Confesso pra vocês que essa coluna do Piratão me fez sentir vergonha por não aproveitar melhor meu pretenso dom literário. Talvez porque eu não tenha nenhum dom no fim das contas, e nem QUERENDO sairia um troço com real valor literário.
Ou então vai ver que eu não levo vocês muito a sério. E vice-versa. Whatever.
Ainda assim eu acredito que até sei juntar algumas palavras, expor algumas idéias e provocar alguma comoção de vez em quando. Portanto, em tom de inveja ao texto do Capitão, toma aí procês:
Jogos Mortais
ou
“Relato auto-psiquiátrico de um sociopata gamer”
Meu nome é Anônimo e eu tenho algo a dizer: Violência RLZ
O gosto pela violência nos jogos é uma falha grave de caráter. Assim, eu teria uma falha grave, se eu tivesse caráter. Sabem quando eu descobri isso? Quando eu joguei Hitman. Sabem quando eu descobri isso de novo? Quando joguei Manhunt. Sabem quando eu descobri isso de novo mais uma vez novamente outra vez? Quando joguei Resident Evil 4. Sabem quando eu descobri isso pela última vez? Quando eu joguei No More Heroes.
Meu nome é Legião, e não é o excesso de sangue nos jogos que me excita. Não existe esse negócio de “excesso de sangue” e, sinceramente, se preocupar com esse tipo de coisa nos jogos é perda de tempo. Pegue um filme como Kill Bill, que é praticamente uma tela vermelha intercalada com closes da Uma Thurman, do início ao fim. O sangue é caricato e existe em profusão. Tão grande é sua presença que você começa a ignorá-lo, pois ele é mais comum que a água no mundo de Quentin Tarantino.
Infantil e ignorável também é a presença de sangue em jogos como Mortal Kombat. Sangue-dispensável. Sangue-parte-do-cenário. Sangue invisível. Aquilo que ocupa a tela toda durante o tempo todo rapidamente se torna paisagem, panorama, horizonte. É uma lei da percepção humana: pra você prestar atenção em alguma coisa, pra que ela seja diferente e chocante, ela precisa ser o detalhe, se destacar do fundo. Aquilo que está presente o tempo todo é rapidamente ignorado pelo humano médio, em busca de outros estímulos mais… estimulantes.
Não, não é o sangue que me excita.
Meu nome é Raiva. O que me move é a violência per se, a fúria irracional e desmotivada, o excesso de força para resolver uma situação que poderia ser resolvida de uma forma mais equilibrada. Equilíbrio é para os fracos, parlamentar é coisa de mulherzinha. Na dúvida, ATIRE. Mire na cabeça, entre os olhos, pelas costas, imprevisível, escopeta 12 cano serrado, pólvora estourando, efeito dramático, satisfação avermelhada, cai devagarzinho com um fio rubro escorrendo pela parede. HEADSHOTmotherfucker; quero ver você levantar e olhar torto pra mim de novo.
Na dúvida, ATIRE. Atire até que você não tenha mais dúvidas de que essa é sempre a melhor opção. Atire até começar a estranhar o simples fato de um jogo não ter uma arma de fogo como opção de negociação.
Na dúvida, ATIRE. Atire tanto que os joysticks dessa sua caixinha de satisfação eletrônica começarão a sair de fábrica com gatilhos incorporados, a fim de satisfazer aquela coceira no dedo que você não sabe direito o que é.
Na dúvida, ATIRE. Contra a violência não existem argumentos.
Meu nome é ódio e eu não preciso de argumentos, só me dê a chance de matar e eu abro mão do motivo. Antes eles eram zumbis, e isso era uma ótima justificativa para eu exterminar TODOS. Eles já estão mortos mesmo. Ou eu mato ou eles me comem vivo. Legítima defesa. Absolvido de todas as acusações. Caso encerrado.
Mas agora eles não são mais zumbis, eles são gente. Mas ok, eu mato como se fossem zumbis. Aliás, eu mato como se fossem cachorros. Aliás eu mato como se fossem pixels na tela. Aliás, pixels são mais interessantes, vocês são apenas um alvo móvel e balbuciante. Headshot.
Meu nome é Crueldade. Me dê UM motivo e eu posso ser mais do que violento; não é que eu vou fazer igual, eu vou fazer pior. Eu posso me tornar um filha-da-puta sanguinário com apenas meio motivo. Qual é o meu motivo?
Agora eu sou um assassino profissional? Ok, eu posso lidar com isso. Eu vou passar o cerol em você e toda sua família, eu sou um assassino profissional, e profissionais não deixam a emoção interferir no seu trabalho. Esconda o corpo na sombra. Sem vítimas, sem crime. Melhor matar todo mundo em volta também. Sem testemunhas, sem crime. Eu sou um profissional e vocês são só um bando de alarmes ambulantes. Por que vocês gritam e correm tanto? Nunca viu um cadáver, porra? Olhe no espelho e você vai ver um. Porque você ainda finge que está vivo?
Agora eu sou um cara normal que foi preso numa espiral de perversão alheia? Orra isso é mais motivo do que eu precisava. Vocês são todos do mal e merecem morrer. Eu sou a mão de deus, eu sou o martelo das bruxas, eu sou a punição divina. Se vocês são a doença, eu sou a cura. Eu sou normal e vocês merecem morrer, pelo bem da humanidade. Absolvido de todas as acusações. Caso encerrado.
Agora eu sou… o quê? Alguém que precisa matar 10 nego pra subir num ranking? Ok, a competição sempre moveu a civilização. O desafio, a sobrevivência do mais forte, meu tacape é maior que o seu, e assim caminha a humanidade. Eu tenho um sabre de luz, mas ele não é mais aquela arma infantil de Star Wars. Vocês já estão bem grandinhos, é hora daquele sabre de luz arrancar SANGUE. Muito sangue. Mas eu nem vejo mais, porque ele cobre a tela. O sangue é tanto que me impede de ver quem é o próximo a morrer. Porque eles precisam sangrar tanto? O sangue me impede de MATAR com mais eficiência e presteza. Morram, mas não sangrem, porra.
Meu nome é Violência, e vocês deviam me internar. Mas se chegar perto, é headshot.
Você viu aqui a suposta capa do álbum de estréia do Cavalera Conspiracy, Inflikted, que será lançado no dia 24 de Março. Porém, nesses dias, os caras divulgaram outra capa.
Segundo a Roadrunner Records, a outra capa foi usada em cópias promocionais, mas não seria a oficial. Segundo a minha visão de crítico de encartes de cd’s, eles pioraram a situação. Enfim, o importante é o que tá DENTRO do CD, mesmo. Aguardemos pelo grande lançamento.
Os caras lançaram seu último álbum, The Fuse, em 2005. Agora eles estão com um álbum inédito saindo do forno: Reason to Believe. O álbum será lançado no dia 25 de Março e, pasmem, também estará disponível para download gratuito, lá no MySpace dos caras.
Pennywise é uma banda formada no fim dos anos 80 e faz parte do grupo das principais bandas hardcore punk californiana, ao lado de bandas como NOFX e Bad Religion, por exemplo. Se você curte sons do tipo e NÃO conhece Pennywise, devia enfiar sua cabeça em uma privada entupida, puto. Agradeça ao vosso amado Jesus Cristo por eu existir.
Nos últimos tempos, quarta-feira tem sido meu dia predileto. Não é difícil explicar o por quê. Quarta-feira é dia de lançamento de hqs. E hoje o excitamento foi maior graças á Uncanny X-Men 495, primeira parte de “Divided we Stand”. Devo me antecipar e dizer que esta foi a melhor edição de Uncanny X-Men que eu li em anos.
Com os X-Men desbandados, Scott e Emma vão tirar férias na Terra Selvagem. Ed Brubaker (Captain America, Daredevil) começa a mostrar sua genialidade aqui. O relacionamento dos dois é tratado de forma bela e serena, num nível completamente diferente do que eu já havia visto. Scott é mostrado como o personagem que eu sempre admirei, sensato, inteligente e um grande líder, mesmo sem uma equipe para liderar. Emma Frost demonstra o mais puro amor por Scott, e me faz perder o pouco de saudade que eu tinha dos tempos de Jean Grey. Durante o encontro de Emma e Scott com Kazaar e Shanna, dá para sentir a falta que os X-Men fazem à Scott. E o que pode ser o prelúdio para um reagrupamento.
Enquanto isso, Logan, Piotr e Kurt se encontram na Alemanha. Os três também estão dando um tempo à vida de herói, e seguem rumo à Rússia, terra de Piotr. Esta não é a primeira vez que os três vão para a Rússia (a última acabou em briga com o Omega Red), e eu duvido muito que eles encontrem a mesma tranquilidade pela qual Scott e Emma estão passando na Terra Selvagem.
Os desenhos de Mike Choi não estão menos do que excelentes. Tudo está devidamente detalhado, e o trajamento de Emma consegue ser sexy e ao mesmo não dar a impressão de que ela é uma prostituta. As cores dadas por Sonia Oback (cujo nome sempre me lembra de Barack Obama) dão o toque final de perfeição.
Esta edição é bem escrita, bem desenhada, e uma homenagem aos velhos tempos… E ao que está por vir. Posso dizer que não poderia estar mais satisfeito, e que esta será uma grande fase para os mutantes da Marvel.
Mais um filme que concorre ao oscar. Para conferir a resenha de Juno e Desejo e Reparação, ãhn, acho que já sabem o que fazer…
Dirigido por Andrew Dominik (quem?) e estrelado por Brad Pitt, O Assassinato de Jesse James pelo Covarde Robert Ford não é um filme pra se assistir assim, a toa. Com um desenrolar lento, chato diversas vezes, vale a pena ser assistido.
Jesse James, famoso bandido, reúne um bando pra assaltar um trem, que é lá onde aparace Bob Ford, seu futuro assassino, o que não é mais spoiler do que o título do próprio filme. Depois de um tempo, o necessário para que ele conquiste a confiança de Jesse James, uma pessoa extremamente paranóica que acha que qualquer um o quer matar (o que não deixa de ser verdade), Bob vai conhecendo mais sobre essa pessoa tão diferente, e que outrora foi seu ídolo.
Bien, não vou falar mais do filme, até porque no título dele já dá pra saber o final que apesar de tudo é um pouco surpreendente. A interpretação dos atores é impecável. Com um diálogos curtos que parecem seguir um ritmo diferente de outros filmes, praticamente se apoiando na interpretação dos papéis de cada um. Brad Pitt no papel de Jesse James está bem caracterizado, quase passando bem a idéia de como seria as atitudes do próprio na época.
Mas o principal de tudo, o que valeu uma indicação ao Oscar, foi a interpretação de Robert Ford encarnada por Casey Affleck, irmão mais novo de Ben Affleck, e que parece ter todo o talento da família. A cada momento em que ele fala no filme, ele passa a impressão de que tem algo mais escondido na manga, dando bastante ênfase a interpretação dele as caras que ele faz.
E já que estamos falando de indicações, outra que esse filme está concorrendo é a de melhor fotografia, que admito, não entendo muito (nada), então não vou arriscar. Só digo que as cenas dele são muito bem feitas, desde as noturnas, durante o assalto no trem, logo no início do filme, até aquelas ao ar livre, com os caras cavalgando na neve.
E tem uma coisa que sempre me dá uma raiva nesses filmes que concorrem ao Oscar é aquela sensação de “Como essa coisa pode concorrer a um prêmio?”, mas daí lembro que americano tem um gosto esquisito. O filme é lento, como já disse, a ponto de eu ver ele em velocidade maior, porque estava ficando pentelho, desagradável até. Deve ter sido bom para o público de lá, acostumado a não ter que pensar muito pra ver um filme, o que explica algumas cenas mastigadas, das quais qualquer um poderia tirar suas próprias conclusões. Não recomendo pra ver ele numa tarde de domingo como fiz, é porque pode dar muito sono. Esse é um daqueles filmes pra se ver nas horas em que tem outros problemas mais sérios pra resolver, e que tem que ser deixados pra depois, pois com suas pouco mais de 2 horas, ele parece se desenrolar por mais tempo, tornando o filme mais longo, e deixando mais tempo pra que cada um resolva seus problemas.
Indicações de O Assassinato de Jesse James pelo Covarde Robert Ford ao Oscar 2008
*Melhor Ator Coadjuvante, para Casey Affleck
*Melhor Fotografia
O Assassinato de Jesse James pelo Covarde Robert Ford
The Assassination of Jesse James by the Coward Robert Ford (160 minutos – Drama/ Faroeste) Lançamento: 23/11/2007 (Brasil) Direção: Andrew Dominik Roteiro: Andrew Dominik, baseado em obra de Ron Hansen Elenco:Brad Pitt, Mary-Louise Parker, Casey Affleck e Sam Rockwell
Com a semana mais curta, após o Carnaval, os lançamentos em dvd são poucos devido ao ritmo fora do comum deste início de mês. Contudo, na próxima semana há uma avalanche de novidades.
Um Verão para toda Vida: Filme que ficou reconhecido em todo mundo como o 1º filme de Daniel “Harry Potter” Radcliffe fora do universo de Hogwarts. Este é uma produção pequena e conta com uma história simples e correta, não vai mudar a vida de ninguém somente poderia ser um pouco mais criativa. Na trama que se passa no final dos anos 60, quatro meninos órfãos – Maps (Daniel Radcliffe), Spark (Christian Byers), Spit (James Fraser) e Misty (Lee Cormie) – vão passar um feriado na praia, no sul da Austrália. Lá, eles descobrem que um casal local quer adotar uma criança. Essa situação dá início a uma disputa entre eles. A amizade será testada e novas alianças serão feitas.
Deu a Louca na Cinderela: Os executivos da Europa Filmes andam com uma criatividade ímpar, depois de lançaram Deu a Louca na Chapeuzinho, já inventam mais título absurdo para esta animação alemã. No desenho os finais felizes podem estar com os dias contados depois que os dois desastrados assistentes do mago que é responsável pelo controle dos finais felizes deixam um cajado mágico cair nas mãos da maldosa Frieda, a madrasta da Cinderela. O objetivo da maldosa mulher é transformar todos os finais felizes em finais infelizes, e daí está armada a confusão quando Cinderela e seu grupo de amigos tentam reverter essa história.
Deite Comigo: Produção canadense que passou em circuito restrito nos cinemas, conta um romance com alto conteúdo erótico envolvendo um casal, o protagonista é Eric Balfour, figurinha fácil em séries como 24 Horas 6ª temporada. Na trama, uma jovem e bonita mulher vive de maneira livre, tendo relacionamentos breves somente por encontros sexuais. Em uma festa, ela acaba conhecendo um homem que logo lhe chama a atenção. Depois de um tempo, os dois passam a se relacionar de maneira fogoso. Para eles, tudo é relacionado ao sexo e a descoberta da sexualidade de cada um pelo outro. Mas com o tempo, eles percebem que essa relação está, pela primeira vez, ficando mais séria do que imaginam, já que um turbilhão de sentimentos toma conta de cada um. Com isso, eles decidem se afastar novamente e tentar viver suas vidas separados, mas depois de muitas reviravoltas, eles voltam a se encontrar para começar tudo, só que agora de uma maneira completamente diferente.
Assassinato em Los Angeles: Inédito nos cinemas esta co-produção entre os EUA e a Rússia, tem como protagonista a decadente atriz Sean Young, que fez muito sucesso nos anos 80, mas que atualmente, se envolveu numa gafe ao ser “convidade a se retirar” do evento DGA (sindicato dos diretores) por estar alcoolizada. Na trama, um policial russo se muda de Moscou para a agitada cidade de Los Angeles, nos Estados Unidos. Lá, ele se casa e vive aparentemente feliz com uma bela dançarina de tango. Ela se apresenta em uma casa noturna de sucesso, mas que tem seu dono assassinado. Com isso, o policial acaba se envolvendo em uma investigação para descobrir o que está por trás do crime e acaba desvendando coisas nada agradáveis sobre o passado de sua esposa.
Two and a Hal Men – 2ª Temporada: A distribuidora Warner está lançando nesta semana o pack com a segunda temporada da sitcom mais popular dos EUA.
Não sei bem ao certo o que ocorre com O GÂNGSTER, talvez seja o universo explorado por Scott e Zaillian que esteja tão associado ao diretor Martin Scorsese e Francis Ford Coppola, pois são inevitáveis as comparações e, neste quesito, falta um roteiro melhor arranjado ao filme de Scott, o que não prejudica sua exibição, mas acaba gerando outro filme “mais do mesmo”.
Como sempre acontece nas produções de Scott, o diretor capricha nos quesitos técnicos, aqui no caso, a reconstituição de época, anos 70, é excelente e a trilha igual. A dupla de protagonistas, Denzel Washington e Russell Crowe, dão conta do recado, e até mesmo, coadjuvantes como Cuba Gooding Jr. e Ruby Dee (exageradamente indicada ao Oscar, somente tem ums 3 ou 4 cenas) auxiliam a contar a história de Frank Lucas, traficante negro do Harlem que trazia heroína do sudeste asiático em caixões de soldados americanos durante a Guerra do Vietnã.
Provável cena que gerou a indicação de Ruby
A história por si só já é um roteiro de filme, no entanto, o roteiro de Zaillian (mesmo de A Lista de Schindler) parece ser seduzido pelo “lado negro da Força” do traficante família com ética de Lucas, poupando de um visão mais forte e chegando a glamourizá-lo, frente á figuras, ditas, piores como os policiais corruptos.
gangue família
A trama separa os protagonistas e cria subtramas para cada um, obviamente, a trama de Lucas é muito melhor explorada e instigante do que a ética caxias e os problemas no casamento do detetive Richie Roberts (Crowe), o que, inclusive, cria um final extremamente forçado, levando os personagens a uma suposta “amizade”. Do universo apresentado pelo roteiro acharia muito mais interessante abordar a corrupção policial (apenas sugerida no bom personagem de Josh Brolin) e o esquema de transporte das drogas que deveria envolver, dizem, o alto escalão da CIA e do exército. Assim como se apresenta, O GÂNGSTER é um bom filme, embora, apenas correto e já datado.
o confronto poderia ocorrer mais cedo no filme
Indicações de O Gângster ao Oscar 2008
*Melhor Atriz Coadjuvante – Ruby Dee
*Melhor Direção de Arte
O Gângster
American Gangster (157 minutos – Drama) Lançamento: EUA, 2007 Direção: Ridley Scott Roteiro: Steven Zaillian Elenco: Denzel Washington, Russell Crowe, Chiwetel Ejjiofor, Josh Brolin, Ruby Dee, Cuba Gooding Jr., Carla Gugino, Ted Levine.
Sabe, hoje em dia ter uma banda é quase uma “profissão perigo”. Você vê adolescentes por toda a parte, gritando e sangrando feito zumbis, querendo o SEU sangue. Ao invés de “CÉÉÉÉÉREBROSSSS”, os putos dizem “VENDIIIIIIIIIDOSSSSS”. É um saco, eu fazia e vivia isso na minha adolescência lastimável.
Bom, é muito fácil pegar uma banda famosa e falar “Essa banda é comercial. COMERCIAL!”, afinal, ela tá sempre no topo das paradas e enche o cu de seus integrantes com grana. Porra, U2 e Green Day são bandas comerciais pra caralho!
Cara, demora pra cair a ficha. AC/DC é a banda MENOS comercial da galáxia, certo? E vocês acham que eles não ganham NADA com o som que eles fazem? Tá, eles nunca mudaram seu som, ao contrário do Green Day, afin… péra, tem certeza de que o Green Day mudou seu som? Eles são exatamente como antes; o que mudou é que agora eles estão mais contemporâneos. A banda evoluiu, logo a voz do vocalista não é mais de um adolescente virgem e o som é menos cru, afinal, agora eles SABEM tocar. Vamos usar como exemplo os caras do Titãs, então. Porra, no começo era animal, eles quebravam tudo! Não, no começo eles eram mais bunda mole que hoje em dia. Depois eles chutaram tudo e começaram a ficar nervosinhos, e mais tarde cagaram de vez. Tudo pra vender mais. Pra vender mais? Cara, Titãs era mais conhecido na época em que eles quebravam tudo que agora, que eles são “vendidos”. Não tem essa de se vender, o cara tá lá é pra ganhar dinheiro MESMO.
Aos “saudosistas”, Beatles e Rolling Stones são umas das bandas mais “vendidas” do universo. Se eles faziam música pro prazer? Claro, dinheiro dá prazer. Foda-se se eles eram sinceros em seu som, os caras só fizeram sucesso porque eles vendiam, é óbvio.
Esse papo de que “a gravadora quis assim” ou “isso vende mais” é papo furado. Fazer música é uma profissão, e a música sendo “comercial” ou não, o que importa é se te agrada. Porra, foda-se se sua banda mudou o som pra “vender mais”, é o emprego dos caras que está em jogo. O importante foi o que eles fizeram e que te agradou. Agora sim: O que te agrada. E daí se você gosta de, sei lá, Eminem, o rapper mais “vendido” da galáxia? Se o som dele te agrada, é o que importa.
Ou seja, não tem essa de “banda vendida” e “banda sincera”. Tem “banda boa” e “banda ruim”. E sem essa de medir importância através de fatos. Você tem o gosto único, e pra você o que é bom pra CARÍI pode ser uma MERDA pra outro. Principalmente praquele que só ouve o que “tá na moda”. Tsc. Quanta gente não assume que gosta de certa banda porque ela é VENDIDA? Isso é uma tremenda idiotice, e demoram pra se tocar. Pra cacete. Até lá, você já fez muita merda. Talvez você não tenha sido tão chato assim, e talvez você tenha sido pior. Ou, no caso de você, pseudo-adolescente, coloque esses talvezes (credo) no presente. Assuma que aquele VENDIDO do Lenny Kravitz te agrada, mas longe daqui. Não é você que tá pagando por eles, é?
É claro que é quase a mesma coisa no sentido de “Isso é PAGODE, então eu NÃO vou ouvir!”, mas vamos deixar isso pra uma coluna mais distante. Não quis me aprofundar muito no assunto, afinal, não há muito o que se falar sobre ele. A única coisa a se falar é: Acorda. Deixe sua mentalidade de adolescente MORRER. Ouça mais música.
Plebe Rude, Até Quando Esperar. Tirando esse som, todos os outros são desconhecidos, praticamente. Nesta geração, ESSE som é praticamente desconhecido, aliás.
Ultraje a Rigor, Filha da Puta. Sempre me orgulhei por tê-la como uma de minhas bandas favoritas, tendo em vista que os caras falavam o que pensavam e não estavam nem aí pra fazer sons comerciais. Mas… não é esse tipo de som que vende?
Nirvana, Smells Like Teen Spirit. Você sabia que a banda só não se tornou Punk porque os caras viram que ser Grunge dava mais grana? O som é dos melhores.
PROBOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOT!
Bom, é essa a minha visão, e é claro que essa coluna é voltada aos mais cabeças-dura. Se você é um TIOZÃO ou só um puto que tem algo a mais para adicionar ou comentar, manda ver. Mas leia antes o recado na parte dos comentários.
Só pra creditar o puto pela inspiração, após uma conversa com o teor alcoólico de 98,3%.
Não há como fugir do assunto da semana no mundo televisivo, o retorno da série Lost, exibido nos EUA na última quinta-feira. Ainda que assuntos como a greve dos roteiristas, que estaria terminando segundo fortes rumores (cruzem os dedos, até porque, há somente 8 episódios prontos de Lost, frente aos 16 que deveriam haver) acordo para o término pode ocorrer a qualquer momento até sexta, faltariam somente alguns detalhes, e a final do futebol americano no domingo á noite, com uma audiência de quase 90 milhões de espectadores, dividissem a atenção com o retorno de Lost, o episódio The Beggining of the End (centrado em Hurley), animou o mais descrente fã, pelo menos, espero eu que sim.
A audiência americana correspondeu, o episódio teve 16,1 milhões de espectadores, claro que levando em conta a época de reprises devido a greve, mas o que interessa é o aumento da audiência em comparação ao término da terceira temporada. Para quem acompanha pelo canal AXN, a quarta temporada deve iniciar em meados de março ou abril (depende do fim da greve), e, na rede Globo, a terceira temporada inicia dia 26/02 (claro que a quarta temporada será exibida somente em 2009).
contém spoilers para quem não assistiu o episódio
Como já sabíamos, avisados pelos produtores/roteiristas, Damon Lindelof e Carlton Cuse, a quarta temporada de Lost traria uma mistura dos famosos, mas já cansativos, flashbacks com os flashforwards, narrativa da qual fomos brindados no último episódio da terceira temporada, que levou Jack e Kate, num futuro indefinido, para fora da ilha, e no caso, um profundo arrependimento de Jack. Logo, no início deste episódio, centrado no carismático Hurley, percebemos que seu personagem também saiu da ilha, e a linha temporal da trama se passa antes dos eventos de Jack fora da ilha mostrados anteriormente.
Único momento de felicidade de Hurley no episódio
“Vocês não sabem com quem estão falando! Eu sou um dos Oceanic Six!” (Hurley)
Quem seriam os Ocean Six? Além dos já citados, seriam conforme alguns rumores Sayid, Jin e Sun. A certeza ninguém tem, e esta vacúo entre a chegada dos tripulantes do barco de Naomi e o arrependimento de Hurley e Jack, deve ser o mote desta temporada. Outra frase que me chamou a atenção era a Hurley do flashforward se dizendo arrependido para Jack por ter escolhido o grupo de Locke no momento no qual os losties se separam por divergências entre Jack e Locke.
Charlie testando a sanidade do amigo Hurley
Voltando ao episódio em si, não houve nada de muito surpreendente e nem muita ação, o que para mim não importa muito, mas sim uma coesão dos personagens em torno de uma situação (a morte de Charlie e a divisão dos sobreviventes), uma reclamação de todos os fãs que passavam episódios e mais episódios sem saber de alguns personagens, mesmo que alguns somente tenham aparecido de fundo, os eventos de The Beggining of the End mostraram se preocupar em introduzir os eventos e as entradas dos novos personagens nesta quarta temporada (que acontece neste segundo episódio conforme os trailers divulgados).
Mas, o grande destaque do episódio, além do roteiro equilibrado, foi a incrível e surpreendente atuação de Jorge “Hurley” Garcia, sendo um ator claramente deficiente de dramaticidade e sempre utilizado como alívio cômico na série, Garcia deu a vota por cima neste episódio, depois de quatro temporadas, apresenta uma atuação emocionante e inspirada, seja nos momentos de drama como nos momentos de insanidade (com as aparições de Charlie).
Momentos ? do episódio: quem seria Matthew Abbadon? a princípio uma farsa. O que a aparição Christian Sheppard para Hurley estaria fazendo na casa que lembra a aparição de Jacob? Sem comentários. Quais as intenções dos tripulantes do resgate de Naomi? Nos próximos episódios…
Quais as reais intenções de Matthew Abbadon?
Ainda é muito cedo para sabermos o que está por vir até o oitavo episódio, mas as cartas estão sendo colocadas na mesa e a temporada promete e a expectativa está altíssima, o próximo episódio é Confirmed Dead, centrado nos tripulantes do resgate.
Ultimamente a Marvel têm me decepcionado com péssimos arcos e roteiristas incompetentes no comando de boas revistas. Respectivamente, One More Day e Jeph Loeb. Por isso a minha alegria ao saber que o grande Mark Millar, idealizador de Civil War e The Ultimates, irá assumir as revistas de Wolverine e Quarteto Fantástico. E o escocês pretende apostar alto.
Wolverine
Millar se junta á Steve McNiven, com quem fez Civil War, para contar uma história sombria envolvendo o mutante mais famoso. Estamos 50 anos no futuro, e super-heróis não existem mais. James “Logan” Howlett abandonou sua vida de herói e agora vive uma vida comum ao lado de sua esposa e filha na Costa Oeste dos Estados Unidos. Também não existe mais governo, e as regiões são controladas por gangues lideradas pelos netos de heróis e vilões do passado. A história se desevolve a partir do momento que Wolverine se envolve em um problema com a Gangue do Hulk, e precisa sair numa missão para conseguir dinheiro. Ele segue então numa viagem até a Costa Leste, mais precisamente Nova York (agora Nova Babilônia). O arco, entitulado “Old Man Logan” (Velho Logan) terá 8 edições e será relacionado com a continuidade Marvel e com seu trabalho em Quarteto Fantástico.
Nas palavras do autor, será algo tipo “Clint Eastwood encontra Mad Max”, e o próprio também afirma que este será o futuro da Marvel, “enquanto as coisas continuarem como estão”. Idéia um tanto quanto assustadora, mas acredito na competência de Millar. Qualquer semelhança com Wanted não é mera coincidência.
Fantastic Four
Espere, Bryan Hitch? Sim. Para quê mexer em time que está ganhando, não é mesmo? Enquanto Wolverine terá a equipe de Civil War, o Quarteto ficará nas mãos da equipe de The Ultimates.
Millar confessa que têm grandes planos para a família de super-heróis. Para começar, ele trará de volta uma namorada de Reed, uma mulher com quem ele se relacionou antes de conhecer Sue Storm. Segundo ele, é uma mulher mais próxima do que é o Senhor Fantástico. Eles se conheceram na faculdade, e ela tem dois pontos a mais de Q.I. A “Senhora Fantástica”. O segundo arco será chamado “A Morte da Muer Invisível”. Precisa falar algo mais? Logo em seguida veremos Johnny Storm arrumar uma nova namorada. Até aí tudo ok. Mas ela é uma super-vilã. E para terminar de abalar o mundo do Quarteto, veremos Ben se relacionar com uma mulher normal, pela primeira vez (a filha do Mestre dos Brinquedos obviamente não conta). Serão quatro arcos de quatro edições cada.