Ghosthunter (PS2)

Games sexta-feira, 01 de fevereiro de 2008 – 2 comentários

Eu jogo pouco. E sou chato quando jogo. O jogo, primeiramente, precisa ser complexo. Por isso já deixo de lado os jogos mais bobinhos, principalmente aqueles que me dizem qual tecla apertar em um determinado momento. Eu odeio isso, pra mim isso só serve naqueles jogos onde você DANÇA em cima de um tapete. Não dá pra dançar jogando God of War 2, dá? Enfim, Ghosthunter é levemente complexo, tendo em vista que ele passa o que você deve fazer, mas não COMO fazer. O jogo é Survival Horror, mas não chega aos pés de Silent Hill ou Resident Evil, jogos do tipo, em relação aos gráficos e o termo “assustador”. Ghosthunter assusta, mas não causa síndrome do pânico como o primeiro jogo citado acima. Uma pena.

Lazarus Jones é um policial novato de Detroit e, junto a sua parceira mais… experiente Anna Steele, eles vão até a famosa escola Montsaye High. Há alguns anos, um professor chamado Professor Brook assassinou dez estudantes e desapareceu. A causa das mortes era desconhecida, tendo em vista que não havia marcas nos órgãos dos corpos. Lazarus considera a investigação uma “brincadeira de criança” no início, mas muda de opinião após se separar de sua parceira para darem uma olhada no local: O cara começa a ouvir vozes pedindo por liberdade, e encontra um antigo laboratório estranho. Cês sabem, policial novato sempre faz merda. Ele acaba apertando um botão que libera um gás estranho, e o deixa tonto. Um computador começa a pedir por energia e, Lazarus, tonto e sem entender o que estava acontecendo, corre atrás de uma solução. Ele encontra sua parceira, que logo em seguida é raptada por um fantasma MEDIEVAL. Mais pra frente, o cara encontra um MONSTRO, e logo depois consegue um pouco de… energia.

Voltando ao computador, ele começa a falar. Não Lazarus, mas o computador. Richmond era seu nome. Lazarus pergunta sobre sua parceira, mas Richmond não sabe o informar sobre ela. Segundo Richmond, Lazarus era PERFEITO para o papel de Caçador de Fantasmas, tendo em vista que o cara conseguia enxergá-los. Sendo assim, começam um treinamento. Aquilo não era gás, eram espíritos. E… aquilo não era um monstro, era um fantasma. Lazarus se vê preso em uma sala, frente a frente com mais um fantasma. Com uma nova arma, o cara está PRONTO para chutar bundas… gasosas por aí.

– Quer brincar?

Com uma mistura de horror, ação, aventura e comédia, Ghosthunter é daqueles jogos que PRENDEM a sua atenção, empolgando-o cada vez mais. As missões vão ficando cada vez mais difíceis, e os fantasmas cada vez mais fortes. Se te conforta, em um trecho, há ZUMBIS.

:teehee:

Jogabilidade

É meio complicado. Em alguns trechos onde você precisa encostar em um objeto para fazer alguma ação, você precisa ser MUITO minucioso. Parece que eles deixam um espaço milimétrico para você fazer alguma coisa. Para controlar o Astral, um espírito que sai de dentro de Lazarus, é mais complicado ainda. Requer uma boa prática, mas não é nada muito anormal. Só acho que deviam ter melhorado essa parte, mesmo. Porém, a captura de fantasmas é sensacional: Complexa, daquelas que você precisa ter o raciocíno veloz e saber qual tecla apertar. Algumas vezes você precisa usar uma espécie de binóculo, e isso aumenta a dificuldade, tendo em vista que você não consegue se movimentar enquanto usa aquilo.

Enredo

Poderia ter se desenrolado melhor, acho. Tenho a impressão de ter alguns buracos, principalmente no início. Porém, mais pra frente, com os enigmas e tudo mais, o ritmo vai se tornando alucinante. Existem dois tipos de final: O para jogadores que enrolam o fio do controle em volta do mesmo e o para jogadores que não fazem isso. Você vai entender quando chegar lá, mas digo uma coisa: O final de verdade deixou a desejar. Porque você espera MUITO depois do que acontece.

Monstros

Sensacionais. Alguns chegam a ser IRRITANTES de tão difíceis de capturar. Os chefões, nem se fala. Chega a ser um EXAGERO o que fizeram com alguns, e é uma pena que o último chefão tenha sido o fator principal de um final levemente broxante. Levemente. Porque você SOFRE antes de broxar, e isso ameniza o impacto. Você se vê completamente alucinado e empolgado com o que está fazendo que até pensa “Como eu sou foda, foi– sem spoiler, ok? Enfim, quanto mais perto do fim, mais sensacionais os mostros/fantasmas ficam.

Som / Efeitos visuais

Na medida, eu diria. Nada muito realista, apesar de o som ser bem assustador algumas vezes. Com um trabalho melhor, seria um Survival Horror respeitável. Mas essa parte é mais simples.

Olha só, imagine que UM desses te obriga a descarregar uma shotgun e 80% do seu sangue. Aí aparecem DOIS, de uma vez.

Cara, prepare-se para ficar horas fazendo seus neurônios queimarem e seu coração bombar sangue até para as unhas. Definitivamente, Ghosthunter é um jogo deveras empolgante, pelo menos pra quem gosta do gênero. AOE RECOMENDA!

Ghosthunter

Plataforma: PS2
Lançamento: 2004
Distribuída por: Namco
Desenvolvida por: SCEE
Gênero: Survival Horror
Nota: 8

Será que animações são somente para crianças?

Primeira Fila sexta-feira, 01 de fevereiro de 2008 – 3 comentários

Depois de décadas e décadas sendo referência de animações para crianças e adultos, a Disney, viu seu império ruir com o surgimento do pequeno estúdio Pixar, primeiramente com a produção de curtas-metragens, depois com o lançamento do primeiro longa animado feito integralmente por computador, Toy Story em 1995, a Pixar viu seu nome associado a produções de primeira com tramas igualmente criativas, coisa que a Disney não soube fazer com o passar dos anos.

os brinquedos: Woody e Buzz

Com o sucesso de Toy Story, que rendeu uma sequência (única entre os filmes da Pixar, inclusive, está prometida uma terceira aventura de Woody e sua turma em 3D), a Pixar começou a se diferenciar dos demais estúdios de animação, tanto tradicionais (como Pocahontas e A Bela e a Fera, da Disney) quanto computadorizada (como A Era do Gelo, da Fox, e Shrek, da Dreamworks), num quesito mais importante para os adultos (que ocasionalmente têm vergonha de admitir que assistem desenhos) do que para as crianças, o roteiro.

Apenas duas animações da Pixar ficam devendo um roteiro melhor trabalhado, Vida de Inseto (que veio na esteira da animação da Dreamworks Formiguinhaz que se sai melhor por ter Woody Allen como protagonista, impagável), e Carros, que na verdade, parece um versão automobilística de uma comédia “sessão da tarde” de Michael J. Fox (de De Volta para o Futuro), chamada Dr. Hollywood, apesar da animação de Carros ser absurdamente perfeita.

Dory e Nemo fugindo de um faminto tubarão

As demais animações da Pixar são: Monstros SA, Os Incríveis e Procurando Nemo, que era minha animação predileta, inclusive por ter a melhor dublagem ao lado do Burro de Shrek, cortesia de Eddie Murphy, outrora um excelente comediante, Dory, a peixinha com amnésia dublada pela comediante Ellen DeGeneres. Disse predileta pois neste último ano a Pixar lançou Ratatouille, uma comédia que se passa na França, o que dá um charme todo especial ao filme, sobre um rato que sonha em ser um chef de cozinha o que seria, simplesmente, impossível, contudo, o argumento no filme é tão bem defendido pelo carisma de Rémy, o rato, que, obviamente, torcermos por ele.

Remy com Paris ao fundo

Com Ratatouille, a Pixar atingiu seu ápice, pode não ser a melhor animação para gurizada, mas como filme possui uma trama excelente (sendo indicada para o Oscar como roteiro original), montagem, fotografia, aspecto visual de altíssima qualidade e uma trilha sonora fabulosa. Repito, pode não ser o filme mais engraçado ou mesmo não ter um apelo tão grande como as demais animações do estúdio, mas, apresenta qualidades de um filme de carne-e-osso, este é o grande diferencial de Ratatouille, romper o magnitude do gênero animação.

Mas se preparem pois este ano a Pixar promete continuar inovando, seu lançamento para 2008 é Wall-E, que conta com uma história que se passa cerca de 700 anos no futuro, a Terra está infestada por poluentes. Por isso, os humanos vivem numa nave que percorre a atmosfera do planeta. Um robô que vive na Terra coletando lixo se apaixona por uma máquina que está na companhia dos humanos, no espaço. Assim, ele sai numa jornada para se juntar a ela. A animação promete ser diferente, até porque o diretor Andrew Stanton disse que quase não há diálogos em cena. Veja o trailer:

Quase ia esquecendo de mencionar que a Disney, que seria o estúdio rival da Pixar, acabou por comprá-la e John Lasseter, um dos principais diretores da Pixar, atualmente, é o grande responsável por todo o departamento de animação da Disney. Como diz o ditado “se não pode vencê-lo junte-se a ele”.

Para quem quer conhecer toda as produções da Pixar, a distribuidora Buena Vista acabou de lançar uma coleção de todos os curtas da Pixar, Pixar Short Film Collection, são 13 curtas ao total, vale a pena uma espiada, tem coisas geniais.

Funplex – o novo single do B52’s!

Música sexta-feira, 01 de fevereiro de 2008 – 14 comentários

É isso mesmo: Foram 15 anos sem nada de novo. Finalmente a banda B 52’s volta a ativa e lança um novo single, Funplex. E, como vocês viram aqui, eles irão lançar um álbum, que leva o nome do single. Que dia? 24 de março no Reino Unido e dia 25 nos EUA. Sim, a data mudou.

Bom, você pode comprar o novo single da banda no iTunes… se você morar nos EUA, por exemplo. Nós, brasileiros, não temos acesso á loja. Então, como não nos resta escolha, o jeito é apelar para a boa vontade de um fã que subiu o som para o YouTube, junto com a capa do novo álbum da banda, ó:

Bom, tá contemporâneo. Ou seja, tá bem… “pop”. Ainda assim, podemos dizer que o som segue o padrão da banda, o que é bom (pra quem gosta, é claro). Agora é só esperar pelo álbum completo e ver se eles mantém a energia de 15 anos atrás.

Béla Fleck and the Flecktones

Música quinta-feira, 31 de janeiro de 2008 – 1 comentário

Béla Anton LeoÅ¡ Fleck é um nova-iorquino nascido em 1958. Seu nome é uma homenagem ao compositor húngaro Béla Bartók, e foi aos quinze anos que ele recebeu seu primeiro banjo. Pois é, já era hora de mudar um pouco de estilo por aqui, não? Nada de rock ou blues, hoje. O assunto hoje é jazz instrumental.

Foi em 1988 que Béla Fleck se juntou ao baixista Victor Wooten, o percussionista Roy Wooten, conhecido por seu nome artístico, Future Man, e o gaitista Howard Levy. Estava então formado o grupo Béla Fleck and the Flecktones, uma das grandes maravilhas da música instrumental. O grupo só teve uma mudança na formação. Levy deixou o quarteto após o terceiro álbum, UFO Tofu. O trio remanescente lançou ainda dois álbuns, Three Flew Over the Cuckoo’s Nest, em 1993, e Live Art, em 1996, antes que Jeff Coffin adicionasse o som de seu saxofone ao grupo e eles voltassem a ser um quarteto.

O grupo, que toca uma mistura de jazz, funk e bluegrass – e hoje toca o que existe de mais livre na música, se desprendendo desse negócio de estilos -, tem, na minha opinião, o tipo de som indispensável para qualquer pessoa que realmente aprecie boa música, especialmente para os fãs da música instrumental. Todos os integrantes são ótimos instrumentistas e o conjunto funciona tão bem que é extasiante ouvir uma peça dos caras. Sendo música instrumental, a coisa toda é mais complexa do que boa parte das coisas que se ouve por aí, com fraseados em ritmos interessantes e mais swingados, que, claro, diversas vezes foge bastante do simples 4/4 do rock popular e ás vezes soa mais balançado e interessante que o 12/8 do blues. A qualidade do som faz com que a falta de voz seja simplesmente irrelevante. Aliás, melhor me corrigir, aqui: A excelente voz dos instrumentos faz com que voz humana seja completamente desnecessária.

Me soa mais interessante falar um pouco sobre cada integrante do grupo separadamente ao invés de encher o bando como um todo de elogios. Pois comecemos com Victor Wooten. Não que se precise falar muita coisa de alguém que toca baixo desde os dois anos. Um monstro, cara, um baita de um monstro. São os irmãos Wooten que ditam o ritmo dos Flecktones, e Victor geralmente leva a platéia ao delírio com sua excelência no baixo. Sua técnica é no mínimo respeitável. Ele usa desde slaps rápidos e sincopados a arpejos endemoniados e empolgantes pra cacete. Victor deixou o baixo mais próximo da guitarra, usando-o como instrumento solista, e não só como pano de fundo. Claro, antes dele gente como Jaco Pastorius também fez isso, mas não é só porque existe o monstrão supremo que o Victor vai ser menos monstruoso. O cara levou o prêmio de baixista do ano três vezes consecutivas pela Bass Player Magazine, e foi a primeira pessoa a ser premiada mais de uma vez. E não foi á toa. Ainda duvida? Pois bem, um vídeo vale mais que qualquer texto. O cara desce tanto cacete no baixo que arrebenta a corda. Não que isso atrapalhe, ó lá:

Repara em como ele é possuído por um espírito guerreiro africano no fim.

Ainda em família, vamos ao Future Man. Irmão de Victor – que, aliás, tocou com ele e seus outros três irmãos como “The Wooten Brothers”, uma maravilha – e percussionista do grupo, o cara toca drumitar. Uma maravilha de instrumento, aliás. Simplificando a coisa, o troço é mais ou menos uma bateria eletrônica num corpo de guitarra (pois é, NM, eu sinto destruir seus sonhos revelando que Tony da Gatôrra não foi o primeiro). E o cara desce o sarrafo na bagaça, também. Eu imagino jazz seja uma das coisas mais complicadas que os percussionistas e bateristas enfrentam por aí, e, bom, Future Man sabe enfrentar as coisas muito bem. ó o cara aí:


Pra que tocar um instrumento se você pode tocar TRÊS?

Jeff Coffin. Além do saxofone, o cara toca clarineta e flauta. E se tocar os dois tão bem quanto toca o saxofone o cara tá feito na vida, véi. Aliás, só com o saxofone ele já tá. Entrou pros Flecktones em 1997, e foi uma adição do carái pro bando. Como todos os outros integrantes do grupo, ele tem vários projetos solo, mas isso é assunto pra outra hora. Coffin é famoso por tocar dois saxofones (um alto e um tenor) ao mesmo tempo, e, claro, por pirar pra cacete. Por exemplo, ó aí ele pirando. Victor Wooten na base, uma maravilha:


É, eu sei que tem uns cortes no vídeo, mas é empolgante assim mesmo.

Por fim, o cara que dá nome á banda. Béla Fleck. Talvez você não preste muita atenção naquele gordinho curvado no meio do palco, tocando seu banjo quieto enquanto o resto da banda pula pra lá e pra cá espancando os instrumentos. Pois é, mas é exatamente ele o frontman da banda. E não se engane pelas aparências: Béla Fleck toca como o diabo. É só dar uma reparada no som do cara durante as músicas. Como eu sei que ao invés de fazê-lo vocês vão é se empolgar com as pirações do Wooten, tive o cuidado de escolher um vídeo de Béla Fleck sem os Flecktones. Aliás, o cara toca com o Steve Martin aí. É, esse Steve Martin, mesmo. E o Martin toca bem, aliás. Tá certo, o Fleck dá um banho em todo mundo ali, mas não é exatamente isso que vocês querem ver desde o começo? Quanto á menção a Yo-Yo Ma no começo do vídeo, conhecer o violoncelista chinês (que na verdade é americano) é o dever de casa de vocês.

“Se Yo-Yo Ma estivesse sentado aqui, você perguntaria a ele ‘e aí, você toca outra coisa, além do violoncelo’?”

Maravilha, não? E é aí que você pensa “e como esse troço fica juntando tudo?”. Eis a resposta. Várias delas, aliás:

Big Country. Bela música.
Scratch and Sniff.
The Sinister Minister, ainda da época do Howard. Meu vídeo preferido pra colocar aqui. Tem o tipo de melodia que não sai da cabeça.
Lover’s Leap. Gostei pra cacete dessa, nunca tinha ouvido. Outra melodia que fica na cabeça.

Tá aí. Um pouco de jazz pra vocês. Minha pesquisa foi um tanto apressada, admito, mas espero que vocês tenham curtido o som.

Wanted

Bíblia Nerd quinta-feira, 31 de janeiro de 2008 – 1 comentário
Bem vindo á Fraternidade

De certa forma o primeiro roteiro a ser escrito pelo escocês Mark Millar, a mente por trás de revistas como The Ultimates 1 e 2, Ultimate X-Men e o mega-evento que mudou a Marvel, Civil War. Segundo o próprio Millar, Wanted nasceu em 1974, quando tinha 5 anos de idade e, ao visitar uma livraria na cidade onde morava, se deparou com um livro chamado “Superman: The Great Hero of America”. O pequeno Millar ficou impressionado com aquilo. America soava bem para ele (até porque a Escócia era pobre e só tinha três canais de TV), e o Superman era impressionante. Durante os noticiários, Millar perguntou “Por que existiam terremotos, desastres e mortes. Por que o Superman não salvava o mundo?”. Seu irmão, já um veterano na faculdade, respondeu “Superman desapareceu durante uma briga que ele travou com todos os super-vilões. Ele, o Batman, o Homem-Aranha, Capitão América, todos eles desaparecem desde essa grande batalha”. Seu irmão também afirmava que o pai deles matou Hitler.

Millar foi dormir abatido. Os heróis haviam sumido, e tudo o que restou foram as revistas em quadrinhos, um tipo de lembrança do que eles eram. Mas o que aconteceu com os vilões? E foi daí que Millar tirou o conceito por trás do maginífico Wanted. A frustação de uma criança somada ao ódio do mundo adulto.

O melhor do mundo

Wesley Gibson era “um merda” que tinha um trabalho que odiava (onde era humilhado por sua chefe, uma afro-americana lésbica), uma namorada que o traía com seu melhor amigo, e vizinhos que o desprezavam. Resumindo, ele era VOCÊ quadrinizado. A vida, porém, havia reservado um papel maior para Wesley. Algo que ele não teria imaginado nem em seus sonhos mais absurdos.

Tudo começa quando Wesley conhece Fox, ou melhor, quando Fox encontra Wesley. A garota dizia conhecer seu pai, um homem que nem Wesley conhecia (ele deixou sua mão quando tinha apenas 18 semanas de vida). E mais: Ela afirma que o velho era o maior super-vilão que já existiu, e deixou uma fortuna como herança. Claro que o Mr. LOSER não acredita em uma só palavra. Para provar, Fox mata todas as pessoas ali presentes. Assim Wesley toma conhecimento das vantagens de ser um super-vilão: Você pode matar, roubar ou estuprar quem quiser sem qualquer consequência. Enquanto for um membro da Fraternidade, terá imunidade. Bom, até aí chocolate né? Mas para receber o dinheiro, antes Wesley terá que trabalhar por seis meses na Fraternidade, preenchendo o vazio deixado por seu pai. Sim, ele teria que em seis meses, se tornar tão bom quanto seu pai era. Claro que ele aceita. Quem em sã consciência recusaria uma oportunidade dessas? Wesley se torna então membro da Fraternidade, e todos que lhe aborreceram neste anos vão se arrepender de ter nascido…

Wesley e Fox

Vamos agora fazer uma análise do mundo em que Wanted se passa. Todo e qualquer super-herói foi eliminado pela Fraternidade quando Wesley ainda um recém-nascido, e o controle do mundo foi dividido entre as cinco mentes por trás da investida. Cada um deles ficou encarregado de um continente, e toda a história foi acobertada. Toda lembrança dessa época foi apagada, e para as pessoas super-poderes só existem em quadrinhos. Os super-heróis que tiveram suas vidas poupadas sofreram lavagem cerebral e pensam ser apenas atores falidos. A frustação e curiosidade de uma criança somada ao ódio de um adulto. Experiência de vida é tudo.

Este mundo, por outra vez, faz parte do Multiverso (ou Millarverso, um Multiverso de criações do Millar). Daí vem a preocupação dos vilões em se manter fora do radar. Barulho demais poderia chamar a atenção de heróis de outros mundos e uma nova guerra seria travada, uma sem limites de extensão e danos. Reparem a semelhança com o mundo real.

Se fodeu

Não conhecia os desenhos de J.G Jones (só depois fui saber que foi ele quem desenhou as 52 capas da maxi-série da DC, 52), e não penso numa escolha melhor. Excelente representação dos personagens e cenário. Detalhista como Bryan Hitch (com quem Millar fez The Ultimates), Jones foi, de fato, a melhor escolha para a arte de Wanted. A coloração feita por Paul Mounts é de muito boa qualidade também.

Wanted tem um excelente roteiro e arte. Não chega a ser um épico dos quadrinhos, mas é algo que eu recomendaria para qualquer leitor. Tem tudo que um homem precisa para manter a sanidade. Dica: Acumule um pouco de raiva antes de ler, isso torna a leitura mas prazerosa.

Homem Aranha 3 (Spider-Man 3)

Cinema quinta-feira, 31 de janeiro de 2008 – 4 comentários

Homem Aranha 3 foi um dos filmes que MAIS recebeu críticas negativas em 2007, sem dúvidas. Não compreendo. Primeiro: Na minha opinião, é o filme que MAIS tem cara de HQ e de Homem Aranha. Segundo: Bom… pensando bem, vamos ficar só com o Primeiro.

Brega pra carái.

Neste filme, Peter Parker (Tobey Maguire) finalmente conseguiu controlar seus deveres e sua relação com Mary Jane (Kirsten Dunst). Porém, o Homem Aranha é uma celebridade, agora. Peter deixa isso subir á cabeça e acaba ignorando quem realmente se interessa por ele, e é claro que Mary Jane é uma delas. Harry Osborn (James Franco) persegue o cabeça de teia agora com uma armadura e armas especiais, herdadas de seu pai. Os dois têm, logo no início do filme, uma batalha alucinante.

Sem mais nem menos, uma misteriosa criatura cai na Terra e vai parar no meio das coisas de Peter, que só percebe que tem algo errado quando ele se vê dominado pela criatura, que se envolve em seu uniforme, criando então o famoso uniforme negro do Homem Aranha. O cara fica mais forte do que nunca, e também… impiedoso.

Uniforme sensacional, convenhamos.

A personalidade de Peter simplesmente muda enquanto ele está em contato com essa criatura, e é em uma dessas que ele dá de cara com Flint Marko (Thomas Haden Church), mais conhecido como “o puto que teve alguma ligação com o assassinato do tio Ben”. Porém, Flint sofreu um acidente e foi transformado no Homem Areia, aí já viu. Mais quebra pau. E mais Homem Aranha com uma personalidade… malvada.

É nesse trecho, com o “novo uniforme”, que o filme perde um pouco o rumo. Um pouco. Vejamos: Peter Parker é um FODIDO (assim como qualquer outro herói da Marvel) e, ao entrar em contato com uma criatura estranha, sua personalidade muda totalmente e o humor do filme se torna forçado. Perfeito. Não tem NADA melhor que mostrar que o tal uniforme o fazia mal do jeito que fizeram: Esculachando. Mas levaram este trecho muito a sério, e deve ser por isso que o filme foi criticado de uma forma negativa.

A foto é tosca, mas a cena é foda.

Manja cenas de ação que te fazem PULAR da cadeira ou simplesmente PERDER O FÔLEGO? É disso que eu estou falando. No quesito Ação/Aventura, o filme empolga pra CARÍI. Porém, sinceramente, deviam ter maquiado mais a Kirsten Dunst. É impressão minha ou ela parecia ter uns TRINTA anos a mais? Gwen Stacy (Bryce Dallas Howard), infelizmente, foi uma figurante. Mas ela fez o bastante pra deixar Mary Jane louca – porém, EU queria ficar LOUCO com alguma… performance dela. Quanto aos vilões, tirando o Venom, os outros dois fizeram um ótimo trabalho. Até mesmo o Ven

Com batalhas sensacionais, som impecável, efeitos visuais empolgantes, história um pouco corrida e um roteiro BEM ADAPTADO (eu não vou desistir), Homem Aranha 3 foi o MELHOR da série, mesmo com o que fizeram com o Venom. Há boatos que Sam Raimi não queria colocar o Venom tão cedo nos filmes, mas ele foi obrigado a fazê-lo. Se isso é verdade, então foderam com o trabalho do cara e, possivelmente, aniquilaram uma continuação respeitosa. Ainda não era a hora do Venom, por que não esperaram mais um filme? A história foi corrida e o vilão mal aproveitado. Ainda assim, Sam Raimi e sua equipe nos proporcionou um final simplesmente emocionante, e com cara de “Porra, eles planejaram BEM o final pra fazer uma continuação sensacional”. Aliás, os filmes do Homem Aranha são um dos melhores sobre heróis da atualidade, desbanca MUITAS adaptações porcas por aí.

Homem Aranha 3

Spider-Man 3 (120 minutos – Aventura)
Lançamento: EUA, 2007
Direção: Sam Raimi
Roteiro: Alvin Sargent, Sam Raimi, Ted Raimi
Elenco: Tobey Maguire, Kirsten Dunst, James Franco, Thomas Haden Church, Topher Grace, Bryce Dallas Howard, Rosemary Harris, J.K. Simmons, James Cromwell, Theresa Russell, Dylan Baker
Nota: 7

Crônicas

Analfabetismo Funcional quinta-feira, 31 de janeiro de 2008 – 1 comentário

Ah, as crônicas, aquelas histórias curtas, que não exigem muito tempo de dedicação a elas, que podem ser lidas em poucos minutos, e que em seu pequeno conteúdo contam uma história completa…
Normalmente falando de fatos do cotidiano, a crônica é aquele tipo de literatura feita pra relaxar. As histórias com temática mais urbanas, além de serem mais fáceis de se imaginar por quem as lê, muitas vezes são as melhores para aquela pessoa que não é acostumada a ler volumes maiores. Só de saber que o final daquela situação apresentada a ele está a poucas páginas, ou ainda no final da mesma, faz com que a pessoa se dedique a leitura e aprecie melhor a história.
Se você é daqueles que só se dedica a leitura de jornais e revistas, como essas que vendem semanalmente por aí, já deve ter visto alguma escondida por entre as noticias de mortes, tão normais de se ver por aí. Com autores consagrados, ou conhecidos por suas histórias, muitas se revelam ótimas escolhas. Jornais regionais muitas vezes tem espaço aberto ao público para divulgação de textos que são enviados a eles, é a maneira que alguns promissores escritores tem de divulgar seu trabalho, se ele for realmente bom.
Como disse antes, situações do cotidiano são o principal mote de cada um desses textos. Onde mais você poderia conseguir ler uma história sobre um primeiro beijo, uma espera de ônibus, ou sobre simplesmente o nada, só constatações de pessoas, idéias que podem nunca ter passado pela sua cabeça? As crônicas existem de vários tipos, tantos quanto puder imaginar: cotidiano, nostalgia, fatos estranhos, ficção científica, mistério, enfim, o que quiser. É por elas que alguns leitores tem seu primeiro contato com o histórias de estilos diferentes, pois o tempo dedicado a cada uma delas é relativamente curto, e caso seja ruim a história, é só passar pra próxima, certo?
Depois de um pouco de enrolação e explicar qual é a desse texto, vou apresentar a vocês pobres leitores sem tempo pra se dedicar a livros por mais do que 20 minutos ao dia, uma lista de lugares pra ler algumas histórias. O primeiro lugar, é claro, não puxando a sardinha pro meu lado, é recomendar a leitura da coluna Culinária alternativa. lá as vezes aparecem histórias que merecem pelo menos uma leitura, como essa aqui.
Depois dessa propaganda interna, vamos a algumas recomendações que espero, sejam seguidas. Domingos pellegrini, do qual já devo ter citado aqui algumas vezes, mantém em seu site todas as crônicas e textos que publica em jornais. É um autor paranaense, e um dia, ainda tomo um café com ele, só pra discutir umas idéias. Bom, seu site, o Sítio Terra Vermelha é o lugar onde pode encontrar suas histórias. Não vou recomendar nenhuma, até porque, já fiz isso alguns parágrafos atrás.
outro site que tem uma ótima seção de textos, é o Rascunho, um Jornal literário que sempre que posso, pego um exemplar na biblioteca pública. Lá, autores brasileiros tem uma seção de contos, que são de diversos estilos. Muito bom, e ainda por cima, de graça. Eu disse contos, o próximo passo de um leitor, não liguem.
Poderia recomendar alguns outros sites, mas acho que as letras flutuando no monitor não tem o mesmo charme que o papel impresso, então, visitem as bibliotecas públicas. Muitas delas tem prateleiras dedicadas ao tema, onde você pode encontrar as histórias de Luiz Fernando Verissimo, Rubem Fonseca, João Ubaldo Ribeiro, só pra citar alguns. Fico por aqui, e semana que vem, espero que a sua vontade de continuar por aqui continue a mesma, pois a minha não se altera.

A semana de um gamer com pouco tempo pra jogar.

Nerd-O-Matic quinta-feira, 31 de janeiro de 2008 – 8 comentários

Ok pimpolhos, vamos tentar alguma coisa diferente na coluna dessa semana. Vocês sabem que normalmente eu gosto de ficar aqui, discorrendo sem-noçãomente sobre minhas idéias e observações a respeito de vídeo-games, e tentando criar algum tipo de reflexão inválida sobre essa forma de entretenimento que rouba tantas horas de nossas vidas.

Mas ultimamente eu ando com saudades das Fast Food Reviews, que alguns de vocês devem ter acompanhado, e infelizmente não tenho encontrado tempo para manter a série. Mas isso não significa que eu não continuo jogando várias coisas, e muito a fim de comentar sobre elas com vocês.

Portanto tentarei fazer hoje um mix de coluna e review. Não vou fazer uma review, simplesmente, porque isso vocês podem ver em qualquer lugar por aí. Vou tentar fazer uma coisa mais pessoal. Vamos ver se vai dar merda.

Primeiro jogo que anda ocupando meu tempo. Alguém quer tentar adivinhar?

Final Fantasy Tactics: War of the Lions – Playstation Portable

Eu sei, eu sei. Eu também estou constrangido por falar dele DE NOVO por aqui. Mas como já comentei em outros momentos, continuo jogando o Final Fantasy Tactics do PSP feito uma doninha enlouquecida. A febre voltou com tudo, e ainda não entendo totalmente por que caralhos continuo jogando um jogo que já terminei duas vezes no Playstation 1. Porra, virou uma relação de amor/ódio ultimamente; eu pego o PSP meio com raiva, me perguntando por que vou perder de novo mais alguns minutos jogando um jogo velho que eu já virei do avesso. Aí ligo o portátil, vejo que parei bem no meio de uma batalha com o Ramza já com o dual wield do job Ninja, que é a habilidade de utilizar duas armas ao mesmo tempo. É realmente um dos momentos mais satisfatórios de FFT, quando você pega essa habilidade de Ninja e troca ela pra transformar o personagem em um Knight, por exemplo. Aí tu vai lá e mata os inimigos em uma rodada só, ainda por cima em um contra-ataque! Oh, satisfação imensa do trabalho bem-feito.

Aí você termina a batalha, volta naquele mapinha motherfucker, e vai lá no menu, abrir a lista de abilities dos seus personagens. E você vê que faltam só 10 jp pra você colocar o seu Time Mage no nível 5, e que daí você vai poder transformá-lo em um Arithmetician, que vai poder mandar magia em qualquer canto do cenário, e isso é o cão chupando manga, porra! Então, são só 10 jp e tals, mais uma batalhazinha, só pra conseguir fechar o job, né? E assim você afunda sua vida em Final Fantasy Tactics, esse correspondente vídeo-gamístico da cocaína.

Se você não entendeu picas do que eu tô falando, é porque você nunca foi pego pela febre Final Fantasy Tactics. Mas tudo bem, o ponto aqui é o seguinte: é o jogo mais viciante de todos os jogos mais viciantes que já passaram pelas minhas mãos. Eu não vou conseguir nunca parar de jogar essa porra. E por isso estou odiando o jogo ultimamente. Não joguem Final Fantasy Tactics. É tipo um precursor do World of Warcraft em termos de vício.

Próximo jogo.

Na semana passada comprei Medal of Honour Heroes 2, do Wii.

Medal of Honour Heroes 2 – Wii

Eu achava que Metroid Prime era o melhor FPS do Wii, mas depois de MOH fiquei na dúvida. E olha que eu nem sou tão fã da série MOH, apesar de ter jogado muitos desde que saiu o primeiro MOH no Playstation. Electronic Arts né, sabe como é; os jogos sempre parecem clones um do outro. E eu acabei de terminar o mesmo jogo no PSP… eu tava bem na dúvida se comprava ou não. Mas como eu tinha crédito na loja, e não tinha nenhuma novidade interessante, levei esse mesmo. Além do mais eu sou totalmente sucker por jogos de guerra.

Totalmente acima das expectativas. O controle é perfeito para o Wii, apontando a arma, caminhando e virando a câmera com uma agilidade espetacular. Tudo funciona como deveria funcionar, e você pode se concentrar imediatamente na ação. Claro, tem um ou outro comandozinho pra aprender, mas de uma forma geral é tudo tão ridiculamente intuitivo que você fica torcendo pra ver qual vai ser o próximo comando a ser aprendido.

Alguns desses comandos chegam a ser completamente idiotas, mas ainda assim são surpreendentemente divertidos. A bazuca, por exemplo; pra “usar” a bazuca você tem que levantar o wiimote e colocar ele sobre o ombro como se estivesse realmente segurando uma porra de uma bazuca. Confesso que me senti um imbecil completo na primeira vez que executei o movimento porque, veja bem, faltam alguns quilos e alguns METROS cúbicos para que um wiimote seja confundido com uma bazuca. Mas ok, play along, vamos fazer o movimento idiota e ver o que o jogo nos reserva.

Aí levantei o wiimote e olhei pros lados pra ver se não tinha ninguém me vendo. Porra eu olhei até pra JANELA pra ver se não tinha nenhum vizinho olhando. Ok, tudo limpo. “Aperte o gatilho para liberar o projétil”: aperto o gatilhozinho do wiimote e de repente WOOOOSH, uma porra de um barulho enorme de míssil voando no meu ouvido! Caralhos! Os caras colocaram o barulho do projétil percorrendo o cano da bazuca saindo pelo wiimote! E fica do caralho, porque você fez o movimento idiota de colocar o wiimote sobre o ombro e agora a parada tá COLADA no seu ouvido, fazendo um barulho infernal.

Aí fiquei eu rindo feito bobo enquanto a tela ia avermelhando, porque eu tomei altos tiros até conseguir voltar ao meu estado normal de gamer sério.

E, meu, como é diferente jogar no WII e no PSP; é definitivamente outro jogo. No PSP você trata como mais um FPS, jogando de forma mais técnica: recua, agacha, mira, atira: headshot. Avança, repete tudo de novo até o fim da fase. No Wii não tem dessas, você se envolve com o que tá acontecendo e tem momentos que você fica mesmo ferrado de tanto levar tiro, esperando o resto do teu batalhão avançar pra você conseguir correr até o próximo barril. Atirar granadas no wii envolve todo o movimento de jogar uma granada e é uma coisa DIVERTIDA e não a porra de simplesmente apertar o botão de mandar a granada no PSP. Só agora eu entendo perfeitamente o que é a “imersão” num jogo, quando o desenvolvimento técnico e tecnológico do hardware permitem que você se sinta mais “dentro” e participante ativo do que acontece na tela.

Beleza, só mais um jogo. Isso aqui tá enorme já, pra variar.

Burnout 3: Takedown – PS2

Então, eu estava de mudança na semana passada. E lógico que o que foi empacotado com mais cuidado foram os meus consoles. Eu fiz questão de trazer meus consoles de carro, sendo que eles podiam ter vindo com a mudança toda e tal.

Aí eu cheguei no apê novo e a primeira coisa que eu fiz foi testar todos os consoles, pra ver se eles tinham sobrevivido ao trajeto. Pra testar o PS2 eu escolhi o Burnout, que é um jogo que sempre habitou meu coração, devido á trilha sonora nervosa, velocidade alucinante e capotagens de filmes de ação.

Aí comecei a jogar a porra e não consegui parar mais pelo resto da semana. Burnout sempre me ocupa um tempo desgraçado, é totalmente viciante ficar batendo nos carros dos inimigos e fazendo eles voarem pista afora. E ainda ganhar pontos e mais tempo na pista por causa disso.

Além disso, tem o lance de as coisas acontecerem MUITO rápido. Burnout não é o tipo de jogo que você aprender a jogar e daí o adapta ao seu ritmo de jogo. Burnout é uma reversal russa dos games: Em Burnout, VOCÊ é que tem que jogar no ritmo do jogo. E o ritmo só vai aumentando; você vai pegando carros cada vez mais rápidos, pra correr em pistas cada vez mais estreitas e cheias de pilares de concreto, que vão te dividir ao meio e fazer você perder tanto tempo, que é melhor apertar o start e recomeçar a porra da corrida de volta.

É tão rápido que tudo em volta do carro SOME ás vezes. Eu jogo Burnout e tem momentos em que eu começo a lacrimejar, cara. E não é porque o jogo me emociona, mas porque eu não consigo PISCAR em algumas pistas. Você fica tão ligado na tela que esquece de suas funções vitais. Estou até vendo o dia que vou parar de respirar e morrer jogando. Orra isso seria do caralho, aliás.

É isso crianças. Espero que vocês tenham gostado. E como sempre, se não gostaram, vão morder a bunda dos pais de vocês pra ver se tem gosto de presunto, okie?.

God of War 2

Games quarta-feira, 30 de janeiro de 2008 – 6 comentários

[*]Ano: 2007
[*]Gênero: Ação / Aventura
[*]Produtora: Sony Entertainment
[*]Idioma: Inglês

Kratos, antes general de Esparta, agora é o dono do posto de Deus da Guerra. Irônicamente, suas ações como Deus são tão abusivas quanto as de Ares. Kratos usa seus poderes para auxiliar os espartanos em batalha, e os outros membros do Olimpo não estão felizes com isso. Atena implora para que ele pare, mas Kratos a ignora. ‘Você me deixa sem escolha’, diz a Deusa de forma triste. Kratos desce até a cidade de Rhodes, que no momento se encontrava invadida pelo exército espartano, e começa a ajudar a invasão. Uma águia pousa no Deus, roubando o seu poder e reduzindo-o ao tamanho de um mortal comum. Para piorar ainda mais a situação, o poder é depositado no Colosso de Rhodes, que ganha vida.

Kratos e o Colosso travam um violento combate, e é então que Zeus aparece para oferecer a Kratos a arma que iria lhe conceder a vitória: A lâmina do Olimpo, a mesma espada que Zeus usou para derrotar os Titãs de Cronos. Kratos empunha a espada, e destrói o Colossus com ela ao depositar seu poder na arma (tornando assim mortal). O espartano vence, mas acaba seriamente ferido após ser esmagado pela mão do Colosso. A águia então retorna, revelando ser o próprio Zeus, e não Atena como pensava Kratos. Ele exige lealdade do Deus da Guerra, mas tudo que recebe é uma negação. Zeus então o atravessa com sua espada, mandando-o para o Submundo.

Kratos estava prestes a ser levado para o sofrimento eterno, quando é salvo por Gaia, uma Titã. Ela têm observado a vida de Kratos até aqui, e conta como os Titãs foram humilhados e punidos pelos Deuses do Olimpo. Agora eles querem que Kratos os vingue, em troca da restoração de seus poderes. Para isso, Kratos deve encontrar as Irmãs do Destino e mudar o passado. Começa então mais um jornada de vingança, mas com uma diferença: Seu inimigo agora é o maior de todos os Deuses.

Destruir uma das sete maravilhas: Não tem preço

Mais uma vez, o jogo começa com pancadaria pesada. Mas isso é apenas um treino para os combates marcantes que estão por vir. Kratos foi reduzido a mortal, mas você ainda possui as Lâminas de Atenas e aquele raio escroto de Poseidon para lhe auxiliar durante a sequência de combates em Rhodes. Até aqui, nada de muito novo fora o cenário. Alguns desmembramentos de leve, mas nada novo.

E então você é forçado a lutar com o Colosso, uma variação alucinante do que foi a batalha contra as Hidras em God of War. Até aqui você pensa “É um God of War com skin alternativa”. A Lâmina do Olimpo muda sua mente, introduzindo uma das novidades do jogo: Armas secundárias. Sim, desta vez você não está limitado ao uso das Lâminas de Atena e suas variações, e terá três outras armas, contando com a Lâmina do Olimpo (as outras são uma lança e um martelo).

Spoiler para os espertos

As novidades no arsenal de Kratos não terminam aí. Você foi privado de seus poderes de deuses, mas receberá variações titânicas. Até a antiga Fúria do Olimpo (sim, tô traduzindo a bagaça toda asdhjkasdha) se tornou Fúria dos Titãs. “Entãããooo… Só mudaram o nome?”. Não, os novos poderes funcionam de formas diferentes. Os raios de Poseidon (cujo nome não lembro e tenho preguiça de procurar), por exemplo, foram trocados por raios de Cronos (preguiça…procurar…), que ao invés de girar em torno de Kratos, agem como minas, atingindo inimigos que se aproximarem e dando liberdade de movimento ao espartano.

Em vez de receber seus poderes através de ESPELHOS MÍGICOS DO OLIMPO, agora Kratos deve encontrar cada um dos Titãs para recebê-los pessoalmente. O que inclusive faz uma pontinha a mais de sentido. Se bem que o jogo é baseado na miotologia grega, sentido é para pederastas.

Ainda não vi o nome

As hordas de inimigos sofreram poucas modificações, o que significa que você vai enfrentar basicamente as mesmas criaturas. Claro, temos alguns novos como o Minotauro de Pedra (que vai te irritar um pouco) e os zumbis-esqueleto, mas nada original demais. Temos reaction commands novos, porém (é como se chama a sequência de botões que aparece na tela para que você aperte). Já a lista de chefes e sub-chefes melhorou bastante. Kratos enfrantará nomes conhecidos da mitologia, como Teseu e Euryale. Os combates estão mais difíceis e demorados, dando mais emoção ao jogo. E a partir de certo ponto do jogo, será possível REFLETIR ataques bloqueados. Útil e necessário. Destaque para a volta de um velho oponente…

Além dos baús onde se coleta upgrades de magia e vida, existem agora báus secretos que contém algumas melhoras opcionais para o “herói”. Vale a pena procurar por estes baús. Outro colecionável é o olho dos Ciclopes. Você pode arrancá-los com o reaction command, e receber um prêmio após coletar vinte deles. Novas roupas e visuais continuam disponíveis para serem abertos, basta cumprir os requerimentos.

Os gráficos são efetivamente os mesmos, ou então eu não tenho sutileza alguma. A trilha sonora continua seguindo o mesmo estilo, até melhor em alguns pontos. God of War 2 não é muitooo diferente de seu antecessor, mas ainda faz parte dos Must-Play do PS2. Acredito que seu único defeito seja o final inexistente. Continua no PS3…

Um desses dois não vai estar lá. Adivinha?

Review – God of War

Games quarta-feira, 30 de janeiro de 2008 – 3 comentários

[*]Ano: 2005
[*]Gênero: Ação / Aventura
[*]Produtora: Sony Entertainment
[*]Idioma: Inglês

Tudo começa e termina com Kratos, general de Esparta. O cruel general sempre provou ser um dos melhores e mais valorosos guerreiros entre os gegos, e seu exército era um dos mais temidos. Kratos era quase invencível em campo de batalha. Pelo menos até o dia em que encontrou um inimigo que não podia derrotar. As legiões de bárbaros massacraram seus soldados, e Kratos estava prestes á ser mutilado pelo líder bárbaro. Como uma última chance de sobrevivência, Kratos ofereceu seu alma a Ares, o deus grego da guerra, em troca da vitória.

Ares ouviu seu apelo, e lançou seu poder contra o exército bárbaro, destruindo todos eles, exceto o líder. Ares então mandou suas harpias para que as Lâminas do Caos fossem entregues ao seu mais novo guerreiro. As lâminas se prenderam aos antebraços de Kratos, e ele então as usou para degolar seu inimigo. O pacto estava feito. Kratos agora era o mais temido dos gregos e efetivamente invencível em combate. Muitas vidas foram tiradas e muitas vilas foram destruídas por Kratos e seus espartanos. Mas então Ares cometeu um erro. Um erro que quebrou o pacto, e transformou Kratos em seu maior inimigo.

Anos depois, Kratos recebe uma oferta que não pôde recusar: Ele deve matar Ares, que se encontra na cidade de Athenas, e em troca será perdoado por seus atos. Chega a hora da vingança, e nada pode parar o espartano. Você está agora na pele de Kratos, e Ares deve morrer.

Mas antes disso…

Um dos melhores jogos que tive a felicidade de rodar em meu ps2, God of War é fantástico, belo e igualmente violento. O jogo já começa com a pancadaria comendo solta, enquanto guiamos Kratos por entre um ataque de uma horda de Hydras á uma frota de navios. Os comandos são apresentados ao jogador, e a diversão se inicia.

Começarei falando dos comandos. Eles seriam perfeitos, se não fosse por alguns “poréns”. O primeiro deles é a demora para que o combo se inicie, o que pode incomodar em dificuldades mais difíceis. Mas não pare de ler ainda, calma! Em compensação, o resto do combo é mais rápido. Rápido e exageradamente agressivo. Com quadrado se desferem golpes mais longos e leves, enquanto com triângulo Kratos desce a porra com um combo curto. Círculo funciona como um balão, que dependendo do botão pressionado a seguir pode partir o inimigo em dois e coisas do tipo. Com o analógico esquerdo se movimenta o personagem, e com o direito se esquiva. E é ai que reside o segundo “porém”. Na maioria dos jogos se usa esta alavanca para “girar” a câmera (que em GoW é automática), portanto pode confundir no início. Ah, L1 defende.

Existe também a mecânica de Reaction Command, em tese a mesma usada em Kingdom Hearts II. A diferença é que os botões a serem pressionados variam, e em alguns casos um erro pode te foder lindamente. E eu quero dizer LINDAMENTE. Mas o mais legal é o uso das magias, fornecidas pelos deuses do Olimpo para ajudá-lo na sua cruzada. Mas como nada na vida é de graça, você normalmente deve enfrentar um desafio antes de recebe-los.

As magias e as Lâminas do Caos podem receber upgrades, que são comprados com orbs recebidos com a derrota de seus oponentes. Quanto maior o upgrade, mais orbs serão gastos. óbvio, não?

Claro que sim

Os gráficos são extremamente bem feitos, entre os melhores do console. A presença de alguns efeitos marotos de câmera, slow-motion por exemplo, faz com que o jogo flua como um filme interativo, dando um Q a mais na diversão. Os detalhes nos personagens são notáveis, e vão desde os boobs das medusas até o realismo da musculatura dos ciclopes. Destaque para Kratos, um dos personagens mais másculos dos games (ainda inferior a Solid Snake, porém).

Mas os prós não param por ai, não. Jogando GoW você também irá se deliciar com as divertosas cenas de gore. Desmembramento, sequências arrasadoras, monstros gigantes se fodendo e um mini-game de sexo. Tudo isso para agradar as mentes mais doentias.

Mas para ver tudo isso, você deve pagar um preço: Se adaptar a dificuldade do jogo. Existem momentos em que os inimigos chegam a ser irritantes, e as batalhas ficam tão escrotas que dá até vontade de tirar o dvd e atirá-lo na parede, enquanto você enche os pulmões de ar para soltar um “FELA DA PUUUTAAAAAAAA”. Ma não fique triste, com o tempo se pega o jeito e ai é que nem andar de bicicleta: Você só se fode quando quer dar uma de gostoso.

Como querer petrificar todos os inimigos

A trilha sonora é muito boa e envolvente. Seguindo um estilo clássico dos filmes épicos, a trilha de God of War é memorável. Outro fator que faz com que God of War seja basicamente um filme interativo. Um filme digno de um oscar.

Os jogadores são presentados também com alguns extras. Entre eles uma arena com o protótipo dos personagens, alguns costumes alternativos e uns vídeos. Para os jogadores mais hardcore tem também o Challenge of the Gods, que é sem dúvida um desafio mesmo. Se acha o jogo normal difícil, passe longe dessa porra.

Esse ciclope não aguentou o tranco

Como GoW é baseado na mitologia grega, é certo que você vai encontrar diversos inimigos e referências próprias da mesma. Minotauros, centauros, ciclopes, medusas, harpias, cerberus, sátiros… Todos eles modificados visualmente para lhe dar um trava-cu assim que pisarem em sua frente. Quanto as referências, porém, GoW é inferior á sua sequência. Poucos deuses e personagens maiores são mostrados, e a putaria rola mais em torno desses já citados. A variação de cenário também não é muita, mas é satisfatória. Você irá percorrer navios naufragados, as ruas da cidade de Athenas, um deserto e um templo hardcore preso as costas de Kronos, titã do tempo.

Em resumo, GoW é  um excelente jogo e deve ser jogado por qualquer um que possua um Playstation 2 e tenha interesse por mitologia grega. Mais uma prova de que espartanos chutam bundas. E antes que me esqueça, CONTINUA.

confira

quem?

baconfrito