As mulheres de Gillian Flynn – Libby Day (Lugares Escuros)

Livros segunda-feira, 25 de abril de 2016 – 0 comentários

Lugares Escuros foi o segundo romance de Gillian Flynn, publicado em 2009. Se comecei falando de Garota Exemplar pela popularidade do longa homônimo, sobre este eu alerto: Leiam o livro. SÓ O LIVRO. SÓ-O-LIVRO! Apesar de ser estrelado pela linda, musa, maravilhosa Charlize Theron, é melhor evitar a fadiga, porque é uma grande porcaria.

O thriller, cuja adaptação cinematográfica, eu insisto, é desastrosa, conta a história da bela, desbocada e do bar, Libby Day. A pequena menina ruiva que testemunhou a morte brutal de sua família e condenou o irmão mais velho, Ben 10 Day, à prisão perpetua quando atestou, perante ao júri, que o rapaz, então com 15 anos, havia assassinado mãe e irmãs. Fria, desajustada e cleptomaníaca na vida adulta, tem que enfrentar o passado ao ser convencida a investigar mais a fundo o drama familiar. O pavor de reencontrar o irmão, a quem era apegada na infância, e a culpa por, talvez, ter sido levada a acreditar que havia visto algo do qual já não tem tanta certeza, confere à protagonista alguma coisa de humanidade, assim como as raras relações interpessoais que o livro nos permite conhecer. continue lendo »

As mulheres de Gillian Flynn – Amy Dune (Garota Exemplar)

Livros quarta-feira, 13 de abril de 2016 – 0 comentários

Nunca admirei personagens femininas tipicamente fortes do universo literário, nem de qualquer outro lugar. As heroínas perfeitas, de coração puro, nobre, abnegadazzzZZZZzzz. Acho-as chatas. Quanto mais complexa, problemática e twisted inside – tipo eu – melhor. Carrie, de Stephen King, foi a primeirona. Criou, em mim, um fascínio absurdo com a história da menina encurralada que ascende, poderosa, contra os inimigos. Literalmente tocando o terror sobre tudo e todos, incendiando sua pequena cidade e fazendo carros voarem. Annie Wilkes, de Louca Obsessão, um dos meus livros favoritos do King, tem sobre si a aura do mal e da loucura, mas é impossível não criar ainda que um resquício de empatia, com a solitária e misteriosa enfermeira, apaixonada platonicamente por seu autor favorito Paul Sheldon. Após resgatá-lo de um acidente, ela o leva para casa e o mantém em cárcere privado, exausta da solidão e da vida medíocre que leva. O plot angustiante e claustrofóbico azeda ainda mais quando ela descobre que sua personagem favorita, Misery Chastain, será assassinada no livro seguinte. Tão doentias quanto as ações de Wilkes, é o fato de ninguém olhar por ela, deixando que seus demônios a assumam.

Warning: Cuidado com as influências literárias alheias, George R.R. Martin. Existem muitas Anne Wilkes espalhadas por aí. continue lendo »

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