

Fala sério né? It’s a fucking DILDO! Onde diabos os desenvolvedores acharam que as jogadoras iam colocar isso?

Lá mesmo

Ah, e os relatos que eu vi dessa parada são ótimos. Porque, olha só, ele vibra no ritmo das músicas do jogo e de acordo com o que rola na tela. Então você mulher dá o controle normal pro seu macho ir jogando, enquanto você fica ali do lado dele com o trance vibrator… acompanhando o jogo e sentindo… novas sensações gamísticas. Sensacional. Saca aí um vídeozinho do Youtube tirando uma onda do aparalho (aparAlho, sacaram?):

Parece piada. Mas me deu uma PUTA vontade de ver uma mina usando isso aí. Depois das duas últimas colunas falando de mulher, acho que isso seria fechar com chave de ouro o papo de mulheres que jogam vídeo-game. Orra, espetacular a idéia de fazer uma mulher gozar com um jogo.

Tá, eu fui procurar essa merda no Mercado Livre sim. Certeza que vocês também foram, seus putos. Não tem nada lá, mas descobri uma outra coisa que pode interessar ás leitoras desse site:

É só ligar no seu ipod

Quem não tem PS2 caça com IPOD.

Mundo pirado.

Mulheres que jogam: I want to believe (18+)

Nerd-O-Matic quinta-feira, 17 de abril de 2008 – 24 comentários

Esse artigo é para maiores de 18 anos. E também é mais um oferecimento da campanha:

Coisa do Papo de Homem

Eu pretendia consumir mojitos pra escrever esse texto, em homenagem aos leitores da minha coluna, que não merecem menos. Porém, fui lá sacar o rum do estoque e vi que minha garrafa tava assim:

Sacanagem. Alguém tá tomando todo meu rum.

Felizmente eu sou um pirata prevenido, e logo ao lado estava a garrafa de Big Apple, semi-cheia:

fmz

Como toma Big Apple? Aqui noobs:

Big Apple a gosto, uma colher de açúcar. Mistura.
Gelo até o topo
Soda até completar. Dá uma sacudida em tudo.
Diliça

Antes de iniciarmos esta coluna, saibam que a receita aí de cima não é desvinculada do nosso assunto principal aqui. Esta mistura específica de Big Apple parece ser bastante apreciada pelas mulheres. E embebedar uma mulher, fazer ela rir e depois convidar ela pra jogar God of War é receita certa pra você tirar a cueca, como a Bel já deu a dica pra nós.

Devidamente abastecidos de substância etílica, continuemos agora o estudo da semana passada, abordando mulheres que jogam.

Bom, eu achei que estava criando ficção humorística com a última coluna, ligando o papo de sexo com jogar vídeo-games, mas, oh ironia, a vida real é sempre mais bizarra do que a ficção:

Gametart, the UK’s largest online games rental company, carried out a survey throughout January to see how the recent influx of the likes of Pink PSPs and DS Lites would affect gamers’ sex lives across the country.

The results were surprising.

Of their sample of 200 women, those who played video games on average had sex 4.3 times a week while those who didn’t play games only had sex just 3.2 times a week.

Perhaps even more promising for gamers is the fact that many of the women that they interviewed who have only recently started playing games said that they now have sex more often than before.

Fonte: aqui.

Vou traduzir a notícia pra vocês, ipsis literis:

Mulheres que jogam vídeo-game socam o grão com mais freqüência do que coelhos, doninhas e mulheres que não jogam.

Ololco. Que coisa mais espetacularmente espetacular. Tipos, cês leram lá em cima? “Mulheres que jogam fazem sexo 4.3 vezes por semana, enquanto as que não jogam fazem sexo 3.2 vezes por semana.” Jogar vídeo-games ajuda as mulheres a tirar as calcinhas mano!

Eu SABIA que isso acontecia de verdade

Tudo bem, me empolguei tanto quanto vocês, mas isso é um dado altamente controverso que eu gostaria de discutir. Em primeiro lugar, a amostra era pequena (200 minas) e composta por clientes da Gametart, que é uma locadora de jogos britânica. O serviço da Gametart é interessante: tu monta uma lista de jogos, a loja manda o jogo que você escolheu pelo correio, cê joga até encher o saco e depois devolve, também pelo correio. Quando você devolver aquele jogo, eles te mandam o próximo da lista. Tudo custa 3 dólares por semana. Serviço genial, aliás.

Mas voltemos ao nosso assunto. Infelizmente a pesquisa não apresentou dados demográficos de idade, escolaridade, se as minas são gostosas, quais consoles jogam e o caralho. Então não dá pra saber QUEM eram essas minas que fazem sexo quatro ponto três vezes por semana. Vamos ter que fazer algumas extrapolações científicas a fim de investigar a questão, tentem me acompanhar.

Se elas alugam jogos pelo correio, certamente têm tempo livre para ficar jogando a ponto de contratar um serviço desses. Acho que é seguro assumirmos que são mulheres que não trabalham em tempo integral. Possivelmente são mulheres que só estudam ou que trabalham em tempo parcial. Devem ser jovens. Algo aí entre 18 e 24 anos. Vídeo-game é uma coisa de pessoas descoladas como as minhas leitoras. Acho que também é seguro assumirmos que estas 200 minas são descoladas, jovens e razoavelmente gostosinhas. Mulheres gostosinhas têm aquelas pernas bem-feitas e gostam de exibi-las por aí… várias delas devem usar sandálias de salto alto (daquelas de amarrar na canela). E provavelmente elas são tão gostosinhas e sexy que usam as sandálias mesmo quando tão jogando. Provavelmente elas usam Só a sandália pra jogar. Sexy.

Sexy jogando Wii

Sabemos que nós, machos jogadores, somos frequentemente excitados pelas personagens femininas dos games, que promovem mulheres sexy e gostosas que tiram a roupa por qualquer motivo. Esse tipo de coisa certamente molda a nossa imagem particular do mundo, e nos faz tentar mudar a realidade pra se adequar a esse mundo perfeito onde todas as minas possuem armas, sabem lutar artes marciais e usam pouca roupa. Não é á toa que os cosplays fazem tanto sucesso: é como trazer para a vida real um pouco daquela magia da tela. E não é só nós que ficamos babando ao ver as minas naquelas roupinhas; tu pode crer que elas também curtem pra cacete se vestir de Princesa Léa, assumir a personagem, atrair atenção e provocar ereções.

UóN

Ainda não fugi do assunto. Estou propondo o seguinte: é possível que o universo de alguns jogos onde a imagem feminina é altamente sexualizada, apele também ás mulheres que jogam, criando um clima propício para socar o grão e excitando-as de leve.

Também é possível que elas simplesmente se sintam mais seguras pra manipular homens babões e conseguir sexo, depois de observar tanto exemplos femininos fortes como Lara Croft, Chun-Li, Samus, etc. Convenhamos: é muito melhor ter a Lara Croft como um exemplo de mulher do que, sei lá, a Regina Duarte na novela das 8.

Ou…

… pode ser que simplesmente todas as 200 minas tenham mentido PRA CARALHO quando responderam á pesquisa, e não fazem sexo porra nenhuma. Vocês se deixam levar muito facilmente por imagens e números. Sejam mais críticos, seus noobs.

Mas elas não deixam de ser gostosas. Quem sabe com um Big Apple…

Mulheres que jogam: um estudo íntimo

Nerd-O-Matic quinta-feira, 10 de abril de 2008 – 21 comentários

Atenção: Essa é mais uma coluna safada e calhorda, onde uso palavras de baixo calão e imagens que sua mãe pode achar ofensivas pra você. Se você é menor de idade ou meio veado mesmo, vaza AGORA.

Mulheres que jogam vídeo-game

E aí bando de frangos? Queria dizer pra vocês que nesta semana MULHERES estão ocupando minha cabeça, como vocês devem ter percebido pela coluna que eu roubei do Piratão. Ocupando minha cabeça mais do que o normal, digo. Algo acontece no mundo, e elas estão mexendo comigo excessivamente nos últimos dias.

Então, a fim de exorcizar os demônios que me assombram, continuarei falando sobre elas também na minha coluna semanal de games. Se você não gosta de mulher, hoje você se fodeu. Aliás, se você não gosta de mulher você já se fodeu faz tempo.

Mulheres nos games são um fenômeno relativamente recente. Até mais ou menos uma década atrás, o jogador típico tinha esse perfil:

Orra mano, usei o gordinho DE NOVO. Cês não cansam de dar risada dele não?

Tá bom, eu ia falar de mulher. Prometo que essa éfoi a única foto horrenda do texto, ok?

Não sei identificar exatamente o momento onde as mulheres resolveram sair do armário e pegar no joystick (ah vai, eu tinha que fazer essa piada cretina, você sabe disso tanto quanto eu). Não é que elas não jogassem antes, mas é que, sei lá, é como se fosse uma atividade eminentemente masculina. Manja futebol? Hoje em dia é comum futebol feminino; tem mundial e tudo o mais, e nós temos a melhor jogadora do mundo. Mas você lembra exatamente quando isso começou a se tornar comum? Quando as mulheres começaram a se sentir á vontade pra chutar bola, formar time e serem levadas á sério como jogadoras? Então, é mais ou menos o mesmo fenômeno esquisito que ocorreu nos games.

Eu não sei como ou quando foi que aconteceu, só sei que é legal bagarai ter um monte de mulher gostosa por aí pegando no manche, acariciando o controle e balançando o wiimote (você achou que meu estoque de piadas cretinas tinha acabado? Fala sério). Olha lá como mulher nos games é legal cara:

O quê? Estou ouvindo vozes tanga de alguns de vocês… podem falar mais alto por favor? Como assim “isso não acontece na vida real”?. Como assim “essa não é uma jogadora de verdade, é só uma modelo contratada pra tirar a roupa e diminuir ainda mais a posição da mulher perante os jogadores homens”?

Bom, talvez vocês tenham razão. Devo confessar que isso aí não acontece todo dia na minha casa. Ok, nunca aconteceu, pode ser que a parada seja de mentira e tals. Vocês curtem estragar minhas fantasias né?

Mas tudo bem, eu sou um cientista dos games e preciso considerar a hipótese de erro. Vamos fazer o seguinte então: vou descolar uma gostosa que joga de verdade e a gente vai perguntar pra ela, ok?

Atillah: Bel, declara aí alguma coisa espontânea sobre mulheres que jogam vídeo-game.
Bel: Mulheres que jogam vídeo-game sabem segurar melhor um joystick.

RÍ, é por isso que eu gosto da Bel; ela entende minhas piadas cretinas. A Bel é pirata pra caralho. Cês viram como eu e ela estamos sintonizados? Senti que o lance tava rendendo e me aproveitei da boa-vontade da Bel no msn:

Atillah: Bel, você daria pra um cara que te convidasse pra jogar vídeo-game?
Atillah: (Seja espontânea na sua resposta, mas saiba que isso vai pra minha coluna)
Bel: Isso depende. Eu perguntaria: “que jogo?”. Dependendo do jogo, eu daria.
Atillah: Sério?
Atillah: e… qual jogo?
Bel: HAHAHAHAHAHAH
Atillah: Minha coluna vai ficar óTIMA, graças á você.
Bel: … você falou sério quanto ao “qual jogo?”?
Atillah: óBVIO. Vai que eu tenho o jogo porra.
Bel: Eu daria NO ATO se ele falasse “God of War”. “Shadow of Colossus” eu ia pensar no caso, porque nunca joguei mas morro de vontade.
Bel: Mas daí eu realmente vou querer jogar antes de qualquer coisa.
Atillah: Hahahaha, isso tá cada vez melhor.
Atillah: E se você tivesse lá, jogando Shadow of the Colossus, e o cara começa a fungar na sua nuca e colocar a mão na sua cintura, isso é permitido?
Bel diz: Depende também. Se eu tivesse numa fase MUITO BOA, quase matando um monstrão, ele meio que certamente ia levar uma cotovelada. Mas se fosse um pedaço chatinho, de boa.
Atillah: Então dá pro cara ficar te sarrando, desde que não atrapalhe o jogo?
Bel: Exatamente. Portanto, nada de carícias que provoquem arrepios, pois poderia atrapalhar minha jogabilidade.
Bel: Mas, claro, uma hora a gente cansa do joystick que só vibra, né?
Atillah: E tipo assim Bel… o que te faria dar um pause?
Bel diz: Uma só palavra: línguanopescoço.
Atillah: Obrigado Bel, você abrilhantou minha coluna de uma forma que seria impossível sem sua presença.

Taí putos. Peguei uma jogadora “da vida real” pra vocês. Tão vendo como as coisas mudam com o tempo? Esse negócio de dizer que vídeo-game “é coisa pra criança” definitivamente ficou pra trás. Vocês que não jogam, ou que jogam pouco, ficaram pra trás. Agora quem come as mulheres são os nerds que conseguem zerar Devil May Cry no Hard.

É claro que se pode argumentar que nerds feias também jogam, mas eu nunca vi isso. Sério. Desconheço. Acho que as feias têm vergonha de jogar porque sabem que hoje em dia os gamers são todos uns garanhões como eu. As pessoas feias vivem no mundo real, e todo mundo que é quente tá jogando vídeo-game. Olha essa mina cara:

Eu não sei no mundo de vocês como é, mas no meu mundo todas as jogadoras são como essa aí. Taí a Bel que não me deixa mentir sozinho.

Como eu sempre digo: joguem mais, porque vocês jogam pouco, seus motherfuckers. Se vocês jogarem mais, quem sabe um dia vocês comem alguém. Aliás, isso explica porque o Théo não gosta de God of War. Orra peguei pesado agora. E tudo isso na mesma semana que o cara foi homenageado com a nossa trilogia. Só tem puto nesse site mesmo. Mais uma gamer girl, pra finalizar bem essa coluna:

Vivam no meu mundo. O mundo de vocês é uma merda.

Jogos Cérebroless

Nerd-O-Matic quinta-feira, 03 de abril de 2008 – 15 comentários

Ei, sabem do que estamos precisando mais por aqui?

É, cerveja e mulher, eu sei, mas eu tava falando de vídeo-games. Aliás, porque não tem mais cerveja nos jogos mesmo? Ou mais jogos envolvendo cerveja? Mulher até que tem bastante, mas onde estão os desenvolvedores brasileiros, para colocar a nossa malemolência e fanfarronice nos jogos? A gente precisa realmente da representação do jeitinho brasileiro, esse negócio de “vamo armá um boteco aí” que fala tanto sobre o espírito dessa nação. Saco cara, por que esse bando de nerds que fazem engenharia da computação, processamento de dados e essas merdas todas, por que vocês não vão trabalhar com jogos? Matem bastante aula no bar da frente da faculdade, e depois entrem no brilhante mercado de diversões eletrônicas. Isso deve garantir uma boa leva de jogos alcoolizados nas próximas décadas.

Enfim, o que eu queria dizer antes de me empolgar com o lance da cerveja é que falta eu falar mais sobre jogos cérebroless. Hmm… na verdade cerveja tem bastante a ver com esse assunto. Warriors Orochi é um jogo extremamente cérebroless que me ajudou recentemente a atravessar uma das piores ressacas que eu já tive.

Sério, a dor de cabeça era tanta que eu nem consegui assistir “Rocky Balboa” pela décima oitava vez. Tentei ler, também não deu: as letrinhas embaralhavam. Ouvir música, sem condições: a batida da bateria ajudava a piorar o Motorhead alcoólico que já tava tocando na minha cabeça. Restou jogar. Mas não dava pra ficar exigindo muito do cérebro, não era hora para Final Fantasy Tactics. Era hora de um jogo cérebroless.

Mas o que é um jogo cérebroless? óTIMA pergunta seu ignóbil. Aqui no AOE nós utilizamos o termo “cérebroless” de forma bastante ampla, basicamente para nos referirmos á nossa secretária Deborah. Ela é uma graça e entretém todo mundo sendo um colírio visual, além de muito divertida, mas sabe como é… falta um pouco de cérebro. Cérebroless.

Agora transporte a mesma lógica para um jogo. Não, não é pra imaginar um jogo hentai com a Deborah, embora a idéia seja boa.

Deborah diliçinha, agora na tela do seu DS

Mas pense num jogo que é como a Deborah: belo visualmente e que te entretém do início ao fim, porém sem muita substância, sem forçar muito seu cérebro, saca? Bem-vindo á série “Alguma coisa Warriors”

A série “Alguma coisa Warriors” foi assim nomeada por mim, e foi criada pela grande produtora KOEI. “Alguma coisa Warriors” é composta por todos os jogos das séries Dynasty Warriors, Samurai Warriors e o novo Warriors Orochi, ali de cima.

Esses jogos são uma merda. Uma MERDA. Mas são um tesão; é impossível parar de jogar. Você fica naquela zona de amor/ódio pelo jogo, porque ele oferece tão pouco estímulo mental, mas apresenta tanta diversão visual e violência que você não consegue deixar de se divertir.

Se eu não me engano a série começou no Playstation1, em 1997, com o primeiro Dynasty Warriors, e nunca foi grande coisa desde então. Hoje deve ter no mínimo uns 20 jogos espalhados por todos os consoles, todos idênticos: uma história vagabunda de guerra de clãs fazendo o pano de fundo, um monte de generais samurais com poderes divinos, e uma GALERA pra você passar. Muito, mas muito nego mesmo pra você passar o cerol. Tem horas que tu some no meio da negada, aí você solta um especial que limpa a tela e faz a galera sair voando com suas barrinhas de energia sumindo. Cada morte vai sendo adicionada em um contador na tela e, quando eu jogo, o contador costuma bater nos 1000 em cada cenário. Maravilhoso. Tu mata um milhar de vagabundo por missão. Isso é mais mortes do que as que acontecem no filme TODO do Rambo.

O que salva os jogos da série é, como no caso do Warriors Orochi, o fato de existir um mínimo de personalização na jogabilidade. Você ganha novas habilidades, seus generais ganham levels com a experiência acumulada e você pode ir personalizando as armas. É legal, mas não é bem uma experiência rpgística; você simplesmente vai se tornando mais poderoso, mas sem um investimento específico em alguma habilidade. Você não escolhe a direção de desenvolvimento dos seus generais. Mas foda-se né? O que interessa é detonar cada vez mais inimigos. Porra, é um avanço se você for pensar em crássicos como Final Fight, que você ia com o mesmo Guy, Cody ou Hagar do começo ao fim.

Uma coisa que faz parte da série, e que a diferencia dos simples beat-em-ups como Double Dragon, é que existe uma certa estratégia envolvida na direção em que você vai sair matando. Não é só matar TODO MUNDO que tá no cenário, mas também uma questão de entender e seguir os generais inimigos, desmoralizando as tropas deles pelo caminho. Se você mata um general, a tropa dele perde moral e sai correndo! É indescritível a sensação de fazer um bando de guerreiros se cagarem só porque você mostrou o tamanho dos seus bagos pra eles.

Porque essas colunas sempre ficam enormes? O jogo é ruim, não era pra empolgar tanto.

Mas vocês entenderam né? Jogos cérebroless: a alegria do jogador de ressaca. São os herdeiros contemporâneos dos crássicos como Final Fight e Double Dragon, diversão certa para quem quer passar de fase apertando repetidamente apenas um dos botões do joystick.

confira

quem?

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