Novas fotos de Dragon Ball

Cinema sexta-feira, 23 de maio de 2008 – 6 comentários

O Dragon Ball The Movie liberou imagens novas do filme Dragonball [Pois é, o nome é assim mesmo, tudojunto], tiradas diretamente da revista Weekly Young Jump.

Veja por você mesmo:

Cabelo do Goku feito com cola.
Bulma: dá um caldo.
Chi-Chi tá parecida.
Mestre Kami tá muito novo, cade a barba branca? E a calvicie?
E QUE RAIOS DE YAMCHA É ESSE?

Overdose Sci-Fi: Até Mais, e Obrigado Pelos Peixes! (Douglas Adams)

Livros sexta-feira, 23 de maio de 2008 – 0 comentários

Novamente estou aqui para falar a vocês sobre a série do Mochileiro das galáxias, mas dessa vez com o livro que é o real motivo para que essa série seja conhecida pelo nome de Trilogia de cinco livros.
Lembram do início do volume anterior, que Arthur Dent estava numa terra pré-histórica? Aqui novamente temos ele na terra, agora nos tempos atuais, como se os Vogons nunca tivessem aparecido e tudo estivesse como antes, com a diferença que os golfinhos não são mais vistos na terra. Agora, depois de algum tempo ele volta a sua casa e retoma todas as suas atividades aos poucos, com apenas uma dúvida em sua cabeça, que desde que ele havia pisado na terra novamente o perseguia: quem era a garota que estava no carro que havia dado carona a ele?
Entre essa pergunta e muitas outras, temos novamente um relato de situações estranhas, inimagináveis e finalmente vemos alguém que deu a volta no universo inteiro umas duas vezes pra pegar alguém. Mas como nada é perfeito, a volta de outra figura conhecida de todos faz com que os problemas que haviam sido esquecidos voltarem a tona, apesar de não quererem ser relembrados. Temos também finalmente uma pergunta para a resposta sobre a vida, o universo e tudo mais que é realmente convincente.
A galeria de personagens apresentada aqui é muito boa. O personagem que mais me chama a atenção em todo o livro é Fenchurch, a garota qe fica ao lado de Dent a maioria do tempo e que também recebeu um aquário. Outro que tem seus momentos legais é Wonko, o São, que é a única pessoa lúcida do livro inteiro, debaixo de sua personalidade excêntrica.
Como disse logo no inicio, esse livro é o real motivo para essa série se chamar trilogia de cinco livros. esse livro é um bom aproveitamento de situações que poderiam ter sido usadas antes, de momentos que antes seriam fracos ou sem sentido, mas que juntos assim, formam uma história perfeita, com ação, tiradas irônicas, e questionamentos que vão muito mais longe do que os feitos antes. Esse livro é um bom final para a série, termina todos os fatos de antes, colocando os personagens em lugares bem definidos, dos quais eu considero perfeitos. É claro que o último volume é um bom desdobramento, mas ele parece meio incompleto, não tenho bem certeza do que falta.
Mas isso é uma coisa que irei analisar na última e definitiva parte sobre essa série, vocês queiram ou não.

Até Mais, e Obrigado Pelos Peixes!

So Long, and Thanks for All the Fish
Ano de Edição: 1984
Autor: Douglas Adams
Número de Páginas:203
Editora:Editora Sextante

Overdose Sci-Fi: Ganhe o Guia do Mochileiro das Galáxias

Livros sexta-feira, 23 de maio de 2008 – 6 comentários

Pois é, quando um site tem grande acesso, ele pode se dar ao luxo de dar prêmios para seus leitores. Coisas assim você já conferiu aqui no Ato ou Efeito. Como tudo que a gente toca ou vira um exemplo pra todo mundo ou caso de vergonha total, venho até aqui anunciar a todos os leitores que ainda não conferiram a nossa seção AOE Blogs uma promoção.
Pois bem, um de nossos parceiros não-sexuais e possivelmente assexuado está a fazer uma promoção que irá comemorar seus 5 anos de carreira bloguistica, se é que essa palavra existe. De presente para seus leitores, ele estará sorteando dois livros: o primeiro é O Guia do Mochileiro das Galáxias, que você já deve conhecer por aqui. O outro livro se chama Ficções, do Jorge Luis Borges, que admito nunca ter lido. Podem me executar agora.
Para participar é simples: É só fazer um Post em seu blog ou site contando o maior mico ou roubada que vocês já passaram e avisar o cara com o link. O post que detalha a promoção pode ser conferido aqui e o vencedor leva os ois livros pra casa. Como eu também quero participar, lá vai uma história minha, até porque não é difícil eu entrar em roubadas:

Tudo começa em um dia que eu tinha resolvido ir para o centro de Curitiba, fazer exatamente o que eu não me lembro, mas eu estava indo pra lá. Lá estava eu, todo concentrado, com um livro na mão pra variar um pouco, quando do meu lado se encostam duas velhas e começam a conversar. O sol estava batendo exatamente onde elas estavam e uma delas sugeriu saírem dali e esperar em outro canto. Como a vida é um lugar engraçado, entra no tubo exatamente nesse momento um bêbado, que ao ver as duas se afastarem, começa a gritar com elas:
– EI, SUAS VACAS! EU NÃO SOU LADRÃO NÃO, EU TÔ INDO PRA CASA PORQUE EU MORO NO CENTRO AQUI TÍ A MINHA CHAVE DO HOTEL E VOCÊS ACHAM QUE EU VOU ROUBAR VOCÊS? SUAS VELHAS METIDAS PIRANHAS! MEU PAI É SARGENTO E EU PODIA ACABAR COM VOCÊS AQUI, MAS EU SOU LIMPO, NÃO FAÇO ISSO (complete com o papo de bêbado de sempre aqui por mais umas 4 linhas)
Nessa hora, as mulheres começaram a desfiar um monte de desculpas para o cara e ele ainda continua a xingar elas. Como já disse, a vida é engraçada e dou uma chance pra vocês adivinharem ao lado de quem o bêbado foi se encostar para gritar com as mulheres.
Pois bem, lá estava eu, ao lado de um Pudim de pinga, com mais álcool que sangue no corpo, com cara que tinha acabado de sair de um puteiro, gritando ao meu lado e atrapalhando minha leitura. A essa hora, deviam ter umas 20 pessoas no tubo, além dos já citados aqui. Depois de ter minha leitura atrapalhada, eu já não conseguia mais ler em paz e como o livro era um pouco largo, o fechei com força, fazendo um barulho que calou a boca do bêbado por alguns segundos, pois ele logo havia retomado suas ofensas sem sentido.
Nessa hora, sei lá o que me deu, eu resolvi que isso tinha que acabar. Virei por lado, olhei bem pra cara do bêbado e falei pra ele calar a boca, que ele estava incomodando todo mundo.
-OLHA Só, TEM UM CARA AQUI QUE NÃO É GAGO NÃO! FALA FIRME, NEM TEM MEDO! TEM QUE OUVIR O QUE UM CARA DELE TEM O QUE FALAR E EU VOU FICAR QUIETO ANTES QUE ELE ME FAÇA ALGO!
Nisso, ele fica quieto por uns 2 minutos, me encarando. Retiro o livro da mochila novamente e sob olhares de todos no tubo, retomo minha leitura. De repente, esse filho-da-puta começa a resmungar:
-Quem pensa que é pra me mandar a calar a boca? Acha que sou gago? SOU FILHO DE GENTE GRANDE, NÃO DEVIA MEXER COMIGO, TENHO DINHEIRO MORO NO CENTRO (E basicamente tudo o que ele tinha dito antes, agora direcionado a minha pessoa).
Pensei: “Já que comecei, é melhor terminar”. Enquanto ele falava/ gritava, guardei o livro novamente e peguei no ombro dele, apertando sutilmente, enquanto falava que ele estava incomodando todo mundo e que se ele não parasse com aquilo, teria que tomar alguma providência. Como se minha mão fosse um pedaço de carne podre que tivesse caído ali, ele começou a encarar ela, enquanto falava:
-Vai fazer o que? me bater? É? Vem, pode me bater que tu tá fodido!
Ainda com a mão no ombro dele, falei que não era isso, e comecei a puxar ele pra fora do tubo, sobre olhares de todos. Nessa hora, ele vira para mim se soltando de minha mão e começa a me encarar.
Como se estivesse seguindo um roteiro, o ônibus se aproxima, eu olho pra ele e digo:
-Cara, eu ia fazer algo por você, mas agora meu ônibus chegou, se fode aí e não me enche o saco.
E entro no ônibus.
Lá dentro, todo mundo me encara. As duas velhas que iniciaram tudo isso se afastam e ficam no seu canto, caladas. Segundos depois do ônibus começar a se movimentar, sinto uma mão em meu ombro e um bafo característico. Era o bêbado novamente.
-Cara, que você ia fazer lá?
-Nada, talvez te ajudar, sei lá.
-Sabe quem eu sou? Já ouviu falar de (insira nome impronuniciável aqui)? Eu sou o cara abaixo dele, toda a droga do centro passa pela minha mão.
-Tá certo, e daí?
-Sabe, você com essa cara parece um dos balãozinho que a gente usava pra transportar, tu tem mó cara de quem mexe com droga.
-Tenho? isso é uma surpresa pra mim.
-É, tem sim. Sabe que eu podia ter matado você ali? Tua sorte é que eu tô sem meu berro.
-Cara, por mim, você que se foda, não ligo pra quem você é, o que faz ou quem já matou, mas fica na sua e não incomoda ninguém aqui, ok? Olha, tem um lugar livre ali, senta e tira um cochilo, ok?
Nessa hora, com o cu na mão, nem sei de onde tirei coragem pra falar isso, mas foi o que eu disse
-Olha que tu não é gago mesmo, hein? Vou ali mesmo e ficar no meu canto. Meu nome é (tal nome, nem lembro), você se chama como?
-Carlos.
-Olha, Carlos, se precisar de algo, fala comigo em (tal lugar, me forcei a esquecer), te arranjo algo na faixa.
Pode parecer algo idiota agora, mas acredito que essa foi a maior roubada que eu mais me arrisquei nesse ano. Abro espaço aqui pra falar um pouco sobre que tipos de pessoas estavam no ônibus. Tinham vários estudantes, pessoas comuns como eu, 2 caras que pareciam estar indo pra academia, o que confirmei na parada final, um grupo que estava indo para seu curso de SEGURANÇA, com aqueles uniformes e tudo o mais. Acredito que, se eu tivesse caído no chão, eles teriam passado por cima de mim, o que me deixa com mais certeza que eu só posso confiar em eu mesmo.

É, ficou um pouco mais longa do que eu pretendia, mas o fato foi tão estranho que me fez andar pelas ruas da cidade umas 2 semanas vigiando as minhas costas, pra ver se não estava sendo seguido. Bom, recado dado, agora é com vocês, participem da promoção e concorram a esses dois ótimos livros.

Overdose Sci-Fi: De Volta para o Futuro Parte III (Back to the Future Part III)

Cinema sexta-feira, 23 de maio de 2008 – 1 comentário

Talvez o mais engraçado e moralista de todos, De Volta para o Futuro parte III também é surpreendente pela forma como fecha a complexa trama da série (E deixa aberto para o saudosista desenho animado da década de 90). A idéia é simples: Depois de resolver os problemas de realidade em 1955, o doutor Brown é lançado para 1885, 100 anos antes do ano em que tudo começou. Preso lá ele avisa McFly que não precisa se preocupar que ele está muito feliz. Só que logo depois de ficar tranquilo, Martin descobre que o bom doutor foi assassinado dias depois de escrever a carta. Tentando salvar Emmett Brown, McFly usa o DeLorean mais uma vez e com a ajuda de Emmett Brown versão 55 ele chega á 1885 (Se seu cérebro deu um nó, fique feliz: Você é só mais um). Só que agora, por causa de defeito no DeLorean (Ô carrinho pra dar pau, moleque!), os dois estão juntos no passado sem poder voltar ao “presente”.

Hora de pegar rabeta no DeLorean

Se até então a trama estava alucinada, na parte III ela extrapola as possibilidades. É hilário ver Martin encontrando seus antepassados e conhecendo o início da família McFly naquelas terras, assim como ver as referências de outros filmes da série áquele ano serem mostradas “ao vivo e em cores”.

Ei! Estou ganhando cachê duplo por esta cena!

Novamente temos um Tannen (Família de grandões sem cérebro que incomodam os McFly ao longo dos filmes), com Thomas F. Wilson (Mais uma vez, pois é) interpretando Buford “Mad Dog”, o mais satírico e hilário dos Tannen. Realmente, eles fazem parecer que burrice é hereditária. A novidade fica por conta de Clara Clayton, a nova personagem do século 19. Mary Steenburgen me convenceu e fez valer a sua presença na capa do filme. Muito bom o que ela faz, mesmo sem querer, com a mente do doutor Emmett Brown. Uma mudança na história que eu não esperava na primeira vez que vi.

As interpretações continuam fantásticas, apesar de começar a ficar repetitivo o jeito “Martin McFly” de agir (Muito melhor que estilo Neo, por exemplo, mas…). Algumas piadas começaram a ficar óbvias, com “Franguinho”, outras, no entanto, sempre serão originais. As músicas também estão lá, com exceção de Johnny B. Goody. Graças a Deus, aliás, porque já estaria beirando o ridículo. Aliás, durante muitos anos, a orquestrinha que toca na festa de inauguração do relógio de Hill Valley me parecia fraquinha e sem sal (Tipo as tiradas do théo, saca?), mas da última vez que vi o filme, ela até que fez uma ótima presença e não deve deixar de ser analisada. Afinal, é como a cena do baile em 55, um elemento da história.

Lembram o que falei do moralismo? Pois é, ele nem é tanto assim, só que está lá, de leve. Nada como o filho beijando a versão mais nova da mãe do original, ainda assim o filme não é o típico que se vê por aí. Talvez se houvesse uma quarta parte ele resolvesse algumas pontas soltas e revelasse o destino de certos personagens… Ou fosse que nem Mortal Kombat: Aniquilação e merecesse ser levado para o limbo. De qualquer forma, vale muito a pena e com certeza deve ser visto em grupo. Rir sozinho da cara de tacho de Tannen em todas as suas gerações não é nada.

Ok… O DeLorean voador é animal, mas era ESSE que eu queria na minha garagem

De Volta para o Futuro Parte III

Back to the Future (118 minutos – Aventura/Ficção Científica)
Lançamento: EUA, 1990
Direção: Robert Zemeckis
Roteiro: Robert Zemeckis e Bob Gale
Elenco:Michael J. Fox, Christopher Lloyd,

Os 19 Melhores Filmes que Você não Viu em 2007

Primeira Fila sexta-feira, 23 de maio de 2008 – 5 comentários

Neste mês de season finales das séries americanas tem me sobrado pouco tempo para assitir á filmes e ir ao cinema (ainda não vi nenhum blockbuster deste verão, shame on me). No entanto, nas minhas descobertas de filmes menores e desconhecidos acabei topando com o filme The Nines (aqui, no Brasil, ficará inédito nos cinemas sendo lançado diretamente em dvd pela PlayArte com o título Número 9), um dos filmes mais estranhos e bizarros que eu já assisti. Ainda não sei se gostei ou não, mas não fiquei indiferente.

Procurando algumas informações do filme acabei chegando nesta matéria que intitula a coluna do site gringo FirstShowing.net. No conteúdo, uma copilação de filmes lançados em 2007 (indicados pelo jornalista do site), dos mais diversos gêneros, que não arrebanharam um grande público (obviamente, não são blockbusters) e têm potencial para serem (re)descobertos. Alguns ainda permanecem inéditos por aqui outros já foram lançados comercialmente no Brasil nos cinemas ou diretamente em dvd. Em tempos de blockbusters dominando os cinemas fica aqui uma opção alternativa para os cinéfilos (isto se vocês já não conhecerem os filmes).

1. Across The Universe

A TRAMA: O filme conta duas histórias – uma, de amor, e outra, de uma geração, a dos anos 60 – por meio das músicas dos Beatles. Começa em Liverpool, ao som de “Girl”, de John Lennon e Paul McCartney, quando um trabalhador nas docas (Jude) decide pegar o navio e procurar o pai, que trabalha na universidade de Princeton, nos EUA. Lá ele conhece Lucy, um loira de classe média.

Talvez o mais conhecido por aqui da lista. Já disponível em dvd, é um deleite para os fãs de Beatles, contando com uma trilha de mais de 30 canções no filme, interpretadas pelo próprio elenco e convidados (Bono), e conta ainda com um visual belissímo, pena a história tão clichê. (disponível em dvd)

2. O Assassinato de Jesse James pelo covarde Robert Ford

A TRAMA: Carismático e imprevisível, Jesse James foi o mais notório fora-da-lei da América. Ele planejava mais um de seus grandes assaltos, quando soube que seus inimigos, ávidos por glória e fortuna, haviam se lançado numa corrida em sua captura. James declara guerra a todos eles. No entanto, não poderia imaginar que a maior ameaça á sua vida viria de um dos homens em que mais confiava.

Uma das grandes surpresas para mim, este suposto faroeste é, na verdade, um estudo de personagens, especialmente Robert Ford, muito bem interpretado por Casey Affleck. A trama é um pouco arrastada necessitando ter paciência, mas, em compensação, o visual e a fotografia são únicos e fantásticos. (disponível em dvd)

3. Morte no Funeral

A TRAMA: Uma família desajustada se junta para o enterro do patriarca. Quando um homem misterioso aparece e ameaça chantagear a família com um embaraçoso e obscuro segredo do falecido, seus dois filhos, Daniel e Robert, tentam de tudo para não deixar que os presentes descubram.

Ok, sempre ter que haver uma comédia inglesa para rirmos das desgraças dos outros e do humor negro inglês. Vale uma espiada pelas situações inacreditáveis que podem ocorrer no enterro do patriarca da família tradicional. (disponível em dvd)

4. Fido, O Mascote

A TRAMA: Na cidade onde a família Robinson vive, é comum encontrar zumbis andando pelas ruas. Alguns toleram as estranhas criaturas, enquanto outros querem exterminá-los antes que a praga se torne insustentável. Um dos mortos-vivos sobreviventes á fúria humana é Fido, o melhor amigo do pequeno Timmy Robinson. O garoto fará de tudo para provar aos pais que seu amigo zumbi é bom o suficiente para fazer parte da família, o que se torna muito mais difícil quando Fido devora uma das vizinhas.

Permanace inédito para mim este misto de comédia e terror sobre zumbis domesticados, longa canadense que conta no elenco com Carrie Anne Moss (a Trinity de Matrix) e Billy Connoly.

5. Medo da Verdade

A TRAMA: Amanda McCready é uma menina que desapareceu ao redor de um bairro pobre de Boston. Quando começam as buscas, os dois detetives descobrem que há mais no caso do que apenas um desaparecimento.

Já diversas vezes elogiado por mim aqui no AOE, este suspense salva a carreira descendente de Ben Affleck, aqui muito bem atrás das câmeras, mérito do roteiro co-escrito pelo próprio ator, de um romance homônimo de Dennis Lehane (o mesmo do filmaço Sobre Meninos e Lobos).

6. Grindhouse – Planeta Terror & á Prova de Morte

A TRAMA: é um “filme duplo” americano, escrito, dirigido e produzido por Quentin Tarantino e Robert Rodriguez. O filme é um homenagem aos filmes de horror dos anos 70. Há dois filmes dentro de Grindhouse: “Planeta Terror”, dirigido por Rodriguez, que mostra rebeldes lidando com zumbis enquanto enfrentam militares; e “Death Proof” (á Prova de Morte), dirigido por Tarantino, que mostra um dublê misógino que usa seu carro para matar pessoas. Entre os filmes, trailers falsos aparecem.

Ainda lançado pela metade, somente Planeta Terror ganhou as salas de cinema e os dvds. Cadê o filme de Tarantino, Europa Filmes? Nem preciso comentar que é uma vergonha á Prova de Morte ainda permanecer inédito por aqui. Ambos os filmes são, diria, filmes de fãs, enquanto o primeiro é para os fãs de terror gore o segundo é um prato cheio para os fãs do roteiro e fetiches de Quentin Tarantino, muitos diálogos cool e pop na ponta da língua do elenco feminino e pouca ação; mas quando esta surge é infreável (desculpem o trocadilho).

7. O Hospedeiro

A TRAMA: Na beira do rio Han, moram Hee-bong e sua família, donos de uma barraquinha de comida no parque. Seu filho mais velho, Gang-du, tem 40 anos, mas é um tanto imaturo; a filha do meio é arqueira do time olímpico coreano; e o filho mais novo está desempregado. Todos cuidam da menina Hyun-seo, filha de Gang-du, cuja mãe saiu de casa há muito tempo. Um dia, surge um monstro no rio, causando terror nas margens e levando com ele a neta querida de Hee-bong. É a hora da verdade para cada membro da família, que decide enfrentar o monstro em busca da menina.

Uma das melhores surpresas do ano passado, este filme sul coreano espinafra o cinemão americano e prova que é possível fazer um filme comercial de apelo popular sobre Monstro, sem perder a mão num ótimo roteiro que mistura suspense, ação, drama, crítica social e comédia. Imperdível! (disponível em dvd).

8. O Rei da Califórnia

A TRAMA: Aos 16 anos, Miranda já teve muitos desapontamentos na vida. Abandonada por sua mãe, ela larga a escola e se sustenta trabalhando no Mc Donald´s, enquanto seu pai Charlie está em uma clínica psiquiátrica. Quando ele volta para casa, Miranda vê sua vida mudada. Charlie se tornou obcecado pela idéia de que um tesouro espanhol está enterrado na região. Armado com um detector de metal e livros de caça ao tesouro, ele logo encontra razões para acreditar que o ouro está embaixo de um supermercado.

Já lançado em dvd, permanece inédito para mim, mas tem no elenco Michael Douglas e a gracinha Evan Rachel Wood (Across the Universe).

9. O Vigia

A TRAMA: Chris “Slapshot” Pratt, cujo futuro brilhante foi arruinado por trágico acidente, trabalha como funcionário da limpeza em um banco, e vê-se envolvido em uma tentadora proposta para realizar um golpe.

Uma boa surpresa este suspense com toques de drama, que ao invés de privilegiar o plano de assalto ao banco favorece o estudo dos personagens. Fiquem de olho no garoto Joseph Gordon Levitt (conhecidos por alguns da antiga série cômica 3th Rock from the Sun), que parece querer despontar como um dos melhores de sua geração. (disponível em dvd)

10. Sunshine – Alerta Solar

A TRAMA: No ano de 2057, o Sol está prestes a se extinguir e, junto com ele, a humanidade. A última esperança da Terra é a Icarus II, espaçonave tripulada por oito homens e mulheres, liderada pelo capitão Kaneda. Sua missão: transportar um equipamento projetado para reacender o astro-rei. Em meio á viagem, sem contato com a Terra, os astronautas ouvem uma preocupante mensagem de rádio da Icarus I, que tinha desaparecido ao tentar desempenhar a mesma missão sete anos antes. Um terrível acidente coloca em risco a missão e logo eles se vêem lutando não apenas por suas vidas e sua sanidade, mas pelo futuro de todos nós…

Também bastante conhecido por aqui, esta ficção de Danny Boyle é um dos poucos acertos do gênero nestes últimos anos, uma pena para quem é fã de ficção cientifíca. (disponível em dvd)

11. The Nines

A TRAMA: Um ator problemático, uma apresentadora de TV e uma designer de videogames vêem suas vidas serem misteriosamente interligadas em uma única narrativa que explora as relações entre autor e personagem, intérprete e papel, criador e criação.

Como disse acima, uma loucura de trama, parece um filme do diretor David Lynch, fica-se com a impressão de ter que ser visto uma segunda vez. Será lançado em dvd agora em Junho.

12. Angel-A

A TRAMA: André é um pequeno malandro intimado a saldar sua dívida com criminosos de Paris. Desesperado, ele vai até uma ponte, onde pensa em se jogar para acabar com sua vida. Porém, no mesmo lugar, ele conhece uma belíssima e alta loira. Deprimida, ela se lança á água. Salva por André, os dois passam a noite tentando resolver seus problemas… e um mistério.

Do conceituado diretor francês Luc Besson (sumido há bastante tempo, trabalhando mais como produtor), este filme mistura fantasia, comédia e romance, numa fotografia belissíma em preto-e-branco.

… e os inéditos

13. Talk To Me, um drama biográficode Kasi Lemmons;
14. Interview, drama intimista dirigido pelo ator (atuando também) Steve Buscemi;
15. The King of Kong, documentário de bastante sucesso internacional sobre um concurso entre fãs do game;
16. The Go-Getter, comédia dramática, na verdade um road movie, com elenco jovem, Lou Taylor Pucci (Nação Fast Food), Zooey Deschanel (O Guia do Mochileiro das Galáxias) e Jena Malone (Na Natureza Selvagem);
17. Everything’s Gone Green, comédia canadense de sucesso no circuito indie;
18. Delirious, drama com toques cômicos e um elenco de respeito, Steve Buscemi (de novo), Michael Pitt e Alison Lohman;
19. Air Guitar Nation, um documentário musical;

Estréias da semana – 22/05

Cinema quinta-feira, 22 de maio de 2008 – 1 comentário

Indiana Jones e o Reino da Caveira de Cristal (Indiana Jones and the Kingdom of Crystal Skull
Com: Harisson Ford, Cate Blanchett, Shia LeBouf, Ray Winstone, Karen Allen e John Hurt

Indiana Jones cai na mão dos russos em 57 e precisa ajudar os caras a acharem alguma coisa que está escondida na famosa Írea 51. Como sempre Indy escapa, mas o fato de quase ter ajudado os comunistas o coloca sob suspeita. Ele perde seu cargo de professor e então decide mudar de ares. Mas ele é a única pessoa que pode salvar a mãe de Mutt Williams (Shia LeBouf) presa no meio da selva amazônica quando procurava a tal caveira de cristal. Então o bom e velho Indy que não foge de uma boa caça ao tesouro decide topar a jornada e enfrentar os russos, a mata fechada, os mistérios das civilizações antigas e o reumatismo, mostrando que ainda consegue fazer meia dúzia de malabarismos sem dar um mal jeito no ciático.

Controle, a história de Ian Curtis (Control)
Com: Samantha Morton, Sam Riley, Alexandra Maria Lara e Joe Anderson

E lá vamos nós para mais uma cinebiografia de algum grande nome da música. Dessa vez, num esquema mais indie. O diretor Anton Corbijn (ele já dirigiu uma meia dúzia de clipes do U2) traz a tona a história do vocalista do Joy Division, Ian Curtis. A trajetória curta e intensa recebe um enfoque especial na sua saúde débil (chegou a sofrer alguns ataques de epilepsia no palco, tendo que receber ajuda médica ali mesmo), o amor da família e de um caso extra conjugal, além da dificuldade de lidar com seu próprio talento.

Ensinando a Viver (The Martian Child)
Com: John Cusack, Amanda Peet e Joan Cusack

John Cusack no seu papel default de trintão bizarro sem rumo na vida acaba de ficar viúvo. Numa atitude muito inteligente (afinal sofrimento pouco é bobagem), ele decide adotar um orfão… que acredita ser um marciano em missão na Terra. A partir de então ele passa a contar com a ajuda de uma amiga (Amanda Peet) já que ele sabe tanto sobre cuidar de crianças quanto de construir bombas atîomicas com um clipes e um chiclete mastigado.
Especialmente crianças que acham que são marcianos em missão na Terra.

Cleópatra
Com: Alessandra Negrini, Miguel Falabella, Taumaturgo Ferreira e Bruno Garcia
A história de Cleópatra vocês já estão cansados de ouvir. Um filme com Miguel Falabella nunca é garantia de coisa boa. Mas eu darei apenas um motivo para ir vê-lo e você jamais conseguirá contra-argumentar: Alessandra Negrini pelada.

Overdose Sci-Fi: Indiana Jones e o Reino da Caveira de Cristal (Indiana Jones and the Kingdom of the Crystal Skull)

Cinema quinta-feira, 22 de maio de 2008 – 3 comentários

QUÊ? Como assim Indiana Jones no Overdose SCI-FI? Pois é, nem eu esperava, mas foi o que o senhor-faz-filmes-pé-no-saco, George Lucas, nos proporcionou. Isso nem foi dito na sinopse (não vou fazer outra por aqui, se contentem com o link, ok?), então eu fui ao cinema na esperança de assistir a mais um filme de aventura do vovô Indy e Só… mas aí veio este “ingrediente especial”. Não sei se foi ingenuidade ou falta de informação da minha parte, mas eu fiquei surpreso. E, de uma certa forma, decepcionado.

O filme NÃO É um Sci-Fi, só contém elementos de tal gênero. Vai com calma.

Eu pensava que o próprio INDY era a caveira, aliás.

EFEITOS VISUAIS / SONOROS

Excepcionais. Tirando as partes em que incluem a música tema da série em versões de suspense, o que eu achei completamente broxante e fora de sincronia. Já em relação aos efeitos visuais, ao menos nisso George Lucas e sua equipe (sem se esquecer de Steven Spielberg, é claro) não decepcionam. Destaque para as lutas em cima de carros e para a cena final. Mas Harrison Ford não precisou de tanta ajuda neste quesito, apesar da idade. Pelo contrário, Shia LaBeouf foi quem precisou de uma mãozinha com os macacos (SPOILER SUBLIMINAR DETECTED).

ENREDO

Indiana Jones. Tirando a parte da ficção científica, é claro. As cenas de suspense, descobertas e tudo mais, tiram a atenção de muitos (mas nem tanto) furos no roteiro. Afinal, por que DIABOS um arqueólogo vai até METADE de uma “missão”, aquela que basicamente seria a mais FODA de sua vida, e decide voltar? Ololco! Vez ou outra os caras meio que ficaram sem saída em algumas cenas, encheram o peito e gritaram: CENA TRAAAAAAAAAAASH! Na cena final, rolou algo que eu chamaria de “descarga ao contrário”. É rir pra não chorar.

PERSONAGENS

Shia LaBeouf (Mutt Williams) roubou a cena por diversas vezes. Sério, esse cara é muito bom e pode ser considerado um PERIGO para Harrison Ford – um monstro, mas com o brilho ofuscado em diversas vezes por LaBeouf. É MUITA moral roubar a cena do INDIANA JONES, ou então Spielberg perdeu MESMO o jeito. Cate Blanchett (Irina Spalko) fez o tipo de vilã que eu particularmente não gosto, além de não representar muito perigo não fosse seu EXÉRCITO. Sean Connery foi BEM melhor que ela e, pasmem, a participação do cara foi aparecer em uma FOTO. Karen Allen (Marion Ravenhood) não apareceu muito, mas o bastante pra divertir. Assim como John Hurt (Oxley), que foi um maluco e tanto. De resto, um elenco razoável.

SCI-FI

George Lucas disse que, se dependesse dele, o filme contaria com ET’s e tudo mais, se bobear o Darth Vader apareceria por lá pra… ter uma aula com Indy. Felizmente Spielberg segurou o cara, mas… ninguém segurou Spielberg. Enfim, a ficção científica inserida aqui é bem clássica, ao menos. Porém, deu a impressão de que faltou algo, mas é pelo contrário: Chegou a PASSAR dos limites. E não, eu não sou fã xiita de Indiana Jones. Sempre preferi A Lenda do Tesouro Perdido, tanto o primeiro filme quanto o segundo.

EXPECTATIVA BLOCKBUSTERIANA PóS INDIANA JONES E O REINO DA CAVEIRA DE CRISTAL

Sinceramente, esse filme tá na “zona de rebaixamento” dos blockbusters. Imagino que a bilheteria seja maior que a de alguns, mas Indiana Jones e o Reino da Caveira de Cristal é um filme que Só diverte, não empolga. Tirando as cenas de Shia LaBeouf, claro. E não é só o AOE que tá caindo em cima do filme, acreditem.

O pôster indica um filme melhor, acredite.

Indiana Jones e o Reino da Caveira de Cristal

Indiana Jones and the Kingdom of the Crystal Skull (124 minutos – Aventura / Sci-Fi)
Lançamento: EUA, 2008
Direção: Steven Spielberg
Roteiro: David Koepp, George Lucas, Jeff Nathanson
Elenco: Harrison Ford, Shia LaBeouf, Cate Blanchett, Karen Allen, Ray Winstone, John Hurt, Jim Broadbent

Overdose Sci-Fi: De Volta para o Futuro Parte II (Back to the Future Part II)

Cinema quinta-feira, 22 de maio de 2008 – 0 comentários

Se todas as trilogias fossem colocadas juntas e discutidas as continuações, as segundas partes possivelmente seriam os “melhores filmes” e no caso de De Volta para o Futuro, bem, na minha opinião, ele não é O MELHOR, ficando ao lado de De Volta para o Futuro Parte III. Para quem não sabe, na Parte II vemos o doutor Brown encontrando Martin McFly novamente e o convocando, agora junto da namorada Jennifer, para ir trinta anos á frente (2015, numa versão hypada) e salvar… Os seus filhos! Nessa segunda parte da história, o Paradoxo temporal é levado ao extremo e vemos várias oportunidades para a realidade simplesmente implodir e levar todo mundo junto.

Mesmo no futuro os Nike Shox continuam caros pra caramba!

Algo que talvez não eleve tanto o conceito dessa segunda parte para mim é que ela se torna um pouco confusa, mas não no sentido de inteligência, só não é tão divertida. As idas e vindas dos anos é muito boa, e certas cenas, como a sequência na casa dos McFly em 2015 e a jogada inteligentíssima da “correspondência” na sequência final do filme acrescentam muito á mitologia. Fantástico e encaixado no universo complexo de De Volta para o Futuro.

Biff em um momento de brilhante conclusão: PEGA ELE!!!

As interpetações parecem melhores nesse filme e nunca vi tanto McFly junto (Inclusive o mesmo McFly se cruzando com sua versão do passado e futuro). A conversa indireta de Emmett Brown com sua versão de 1955 me faz pensar em quão inteligentes podem ser as cenas envolvendo Christopher Lloyd. Genial mesmo. Até mesmo Elizabeth Shue (Novinha e substituindo Claudia Wells), como Jennifer, tem participação considerável e consegue cumprir seu papel. Aliás, seria injustiça dizer que sua personagem não é a peça chave da trama no futuro. Além de um rostinho bonito (Mas faltando um pouco de corpo nela) a guria tinha talento. A trilha sonora continua ótima e aquela sequência que toca sempre que algo importante acontece ainda é inesquecível. Pena que aqui não tenha uma música para fazer o mesmo efeito de Johnny B. Goode do original.

Um último ponto interessante: A evolução para carro voador do DeLorean foi um dos elementos mais espertos da série. Não só encaixou com a visão futurista como também tornou a máquina ainda mais atraente para os “descerebrados adolescentes estado-unidenses que só pensam em carros”, que viam no DeLorean o mais irado veículo que eles poderiam querer. Fala sério! Quem não queria subir com o DeLorean e parar de enfrentar a porcaria do trânsito brasileiro, han? São Paulo seria um lugar mais agradável… Ah, esquece, tá virando utopia…

De Volta para o Futuro Parte II

Back to the Future Part II (108 minutos – Aventura/Ficção Científica)
Lançamento: EUA, 1989
Direção: Robert Zemeckis
Roteiro: Robert Zemeckis, Bob Gale
Elenco: Michael J. Fox, Elizabeth Shue, Cristopher Lloyd, Lea Tompson, Jeffrey Weisman, Thomas F. Wilson

Maquinaria Rock Fest: A versão da Bel

Música quinta-feira, 22 de maio de 2008 – 6 comentários

Rock e metal tocando alto de moer os ouvidos, nêgo esparramado no chão (até com certo conforto) levemente embriagados, uns doidos lá na frente batendo cabeça, um povo mais atrás só curtindo o som, um maconheiro ou outro curtindo um baseado ao som de feras como Sepultura, Biohazard, Matanza, Suicidal Tendencies, Misfits, e, prá finalizar o quadro, tudo isso regado a muita cerveja. Esse foi o meu ambiente de sábado, quando coloquei meus coturnos surrados no Espaço das Américas (SP) para curtir amadoramente o Maquinaria Rock Fest. Foram dois dias de evento, mas o segundo dia não me interessou muito, só rolou umas bandas meio bleh. Mas o sábado… uau.

Enfrentei alguns contratempos, claro. O Théo, ao saber que eu iria ao Maquinaria e certamente escreveria sobre o assunto para vocês, foi tentar arrumar uma credencial para mim. ótimo, né… apesar de não sermos uma imprensa oficial, somos um veículo de comunicação em massa com um modesto público. Infelizmente, o cara que ficou de agilizar os esquemas, meu futuro colega de profissão (uma vergonha para a estirpe dos jornalistas… tsc.) achou que eu era uma groupie estúpida e que ficaria pulando e dando gritinhos histéricos perto dos “jornalistas formados”. Pior ainda: achou que o Théo estava me fazendo esse favor porque ESTAVA ME PEGANDO. É nessas horas que a gente se pergunta:

q

Se ele tem que arrumar ingresso de show prá pegar mina, o problema é dele. Aqui, por mais amadores e júniores que formos, somos sim profissionais.
Talvez a idéia de que o Théo tinha interesse que eu fosse em nome do site não passou pela cabeça dele… talvez também não tenha passado que nós nunca nos vimos in real life e nosso contato é basicamente virtual. Talvez ele tenha me achado bonitinha e por isso conclui que eu era estúpida e/ou miguxa (um preconceito muito feio prá um jornalista formado!). Não sei, amigos… não sei o que passou na cabeça daquele ser prá concluir que eu tinha algum distúrbio mental só porque nunca cobri um evento.
Qual a dificuldade em curtir um show, tirar fotos e depois escrever um texto sobre isso?
Providencie-me uma máscara de oxigênio que eu faço até debaixo d’água.

Resumindo a ópera, pensei “foda-se esse idiota e a credencial, eu já tenho meu ingresso, mesmo” e adeus 80 reais. Aliás, essa é outra coisa que queria falar sobre o Maquinaria: achei bem barato. São 12 bandas e o ingresso antecipado foi 80 reais + 1 kg de alimento, no dia foi 120 reais. Gente, 120 reais prá ver Misfits, Sepultura, Biohazard et alii no mesmo dia? É um preço muito bom.
A cerveja achei que podia ser mais barata (e melhorzinha… ninguém merece Itaipava), mas deu prá beber bem com 50 reais.

De qualquer forma, por causa de um trânsito caótico de duas horas e meia, perdi o show de umas quatro bandas: Korzus, Motorocker, Ratos de Porão (quel dommage!!! Queria TANTO ter visto!) e não lembro mais qual. Mas o Pizurk assistiu, leiam a versão dele e vejam o que rolou.
Quando cheguei, umas 19 e 30, já tava rolando o começo do show dos Misfits. Após encontrar meu companheiro Pizurk e ganhar uma camiseta linda do Pantera, fomos prá muvuca ver o show. Lotado, a galera pulando freneticamente ao som de clássicos como “Dig up her bones”, “Why don’t you love me anyway?” e “Die die, my darling” (que veio antes da versão do Metallica, mas esta que vos fala só ficou sabendo disso por esses dias). Nada de setlist prá vocês, mas fica a dica: foi muito bom e vale a pena.

Depois do show dos Misfits, que durou cerca de uma hora (os shows “grandes” duravam uma hora, os menores uns 30 minutos cada) rolou uma banda brasileira muito boa chamada Embrioma no outro palco.
Nunca havia escutado, mas os caras são bons, um metal bem bacana. Confiram o Myspace do Embrioma que vocês vão curtir.

Após Embrioma, o tão esperado SEPULTURA. A galera lá embaixo já tava gritando “Sepultura! Sepultura!” antes mesmo dos caras entrarem.
Nossa…
Nooooossa…

Showzaço, gente. “Refuse/Resist”, “False”, “Territory”, “Ostia”, “Roots”, “Orgasmatron”, entre outras que não vou conseguir recordar. Até merece um palavrão:

– FODA, MEU.

(Foi mal, galera… sou uma péssima fotógrafa).
Uma hora de esmigalhar seus miolos, arrebentar seus tímpanos e deslocar o pescoço. Os caras tocam demais e… ôpa, peraí. deixa eu me comportar que tô parecendo uma groupie falando.
Depois de Sepultura rolou Tristania. Sabe como é, um pouco de estrogênio e peitinhos prá acalmar a galera.

Mary Demurtas

A mina é gata e manda muito bem no palco. O show ficou meio morto porque Tristania é um doom metal com tons trágicos e foi tocar depois de toda a agressividade do Sepultura… aí deu uma sensação de broxada mesmo, mas foi bom.
Depois rolou Suicidal Tendencies no outro palco. Os fãs que me perdoem mas, com todo o respeito, não curto muito o som dos caras. Mesmo assim eles empolgaram bastante, me fizeram pular MUITO e quando me dei conta, tava bradando os punhos e gritando “ST! ST! ST!” junto com a galera. Prá quem curte um rockzão do gênero é um prato cheio.

Os próximos a tocar foram os cariocas do Sayowa. Conhecia umas duas músicas dessa banda, mas facilmente faria o download do CD se eu achasse na internet (fica a dica, rapazes. Disponibilizem!). Metal maneiro prá caramba, agressivos, enérgicos… curti também porque eles usam um tamborzão de escola de samba em suas músicas.

Maracatu, maracatu…

Bom, eu daria o “prêmio revelação” da noite para Sayowa e Embrioma, que eu não conhecia e que muito me deixaram contente pela qualidade do som. Fica a dica prá vocês que curtem metal: procurem ouvir que vale a pena.

Depois de Sayowa eu já estava morgada, embriagada, sentada no chão que a essa altura do campeonato estava muito semelhante a um campo de refugiados, com metaleiros espalhados e encostados por todos os cantos, e ainda havia Biohazard e Matanza por vir.

Biohazard ameaçou começar e a galera foi aglomerando de novo no palco. O show moendo e todo mundo já meio tristonho, cansado. O vocalista estava a toda. Gritou umas duas vezes: “Make the circle! How many reais did you pay to be here? Make that fucking circle!”. Daí até eu animei e fui lá dar uma pulada. Conhecia pouco o som dessa banda, mas o pouco que conhecia eu gostava. Com o show, deu prá notar que eles tem realmente um som de qualidade. Novamente, vale a pena ir num show.

Acabando Biohazard veio uma banda do Equador. Som até legal, mas não falou nem o nome da banda, não posso dar muitos detalhes. Não os conhecia, nunca tinha escutado a música, não entendia o que o cara falava (portunhol é fueda!!), então, essa banda foi um ponto de interrogação na minha cabeça. Só lembro que o som era bom, mas não era FODA. Nem foto eu tirei :B
Agora que já pesquisei, sei que era a banda Muscaria. Mas isso é conhecimento googlelístico, eu estaria mentindo se viesse aqui de boca cheia discursando sobre eles.

Finalizando a noite, fomos agraciados com a doce, meiga e comportada performance do Matanza. “Uma e meia da manhã e cês aqui tudo de pé esperando o matanza”, disse Jimmy, “cês são fodas!!!”. Um verdadeiro gentleman!
A performance dos caras foi o máximo, a galera pulava; e não tinha como ser diferente… eles têm umas músicas empolgantes demais!
O Pizurk pode dar mais detalhes sobre as músicas, tive a leve impressão de que ele conhecia a setlist inteira e berrou todas a plenos pulmões.
3h10 foi a hora em que nos despedimos do ruivo gordinho e que o Maquinaria encerrou seu primeiro dia dedicado a destruir nossas mentes. O saldo foi positivo, positivíssimo.

Não sei se vai ter um próximo ano que vem, mas espero profundamente que sim. Foi um evento bem organizado (pelo menos para quem estava do lado do público, não vi bastidores), bem planejado, bandas muito bem escolhidas, e também me pareceu bem seguro. Não vi nenhuma briga, não vi ninguém incomodando o pessoal que se esticou prá dormir e fui devidamente revistada antes de entrar.
Em suma, se houver um Maquinaria Rock Fest ano que vem, não hesite e . Eu, pelo menos, com certeza vou repetir a dose.

Overdose Sci-Fi: A Vida, O Universo e Tudo Mais (Douglas Adams)

Livros quinta-feira, 22 de maio de 2008 – 2 comentários

E aqui estamos para mais uma resenha dessa série, agora com o livro mais significante de todos, assim como o primeiro, o segundo e todos os que vem depois desse. Na realidade, toda a série é FODA, só falei isso pra que todos vocês tenham certeza que ler essa série é a melhor opção.
Iniciando de maneira diferente do livro anterior, esse se inicia 5 anos depois dos acontecimentos que levaram Arthur Dent de volta para a Terra na época Pré-Histórica. Logo depois de encontrar Ford Prefect e de pegarem um sofá a unha, eles são lançados para o tempo atual, no meio de um campo de criquete, exatamente no meio de uma partida que logo é interrompida por causa de um ataque de robôs que aparecem do nada em uma nave.
Tudo isso é só a introdução de uma nova viagem pelos locais mais estranhos da galáxia, acompanhados de Slartibartfast e sua nave protegida por um POP (Problema de Outra Pessoa), o Propulsor Bistromático, uma nave que se assemelha muito a um… restaurante.
O problema dessa vez envolve uma raça chamada Krikkit, que foi aprisionada há muito tempo em um lugar inacessível, que só poderia ser aberto com uma chave que, por coincidência, foi dividida em CINCO partes e espalhadas por toda a galáxia. Os robôs interessados em libertar a raça estão juntando os pedaços e é tarefa de Arthur, Ford e Slartibartfast impedirem que eles tenham sucesso nessa tarefa.
Nesse volume, temos passagens interessantes, como a parte que Arthur Descobre como errar o chão, um pouco sobre a sociedade na galáxia, que tem tantas raças diferentes e estranhas, capazes de fazer as coisas mais incríveis e idiotas.
A aparição de algo que tem a sina de sempre ser morto por Arthur resolve confrontá-lo também, em uma das partes mais estranhas e tensas do livro, senão a única, pois o restante dela é nonsense puro. Essa mesma parte explica uma frase sem sentido dita no primeiro volume também, o que me fez reler todos os livros para juntar alguns pontos que depois disso tem algum sentido.
Digo que esse é o livro mais movimentado de todos, com a participação de todos os personagens de antes, mais alguns que tem suas aparições relâmpago apenas nesse volume. A raça de Krikkit é um bom exemplo de tipos de pessoas que dá pra analisar e tirar algumas lições dela, recomendo prestar atenção as partes que ela é citada, pois isso pode ser um reflexo do que ainda pode acontecer…
Amanhã, a quarta parte dessa série entra em cena, considerada como a última por alguns fãs, que ignoram o último livro. Não percam.

A Vida, O Universo e Tudo Mais

Life, The Universe And Everything
Ano de Edição: 1982
Autor: Douglas Adams
Número de Páginas: 221
Editora:Editora Sextante

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