Resenha – O Vidente

Cinema domingo, 30 de setembro de 2007 – 4 comentários

Pára tudo. Nicolas Cage (A Lenda do Tesouro Perdido), Jéssica Biel (O Ilusionista) e Julianne Moore (HANNIBAL). O elenco já é foda, você não vai precisar ler a resenha.

Nicolas Cage com um penteado MELHOR que o meu.

Cris Johnson (Nicolas Cage) trabalha em Las Vegas como mágico, usando seu nome artístico: Frank Cadillac. Mas ele não é um mágico comum, não faz truques – é tudo real. Mas é lógico que ninguém sabe. Seu poder? Ele é uma espécie de vidente (Precog, já que o filme é baseado em um livro de Phillip K. Dick, The Golden Man) que vê seu futuro, mas apenas os próximos 2 minutos. Pelo menos até então.

Ser mágico é viver na merda, então o cara usa de seus dotes (heh) pra trapacear em jogos em cassinos, mas sem chamar muita atenção. Até uma agente, Callie Ferris (Julianne Moore) se interessar pelo cara, desconfiando de que o que ele faz é mesmo real, e decide vigiá-lo. Por quê? Uns terroristas roubaram uma bomba atômica, era estado de alerta, o que viesse seria lucro. Os tais terroristas ficaram sabendo que a agente estava atrás de Cris, então foram atrás dele também. É aí que a confusão começa e você começa a se empolgar com as habilidades do cara.

E que habilidades.

Cris vê uma morena em seu futuro, além dos “dois minutos”, num restaurante. Ele passa a frequentar esse restaurante sempre no mesmo horário em que veria ela, intrigado com o fato. Até que, depois de duas tentativas falhas, finalmente ele conhece a morena: Elizabeth Cooper (Jéssica Biel), e passa por situações hilárias com ela no restaurante, envolvendo seu ex-namorado. Tente não se confundir, os pontos fortes do filme são em que ele vê o futuro, e muitas vezes você vai soltar um PU…TA QUE PARIU, como eu queria ser assim. Manja o clichê “O que você faria se pudesse ver o futuro?”? Esqueça isso. O VIDENTE é um filme pra macho, afinal, a Jéssica Biel aparece de toalha, véi. Só de toalha. E a única parte clichê do filme é o fato de Cris conseguir ver além dos dois minutos com ela, e é na cena onde ela aparece de toalha é que você tem que ficar ligado (óbvio). Mas não posso contar por quê, só vendo o filme até o fim pra sacar. E se você for bom mesmo, vai sacar o que eu quis dizer.

Jéssica Biel e Julianne Moore em cena, e o agente olha pra bunda DE QUEM?

É claro que Cris acaba tendo que colaborar com o FBI, aí vem aquele suspense misturado com ação com uma pitada de “meu, que foda”. Ver o Nicolas Cage desviando de balas e soltando frases sensacionais como “Você sabe usar isso bem?”, “Essa não é a escolha correta.” ou “Eu cometi um erro.”, frases que você só vai achar sensacionais também quando ver o filme, foi o bastante pra um fã como eu finalmente falar que até que enfim, depois desses últimos filmes, finalmente um filme bom com o cara.

Ficção científica do caraleo, vale a pena passar os 98 minutos sentado na frente daquela tela enorme com algum palhaço chutando a sua cadeira. Os efeitos deixam um pouco a desejar, mas repare nas cenas de ação. Capricharam no roteiro, as frases são sensacionais e acertaram no tempo. No fim do filme, não aja como um babacão e faça a pergunta “Ué, não vão mostrar o que vai acontecer?”. O que vai acontecer é óbvio, porra.

Setembro de 2007 em GAMES

Games domingo, 30 de setembro de 2007 – 2 comentários

Quer saber como foi o mês de Agosto por aqui? Só clicar aqui.

COLUNA

Solid Snake vai morrer? Leia aqui. O Wii você já conhece, mas deveria ler mais sobre ele. É só clicar aqui. E GTA você TAMBÉM conhece, mas sabia que uma produtora independente do Brasil faz filmes sobre o jogo? Não, né? Mas ó, você leu aqui.

FAST-FOOD REVIEWS

Curte Nintendo DS? Então se liga nos reviews de The Settlers, Nervous Brickdown e Sim City DS aqui; Worms Open Warfare 2, Tiger Woods PGA Tour 2008 e Luminous Arc aqui; e DK Jungle Climber, Drawn to Life e Jam Sessions aqui. Se você prefere o PSP, saca os reviews: Monster Hunter Freedom 2, Dead Head Fred e Dragoneer’s Aria aqui; e Riviera: The Promised Land, PaRappa the Rapper e Tom Clancy’s Ghost Recon Advanced Warfighter 2 aqui; e Coded Arms: Contagion, Yu-Gi-Oh! GX Tag Force 2 e Jackass: The Game aqui.

COLETADÃO

Aqui você leu sobre Fragdolls, GOSTOSAS nos games. Se seu negócio é música, aqui você leu sobre Guitar Hero 3 e Rock Band, e aqui você viu a lista completa de músicas do primeiro jogo citado. Gosta de Star Wars? Então você vai gostar disso aqui.

Grupo americano das Fragdolls.

O mês foi meio fraco, mas é só o segundo mês do site. Então, vamos ver como vai ser o terceiro.

Resenha – Tropa de Elite

Cinema sábado, 29 de setembro de 2007 – 19 comentários

Tropa de Elite (2007)

A comparação com Comandos em Ação não é gratuita.

Eu sou meio chato com a produção cinematográfica nacional.

Eu lembro de “Carlota Joaquina” que foi o primeiro filme da “nova leva” que deveria recuperar a produção de filmes no Brasil. E eu achei uma merda. Eu lembro de “Central do Brasil”, que concorreu ao Oscar, com a Fernanda Montenegro. E eu achei uma merda. Eu assistia a esses filmes e pensava: “Isso é o que a gente tem de melhor a oferecer? Puta merda, o cinema nacional não vai engrenar nunca mesmo. Não tem lei de incentivo à cultura que dê jeito nesse bairrismo, nesse cinema de colonizados que a gente faz.”

Mas daí vieram (não em ordem cronológica): “O Homem que Copiava”, “Redentor”, “Brasília 18%”, “O Auto da Compadecida” e uma série de outros filmes que me convenceram de que alguém sabia o que estava fazendo. Filmes bons, com atores bons, enredos criativos e narrativas interessantes. Foram filmes que me fizeram mudar de opinião, e admitir que a gente sabe sim fazer cinema, pelo menos tão bom como as produções de língua inglesa.

E quando eu finalmente vi “Cidade de Deus”, eu mudei de opinião de novo. Eu decidi que nossas produções estavam muito além do que Hollywood poderia fazer. “Cidade de Deus” tinha todas as qualidades dos filmes citados no parágrafo anterior, mas mais do que isso, contava uma história que não poderia ser contada em nenhum outro lugar do mundo. Era tão próxima da gente, com personagens tão reais que era quase um documentário. Até hoje considero o filme o melhor exemplo do que o Brasil faz em cinema.

A comparação com vídeo-game não é gratuita.

“Tropa de Elite” foi o segundo filme a me comover tanto como “Cidade de Deus”. Minha personalidade naturalmente anárquica tende a me predispor contra filmes que fazem apologia á autoridade, nesse caso o Batalhão de Operações Policiais Especiais (BOPE). Não gosto de ver esses aparelhos repressores do estado tratados como órgãos privilegiados, com poderes acima daqueles do cidadão comum. Mas como todo bom fã de filmes violentos, eu não podia evitar dar uma olhada no filme.

O filme é um baita tapa na cara. Os roteiristas não fazem questão nenhuma de esconder que a tropa de elite realmente se considera acima da lei, e que seus membros são formados dentro dessa concepção. E eu me surpreendi em ver o filme tratando isso com tanta naturalidade. Achei honesto. Achei coisa de macho. Não tentaram esconder o lado podre da polícia, expondo os problemas comuns a todo órgão com poder demais e recursos financeiros de menos. Não tentaram justificar ou fazer julgamentos sobre a situação; simplesmente retrataram e expuseram o que acontece. Quem decide se gosta ou não gosta, se acha bom ou ruim, é o telespectador. A “novela da vida real” se estende a outros temas como o pseudo-engajamento das ongs, o uso de tóchico e dogras pelos adolescentes de classe média, os entorpecentes como veículo de financiamento do crime organizado e tudo isso que costuma aparecer na capa da Veja.

Mas o enredo não importa muito em Tropa de Elite. Não que ele seja desinteressante, mas é melhor que você não saiba antes, pra receber o filme com todo o impacto que provavelmente foi planejado pelos produtores. A narrativa segue essa tendência mais ou menos recente de contar a história de trás pra frente, e depois explodir com a cabeça do telespectador no final. Eu gosto, ajuda a prender a atenção. A vida não acontece de forma linear.

E pra você que não está muito interessado nos aspectos técnicos e nem na crítica social do filme, saiba que você vai ficar mais feliz do que pinto no lixo. Todas as minhas expectativas de violência, tiros e mortes foram plenamente preenchidas com o filme. Tudo que eu esperava está lá: o treinamento foda dos aspirantes ao Batalhão, as táticas de invasão de favelas, os confrontos com traficantes, mortes de policiais e mortes de bandidos. O melhor filme de “polícia pega ladrão” que eu já vi nos últimos anos. Em vários momentos a parada vira um vídeo-game mesmo, entretenimento puro. “Entretenimento” para quem está devidamente dessensibilizado para esse tipo de violência, lógico. Sua avó e a patrulha cor-de-rosa talvez não gostem do filme, por ser “muito violento”.

O filme tem mais presunto do que a padaria da esquina.

Tão boas como as cenas de ação, são as cenas em que se mostra o dia-a-dia da polícia e dos traficantes. É tão real e tão satisfatório de assistir que você fica puto de saber que uma hora o filme vai terminar. Fica aquela sensação de “porra, mas eu quero saber mais, eu quero ver mais da vida desses caras, eu não sabia que isso funcionava desse jeito”.

Pra completar, todos os atores são excepcionais. Se fossem todos desconhecidos, como aconteceu em “Cidade de Deus” (depois do filme todo mundo ficou famoso), seria ainda mais espetacular. O Wagner Moura está muito bom no papel de Capitão Nascimento, o cara é um ótimo ator em qualquer coisa que faz. Mas o problema é que eu não consigo olhar pro cara e não pensar no playboy da novela das 8 que come a Camila Pitanga. Seria melhor para o filme se fosse um ator desconhecido naquele papel. Mas aí, só estou reclamando porque eu sou chato mesmo.

Desentoca, vagabundo.

Em resumo: filme bom pra caralho. Tão bom que eu quis escrever sobre ele pra vocês antes de qualquer um (Desculpa, Comandante Paulo Jr. Rompi a cadeia hierárquica.). Vou assistir ao filme DE NOVO no cinema. É definitivamente o tipo de produção nacional que eu quero apoiar com o meu dinheiro.

Sexta-feira + Metal extremo= Hell, yeah!

Música sexta-feira, 28 de setembro de 2007 – 31 comentários

Quase toda sexta-feira eu saio com os amigos para beber tequila e empurrar com cerveja num café cubano aqui na cidade.
– E eu com isso, Bel?
Bom, acontece que antes da saída, rola um ritual da minha parte. É o único ritual que consegue ser bichinha e machão ao mesmo tempo: escolher a roupa e fazer a maquiagem ouvindo “metal extremo”.

Daniel Filth. Além de gordo, esquisito e TANGA, é feio bagaraio.

Primeiramente, deixe-me esclarecer uma coisa: eu sou completamente anti-rótulos para música; prá mim, toda música com guitarras pesadas e vocal gutural eu chamo de “rock pesado”, subdividindo-se apenas entre “rock pesado bom” e “rock pesado ruim”. E não, eu não ligo de “metal” e “rock” serem duas coisas diferentes.
Mas como eu sei que o leitor pode não concordar comigo, dei uma pesquisadinha no orkut e vi quais rocks pesados podem ser colocados como “metal extremo”. Prá minha surpresa, 70% dos rocks pesados que eu escuto sexta de noite são death metal, 20% são thrash metal, 16.5% é black metal, 0.7% é doom viking college biba metal e 50% é dividido 25% em Sepultura e 25% em Metallica, que, se não me engano, são thrash metal.
Bom, quem liga prá estatísticas e rótulos, não é mesmo?
Voltemos ao “metal extremo”.

Segundo o wikipedia (ou seria a wikipedia? ah, foda-se), “metal extremo é um termo abrangente utilizado para definir subgêneros do heavy metal que são caracterizados por sua agressividade, tais como black metal, death metal, doom metal, thrash metal”. Ou seja: metal extremo é música de MACHO.
De todos esses gêneros, acho que os melhores são death e thrash.
Prá minha imensa surpresa, achei nhenhentas sub-sub-sub-divisões de death. Uns trens ridículos tipo brutal death metal, death metal técnico (what the fuck?!), doom-death e outras coisas inúteis assim.
Novamente, quem liga prá rótulos?

O que importa é que se você quiser dar um toque de macheza na sua inútil sexta feira (que aposto que não tem tequila nem cerveja que nem a minha. Mas caso tenha, não esqueça de me convidar), estou recomendando aqui músicas que já viraram tradição ouvir no antepenúltimo dia da semana (ou penúltimo, caso você seja TANGA e ache que domingo é, de fato, o primeiro dia da semana).

Eu ia indicar dez músicas, mas fiquei com preguiça e vou indicar só sete. Se contente com isso, ok?

Obituary – Insane

Eu queria ter achado outra música deles, mas não tinha no youtube… então, vai essa aí, que também é boa.

Behemoth – Inner Sanctum

Sombrio e sinistro, mas ainda assim é do caralho. O clipe youtubado é meio besta, mas é só minimizar e ficar curtindo o som.

Morbid Angel – Where The Slime Live

Death metal (acho) com cabeludos sacudindo a cabeça que nem bobos. Bom, muito bom.

Arch Enemy – Dead Eyes See No Future

A música não é tããão boa assim, mas a vocalista é muito gostosa.

Cannibal Corpse – Make Them Suffer

Não gosto muito de CC (“cecê”… hihihihi!), mas essa música é boa. O clipe que é meio bããã, com um menino ferido preso num quarto e mais cabeludos bobocas balançando a cabeça.

Sepultura – Roots Bloody Roots

AMO essa música. Simples assim.

Amon Amarth – Death In Fire

Esse dizem que é viking metal. Eu sei lá, só sei que o vocal é um tesão.

Acrescentando minha opinião pessoal a esse post: acho o tal de “bater cabeça” uma coisa muito sem graça, sem contar que você corre o perigo de, sei lá, deslocar seu cérebro. Rodinhas de porrada são mais legais. E mais: essa parada de pintar a cara de branco e fazer maquiagem de drag queen depressiva também é super brega. Vamos nos ater à música, né gente?
Bom, cada um na sua… tem quem goste, tem quem ache baboseira (eu), mas vamos todos admitir que o som é MUITO, mas MUUUUITO bom.

_\;;/ prá vocês.

Fast-food Reviews 010: Playstation Portable

Games sexta-feira, 28 de setembro de 2007 – 5 comentários

Não sabe como funcionam essas reviews? Veja a introdução aqui.

Coded Arms: Contagion

Eu curto matar coisas. Mas ás vezes enche o saco.

Vocês lembram do primeiro Coded Arms? Lembram o que era bom nele? Nada. A única coisa boa dele é que foi um dos primeiros (se não o primeiro) FPS para o PSP. Serviu pra mostrar que o portátil tinha capacidade de processamento pra rodar ambientes amplos em 3D e suportar um FPS com eficiência.

Tirando o crédito da novidade, Coded Arms era um FPS muito fraco; sem história, sem originalidade e sem diversão.

Contagion traz de novo o jogo de tiro para o PSP. Os gráficos estão melhores, as armas são mais legais e ainda tem um monte de inimigos pra matar. Tem até uns vídeos legais no começo, um bom modo tutorial e alguns conceitos interessantes de “mundo virtual”, uma coisa bem Matrix. Mas infelizmente a jogabilidade e o decorrer das fases continuam sendo um saco, como no primeiro. Os inimigos são completamente estúpidos e é só uma questão de sair atirando em qualquer coisa que aparecer pela frente. Sabe, isso era legal em, sei lá, 1998. Hoje em dia é meio chato, não sei se vocês pensam da mesma forma que eu.

Julgamento final: Serve pra impressionar o seu amigo que ainda não conhece o PSP. Você não vai agüentar meia hora jogando.

Yu-Gi-Oh! GX Tag Force 2

Não esqueça de desativar as animações durante os duelos.

Esse é o típico lançamento pra viciados em jogos de cartas. Ok, eu sou nerd e falo isso de boca cheia, porque essa porra é viciante pra caralho. Eu joguei o Tag Force lançado no ano passado por mais ou menos uns 6 meses seguidos, e não cansei. Só parei de jogar por causa do Jeanne D’Arc, que me tomou um tempo desgraçado.

Você não gosta do desenho Yu-Gi-Oh? Nem eu. Todos esses “animes” que são criados para vender produtos me enchem o saco, mas o jogo de cartas é realmente bom. Tem gente que acha melhor do que Magic: The Gathering, por exemplo.

E a versão game do jogo de cartas ficou espetacular, com um número enorme de cartas á disposição, e oponentes que realmente te desafiam a criar decks específicos pra conseguir derrotá-los. O jogo melhorou muito em comparação com o primeiro, com várias adições de conteúdo, cartas e modos de jogo. As aulas, por exemplo, não são mais aquela coisa pentelha que você fazia só para fazer o dia avançar, agora elas são um modo de jogo á parte, onde você pode conseguir itens e cartas interessantes.

Também foi dada uma ênfase maior ao modo Tag, onde você escolhe um companheiro pra jogar junto. Felizmente tiveram o bom senso de te dar a opção de continuar batalhando sozinho contra os outros estudantes.

De uma forma geral, essa continuação me surpreendeu. Eu esperava só um upgrade do primeiro jogo, mas os caras realmente conseguiram adicionar coisas novas e melhorar tudo. Altamente recomendado.

Julgamento final: Se você ainda está jogando o primeiro Tag Force, recomendo que substitua imediatamente por essa nova versão.

Jackass: The Game

Sexy

Todo mundo adora Jackass e eu não sou exceção. Mas a gente sempre sabe o que esperar desses jogos baseados em filmes, séries ou desenhos animados. O resultado final dificilmente agrada em termos de jogabilidade.

Eu nem sei por que peguei esse jogo, já que eu SABIA que ia ser uma merda. É legal ver os retardados de Jackass no seu PSP, e eles até que ficaram bem-feitos. Provavelmente foi isso que me fez ficar jogando por mais de meia-hora. Pra compensar a falta de conteúdo (Jackass não tem enredo, evidentemente), o jogo é dividido em vários mini-games, cada um imitando algum dos momentos da série, e sem perceber você vai fazendo um atrás do outro.

Pena que enche o saco. É legal participar de uma corrida de carrinhos de supermercado, mas depois que você dá umas risadas pela primeira vez, você percebe que é só um jogo primitivo e chato de corrida. Isso acontece com todos os mini-games; o apelo visual e humorístico se desgasta muito rápido.

Julgamento final: Se você for fã da série, vai querer dar uma conferida. Mas tenha em mente que, como um JOGO, ele é muito chato.

Porque atores bons fazem filmes ruins?

Primeira Fila sexta-feira, 28 de setembro de 2007 – 9 comentários

Estava eu assistindo a segunda temporada do seriado Entourage, que mostra os bastidores de um astro em Hollywood, quando surge uma questão bastante curiosa: após fazer um filme independente, o jovem astro Vince Chase é meio que obrigado pelo seu agente a fazer o filme Aquaman, uma super produção com um cachê milionário, que Vince necessita para pagar sua nova mansão e seu dispendioso custo de vida. Assim, me lembrei que vira e mexe algum ator de prestígio, principalmente após ganhar um prêmio como o Oscar, se envolve em produções de qualidade duvidosas que somente se justificam por inflacionarem seus cachês, escolhas equivocadas do próprio ou a divulgada Maldição pós-Oscar.

O primeiro nome que me vem á mente é Nicolas Cage. Sobrinho do diretor Francis Coppola, Cage abocanhou o Oscar em 94 pelo excelente desempenho como alcoólatra em Despedida de Las Vegas. Desde então, o ator vem diversificando suas escolhas em produções menores e filmes de ação, como 60 Segundos e Com Air. No entanto, nestes últimos dois anos Cage apareceu em nada mais, nada menos do que em cinco produções: O Sol da Cada Manhã, As Torres Gêmeas, O Sacrifício, Motoqueiro Fantasma e O Vidente (que estréia agora). Em comum, todos os filmes foram mal de bilheterias, inclusive Motoqueiro Fantasma, que mesmo rendendo mais de 100 milhões de dólares nos EUA, era esperado muito mais pelo investimento no filme (também na faixa dos 100 milhões).

“Como este roteiro porcaria caiu em minhas mãos?”

O futuro de Cage ainda está atrelado a filmes comerciais como a continuação do seu último sucesso A Lenda do Tesouro Perdido, que estréia no final do ano nos Eua e por aqui em janeiro. Mas ainda em 2008 Cage terá a chance de se redimir no drama Amarillo Slim, do excelente diretor Milos Forman, de Amadeus e O Estranho no Ninho.

Outro exemplo fácil de encontrar é o ator Cuba Gooding Jr., que ganhou o Oscar de ator coadjuvante por Jerry Maguire (da famosa cena “Show me the Money”). Depois do prêmio, Cuba ainda se envolveu em produções como Homens de Honra, com Robert De Niro. No entanto, nos últimos anos encontra-se o ator fazendo filmes de ação de segunda categoria, como End Game e Dirty (lançados diretamente me dvd) e nas comédias idiotas americanas como Norbit e na continuação de A Creche do Papai, que irá estrear nos cinemas (a princípio) com o título Acampamento do Papai, fracasso de bilheteria nos Eua. Imaginem a qualidade do filme.

Bom ator? dúvidas…

Contudo, esta situação não se restringe somente aos atores. Atrizes de renomado talento se perdem em produções de pouco reconhecimento, como Marisa Tomei, que ganhou o prêmio de atriz coadjuvante por Meu Primo Vinny (alguém ainda lembra deste filme?). Mesmo a bi-oscarizada Hilary Swank, que a cada Oscar ganho faz produções como O Núcleo e A Colheita do Mal. Porém, atriz que me chama a atenção pelas más escolhas é Halle Berry. De talento inegável (quem viu A Última Ceia pode notar), vem optando por produções de grandes estúdios, como a cinessérie X-Men e 007, ou ainda produções constrangedoras como Mulher-Gato, Na Companhia do Medo e o recente A Estranha Perfeita. A atriz ainda não conseguiu encaixar um filme decente desde seu merecido Oscar. Com certeza isto deve estar preocupando seu agente e a própria atriz.

Uma foto menos formal

De concreto, fica-se com impressão da difícil tarefa que deve ser escolher um filme somente pelo roteiro, ou mesmo argumento, sem saber direito quem deve ser o diretor ou os demais atores do elenco. Mas nota-se que sempre que um ator se destaca por uma interpretação num filme menor, inegavelmente seu agente ou empresário deve forçá-lo a aceitar o convite de algum produtor de Hollywood para aumentar o cachê do mesmo, independente do filme. Por vocês que atores se venderam por um ótimo cachê em um filme ruim?

Veja o pôster de One Missed Call

Cinema sexta-feira, 28 de setembro de 2007 – 3 comentários

Tá com o seu celular aí perto? Tá? Então joga ele pela janela.
Veja o pôster de One Missed Call e depois vai trocar de calça porque eu sei que você vai ficar com medo.

Alô, é do açougue?

One Missed Call é mais um dos desses remakes de terror oriental. Na história, diversas pessoas recebem mensagens em seus telefones, ligações dizendo que elas vão morrer e ainda sendo informadas de quando, como e onde isso vai acontecer que é pra se ninguém se desencontrar. Aí você me diz que é um filme bobo, já que alguém pode pegar uma lista telefônica e fazer a mesma palhaçada.

Esqueci de contar um detalhe: as ligações são feitas pelos próprios futuros defuntos.

Aí segue a história da gostosa que testemunha o fenômeno e conta pra todo mundo que acaba achando que ela é louca e por aí vai.
One Missed Call estréia dia 04/01/2008 lá fora e aqui só Deus sabe.

Fast-food Reviews 009: Nintendo DS

Games quinta-feira, 27 de setembro de 2007 – 5 comentários

Não sabe como funcionam essas reviews? Veja a introdução aqui.

 

DK Jungle Climber

Ainda dá pra inovar no gênero plataforma

Parece que esse jogo é continuação de um outro Donkey Kong. Não tenho certeza. O que eu tenho certeza é que esse aqui eu joguei, e achei bom pra caralho.

Eu confesso que já não tenho muita paciência para jogos de plataforma, e isso desde Crash Bandicoot do Playstation 1. Mas eu gostei muito desse Jungle Climber; ao invés de ficar pulando plataformas de gelo e poços de lava (não agüento mais isso), nesse jogo você vai progredindo através de pulos e agarrões em umas bolinhas espalhadas pelo cenário. Você vai escalando e pulando pelo cenário todo, e é divertido. Pelo menos é diferente.

Ainda tem uns mini-games e uns bônus interessantes, além de um design espetacular de progressão nas fases. A Nintendo sempre soube fazer esse tipo de coisa muito bem, e não decepciona nesse joguinho. Pena que é muito fácil, pois você acumula vidas ao coletar bananas e uns outros ícones; depois de umas três fases diferentes você já está com umas 20 vidas e tal.

Julgamento final: Jogo da Nintendo sempre vale a pena dar uma olhada, você sabe. Recomendado até pra quem já está de saco cheio dos clones de Mario.

Drawn to Life

Vocês já devem ter percebido que eu pago pau pro DS, principalmente pelo fato dele permitir certos estilos de jogos que não podem ser feitos em nenhum outro console. Drawn to Life é um desses jogos.

É um RPG fraquinho, vou falar a verdade. Não é ruim, só é totalmente clichê. Nada que você já não tenha visto antes, mesmo que não seja muito chegado em RPGs. Mas em compensação o design visual é legal; lembra um pouco Zelda e um outro jogo lançado recentemente: Freshly-picked Tingles Rosy Rupeeland. Vou falar desse aí no próximo FFReview, porque ainda tô jogando.

Mas o quente de Drawn to Life é que você desenha coisas que viram partes do jogo. Em momentos específicos, o jogo pára no meio e apresenta um editor visual, uma espécie de paintbrush no DS, e a história vai pedindo pra você criar cenários, personagens, componentes da história, etc. É bem interessante a experiência de ir criando o jogo, conforme você avança, e é muito difícil de resistir ao impulso espírito-de-porco de ficar desenhando pênis e bundas. Ainda mais que eles aparecem depois na tela e fica muito engraçado. Você vai dar risada também.

Julgamento final: Já sabe né? Pega Drawn to Life pra você ver um desses jogos que só podem ser feitos no DS. E se você não for muito chato como eu, pode até curtir a parte RPG do joguim.

Jam Sessions

Não é um jogo. Não se engane.

Sabe o que foi feito em Jam Sessions? Os caras pegaram as características únicas do DS e conseguiram simular uma guitarra que você toca com a canetinha! Eu nem sei tocar porra nenhuma a não ser o riff de Enter Sandman do Metallica, mas mesmo assim deu pra brincar um pouco. O jogo te ajuda a tocar algumas coisas, e se você tiver um mínimo de ouvido musical vai conseguir tirar as músicas famosas que estão incluídas no jogo.

Cara, eles conseguiram até implementar diferença sonora dependendo da força e velocidade do toque que você dá com a canetinha. Ficou muito parecido com a parada real. Eu nunca deixo de me impressionar com a sensibilidade da tela de toque.

Pena que os alto-falantes do DS são uma merda, então não esqueça de botar o fone de ouvido ou ligar em uma caixa de som externa.

Eu fico feliz quando sai esse tipo de coisa para o DS, porque é uma indicação de que a vida útil do portátil ainda vai longe. Continuam descobrindo novas formas de utilizar os recursos do DS, e é só uma questão de tempo até incorporar essas novidades em novas formas de jogo, como acabei de falar no caso do Drawn to Life.

Julgamento final: Não é um jogo. Se você curte música e sabe tocar alguma coisa, vai se divertir pra caralho. Se não manja nada e não sabe nem tocar violão, melhor investir o tempo em outra coisa.

BOMBA: O substituto de Solid Snake é brasileiro!

Games quinta-feira, 27 de setembro de 2007 – 4 comentários

Como todo mundo já sabe, Hideo Kojima, gênio criado da saga Metal Gear Solid, anunciou que Solid Snake não sairá vivo do próximo game da série, o Metal Gear Solid: Guns of The Patriots, ou simplesmente MGS4.

Logo Snake, o mestre da espionagem, do uso da técnica CQC, the fucking Big Boss, a linha de frente de um homem só, que deixa qualquer Chuck Norris ou Rambo no chinelo…

Mas a morte do personagem principal não quer dizer que a série vai acabar. Segundo a empresa Konami, distribuidora do game, é possivel que haja sequência de MGS, mesmo sem Solid Snake e mesmo sem o mestre Kojima, que já anunciou sua aposentadoria.

Se for o caso de sair um MGS5, dá para adivinhar quem será o próximo agente especial que tentará destruir os projetos da FoxHound?

-Você é o novo xerife, Liquid.
-Peço arrego, Capitão Nascimento.

Resenha – Bugsy Malone: Porque gangster bom é gangster infantil.

Cinema quinta-feira, 27 de setembro de 2007 – 9 comentários

Tá certo, imagine um filme sobre gângsters. Isso, tipo aqueles filmes do Al Pacino, mesmo. Com aqueles chapéus, os ternos, os caras andando juntos de um jeito esquisito, um chefão traiçoeiro que mata os subordinados que falham em suas missões e metralhadoras, sabe? Pois então, um troço desses com um diretor bom provavelmente já seria o bastante pra você terminar de assistir e dizer “puxa, que filme do CARÁIO, véi!”. Mas Bugsy Malone, lançado no Brasil sob o maravilhoso título “Quando as Metralhadoras Cospem”, não é só isso. Imagine a mesma situação descrita acima, agora, só que protagonizada por CRIANÇAS. Exatamente, crianças, aquelas coisas que parecem adultos, só que menores. E, claro, pra deixar a coisa ainda melhor, troque as pistolas por tortas! Aí sim o bagulho pira, rapaz!

O filme é de 1976, escrito e dirigido por Alan Parker. A história gira em torno da briga entre dois gangsters rivais – Fat Sam e Dandy Dan – e seus respectivos capangas. Em plena Chicago do final dos anos 20, as coisas vão mal para Sam, enquanto seu rival, por outro lado, parece crescer cada vez mais desde que sua gangue se armou com metralhadoras (que também atiram creme de torta). Aparentemente, sua única salvação está nas mãos de Bugsy Malone, um malandro daqueles que tapeiam geral, arrumando pilantragem até pra sair do boteco sem pagar o cafezinho. O cara resolve ajudar o velh… novo Sam a proteger seu negócio da gangue de Dandy Dan, mas acaba se apaixonando por Blousey Brown, uma cantora do bar do gordinho. Claro, a trama não estaria completa se a “moça perigosa” não quisesse laçar o protagonista também. E é aí que entra Tallulah, personagem de Jodie Foster, quando a menina tinha lá seus catorze anos. O final da confusão toda? Bom, isso você só descobrirá assistindo o filme, homem! Ce quer o quê? Que eu mastigue sua comida, agora, também?

É, véi, é a Jodie Foster, sim.

Recomendo bastante o filme. É um dos melhores exemplos do mundo de como se pode tratar de assuntos bem adultos, como o crime (os próprios protagonistas são desde picaretas até mafiosos), o jogo da sedução (muito bem trabalhado, aliás, por parte da Tallulah), a morte – nesse caso, sem apelar pra violência: quem é atingido por uma torta ou pelo creme das metralhadoras simplesmente “some” do filme, como se tivesse, de fato, morrido – e muitas outras coisas sob um ponto de vista infantil. É o tipo de filme que pode ser visto ao mesmo tempo por uma criança e por um adulto e soar igualmente interessante e esclarecedor pros dois, apesar de o foco ser diferente pra cada um. Alan Parker realmente fez um trabalho de gênio nessa obra-prima.

Outro ponto interessantíssimo são as músicas. Bugsy Malone tem todo aquele feeling dos musicais antigos, mas sem acabar se tornando uma coisa chata. Pérolas maravilhosas como “Bad Guys”, “My Name is Tallulah” e “Fat Sam’s Grand Slam” dão um colorido adicional ao filme, nas vozes de adultos (o que aumentou ainda mais o feeling de filme clássico de gangsters nas canções). Eu, particularmente, aconselho atenção especial na música “So You Wanna Be a Boxer”. Ficou do caralho, sinceramente!

Aconselho que você veja esse filme assim que possível. Aliás, veja o filme hoje.

…melhor ainda, veja o filme AGORA, ou você aparecerá boiando no lago com duas tortas no peito, capiche?

Ma bambino! Assista logo o filme, cazzo!

confira

quem?

baconfrito