De vez em quando me pego ouvindo alguma coisa que eu simplesmente não ouviria normalmente. Isso tem os mais variados motivos, e algumas delas são um tanto previsíveis: Memória afetiva, músicas chiclete, simples vontade de ouvir algo diferente, masoquismo intrínseco e inexpugnável e a presença de outras pessoas indignas de confiança musical. Mas, uma vez ou outra, algo consegue ultrapassar as barreiras da inteligência, pular os muros do bom gosto, nocautear o bom senso e apertar o botão vermelho do foda-se.
Eu não vi a primeira edição de American Idol. Confissão feita, agora posso dizer sossegada que não acompanho o programa desde seu nascimento na televisão mundial, mas tenho apreço pelo mesmo. Foi lá pela quinta edição, em 2006, que eu comecei a tomar gosto pelo programa que, até então, me fazia rir com tanta gente bizarra e sem noção cantando e, após o freak show inicial, comecei a ficar encantada com as performances de Katharine McPhee, vice campeã do reality, tendo perdido para o cômico – porém talentoso- Taylor Hicks. Mas não é disso que quero falar.