Depois de ser o Homem de Ferro, Robert Downey Jr. vai viver o detetive mais famoso do mundo numa versão de Sherlock Holmes dirigida por Guy Ritchie, pra Warner Bros.
De acordo com The Hollywood Reporter, o filme é baseado numa história em quadrinhos que o produtor Lionel Wigram escreveu pra vender uma nova visão sobre o personagem clássico. A idéia é um Holmes mais aventureiro e sombrio, porém menos “pensador”, como as outras adaptações faziam.
O projeto de Holmes da Warners coincide com o da Columbia, que conta com Sacha Baron Cohen como o detetive e Will Ferrell como Dr. Watson. Essa comédia tá sendo produzida pelo Judd Apatow, mas não tem diretor.
A produção deve começar logo, porque a Warner pretende lançar o filme lá pra outubro de 2009.
Este texto faz parte de uma lista que, definitivamente, não é um top 10. Veja o índice aqui.
Aproveitando a Overdose Adaptações rolando solta aí, nada melhor do que citar o filme em que um vampiro usa filtro solar para sair em um dia ensolarado.
Eu não li a HQ e nem pretendo, este filme me broxou completamente. Eu sou um GRANDE fã de filmes com Vampiros, e vou te dizer uma coisa: Blade chega a ser uma vergonha.
Primeiro que pra mim não existe meio vampiro. Ainda mais um meio vampiro que CAÇA vampiros. Segundo que vampiro NÃO É um ser bonitinho e bem arrumado, vampiro é um ser MORTO, APODRECIDO, que “vive” CHUPANDO SANGUE. Vampiros, em tese, são versões evoluídas de zumbis. Por isso, quando eu vejo um vampiro maquiado, eu já mando pra puta que pariu.
Ainda mais quando vejo um vampiro usando filtro solar. Porra, o filme poderia até estar fora desta lista NÃO FOSSE esse trecho INFELIZ.
Olha, eu sou um grande fã de zumbis, fato, mas algo que vocês não sabem é que a minha preferência está nos filmes de vampiros. Porém, há sempre um risco ENORME de você acabar pegando um filme de vampiros e se deparar com personagens maquiados e bem vestidos, por exemplo. Não é bem o caso de Blade, mas nem por isso deixa de ser o caso de Blade.
Bom, primeiro temos o filho de uma mulher que acabou de ser mordida por um vampiro. O cara É um vampiro, mas pode andar nas ruas durante o dia e toma uns soros pra não precisar beber sangue – e assim se transformar por completo. Aí eu te pergunto: Meio vampiro? Porra, não PODE existir um meio termo. E o cara ainda extermina vampiros, tendo em vista que sua mãe foi morta por eles. Tá, mas… peraí: Ela já morre logo no início do filme, deixando o recém-nascido sozinho. E o que aconteceu durante todo esse tempo? Ele cresceu e decidiu chutar bundas por aí? Por mais que expliquem por cima, esse é um PUTA furo no roteiro. Blade é uma mentira, não um “herói”.
Agora, o vilão, o grande vampiro fodão que quer se tornar mais fodão ainda. Ele, assim como toda a “alta-sociedade vampirística” – EXISTE uma ALTA-SOCIEDADE, véi! -, se veste bem e se maqueia. Enquanto você é CONFORTADO quando dizem no filme que essas lendas de cruz e alho, por exemplo, não funcionam com vampiros, você broxa logo em seguida vendo tudo aquilo. Por que SEMPRE colocam um vampiro com tendências homossexuais como o mais fodão? Vampiros são seres MORTOS que se alimentam com sangue, dormem durante o dia e têm a aparência feia. De ONDE eles tiram a “ELEGÂNCIA”, porra?
De resto, a história também é uma merda, assim como o restante dos personagens. Blade é um filme absolutamente descartável e… noob. Se você está atrás de um filme de vampiro, pega a trilogia Um Drink no Inferno e passa longe disso aqui.
Hm… rolou um clima. (heh)
Sabe o que é demais? O vampiro fodão descobre um jeito de poder sair á luz do sol. Sabe como? USANDO PROTETOR SOLAR, PORRA!
Blade, O Caçador de Vampiros
Blade (120 minutos – Ação) Lançamento: EUA, 1998 Direção: Stephen Norrington Roteiro: David S. Goyer Elenco: Wesley Snipes, Stephen Dorff, Kris Kristofferson, N’Bushe Wright, Donal Logue, Udo Kier, Arly Jover, Traci Lords, Kevin Patrick Walls, Tim Guinee, Sanaa Lathan
Se a coluna passada serviu para indicar, na medida do possível, bons e ótimos filmes; hoje, como um guri gente fina vou alertá-los sobre algumas bombas que podem ser evitadas.
Sinceramente, vocês podem pensar ao ler a listinha que “era óbvio que estes filmes eram ruins”, mas fica o alerta assim mesmo, até porque sempre digo que gosto não se discute. No entanto, tudo tem limite, até mesmo pra ruindade.
Alien vs. Predador 2
Deve estar em 10 de 10 listas de piores, é uma vergonha os detentores dos direitos de ambos os personagens, clássicos do cinema de terror, perdidos em crossovers que não assustam nem uma criancinha. Nem mesmo as cenas de luta entre os personagens são bem realizadas, quase todas noturnas para economizarem dinheiro com efeitos, e a criação do Predalien nem se fala!
Awake – A Vida Por um Fio
Num primeiro momento você pensa (o que nem sempre é confiável), um filme com um argumento interessante (anestesia consciente, há um termo médico adequado mas não lembro o nome no momento) e um elenco com rostos conhecidos – Hayden Christensen (ele de novo!), Jessica Alba (num péssimo ano), Terrence Howard (topando qualquer projeto depois de O Ritmo do Sonho) e Lena Olin (a eterna vilã de Alias, a mãe de Sidney Bristow) – devem garantir um bom suspense. Depois de meia hora, você se percebe numa barca furada do tamanho do título em português e, quando você acha que não podia piorar e o filme seria simplesmente medíocre, ele se torna um atentado a neurônios alheios.
Jumper
Vou ser sincero, o filme não precisava estar precisamente nesta lista, mas também é um abuso da produção querer usurpar quase todos os conceitos de um personagem de X-Men, no caso, Noturno, e criar uma pseudo-mitologia (inclusive, para uma franquia cinematográfica) ao redor dos “vilões” e “heróis” do filme. E pior ainda é o diretor Doug Liman escalar o ator (sic) Hayden Christensen para fazer o suposto heroizinho do filme, puta ator ruim que quase destruiu toda a nova trilogia de Star Wars.
O Olho do Mal
Nem vou comentar muito este por se tratar de uma refilmagem de um longa chinês, moda que pelo jeito vai terminar este ano, que chegou a ser lançado aqui no Brasil em dvd com o nome The Eye – A Herança (um bom suspense). Aqui, nada se salva, nem o elenco (Jessica Alba, de novo) nem o suspense, perda de 97 minutos de sua vida.
Os Seis Signos da Luz
Em meio ao sucesso de Harry Potter, obviamente que iriam surgir tramas com heróis juvenis. No entanto, mesmo sendo baseado num livro, Os Seis Signos da Luz chega a constranger de tão mal escrito e com um protagonista tão sem carisma. Melhor esperar o novo Harry!
Uma Chamada Perdida
Outra refilmagem de terror chinês, da era onde O Grito e O Chamado fizeram enorme sucesso, portanto, a refilmagem já chega tarde nos cinemas. Na trama, bastante absurda por sinal, diversas pessoas recebem mensagens via celular sobre seus últimos momentos de vida. Não encontra nenhum momento de tensão ao lado do fraquíssimo elenco e direção.
Fim dos Tempos
Nunca imaginei que um dia, um filme de M. Night Shyamalan estaria numa lista minha de piores. Sou fã do criador de O Sexto Sentido e A Vila, mas Shyamalan tem visto sua carreira naufragar em Hollywood (devido a brigas com produtores para manter a decisão criativa dos seus filmes) desde A Dama na Ígua (que eu já acho meia-boca). No entanto, Fim dos Tempos parecia a volta do diretor/roteirista ao gênero que o consagrou: um evento misterioso atinge pessoas envolvidas em dramas familiares para num momento chave se revelar uma grande reviravolta. Não sei ainda qual o estrago deste filme na carreira de Shyamalan (que precisa urgentemente rever seus conceitos), mas a trama que começa intensa e apavorante se transforma num enredo sobre ecologia tão, mas tão chato que nem mesmo a tentativa de explicação para os ocorridos eventos me constrangeram. Pior ainda é o elenco, Mark Wahlberg e Zooey Deschanel (do ótimo O Guia do Mochileiro da Galáxia) parecem estar tão perdidos em cena quanto nós assistindo ao filme. Pelo menos o sofrimento dura pouco, são apenas 91 minutos desperdiçados!
Holywood é feita de fases. Houve a fase de filmes de ação, comandada pelos mestres Schwarzenegger e Stallone. Houve a fase Sci-Fi, com batalhas intergalácticas e aliens monstruosos. Houve a fase épica, com homens sujos vestindo armaduras e empunhando espadas. Houveram e ainda haverão muitas fases, que mudam de acordo com o atual gosto do público. Hoje, passamos pela fase de adaptações de quadrinhos. Aproveitando o tema da Overdose desse mês, falarei de algumas adaptações memoráveis, outras nem tanto e o que está por vir, tudo divido por gerações (que eu inventei). Obviamente não vou conseguir citar TUDO, mas uma boa parte. Tenham em mente que eu ignorei qualquer filme produzido antes da rendição das tropas nazistas de Hitler, porque… porque sim.
Primeira Geração
Se você acompanhou essa geração de adaptações, então você já tem família formada, ou está próximo(a) disso. A primeira geração foi marcada por seriados e filmes repletos de efeitos especiais vagabundos e, ainda assim, extremamente divertidos de se ver. É difícil assistir um episódio desses seriados sem ao menos criar uma simpatia por eles. O Batman foi o pioneiro, com seu clássico seriado estrelado por Adam West e Burt Ward. Os atuais fãs do Batman criticam muito esse seriado, por falar que ele descaracteriza o personagem, que deveria ser sombrio e recluso. Essas pessoas esquecem que na época, as revistas do Batman eram exatamente do modo mostrado no seriado, com diálogos bobinhos e tudo mais.
Alguns anos depois foi a vez da Mulher-Maravilha, outro membro da trindade da DC (Batman, Wonder Woman e Superman). A atriz Lynda Carter se encarregou do papel de princesa amazona. A série foi muito bem recebida pelas garotinhas da época, e contribuiu para a popularidade da personagem (que já era popular, diga-se de passagem). Chegou então a vez da Marvel levar seus personagens para a televisão, e o escolhido foi o Hulk. Bill Bixby assumiu o papel de Dr. David Bruce Banner, enquanto o fisioculturista Lou Ferrigno fez o papel de Incrível Hulk. Como uma imagem vale mais que mil palavras, aqui vai um vídeo da transformação de Banner em Hulk (e Bixby em Ferrigno).
E não podemos nos esquecer do giro da Mulher-Maravilha e de seu habilidoso uso do laço da verdade:
Um ano antes do Hulk ganhar seu próprio seriado, um outro carro-chefe da Marvel teve seu próprio filme. Estou falando do Homem-Aranha. Quando eu assisti esse filme, alguns anos atrás, eu já achava extremamente… hippie. Então, para avançar no texto, vamos esquecer os penteados e roupas esquisitas daquela época. O filme conta a origem de Peter e mostra o início de sua carreira como fotógrafo no Clárim Diário, mas não se aprofunda nem vai além disso. Não vemos nenhum grande vilão das revistas no filme (aliás, não vemos vilão algum da revista), e muito menos o assassinato de Ben Parker. As cenas de ação são tão empolgantes quanto… nada, nada mesmo. Eu até tentei encontrar um vídeo específico da cena em que o Aranha enfrenta três capangas-ninjas armados com cabos de vassoura, mas não consegui. Uma pena. Mas não parou por aí. Um dos personagens mais underground da editora também foi aos cinemas: Howard, o pato. O filme não conseguiu capturar todo o sarcasmo da revista, mas garante algumas risadas.
O Superman foi presenteado com uma trilogia de filmes que transformou o ator Christopher Reeve num ícone dentre tantas estrelas de Holywood. Os filmes iniciaram a série de versões do General Zod, um vilão tão forte quanto o Super. O ator Terence Stamp, que interpretou Zod nos dois primeiros filmes, foi usado como base para a produção da versão definitiva do vilão, no arco “Last Son”, escrito por Geoff Johns e desenhado por Brian Hytch.
Uma adaptação que surpreendeu foi Barbarella, a personagem de quadrinhos adultos franceses, com a clássica cena em que Jane Fonda tira a roupa no espaço. A Dark Horse também entrou na jogada, e chamou Arnold Schwarzenegger para interpretar o épico personagem de Robert E. Howard, Conan o Bárbaro, em dois bons filmes, e logo em seguida o Rei Kalidor em Red Sonja (não sei se Sonja já era da Dynamite Comics na época). Sei muito pouco de Conan, e conheço ainda menos as aventuras de Red Sonja, então meus comentários quanto a esses filmes param por aqui. No final da geração foi produzido um filme do Spirit, que foi criticado por ser um pouco voltado para a comédia.
Segunda Geração
Ah, a segunda geração de adaptações de quadrinhos. Algumas adaptações você teve o prazer (ou não) de ver na gigantesca tela dos cinemas, outras você assistiu até a exaustão na Sessão da Tarde. A segunda geração marcou o início de uma abordagem mais séria das adaptações. O violento Justiceiro ganhou seu primeiro longa-metragem em 1989, mas o filme não chegou a passar nos cinemas. Dolph Lundgren interpretou bem o Justiceiro, e o filme fez um retrato fiel da agressividade e as sempre marcantes fala do personagem (apesar de não ser uma adaptação perfeita). Um ano depois, o Capitão América ganhou vida. Pouco me lembro desse filme, mas ele desapontou muitos fãs do soldado Roger. Ainda da Marvel, foi feito um tenebroso longa de Nick Fury, estrelado por David Hasselhof. Sim, o cara de “Baywatch”. Sim, foi uma péssima idéia.
Já a DC foi mais razoável. Graças a Tim Burton, o Batman ganhou dois filmes com o clima sombrio que os fãs tanto queriam. No primeiro deles, Jack Nicholson consagrou-se com sua excelente atuação como Coringa. Então Tim Burton deu lugar a Joel Schumacher, que trouxe o Robin consigo. Batman Forever apostou em Jim Carrey como o irreverente Charada, e deu certo. Já Batman & Robin apostou em Arnold Schwarzenegger como Sr. Frio, outro clássico inimigo do Homem-Morcego. O filme acabou sendo um pouco homosexual. Os gays também acharam isso, e o filme tornou-se um dos símbolos do movimento. Um grande feito, se levarmos em conta que não foi proposital. Eu acho. Com George Clooney como Batman, tenho minhas dúvidas. Ainda da DC, tivemos uma adaptação de “From Hell” (Do Inferno), uma das revistas que Alan Moore escreveu para o selo Vertigo. O filme teve Johnny Depp no papel principal, e para mim é uma das melhores adaptações já produzidas, tanto em fidelidade quanto atuação.
Os personagens de outras editoras também ganharam seus filmes. Dick Tracy foi as telonas em 1990, com um ótimo filme que todos já devem (ou deveriam) ter visto. Tivemos também “O Corvo”, com Brandon Lee. Um excelente filme, com ótimas atuações e cenas de ação, que ganhou muita atenção graças a morte de Lee durante as filmagens (um triste fato). Depois veio o Juíz Dredd, personagem da revista “2000 AD”, da Eagle Comics. Dredd foi interpretado por Stallone, e o filme recebeu críticas boas e ruins. Eu me abstenho por nunca ter lido nada da Eagle Comics. Então, diretamente da Ífrica, veio o Fantasma. Um herói que claramente não é de meu tempo (provavelmente não é do seu também), mas cujo filme me divertia. Por fim, tivemos um filme de Spawn, o soldado do inferno da Image Comics. Spawn teve sua cota de cenas legais (como a transformação do palhaço em Violador, e a moto), mas terminou sendo medíocre.
Terceira Geração
A terceira geração está aí, adaptando todos os quadrinhos que encontra pela frente. O resultado é uma leva de filmes ruins gerando toneladas de dinheiro graças a seus efeitos ultra-modernos e um público que se preocupa cada vez menos com o roteiro. A Marvel abriu a geração com um filme do caça-vampiros Blade, estrelado por Wesley Snipes. Blade tornou-se uma trilogia cujo roteiro é tão original que os três filmes podem ser resenhados como um só. Se acham que estou brincando, comparem os filmes e percebam as incríveis semelhanças. Depois de Blade, as coisas pareciam estar mudando. Os X-Men surgiram com a origem completamente modificada, mas em um filme agradável, e o Homem-Aranha teve uma excelente adaptação de sua origem, em um filme que por pouco não foi perfeito. Infelizmente, tanto os filhos do átomo quanto o amigão da vizinhança sofreram com a maldição da trilogia, e ganharam dois outros filmes, estes completamente dispensáveis. Mas isso foi mais tarde.
Empolgado com os X-Men e o Homem-Aranha, eu fui assistir “Demolidor” esperando uma adaptação no mínimo aceitável. Fui a nocaute com o soco da decepção. Os problemas são tantos que eu poderia escrever um livro. Em primeiro lugar, BEN AFFLECK como Matt Murdock? E eles ainda querem que eu leve esse filme a sério? As revistas escolhidas para a adaptação foram as primeiras, que contam a origem, e a clássica, depressiva e violenta fase Frank Miller. Eles conseguiram estragar o que eu julgava sagrado. Demolidor foi só o começo. A Marvel Studios desandou ainda mais ao fazer um filme completamente malfeito do Hulk, uma adaptação água com açúcar do Justiceiro (cadê a violência?), e uma abominação de 97 minutos chamada “Elektra”. O Quarteto Fantástico conseguiu agradar com um filme divertido e bobinho (com o mestre Julian McMahon, de Nip/Tuck, no papel de Victor Von Doom), mas falhou ao tentar imitar Ultimate Galactus em Quarteto Fantástico e o Surfista Prateado. Dizem que a fé nos estúdios da Marvel foi reconstituída com “Iron Man” e “The Incredible Hulk”, mas como ainda não assisti (Iron Man porque detesto o personagem, e Hulk por preguiça).
A DC começou com “V for Vendetta” (V de Vingança), a hypada hq de Alan Moore. Muitos fãs deram xilique afirmando que o filme não pegou a essência da revista, o que é uma verdade, mas foi até bom. O grande trunfo da Detective Comics foi “Batman Begins” que recontou a origem do cavaleiro das trevas, e iniciou uma nova bateria de filmes do personagem. A adaptação foi muito bem feita em todos os aspectos, e a atuação dos atores (especialmente Christian Bale) foi ótima. Já o Superman preferiu continuar de onde havia parado, e apareceu no mediano “Superman Returns”.
O espaço para outras editoras foi aberto com Hellboy, da Dark Horse Comics. Eu não conhecia o personagem, mas me interessei ao ver o filme, que agradou o público em geral. A Dark Horse embalou, e duas outras produções foram feitas, ambas histórias de Frank Miller: Sin City e 300, obras-prima das adaptações. Roteiro fiel ao extremo (talvez por terem sido supervisionados por Miller) e um visual belíssimo fazem desses dois filmes minhas adaptações prediletas. 30 Days of Night, da IDW Publishing, também teve sua adaptação, com Josh Harnett. Muitos criticaram negativamente o filme, mas eu gostei, até porque a revista não é lá essas coisas (a arte de Ben Templesmith é simplesmente intragável).
Confirmados
The Punisher 2: War Zone – Dessa vez é Ray Stevenson, o Titus Pullo do seriado Roma, que encarnará o Justiceiro. Dessa vez o roteiro tem base na fase MAX do personagem, que é de longe a melhor de todas. A própria diretora está ajudando nas cenas de combate corporal (que prometem ser sanguinolentas), e o filme estréia este ano.
X-Men Origins: Wolverine – O mutante mais famoso (porém não o melhor) volta as telas com um filme contando sua “origem”. Entre aspas pois tudo indica que contará sua época na Arma X e a injeção de seu adamantium, e não a sua infância/adolescência no interior do Canadá (como mostrado na mini-série Wolverine: Origin). Como é da Arma X que estamos falando, veremos outros anti-heróis da editora (Dentes-de-Sabre, Deadpool, Kane, Fantomex e Maverick são os principais). Um filme com Deadpool tem a obrigação de ser bom, mas eu boto pouca fé nesse filme.
Thor – O filme foi confirmado, mas ainda não se sabe quem irá interpretar o Deus do Trovão. Correm boatos de que a Marvel quer escalar Paul Levesque, um lutador da WWE que costuma carregar um martelo. Kevin McKidd, Lucius Vorenus do seriado Roma, foi mencionado para o papel de Donald Blake, o humano que divide a existência com Thor. A direção é de Matthew Vaughn, e o ano de lançamento é 2010.
The First Avenger: Captain America – Até agora sabe-se apenas que o filme mostrará a origem do Capitão (notícia aqui). Os fãs ainda estão especulando quem poderia interpretar o líder dos Vingadores. Até maiores informações, fiquem com esta curiosidade: Jon Favreau, diretor de Iron Man, seria o diretor de Captain America, mas escolheu trabalhar com Stark. Nick Cassavetes, diretor de Captain America, havia sido chamado para fazer Iron Man. O super soldado chega aos cinemas em 2011.
Iron Man 2 – Nada decidido ainda, mas o filme será produzido. O vilão deverá ser o Mandarim, que já foi sutilmente citado no primeiro filme. Iron Man 2 sairá antes de Captain America, porém.
Avengers – O que posso dizer? Capitão América, Thor, Homem-de-Ferro, Hulk, Vespa e Gigante num só filme. Isso pode dar muito certo, ou muito errado mesmo. Os atores devem permanecer os mesmos dos respectivos filmes (exceção de Vespa e Gigante que não terão filmes), e o roteiro ainda está sendo escrito. Se tudo correr bem, poderemos ver outros crossovers entre personagens da editora.
Silver Surfer – Para salvar o utópico planeta de Zenn-La, Norrin Rad aceitou se tornar o arauto de Galactus, e ajudar o devorador de mundos a achar outros planetas para consumir. O cara é basicamente o Jesus Cristo da Marvel, e é conhecido por suas belas e significativas histórias. Mais um da série “muito bom ou muito ruim”.
The Immortal Iron Fist – Criado e treinado no místico reino de K’un Lun, Danny Rand tornou-se o herdeiro do poder do “punho de ferro”, que lhe permite canalizar sua energia espiritual em seu punho, sendo capaz de desferir poderosos e mortíferos socos. Tomando como base a revista, o filme deverá ser cheio de cenas alucinantes de luta, com raízes nos filmes de kung-fu. Direção de Steve Carr.
Luke Cage – Melhor amigo de Danny Rand, Luke Cage possui uma pele invulnerável e super-força. O personagem é bacana, mas não sei o que esperar do filme. Uma curiosidade: Querendo evitar que sua fama fosse relacionada a seu tio, o ator Nicolas Kim Coppola (sobrinho de Francis Ford Coppola) mudou seu nome artístico para “Nicolas Cage”. A escolha do nome se deve ao personagem Luke Cage, da Marvel, do qual Nicolas é fã.
Batman: The Dark Knight – Se você já deu uma olhada nas informações publicadas aqui no AOE, então saiba que não tenho nada para acrescentar, fora minha expectativa quanto ao filme. Eu gostei muito de Batman Begins, e tenho certeza de que Dark Knight será a melhor adaptação de 2008, ou no mínimo a melhor publicidade. Falta pouco!
Justice League – Especulações, especulações… Não temos certeza nem se o filme será um animação de computador ou se irá usar atores reais. Sabe-se que o Lanterna que fará parte do grupo é Joh Stewart, do desenho, e foi anunciado que o filme “será repleto de efeitos especiais”.
Green Lantern – Após o filme da Liga da Justiça, o predileto Hal Jordan terá seu próprio filme. Maiores informações em breve.
The Spirit – O jovem detetive Denny Colt, mrador de Central City, foi errôneamente dado como morto. Aproveitando-se disso, o rapaz criou uma nova identidade, essa de vigilante mascarado, e passou a combater o crime sob o codinome de “Espírito”. Gabriel Match será Denny Colt, enquanto o idolatrado Samuel L. Jackson fará o vilão Octopus, famoso por não mostrar nada além de suas luvas nas revistas (como o Dr. Garra, de Inspector Gadget), além de outros grandes nomes.
Y- The Last Man – Você deve ter lido a notícia aqui. Y é a minha revista predileta da Vertigo (junto a 100 Bullets), então estou meio apreensivo com essa adaptação. Como Vaughan vai estar de olho na produção, deve sair ok.
Watchmen – Um filme que eu aposto que trará orgasmos múltiplos para muitos nerds. A cultuada revista de Alan Moore finalmente virará um longa-metragem. Os Watchmen eram um grupo de vigilantes, dentre os quais apenas o Doutor Manhattan possui poderes, até que um problema com o público os dissolveu. Anos depois o Comediante, um dos ex-integrantes do grupo, é assassinado. É aí que Rorschach, o único watchman que ainda ronda as ruas, entra em ação, investigando os seus antigos companheiros e desvendando uma possível conspiração. O desenvolvimento da história é brilhante, e quase me faz entender o hype por volta de Moore. A direção é de Zack Snyder, que fez um ótimo trabalho em 300.
Wanted – Estou meio cético quanto a este filme. Não falo do fator diversão, isso eu tenho certeza que ele proporcionará aos montes, mas as mudanças que fizeram na história foram bruscas demais. Ao invés de super-vilões, teremos assassinos, o que tira um pouco da magia da revista (e também significa que não veremos o CARA-DE-MERDA). De qualquer forma, deve valer o ingresso.
Hellboy: The Golden Army – Nunca li as revistas (apesar de ter vontade), mas vi por aí que a história se trata de uma guerra entre o nosso mundo e um exército de criaturas tão malignas quanto poderosas e feias. As cenas de ação parecem mais emocionantes, e todo o misticismo e humor do filme anterior permanece. Tenho bons pressentimentos.
Barbarella – Uma versão feminina de James Bond e Adam Strange, Barbarella é uma viajante espacial que derrota seus oponentes por intermédio de sua sexualidade. A personagem tornou-se símbolo do movimento feminista dos anos 60 e responsável pelo disparo da carreira de Jane Fonda. Refilmagem por conta de Robert Rodriguez.
E isso é tudo (pelo menos até então). Para maiores informações sobre o elenco e diretores dos filmes que estão por vir, clique aqui para ler a coluna do Paulo.
O Segredo do Grão fala sobre derrota, superação e união. Clichêzão, hein? Mas o filme não é “menos bom” por isso.
Confesso que fui esperando um filme pra dormir, roncar e babar de boca aberta. Me enganei. O filme é melhor do que parece, apesar da sinopse não ajudar muito:
Slimane Beiji tem 60 anos de idade e divorcia-se após anos de casamento. Sem emprego e sem salário, ele é obrigado a continuar próximo da família, sempre precisando de ajuda. Isso o faz sentir-se um homem inútil e fracassado. Sua vontade é abrir um restaurante, o que parece ser um sonho muito distante. Mas, pouco a pouco, a família se une em torno desse projeto, que se torna para todos o símbolo da busca de uma vida melhor. Graças a seu senso de “como se virar” e a seus esforços, o sonho deles vai em breve se tornar realidade… Ou quase…
Tudo começa nas docas, onde Slimane Beiji trabalhou toda a sua vida, arrumando barcos. Até ser demitido. Separado da mulher, sem emprego, ele se sente um bosta. A única pessoa que lhe dá apoio é sua jovem enteada, Rym, que é filha da dona do hotel que Slimane tá comendo.
Ele é um daqueles homens honestos, que não aceita ser sustentado por uma mulher, e por isso quer realizar seu antigo sonho: Um restaurante em um barco. E pra isso ele conta com toda a sua familia, até mesmo a ex-mulher, que é quem vai levar o restaurante no braço com sua comida.
Com a ajuda de Rym, ele vai atrás da papelada pra abrir seu restaurante. Se fode lindamente e não consegue tudo. Mas dá pra fazer uma festa de inauguração, onde tudo acontece.
E que bela ajuda! [Não, ela não usa dança do ventre pra ajudar, imagem meramente ilustrativa]
Os problemas são que a familia de verdade de Slimane na verdade são um bando de filhos da puta. Apesar de ajudarem, eles fodem tudo. Nem é por querer, mas você pega uma raiva da familia dele. [Mesmo rindo em muitas cenas de familia] E do próprio Slimane, que deixou tudo chegar á esse ponto. Ele não reage como você espera diante de determinadas adversidades. E isso te emputece. E as vezes o povo fode tudo sem nem mesmo saberem que tá fodendo, como você vai descobrindo, junto com o véio. Boa parte do elenco não é ator de verdade, o que faz o filme fluir muito mais. Você nota que há uma química ali mesmo, porque eles estavam mesmo convivendo. E a confluência de eventos termina num final abrupto, a primeira vista. Mas se você reparar bem, vai ver que tudo se encaixa… Não como devia ou as pessoas gostariam, mas se encaixa. Por que a vida continua, não para pra esperar. Filme cabeça é foda… Além de praticamente tudo ser spoiler.
Familia ê, familia á, familia!
Recomendo com força. Leis de Murphy até o talo, além de um “A vida como ela é” bem no meio da sua orelha. E semana que vem vocês nem vão lembrar mesmo, seus aborígenes!
O Segredo do Grão
La Graine et le Mulet (151 minutos, Drama) Lançamento: França, 2007 Direção: Abdel Kechiche Roteiro: Abdel Kechiche Elenco: Habib Boufares, Hafsia Herzi, Farida Benkhetache, Abdelhamid Aktouche, Bouraouïa Marzouk, Alice Houri, Leila D’Issernio, Abelkader Djeloulli, Olivier Loustau, Sabrina Ouazani
Viagem ao Centro da Terra – O Filme (Journey to the Center of the Earth) Com: Brendan Fraser, Josh Hutcherson, Anita Briem, Giancarlo Caltabiano, Garth Gilker, Kaniehtiio Horn
Trevor e seu irmão, Max, são geólogos, ou seja, estudam pedras. Numa viagem até a Islândia, o irmão de Trevor some do mapa. Ele então pega seu sobrinho, Sean, e vai atrás do irmão. É quando eles descobrem que dentro da Terra tem uma porrada de coisas. E não é terra.
Agente 117 – Uma aventura no Cairo (OSS 117: Cairo, Nest of Spies) Com: Jean Dujardin, Bérénice Bejo, Aure Atika, Philippe Lefebvre, Constantin Alexandrov, Saïd Amadis, Laurent Bateau, Claude Brosset, François Damiens, Youssef Hamid
O Agente 117, [que no cinema é mais velho que o próprio James Bond, já que apareceu pela primeira vez num filme em 1956] voltou á ativa. Agora, ele vai até o Cairo, reestabelecer a ordem em nome do presidente da França.
O Segredo do Grão (La Graine et le Mulet) Com: Habib Boufares, Hafsia Herzi, Farida Benkhetache, Abdelhamid Aktouche, Bouraouïa Marzouk, Alice Houri, Leila D’Issernio, Abelkader Djeloulli, Olivier Loustau, Sabrina Ouazani
Um tio que trabalhava nas docas é demitido e se divorcia. Mas mesmo assim tem de conviver com a ex e a familia, já que está sem grana. Se sentindo um idiota que não serve pra nada, ele tenta abrir um restaurante num barco.
O Advogado do Terror (L’Avocat de la Terreur) Com: Jacques Vergès, Klaus Barbie, Abderrahmane Benhamida, Bachir Boumaâza, Isabelle Coutant-Peyre, Guillaume Durand, Lionel Duroy, Hans-Joachim Klein, Magdalena Kopp, Gilles Ménage
Documentário sobre a vida do controverso advogado Jacques Vergès, que tem como especialidade defender, como diria o narrador da Sessão da Tarde: “Uns carinhas da pesada”, como o nazista criminoso de guerra Klaus Barbie [O Açougueiro de Lyon] e Carlos, o Chacal.
Pequenas Histórias (Pequenas Histórias) Com: Gero Camilo, Paulo José, Patrícia Pillar, Marieta Severo, Maurício Tizumba, Constantin de Tugny, Miguel de Oliveira, Edyr Duqui, Maria Gladys, Rodolfo Vaz
Costurando retalhos de pano, uma tia vai contando histórias, criando assim imagens do que conta. Ela conta quatro histórias bem brasileiras, principalmente de Minas Gerais.
Você gosta de terrorismo? Mas eu não tou falando de cenas de ação, com explosões e miolos voando, tou falando de terrorismo como uma causa, de terrorismo como meio, não como fim.
Você gosta de direito? De discussões irrelevantes, mas que podem levar á liberdade ou á prisão perpétua?
Então vá ver O Advogado do Terror. Você vai gostar. Não vai adorar, idolatrar, comprar o pôster e fazer um altar, mas vai achar que valeu a pena assistir. Caso contrário, passe longe. A não ser que esteja com insônia e queira um remédio.
O filme começa mostrando a origem do jovem Jacques Vergès, que se forma em Direito, e acaba entrando na defesa dos terroristas que lutavam para libertar a Algéria do dominio francês, em 1954. A partir desse caso, Jacques começou a defender casos que contrariavam o poder vigente, como o uso do terrorismo para defesa pelos palestinos. Ou então o nazista Klaus Barbie, o Açougueiro de Lyon. Ou ainda o terrorista-mercenário Carlos, o Chacal.
Mas o diretor Barbet Schroeder não tenta mostrar que o advogado é inocente ou culpado. Ele só pretende mostrar os fatos, já que está fazendo um documentário, o que é bom, já que o mundo não é dividido entre mocinhos e bandidos sempre. O filme mostra um Jacques eloqüente e cativante, como todo bom advogado. Cabe a você decidir se acha o véio um filho da puta que defende outros filhos da puta, ou um cara foda que defende os pobres coitados do mundo, que só tem como se defender explodindo os ricos.
Um documentário de duas horas e meia de falatório sobre terrorismo e direito. O que pra quem gosta, tipo eu, é ótimo, apesar de um pouco cansativo. Recomendo pra quem vê os dois lados da moeda, e quer ter uma idéia de como o terrorismo “evoluiu” dos anos 50 pra cá. Não na tecnologia, mas ideologicamente.
O Advogado do Terror
L’Avocat de la Terreur (135 minutos, Documentário) Lançamento: França, 2007 Direção: Barbet Schroeder Elenco: Jacques Vergès, Klaus Barbie, Abderrahmane Benhamida, Bachir Boumaâza, Isabelle Coutant-Peyre, Guillaume Durand, Lionel Duroy, Hans-Joachim Klein, Magdalena Kopp, Gilles Ménage
Este texto faz parte de uma lista que, definitivamente, não é um top 10. Veja o índice aqui.
Teeth é um filme de comédia E terror, mas a real é que ele não se encaixa em rótulos. E a história? Bom, uma garota descobre que ela tem dentes na vagina, da pior maneira possível.
Particularmente, eu GOSTEI do filme. PORÉM, você precisa ter o gosto muito bizarro para gostar dele.
Imagina só você conhecer uma garota com a vagina dentada. Sem perguntar, sem ela ou qualquer outra pessoa contar. Sim, assim mesmo. Pois é, Teeth acaba te deixando com MEDO de fazer o que você NASCEU pra fazer, véi.
Então, qual a minha justificativa ao colocar nesta lista um filme que eu gostei? O fato de ele ser extremamente perturbador, traumatizante (pros DOIS lados, véi) e, ainda por cima, dar um nó no seu cérebro com um puta sarcasmo. E outra: para as “massas”, este filme é só mais um suspense de adolescentes.