A Teoria Dinâmica Sertaneja e as variáveis temáticas

Música segunda-feira, 14 de abril de 2014 – 3 comentários

Na eterna construção pós-traumática que é a vida, às vezes nos vemos na necessidade de um deslocamento por demais fastidioso e/ou exaustivo para ser percorrido à pé. Como trem de cu é rola e foda-se a sua individualidade, havemos de participar da celebração cultural e centro social que é o ônibus, o marinete, a jardineira, o autocarro, o busão, o coletivo, o bumba, ou, como dizem os burros do caralho mineiros, o trem.

 O famoso trem de Londres.

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Livros pra uma viagem

Analfabetismo Funcional segunda-feira, 11 de agosto de 2008 – 7 comentários

Dessa viagem até São Paulo onde conheci todos vocês, um fato não deixou de ser observado por mim. Tudo começou logo que embarquei aqui em Curitiba, já no ônibus. Tá certo que o fato de a viagem ser noturna indica que a maioria dos passageiros iria dormir, o que não é meu caso, é claro, mas o fato de eles distribuírem uma revista a cada um é algo que não pode deixar de ser notado, pois o que foi dado a cada um foi uma revista CARAS. Essa revista logo é colocada sob analise por Atillah e eu, que depois de alguns segundos a folheando, chegamos a uma constatação: A desgraçada não tem índice nem número de páginas, além de ter seu preço de capa abusivo de 6,90, praticamente uma facada na barriga seguido de um giro, pra machucar mais. De tudo isso, só tenho uma coisa mais a adicionar: Espero que o preço dela não tenha sido incluso na passagem.
Dito tudo isso, vamos em frente. Se você é como eu, um cara chato que não consegue dormir durante uma viagem de ônibus, acredite, a viagem vai ser longa. E nada melhor do que aproveitar esse tempo pra colocar a leitura em dia, não é? Para ir a São Paulo, coloquei em minha mochila 4 livros que já estavam a muito tempo esperando ser abertos e por sorte consegui terminar um deles. Aproveito pra agradecer a todos vocês por terem me dado motivo para não ler eles por aí. Um deles, achei perfeito pra ler no ambiente do ônibus, pelo menos a releitura dele ficou ainda melhor ali, sei lá como. H.P Lovecraft é uma boa escolha, com seu livro A tumba, pois suas histórias têm aquele fundo estranho, desconhecido e que combina direito para a viagem. Se além de não conseguir dormir você ainda for medroso, suas idas ao banheiro serão apavorantes, seu cagão.
Agora, um outro que só tive a chance de começar e seu efeito de deixar suas pálpebras pesadas me impediu de continuar foi um livro chamado A imaginação, de Jean-Paul Sartre. A maneira de ele abordar o assunto em seu primeiro capítulo é interessante, mas depois começa a ficar entediante, chata. Acredito que seja pelo mesmo motivo do outro livro ter ficado melhor que ele tenha tido esse feito em mim, pois terminei de o ler há algum tempo e nada disso aconteceu. Então, se querer tentar dormir é seu objetivo, tentar ler esse livro é uma boa tentativa de cumprir seu desejo.
Mas, seja lá qual for sua escolha, não chegue perto das revistas oferecidas pela empresa. Acredito que a única coisa que prestava daquelas revistas eram as palavras cruzadas, das quais não pude fazer pois eu tinha apenas lápis na mochila e o fato de ele não marcar as páginas me decepcionou um pouco.
E agora, pra finalizar, se for observar bem o preço de cada um dessas revistas, dava bem pra comprar um ótimo pocket book, que além de ser bem mais… compacto que uma daquelas paredes de páginas, tem o fator que seria de mais cultura para cada um dos passageiros. A não ser, é claro, que você goste de ler sobre Chiquinho Scarpa dando uma festa para seus convidados para comemorar sua 37ª operação plástica…

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