Após o sucesso de Hairspray – Em Busca da Fama, o gênero musical comprava seu bom momento com o lançamento de Across the Universe, da diretora Julie Taymor (responsável pela adaptação na Broadway de Rei Leão e pelo filme Frida).
Uma história de amor num cenário ambientado na década de 60 em meio aos anos turbulentos de protesto contra a guerra, exploração da mente e rock ‘n roll, o filme vai das docas de Liverpool ao universo criativo e psicodélico de Greenwich Village, das ruas tomadas pelos protestos em Detroit aos campos de morte do Vietnã. Os artistas namorados Jude (Jim Sturgess) e Lucy (Evan Rachel Wood), na companhia de um pequeno grupo de amigos e músicos, são atraídos pelos movimentos contrários á guerra e da contracultura que surgiam, com o “Dr. Robert” (Bono) e “Mr. Kite” (Eddie Izzard) como seus guias. Forças turbulentas fora do controle deles acabam separando os dois jovens, obrigando Jude e Lucy – contra todas as adversidades – a encontrarem um jeito de voltar um para o outro. Além da sinopse Paz & Amor, o filme é recheado de músicas dos Beatles, como pode ser visto no trailer abaixo, tem previsão de estréia por aqui em 07/12.
O filme ainda conta com a participação especial de astros como Bono (U2), Eddie Izzard, Joe Cocker e da atriz Salma Hayek.
Não sabe como funcionam essas reviews? Veja a introdução aqui.
Final Fantasy Tactics: The Lion War
Esse jogo não precisa de foto. Se você não conhece ainda, só lamento.
Final Fantasy VII foi o jogo que me fez comprar o Playstation 1, há mais de dez anos atrás, e de bônus eu trouxe o Final Fantasy Tactics, sem saber direito o que era. Depois viciei na parada, gastei um mês inteiro pra conseguir terminar o jogo, e mais algumas dezenas de horas para descobrir todos os segredos e jobs que o jogo oferecia.
FFT fez escola, apontando os rumos para quase todos os RPG’s estratégicos que surgiram na última década. No próprio PSP fomos agraciados com Jeanne D’Arc, que bebeu na fonte, e me trouxe uma experiência muito próxima do que FFT havia me proporcionado há anos atrás.
A agora ele chega para o PSP. O precursor, the real thing.
O jogo foi todo modificado para se adaptar ao PSP. Logo de cara já é possível observar a melhora de visualização que a tela widescreen traz: campo visual aumentado, mais espaço para os menus e cutscenes cinematográficas. Aliás, as cutscenes são um show á parte; especialmente desenhadas para essa versão, ficaram diferentes de tudo que eu já vi antes, pelo menos no PSP. Lembram um pouco as melhores cenas de Okami, com aquela qualidade de cenas pintadas a mão. Além de serem bonitas, aprofundam ainda mais a relação entre os personagens e esclarecem um pouco a história, uma das mais complexas de toda a série Final Fantasy.
Na parte técnica, confesso que senti os gráficos como algo meio velho e ultrapassado. Provavelmente porque eles SÃO velhos. Ou então porque fiquei mal-acostumado com o belíssimo cell-shading de Jeanne D’Arc. Mas rapidamente me acostumei e voltei a admirar a beleza do jogo, sempre dentro do padrão Square de qualidade. Afinal, são gráficos melhores do que de muitos jogos do próprio PSP.
Em termos de jogabilidade nada foi modificado. E nem poderia. É exatamente a mesma experiência excelente do original. Conteúdos, jobs e personagens novos foram adicionados, mas tenho certeza que você vai querer descobri-los por si mesmo.
Julgamento final: Ou você ama Final Fantasy Tactics ou odeia. Seria piada eu recomendar ou não esse jogo, porque quem conhece certamente não vai deixar passar. Mas para quem não conhece e tem curiosidade por ouvir falar, essa é a melhor oportunidade para conhecer o pai dos jogos turn-based contemporâneos.
Hot Pixel
Esse é só um dos mini-games do jogo. Não imagine que Hot Pixel é todo assim.
Já jogou alguma das versões de Wario Ware? Lembra como ele ficava no limite exato entre um jogo extremamente divertido e um jogo extremamente retardado?
Hot Pixel cruzou a linha. Ele é um clone retardado de Wario Ware. Você até pode se divertir por uns 5 minutos com os mini-games extremamente derivativos e sem personalidade que o jogo oferece, mas é muito fácil de se irritar com o protagonista que escolheram: uma espécie de skatista com problemas mentais, que não tem um décimo do carisma de Wario.
O jogo podia ser bom. Ele utiliza alguns conceitos de retro-gaming que poderiam ficar muito legais se unidos por um tema comum. Ou uma história interessante, pelo menos. Mas nada disso foi feito, então o jogo deve descer pelo ralo. Sem comentário adicionais.
Julgamento final: Evite como se fosse um clone retardado da sua última namorada.
Crush
Mais um jogo respeitável exclusivo para o PSP.
Eu sempre falo que o Nintendo DS é o console onde os jogos inovadores aparecem. Mas Crush prova que o PSP também pode ser uma plataforma inovadora. Dead Head Fred, que eu apresentei aqui, foi um dos jogos mais diferentes que eu vi no PSP, talvez junto com LocoRoco. Crush junta-se a esses nomes, por não ter um gênero definido e ser extremamente divertido.
É uma mistura de puzzle com plataforma. Mas isso nem começa a descrever o que é o jogo. Ele possui um enredo interessantíssimo, e o seu personagem está, na verdade, resolvendo os puzzles para resolver seus próprios problemas inconscientes, literalmente esmagando (crushing) os problemas. E mesmo com um enredo tão interessante, a jogabilidade ainda brilha mais que a história.
O interessante de Crush é que ele altera o cenário entre 2D e 3D ao toque de um botão. Certas coisas você só pode fazer com o cenário em duas dimensões, enquanto outras coisas só funcionam em um campo tridimensional. O legal é que você muda de dimensão á hora que quiser, podendo manipular o ambiente da forma que achar melhor. É um recurso que fica visualmente impressionante e extremamente divertido de jogar. O puzzle mais original que vi nos últimos tempos.
Julgamento final: Totalmente recomendado para quem gosta de puzzles, pois tem aquela qualidade obsessiva e viciante dos melhores jogos desse gênero. Se você não gosta de puzzles pense duas vezes; apesar das screenshots, ele não é um jogo de ação e nem de plataforma.
Não sabe como funcionam essas reviews? Veja a introdução aqui.
Kurupoto Cool Cool Stars
Joguinho motherfucker sem-vergonha
Eu sempre gosto de dar uma olhada nesses joguinhos puzzle, por mais bizarros que eles pareçam á primeira vista. Foi por causa desse espírito aventureiro que descobri jogos como Picross, do qual eu já falei aqui.
Infelizmente a maioria dos jogos puzzle é uma desgraça. Os Meteos e Lumines que consigo garimpar de vez em quando são a exceção. Mas fazem valer a pena a encheção de saco que é a busca.
Kurupoto é um puzzle a ser evitado; já começa pelo tema e design extremamente infantis: as estrelas caíram do céu e você tem que resolver puzzles para ajudar elas a voltarem e formarem constelações. Seria fácil ignorar a história se o jogo fosse legal, mas não é. Você simplesmente gira a tela com o L e o R enquanto tenta fazer uma bolinha chegar até um alvo, evitando blocos que rolam pela tela impedindo de chegar até o objetivo. Depois de 10 minutos fica bastante repetitivo, e você pára de pensar para resolver os puzzles, simplesmente girando a tela até a bolinha chegar lá. O jogo com certeza é voltado para iniciar crianças pequenas e um pouco burras nas artes dos puzzles.
Julgamento final: Ignore.
Freshly Picked Tingle’s Rosy Rupeeland
Capitalismo homo-afetado
Tingle é um personagem peculiar dos jogos Zelda; meio homossexual e afetado, e como se isso não bastasse, ainda veste um colant verde. Bom, podia ser um colant rosa, né? As coisas sempre poderiam ser piores, então é melhor não reclamar.
Freshly Picked… é um rpg bizarro baseado em um personagem homo-afetado. Apesar da premissa um pouco estranha, eu gostei do jogo. Ele tem personalidade, o que, no fim das contas, é o que eu procuro nos jogos ultimamente. Já não me interessam mais os clones de jogos existentes, eu quero ver coisas diferentes. E nesse jogo tudo é diferente, desde o estilo de jogo, passando pelos personagens, até os objetivos do enredo, que sempre incluem as rupees (o dinheiro em Zelda) de algum modo. O jogo é tão capitalista que você paga até pra FALAR com os outros personagens do jogo. Você paga pra tudo, até pra apanhar: quando você entra em alguma batalha e é atingido, você perde um certo número derupees, ao invés de perder parte de uma barra de energia.
Um jogo esquisito, que chama a atenção mais pelos elementos bisonhos e capacidade de surpreender o jogador do que propriamente por uma jogabilidade excepcional. Me pareceu um jogo experimental, para forçar mesmo os limites tradicionais de um rpg. E dentro desse objetivo ele é bem sucedido. Se você quer um RPG mais tradicional, fique mesmo com o The Legend of Zelda: Phantom Hourglass, do qual vou falar no próximo Fast-Food de DS.
Julgamento final: Indicado para jogadores mais maduros, que já viram muita coisa em termos de RPG. Vale mais pelas surpresas do que pela jogabilidade.
Crash of the Titans
A volta inesperada do mascote cheirado da Sony
Olha só quem voltou aos consoles: Crash Bandicoot, o mascote da Sony! Que irônico ver esse personagem no DS. Foi mais ou menos o mesmo choque de ver Sonic pela primeira vez em um console da Nintendo.
Peguei o jogo sem muitas expectativas, pois sabia que o desenvolvedor do jogo não era a Naughty Dog, responsável pelos jogos incríveis de Crash no Playstation. Mas por mais que eu não quisesse gostar do jogo, acabei me rendendo. Felizmente os desenvolvedores não tentaram fazer um port maquiado de algum dos Crashs originais, e fizeram algo que é ao mesmo tempo inovador e familiar aos fãs da série. Você ainda segue por um cenário 3D bastante limitado e ainda é um jogo de plataforma, coisas que me agradam. Mas os desenvolvedores implantaram também maneiras novas de interagir com os inimigos, e agora você pode capturá-los e montar neles, utilizando então as habilidades próprias de cada um.
Também é possível fazer upgrade das habilidades de Crash e utilizar itens de recuperação ou modificação de status durante as fases, bastando tocar com a caneta em algum dos itens no seu estoque. Você pode dar uma parada e recuperar energia, por exemplo, sem ficar dependendo de encontrar ou não o item durante a fase. Achei uma implementação muito interessante, considerando o estilo do jogo. Além disso, o design das fases ficou criativo e até bonito, dentro das limitações do DS para lidar com 3D. Cheguei mesmo a sentir um déja-vu de Playstation 1 no ar. A sensação de nostalgia só não foi completa porque o direcional do DS é infinitamente pior do que o Dual Shock do Playstation.
Julgamento final: Garante umas horinhas de diversão, mesmo que você não seja fã do Crash. Totalmente indicado para quem jogava Crash no Playstation e gostava.
Lembram do MTV Unplugged in New York, do Nirvana? É claro que lembram, é um dos mais famosos. Enfim, depois de o MTV Unplugged do Alice in Chains ser relançado em DVD, agora é a vez do Nirvana.
O DVD vai contar ainda com algumas imagens que não foram divulgadas na época, e com uns quatro sons gravados nas passagens de som, que também não haviam sido transmitidos. O show foi gravado em 18 de Novembro de 1993 e lançado no dia 1º de Novembro de 1994, coisa de uns sete meses depois que Kurt Cobain se matou.
Coisa de colecionador. Eu, como novo admirador da banda, vou… aceitar se alguém quiser me dar um de presente. O DVD sai no dia 20 de Novembro.
Unplugged in New York – Nirvana
Lançamento: 20/11/2007
1. About a Girl
2. Come As You Are
3. Jesus Doesn’t Want Me for a Sunbeam
4. The Man Who Sold the World
5. Pennyroyal Tea
6. Dumb
7. Polly
8. On a Plain
9. Something in the Way
10. Plateau
11. Oh Me
12. Lake of Fire
13. All Apologies
14. Where Did You Sleep Last Night
Você que é mais novo, não deve se lembrar de AstroBoy, aquele desenho que teve uns episódios passados a um tempo atrás, que eram a regravação de uma versão mais antiga. Pois bem, a série original é de 1952, um dos primeiros animes que saíram.
Recentemente, foram feitas algumas especulações sobre um filme do desenho, mas só de imaginar um moleque de bermudas, fiquei com medo. Por sorte, agora que a primeira imagem foi divulgada, dá pra ver que será melhor do que pensei:
O filme, que está sendo produzido pelo mesmo estúdio que fez o filme das tartarugas ninjas, que eu não assisti, será dirigido por Colin Brady, o cara que coordenou os efeitos especiais de filmes como “Magnólia”, “Desventuras em Série”, e a primeira animação do filme do E.T., lá pelos anos de 1982.
Pra quem não sabe a história, é sobre um cientista que constrói um robô, depois da morte de seu filho.
E no site First Showing, ainda foi divulgado o pôster do filme, que você confere abaixo:
Clica na imagem para ver ele ainda maior. Estará nos cinemas em algum mês de 2009.
Com a notícia divulgada nesta semana que Natalie Portman (gatíssima, de V de Vingança), entrou no elenco de Brothers, com Tobey “Homem-Aranha” Maguire e Jake “Brokeback Mountain” Gyllenhall, lembrei que este filme é, na verdade, uma refilmagem de um filme homônimo dinamarquês recente, acho que 2004, mas lançado comercialmente por aqui em 2005 (o dvd foi distribuído pela Califórnia Filmes). Brothers faz parte de uma nova “moda” do cinema americano, refilmar recentes filmes não falados em inglês (isto mesmo, americano é preguiçoso e não gosta de ler legendas), para o mercado americano.
Musa inspiradora da coluna
Ou pior do que não querer ler legendas, o grande problema por trás disso é a falta de originalidade das produções americanas atuais que, quando não são continuações ou são adaptações literárias ou são refilmagens de clássicos antigos. Fez sucesso internacional ou ganhou prêmios em festivais, compra-se os direitos (investimento mais barato e com certa garantia) e se refilma com mais dinheiro e um elenco mais conhecido com todos falando um inglês bastante fluente.
Num primeiro momento, você lembra que isto acontece somente com produções orientais, até porque, se acostumar com uma língua como a chinesa onde, por exemplo, parece que todos estão gritando (principalmente as mulheres) é irritante. São vários os filme já adaptados pelos americanos, temos desde os já famosos O Chamado (1 e 2), O Grito (1 e 2), Ígua Negra até os mais recentes e prontos para serem lançados One Missed Call (que teve o pôster divulgado aqui) e The Eye (este imperdível pela presença da hot Jessica Alba). Mas, nem só de assombrações de meninas cabeludas vivem estas refilmagens americanas, no ano passado, o argentino Alejandro Agresti dirigiu para o mercado americano a refilmagem de Siworea, romance sul coreano de 2000, que recebeu o título de A Casa do Lago, um dos melhores filmes de mulherzinha de 2006.
cena assustadora de The Eye ou “ahhh!Quemei o bolo!!”
Falando em argentinos, Steven Soderberg (cineasta da cinessérie Onze Homens…) produziu uma versão de Nove Rainhas (2000), espetacular filme de golpe e trapaça dirigido pelo falecido Fabian Bielinsky e protagonizado pelo ótimo ator Ricardo Darin (O Filho da Noiva), que na versão ianque recebeu o título de 171, mas, neste caso a refilmagem ficou muito aquém do original.
Dois outros exemplos recentes estiveram em cartaz neste ano: Um Beijo a Mais, comédia romântica dirigida por Tony Goldwin e protagonizada por Zach Braff (Scrubs), é na verdade, baseada no italiano O Último Beijo (disponível em dvd), do agora internacional diretor/roteirista Gabriele Muccino (Í Procura da Felicidade). Neste caso, os filmes se equivalem até porque na versão americana, o roteiro foi adaptado com algumas idéias criativas de Paul Haggis (roteirista da moda em Hollywood, escritor de Crash – No Limite e Menina de Ouro). O outro caso é Os Infiltrados, ganhador do Oscar neste ano, adaptado por Willam Monahan e dirigido pelo mestre Martin Scorsese, o filme original é o chinês Conflitos Internos (disponível em dvd), ambos os filmes muito bons, sendo que o chinês é um pouco menos convencional do que a versão americana.
Dois motivos para ver Um Beijo a Mais: Rachel Bilson e Jacinda Barrett
Claro, que não há convenção que diga que uma refilmagem, necessariamente, seja inferior ao original, somente o que me chama a atenção é esta tendência do mercado americano de mimetizar (palavra difícil, hein?), outras produções que, diferentemente deles, conseguem inovar em tramas e argumentos. Claro que facilita, principalmente na cabeça do produtor, que um filme já testado em outras platéias e aprovado, seja uma garantia de retorno financeiro para ele também, porém, este tipo de refilmagem está se tornando um hábito em tempos onde a criatividade é artigo raro em Hollywood, refletido no baixo número de filmes americanos originais que realmente impressionam as platéias atuais.
Uma das melhores atualizações de músicas em Guitar Hero III foi anunciada ontem:
Same Old Song and Dance (by Aerosmith)
Helicopter (by Bloc Party)
Stricken (by Disturbed)
Monsters (by Matchbook Romance)
Before I Forget (by Slipknot)
Kool Thing (by Sonic Youth)
When You Were Young (by The Killers)
Devil Went Down to Georgia (as made famous by Charlie Daniels Band)
Sunshine of Your Love (as made famous by Cream)
Holiday in Cambodia (as made famous by Dead Kennedys)
Cliffs of Dover (as made famous by Eric Johnson)
Hit Me with Your Best Shot (as made famous by Pat Benetar)
Black Magic Woman (as made famous by Santana)
Story of My Life (as made famous by Social Distortion)
Pride and Joy (as made famous by Stevie Ray Vaughn)
The Seeker (as made famous by The Who)
Black Sunshine (as made famous by White Zombie)
Fonte: aqui.
Felizmente estão diminuindo os malditos covers e colocando as versões originais. Aqueles covers no estilo de “Take Me Out” davam um desgosto desgraçado.
Coisas excepcionais anunciadas aí, hein? Olha o Dead Kennedys lá, cara! White Zombie, Stevie Ray, Santana, Cream, The Who… porra, só coisa crasse “A”. Tirando The Killers, evidentemente, que deve ser alguma aposta que eles perderam. Aí tiveram que colocar esse excremento ali no meio.
Agora é esperar o jogo sair, pra gente poder tocar tudo isso aí no Frets On Fire.
Atenção fãs de seriados! Para você que prefere acompanhar os seriados na tevê à cabo (obviamente que se você é fã e espera para acompanhar na televisão aberta, “I’m sorry”), ou não tem paciência para baixar pela internet, o canal Warner Channel divulgou as novas temporadas, estréias e os novos horários de seus seriados no horário nobre (somente não se apegue muito aos novos porquê a Warner sofre da maldição do cancelamento, a maioria de suas estréias são logo canceladas pelos canais americanos).
A nova programação do canal estréia a partir de 5 de novembro, em breve o canal Sony, outro canal responsável pelas estréias de seriados neste mês, deve divulgar sua nova programação.
Segunda-feira:
20h – Without a Trace (sexta temporada);
21h – Cold Case (quinta temporada);
22h – Cane (estréia);
Terça-feira:
20h – The Big Bang Theory (estréia);
20h30 – Two and a Half Men (quinta temporada);
21h – Smallville (sétima temporada);
22h – Californication (estréia);
Quinta-feira:
20h – Gossip Girl (estréia);
21h – Men in Trees (segunda temporada);
22h – ER (décima quarta temporada);
Na sexta-feira será exibido reprises de Friends e um horário de filmes. A última estréia ocorre no domingo ás 20h com o reality show Pussycat Dolls Present: The Search for the Next Doll.
Para saber mais informações sobre estas estréias veja as colunas do Sit.com: 1ª parte, 2ª parte e o final.
Normalmente eu só gosto de criar polêmica quando tenho certeza sobre a minha opinião a respeito do assunto em pauta, para poder defender a minha posição até o outro indivíduo ficar de saco cheio e admitir que eu estou certo.
Porém, no caso da pirataria digital eu não consigo chegar a uma opinião final sobre o assunto. Se eu não consigo fazer isso, devo admitir que a coisa toda simplesmente é complexa demais, muito mais complexa do que a minha capacidade de chegar a uma conclusão sobre ela. Ou admito que não tem solução ou fico tentando morder o próprio rabo, feito cachorro louco.
Supondo que vocês fiquem tão confusos quanto eu, então peço que vocês também suspendam seus julgamentos prévios, e vamos tentar pensar no quadro todo. Quem sabe a gente se torna menos burro coletivamente, e consegue concluir coisas mais inteligentes a longo prazo.
Vou compartilhar com vocês algumas coisas que me incomodam sobre o assunto, e que me impedem de chegar a uma satisfatória resposta sobre a pergunta:
Usar cópias não-oficiais de jogos é errado?
É fácil dizer que é errado. O maior argumento é de que pirataria é roubo, e roubo sempre é errado.
Não tenho dúvidas de que o magrão que vende cd pirata e ganha grana com isso está cometendo um crime. Um não, vários. Além de vender um produto ruim e sem nenhuma garantia, ainda prejudica quem trabalha com a venda legal do produto, que não pode competir com esse cara; esse cara também não paga nenhum tipo de imposto, não contribui para o crescimento do país, etc. Nesse caso acho que todos concordamos que está sendo praticado algo “errado”. Mas essa não é a pergunta que eu fiz. Eu perguntei sobre o USO de cópias não-oficiais, e não sobre sua reprodução e venda.
Ok. Agora vamos ás partes problemáticas:
Se eu baixo um jogo da internet, gravo em casa e jogo só no meu console, isso é roubo? E se for roubo, é roubo do quê? Não é como se você chegasse em uma loja e escondesse o dvd do jogo na jaqueta, saindo sem pagar. Nesse caso você teria de fato roubado a loja, que comprou e pagou pelo jogo para poder ter lucro revendendo. Você roubou algo palpável, material. Se te pegarem na saída, você vai ter que devolver o dvd.
Mas no caso da internet, você roubou o quê? Um monte de bytes? Como você faz pra devolver? Os fabricantes nem sabem que esses bytes estavam lá, sendo tranferidos para o seu computador. Se você quiser devolver esses bytes pra eles (suponha que você coloque os bytes em um dvd e leve para os fabricantes) eles vão mandar você enfiar o dvd no rabo. Materialmente falando não é roubo. Nenhum patrimônio físico foi subtraído de ninguém.
Aí passamos para a esfera metafísica da parada. A argumentação é de que você roubou uma propriedade intelectual. Que, de alguma forma, naquele monte de bytes existe uma idéia original de alguém, que merece ser reembolsado por sua idéia original a cada vez que alguém resolve jogar aquele jogo. Mas é meio complicado, porque você não quer exatamente a IDÉIA que o cara teve. Não é como se você fosse pegar a idéia do cara e criar um jogo igual pra vender. Você só quer jogar. Você não está roubando a idéia, enfiando ela em um saco plástico e enterrando no quintal. Quando você joga, você só usa a idéia por um tempo e depois larga ela.
Ok, então você deve pagar pelo “empréstimo temporário de idéia materializada na forma de um jogo”. Está começando a ficar meio ridículo, mas tudo bem. Vamos supor que seja certo você pagar a alguém pelo uso temporário de uma idéia. Mas espera. Olha quantos jogos iguais existem no mercado hoje em dia. Pense em todos os clones de Doom e Starcraft que você já jogou. Pior ainda, será que a Blizzard (Starcraft) pagou á Westwood Studios por ter feito um jogo que era claramente inspirado em Dune II? E todos os clones que vieram depois? Todos pagaram retroativamente pelo uso da idéia “jogo de estratégia em tempo real”?
Lógico que não pagaram. É só um gênero, um tipo de jogo. Além do mais os jogos são DIFERENTES uns dos outros, mesmo que seja só uma diferença no design das unidades de combate.
Tá, então se for uma coisa um pouco diferente eu não preciso pagar pela idéia? Então se eu baixar um jogo e trocar o nome dele por algo aleatório, ele já virou uma coisa diferente? Não? Quanto você precisa mudar pra virar outro jogo e não pagar pela idéia? E se eu não entender a idéia do cara que fez o jogo? Suponha que eu compre o jogo, mas ele seja muito complexo e eu não gostei. Eu não usei a idéia original do cara, porque eu sou burro e não entendi o jogo. Eu deveria pagar por uma idéia que eu nem mesmo sei qual é?
As coisas estão saindo de controle nessa argumentação não é? É exatamente o que eu quero que você perceba: a complexidade e bizarrice da questão. Vamos tentar voltar ao mundo real. Vamos pensar em uma mídia parecida com os jogos e que também sofrem do problema de “roubo” de propriedade intelectual. Pense nos livros. A rigor, a argumentação é a mesma: um monte de idéias reunidas em um só lugar (um livro) e se você quiser ter acesso ás idéias, você precisa comprar o livro. Inclusive, você pode ser processado se baixar Harry Potter da internet, exatamente como acontece com os jogos.
Mas apesar da propaganda anti-pirataria, não é a mesma coisa. E nem tão simples assim. Pense nas bibliotecas públicas. Porque você pode ler Harry Potter de graça em uma biblioteca pública, mas não pode ler de graça baixando da internet? Qual é a diferença? Por que na biblioteca pode, mas na internet não? Existe alguma boa razão para isso ou é só uma decisão arbitrária? Vão dizer que alguém pagou pelo livro que está na biblioteca, mesmo que ele seja lido por centenas de pessoas depois disso. Ok. Então precisamos de praças públicas de jogo, pra quem não tem dinheiro poder finalmente jogar? O governo compra algumas cópias de HALO 3, instala em uns computadores aí, se comprometendo a não fazer cópias, e todo mundo vai poder jogar HALO 3 de graça?
“Ah, mas livro é cultura. Vídeo-game não”. Ah tá. O livro de Harry Potter é cultura mas o jogo de Harry Potter não é? Como assim? Quem define isso? Age of Empires não é cultura? Eu conheço um monte de professores que usam o jogo para ensinar História.
Como eu falei no começo, eu queria levantar algumas perguntas, sem necessariamente chegar a alguma resposta definitiva. Esse post já ta enorme, então dependendo do interesse de vocês, a gente pode continuar na próxima semana.
Pensando bem, vocês que se explodam, vou escrever mais de qualquer jeito.
Ok, vocês devem estar pensando: o que o tanga do Lenny Kravitz está fazendo aqui?
Peguei a foto mais zoada, porque todas as matérias sobre ele tem fotos tangas.
Ele pode ter feito uma chapinha medonha no cabelo e seus últimos cd’s são bombas nucleares de tão ruins. Entretanto, quando surgiu, Kravitz era uma mistura muito boa de rock com a música negra americana e fazia sucessos atrás de sucessos como Are You Gonna Go My Way e Always on the Run. Depois de pegar meia dúzia de modelos (além da Nicole Kidman) ele deu uma emboiolada, começou a se levar pelo caminho fácil de baladas água com açúcar e sua carreira foi pelo ralo, embora sempre se salvem duas ou três faixas de cada cd pra contar história.
Ano que vem ele lança um cd novo e aparentemente a história deve se repetir. Ele comendo as gostosas e a gente ouvindo um cd pouco inspirado.
Confira a tracklist de It’s Time For a Love Revolution, nome tanga do novo cd de Lenny Kravitz.
Love Revolution
Bring It On
Good Morning
Love Love Love
If You Want It
I’ll Be Waiting
Will You Marry Me
I Love the Rain
A Long and Sad Goodbye
Dancing Till Dawn
This Moment Is All There
A New Door
Back in Vietnam
I Want to Go Home
It’s Time For a Love Revolution será lançado em fevereiro de 2008.