E se misturassemos cinema com a história da arte?

Cinema terça-feira, 02 de outubro de 2012 – 1 comentário

Não sei se eu que estou ficando louco, ou mais alguém acha que um filme pode ser considerado uma pintura animada? Devo ser só eu mesmo que acha isso, mas é fato que alguns filmes tem fotografias tão belas que se algumas cenas fossem congeladas, poderiam ter sido obras de arte de grandes pintores da história. Então, partindo dessa ideia, selecionei alguns filmes e obras de alguns pintores que poderiam ter criado essa maluquice que inventei. Alguns eu levei mais em consideração o estilo, outras levei em conta as emoções transmitidas, assim como o período histórico. Chega de lenga-lenga, vamos a essa bagunça (Na esquerda, obra do artista; na direita, cena do filme): continue lendo »

As Cenas Mais Emblemáticas da História do Cinema

Cinema terça-feira, 01 de novembro de 2011 – 6 comentários

Definir um critério de seleção para o título do texto que vós ledes não é uma das tarefas mais fáceis. Acho que uma boa maneira de escolher entre tantas cenas clássicas as que mais bem representam o cinema em sua essência, é simplesmente o fato de se associar tal cena a o cinema de modo geral. Complicado né? Então vamos fazer da seguinte forma: CINEMA! E aí, que cena veio à sua cabeça? Vamos à algumas das mais importantes e emblemáticas de todos os tempos: continue lendo »

Primeira Vez

Primeira Fila sexta-feira, 26 de fevereiro de 2010 – 6 comentários

Era uma tarde de verão na Espanha. Ainda estranhava o calor que fazia. Afinal, aquilo não era Europa? A noite anterior havia sido animada, com direito a 3 ou 4 bares. Eram férias dentro das férias. Ri do meu amigo porque ele passou mal quando chegávamos ao albergue e ele deve ter jogado alguma praga, porque na manhã seguinte todas as sangrias me saudavam. Passei uma manhã inteira de molho, amaldiçoando o sol de Madri por torrar minha retina mesmo com olhos fechados. A tarde lembrei que ficar trancada seria a coisa mais estúpida que poderia fazer na vida, então engoli um dramin, chutei o Pedro na cama ao lado e rumamos pro Museu da Rainha Sofia.

Logo no começo, Guernica. É um quadro enorme e com informação o bastante pra ficar lá babando por uma semana, no mínimo. Mas eu não tinha tanto tempo assim só pro Picasso, então seguimos pras outras salas. Eis que avisto aquela assinatura torta do único homem de bigode que eu gosto, o senhor Salvador Domingo Felipe Jacinto Dalí i Domènech. Estava em casa no meio do surrealismo. Tantas cores que uma sala em tom escuro me chamou a atenção. Fotos de uma mulher com um dos olhos super abertos por dedos masculinos. Fotos das antenas do Dalí. Fotos e mais fotos que culminavam numa cortina que dava pra uma sala completamente sem luz, exceto por projeções. O que era aquilo? continue lendo »

“TOP 100 FILMES BACON FRITO” 30 – 26

Cinema segunda-feira, 18 de janeiro de 2010 – 5 comentários

30) Quanto Mais Quente Melhor

(Billy Wilder, 1959)

Pedro: A eleita (pela AFI) melhor comédia já feita não tem esse título a toa. Contando com uma atuação inesquecível de Jack Lemmon, o filme conta a história de dois músicos (Lemmon e Curtis) que se travestem de mulheres para fugir de um grupo de mafiosos. Ah… e eu já falei que esse é O filme de Marilyn Monroe? Leve, incrivelmente divertido e com um dos finais mais marcantes do cinema, Quanto mais quente melhor só não é a comédia perfeita porque como ela deixa bem claro… ninguém é perfeito. continue lendo »

Cinema Subversivo

Primeira Fila sexta-feira, 05 de dezembro de 2008 – 21 comentários

Atrás de idéias pra escrever um texto com urgência, um amigo sugeriu escrever sobre a decadência e o ressurgimento do “Cinema Subversivo”. Meu primeiro pensamento foi: Q

MOMENTO HOUAISS

sub.ver.são s.f. 1 Revolta contra ordem estabelecida 2 Pertubação

Traduzindo pra quem tem problemas com dicionários, Cinema Subversivo é aquele que foge do padrão “American Way of Life” no cinema.

AUGE(s) E DECADÊNCIA(s)

A própria invenção do cinema foi uma coisa subversiva, então é natural que os primeiros subversivos sejam os primeiros roteiristas e diretores da sétima arte. Entre eles, destaco Luis Buñuel. Um Cão Andaluz (Un Chien Andalou, 1929) e A Idade do Ouro (L´âge d´or, 1930) são filmes que me deixaram de queixo caído quando os assisti num museu em Madri. Foi como se nunca tivesse visto um filme antes na vida, e como se todos os outros filmes fossem ridículos perto dele. Isso é subversão. Claro que parei de desenhar corações com o nome do Dalí umas horas depois, mas com certeza os filmes me pertubaram.

Depois dos anos 30 o cinema descambou pros musicais e houve a primeira decadência. Não que eu não goste de musicais, na verdade gosto muito, mas isso é só porque tenho personalidade bipolar. O que interessa é que o subversivo foi deixado de lado, em produções menores. Foi então que surgiu um diretor marcante: Stanley Kubrick. Laranja Mecânica (A Clockwork Orange, 1971)apresentou Alex, um anti-herói na medida pro Cinema Subversivo. O mundo ficou chocado com a imagem de um jovem que achava divertido espancar pessoas, falando uma língua diferente e que acaba sofrendo uma lavagem cerebral do governo pra se tornar bom.

Imagine se o Kubrick tivesse mencionado que ele só tem 15 anos

Depois que Kubrick partiu pro suspense, o Cinema Subversivo amoleceu de novo. Nos anos 90 é que veio uma boa safra do gênero, tendo seu ápice em Trainspotting (1996). A história de Renton, um escocês que escolheu não escolher, faz qualquer um querer chutar a própria televisão, largar o emprego e ir pra um bar ligar o foda-se. Três anos depois, mais uma ótima adaptação de um livro. O diretor David Fincher lançou o mais famosinho da minha lista, O Clube da Luta (Fight Club, 1999). Tyler Durden é tudo que o narrador do filme quer ser, e então ele foge da vida convencional que tinha pra ir morar no meio do nada, achando finalmente um sentido: o clube da luta (dâh!). Rá, eu sabia que você já tinha visto um filme subversivo, mesmo que nem você soubesse disso.

Você viu, mesmo que tenha se concentrado só no Brad Pitt

Atualmente, um dos maiores diretores de obras subversivas é o mexicano Alejandro González Iñárritu. Mesmo com esse nome difícil de escrever, o cara dirigiu filmes que dão voltas e mais voltas até chegar ao mesmo final que uma narrativa comum teria chegado, só que de uma forma BEM mais interessante, tipo 21 gramas (21 grams, 2003) e Babel (Babel, 2006), além de ter produzido Amores Brutos (Amores Perros, 2000). Em comum em todos eles está a fuga dos personagens do convencional.

Antes de pesquisar sobre Cinema Subversivo e depois do Q, perguntei pro meu amigo do início do texto o que diabos era aquilo, e pra minha surpresa ele usou como exemplo exatamente todos alguns dos meus filmes favoritos. Nem sabia que esses filmes tinham um rótulo, mas pelo menos eu vou ter uma resposta pronta da próxima vez que me perguntarem qual é o meu tipo de filme favorito.

confira

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