Fast-food Reviews 011: Nintendo DS

Games sábado, 06 de outubro de 2007

Não sabe como funcionam essas reviews? Veja a introdução aqui.

Kurupoto Cool Cool Stars

Joguinho motherfucker sem-vergonha

Eu sempre gosto de dar uma olhada nesses joguinhos puzzle, por mais bizarros que eles pareçam á primeira vista. Foi por causa desse espírito aventureiro que descobri jogos como Picross, do qual eu já falei aqui.

Infelizmente a maioria dos jogos puzzle é uma desgraça. Os Meteos e Lumines que consigo garimpar de vez em quando são a exceção. Mas fazem valer a pena a encheção de saco que é a busca.

Kurupoto é um puzzle a ser evitado; já começa pelo tema e design extremamente infantis: as estrelas caíram do céu e você tem que resolver puzzles para ajudar elas a voltarem e formarem constelações. Seria fácil ignorar a história se o jogo fosse legal, mas não é. Você simplesmente gira a tela com o L e o R enquanto tenta fazer uma bolinha chegar até um alvo, evitando blocos que rolam pela tela impedindo de chegar até o objetivo. Depois de 10 minutos fica bastante repetitivo, e você pára de pensar para resolver os puzzles, simplesmente girando a tela até a bolinha chegar lá. O jogo com certeza é voltado para iniciar crianças pequenas e um pouco burras nas artes dos puzzles.

Julgamento final: Ignore.

Freshly Picked Tingle’s Rosy Rupeeland

Capitalismo homo-afetado

Tingle é um personagem peculiar dos jogos Zelda; meio homossexual e afetado, e como se isso não bastasse, ainda veste um colant verde. Bom, podia ser um colant rosa, né? As coisas sempre poderiam ser piores, então é melhor não reclamar.

Freshly Picked… é um rpg bizarro baseado em um personagem homo-afetado. Apesar da premissa um pouco estranha, eu gostei do jogo. Ele tem personalidade, o que, no fim das contas, é o que eu procuro nos jogos ultimamente. Já não me interessam mais os clones de jogos existentes, eu quero ver coisas diferentes. E nesse jogo tudo é diferente, desde o estilo de jogo, passando pelos personagens, até os objetivos do enredo, que sempre incluem as rupees (o dinheiro em Zelda) de algum modo. O jogo é tão capitalista que você paga até pra FALAR com os outros personagens do jogo. Você paga pra tudo, até pra apanhar: quando você entra em alguma batalha e é atingido, você perde um certo número derupees, ao invés de perder parte de uma barra de energia.

Um jogo esquisito, que chama a atenção mais pelos elementos bisonhos e capacidade de surpreender o jogador do que propriamente por uma jogabilidade excepcional. Me pareceu um jogo experimental, para forçar mesmo os limites tradicionais de um rpg. E dentro desse objetivo ele é bem sucedido. Se você quer um RPG mais tradicional, fique mesmo com o The Legend of Zelda: Phantom Hourglass, do qual vou falar no próximo Fast-Food de DS.

Julgamento final: Indicado para jogadores mais maduros, que já viram muita coisa em termos de RPG. Vale mais pelas surpresas do que pela jogabilidade.

Crash of the Titans

A volta inesperada do mascote cheirado da Sony

Olha só quem voltou aos consoles: Crash Bandicoot, o mascote da Sony! Que irônico ver esse personagem no DS. Foi mais ou menos o mesmo choque de ver Sonic pela primeira vez em um console da Nintendo.

Peguei o jogo sem muitas expectativas, pois sabia que o desenvolvedor do jogo não era a Naughty Dog, responsável pelos jogos incríveis de Crash no Playstation. Mas por mais que eu não quisesse gostar do jogo, acabei me rendendo. Felizmente os desenvolvedores não tentaram fazer um port maquiado de algum dos Crashs originais, e fizeram algo que é ao mesmo tempo inovador e familiar aos fãs da série. Você ainda segue por um cenário 3D bastante limitado e ainda é um jogo de plataforma, coisas que me agradam. Mas os desenvolvedores implantaram também maneiras novas de interagir com os inimigos, e agora você pode capturá-los e montar neles, utilizando então as habilidades próprias de cada um.

Também é possível fazer upgrade das habilidades de Crash e utilizar itens de recuperação ou modificação de status durante as fases, bastando tocar com a caneta em algum dos itens no seu estoque. Você pode dar uma parada e recuperar energia, por exemplo, sem ficar dependendo de encontrar ou não o item durante a fase. Achei uma implementação muito interessante, considerando o estilo do jogo. Além disso, o design das fases ficou criativo e até bonito, dentro das limitações do DS para lidar com 3D. Cheguei mesmo a sentir um déja-vu de Playstation 1 no ar. A sensação de nostalgia só não foi completa porque o direcional do DS é infinitamente pior do que o Dual Shock do Playstation.

Julgamento final: Garante umas horinhas de diversão, mesmo que você não seja fã do Crash. Totalmente indicado para quem jogava Crash no Playstation e gostava.

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