Os 7 Livros Mais Prejudiciais a Sua Mente – 6. Medo e Delírio em Las Vegas (Hunter S. Thompson)

Livros sábado, 09 de fevereiro de 2008 – 3 comentários

Este texto faz parte de uma lista que, definitivamente, não é um top 10. Veja o índice aqui.

Funciona da seguinte forma: você é chamado de Los Angeles para cobrir uma das mais famosas corridas de motos em Las Vegas. E você, como jornalista respeitável que é, Aceita. O que você faz?
Obviamente, pega seu advogado, Todo o dinheiro fornecido pela revista que te contratou e gasta da seguinte forma: um gigantesco conversível vermelho & alugado, gentilmente apelidado de Tubarão, e as mais variadas Drogas & Entorpecentes possíveis. Ácido, Pó, Haxixe, Éter, Mescalina, Adrenocromo e o que mais sua mente Doentia pensar.
A corrida de motos? Foda-se, é poeira no deserto. A grande caçada é O Sonho Americano.

É essa a proposta de Medo & Delírio em Las Vegas, um dos livros mais famosos de Hunter S. Thompson, o jornalista criador do estilo gonzo. Porque, sim, isso Ainda é jornalismo, e dos mais assustadores.
Entre viagens especialmente fortes com as drogas, cenas bizarras dentro de luxuosos cassinos (yeah! credenciais de imprensa!), fugas espetaculares de hotéis luxuosos e o constante medo da polícia (sim, Las Vegas pode parecer o paraíso de tudo que é ilegal e degradante, mas você pode ser preso por anos simplesmente por fumar maconha); Hunter discorre sobre a grande decadência do século americano, o fim do sonho de liberdade de uma geração inteira de beatniks e hippies, e a entrada em uma espécie de “torpor nihil” por parte de toda uma nação.

Não há mais futuro para a Grande América. Woodstock acabou. Nas palavras do Grande Gonzo, “ainda dá pra ver a marca de arrebentação da grande Onda em que viajamos”. Mas a onda arrebentou…
No entanto, a mensagem é clara: o Sonho pode ter morrido, mas Drogas ainda podem ser legais. Especialmente misturadas com cassinos, macacos, toranjas, reuniões policiais sobre narcóticos, conversíveis, credenciais, facas de caça, samoanos, desertos, fotógrafos portugueses, menores de idade parecidas com buldogues e ataques de morcegos gigantes.

Medo & Delírio em Las Vegas, bem como grande parte de toda a obra de Hunter S. Thompson, foi publicado pela Conrad no Brasil e ainda pode ser encontrado nas melhores livrarias (nossa última edição é de 2007). Além disso, o livro ganhou uma adaptação para cinema na década de 90, com ninguém menos do que Johnny Depp no papel de nosso querido gonzo. Com certeza, vale a pena dar uma espiada naquela loucura visual.

Pois bem, até agora foi divertido. Você aprendeu que meninos de 12 anos nus e se masturbando podem ser lindos, e que Mescalina é uma ótima forma de fritar seu cérebro.
Mas…que tal começar a ficar um pouco mais sério? Daqui pra frente, é o Pavor, meu amigo.

Medo e Delírio em Las Vegas

Título original: Fear and Loathing in Las Vegas
Ano de Edição: 2007
Autor: Thompson, Hunter S.
Número de Páginas: 224
Editora: Conrad

Os 7 Livros Mais Prejudiciais a Sua Mente – 7. CAOS – Terrorismo Poético & Outros Crimes Exemplares (Hakim Bey)

Livros sexta-feira, 08 de fevereiro de 2008 – 8 comentários

Este texto faz parte de uma lista que, definitivamente, não é um top 10. Veja o índice aqui.

Ok. O nome é Hakim Bey, uma das maiores incógnitas do fim do século XX.
Nunca fotografado, nunca entrevistado, o Profeta do Anarquismo Ontológico ataca violentamente as bases da sociedade moderna.
Este livro não vai te deixar louco – este livro vai te deixar com Vontade de ser louco. De Conhecer a loucura de perto. De ir mais além, de transgredir, de subverter. Porque, sim, CAOS é um livro Subversivo.

Considerado um “estudo sociológico” (falicitação na catalogação, claro), CAOS – Terrorismo Poético & Outros Crimes Exemplares discorre sobre o Levante. Inventado por Hakim Bey, o Anarquismo Ontológico não procura soluções “salvacionistas” para a “Ordem Mundial”, não se trata de “política revolucionária”. Nada de “Morte á Burguesia”. É o Presente em si mesmo. A busca pela Liberdade Individual & Instantânea através de Ações que desafiam a Ordem.

O livro começa com uma série de “Lendas” a respeito de Caos. Não como um sinônimo de desordem, mas como um conceito que engloba tudo. “Caos são todas as Ordens ao mesmo tempo”. É o começo dos tempos. O Uno. A Divindade.
Afinal de contas, “Caos é Hun Tun, Imperador do Centro. Um dia, O Mar do Sul, Imperador Shu, & o Mar do Norte, Imperador Hu (shu hu = relâmpago), visitaram Hun Tun, que sempre os recebeu bem. Desejando retribuir sua gentileza, eles disseram: ‘Todos os seres têm sete orifícios para ver, ouvir, comer cagar etc. – mas o pobre velho Hun Tun não tem nenhum! Vamos perfurar alguns nele!’ E assim fizeram – um orifício por dia – até que, no sétimo dia, o Caos morreu.”

Só aí, a mistura de lendas orientais, conceitos islâmicos e muita droga na cabeça do Hakim Bey já é incrível.
Mas ele vai além.

Algumas idéias Poético-Terroristas que ainda Continuam em Triste Languidez no Reino da “Arte Conceitual”:

1. Entre na área dos caixas eletrônicos do Citibank ou do Chembank numa hora de muito movimento, cague no chão & vá embora.
(…)
3. Cole em lugares públicos um cartaz xerocado com a foto de um lindo garoto de 12 anos, nu & se masturbando, com o título bem á vista: A FACE DE DEUS.

Claro, isso sem esquecer de sugerir o envio de macumbas e magias negras muçulmanas (que invocam o Djim Negro, de acordo com o autor) a “instituições malignas”, como o New York Times e afins. Ou por que não uma ameaça falsa de Antrax dentro da Bolsa de Valores ás seis da tarde? O importante é a desordem, quebrar o fluxo, instituir o Caos novamente como situação primordial. Uma volta ao início do universo na figura de um Morteiro sendo lançado contra a vitrine das Casas Bahia.

E o melhor: Dá Vontade!

CAOS – Terrorismo Poético & Outros Crimes Exemplares foi novamente publicado no Brasil pela Conrad em 2003 e continua em constante impressão. É considerado, junto com TAZ – Zona Autônoma Temporária, o marco de uma nova forma de revolta. Sem esperanças á revolução, sem heroísmos, sem exaltação da pobreza ou demonização do dinheiro – pura Desordem, Liberdade e, principalmente, Diversão. Sem Leis.
“Se a rebelião provar-se impossível, pelo menos algum tipo de guerra santa clandestina deve ser iniciada. Que ela siga as bandeiras de guerra do dragão negro anarquista, Tiamat, Hun Tun.
O Caos nunca morreu.”

E, claro, começamos trabalhando seu espírito de rebeldia. O próximo passo é desenvolver seu gosto pela Alucinação. Drogas Pesadas, meu caro, na sexta posição.

CAOS – Terrorismo Poético & Outros Crimes Exemplares

Título original Chaos
Ano de Edição: 2003
Autor: Bey, Hakim
Número de Páginas: 117
Editora:Conrad

Os 7 Livros Mais Prejudiciais a Sua Mente

Livros sexta-feira, 08 de fevereiro de 2008 – 1 comentário

Ok, vocês têm um gosto pelo Bizarro. Isso é óbvio pela escolha do seu site de notícias preferido. Vocês Confiam na gente.
Mas o Bizarro não é nada, se não houver seletividade. Eu vos apresento o Bom & Bizarro. A Nata do Choque Mental da literatura.
Livros que possuem uma proposta estética e/ou de conteúdo tão diferente, tão estranha e tão forte, que vocês sentirão pequenos choques & estremecimentos em suas espinhas.
Porque, ao fim dessa lista, Ninguém sai ileso.

Reconhece? Diga adeus.

Pequenas críticas ás obras vão começar a surgir. Até a semana que vem, se vocês forem bons alunos, poderão acompanhar de perto o Nosso Crescente de estranheza.
Porque, meu amigo, isso Não É Um Top 10.

7. CAOS – Terrorismo Poético & Outros Crimes Exemplares (Hakim Bey)
6. Medo e Delírio em Las Vegas (Hunter S. Thompson)
5. Por Trás dos Vidros (Modesto Carone)
4. Boca do Inferno (Otto Lara Resende)
3. Não Há Nada Lá (Joca Reiners Terron)
2. Crash (J.G. Ballard)
1. Como uma Luva de Veludo moldada em Ferro (Daniel Clowes)

Livro tem validade?

Analfabetismo Funcional quinta-feira, 07 de fevereiro de 2008 – 4 comentários

Vez ou outra, ouço me falarem “porque você comprou esse livro amarelo, caindo aos pedaços?” como se eu estivesse carregando um cadáver em meus braços, e o olho dele estivesse rolando perto dos pés da pessoa que me fala isso. Tá certo que são pessoas que chegam perto de um livro novo de vez em nunca, mas da maneira que falam, parece que estou com algo vencido em mãos.
O que me leva a pensar nisso: Livro tem validade? Um livro pode estar todo rasgado, fodido, com rasgos e dobras em praticamente todas as páginas, manchas de mofo e sangue espalhadas em toda sua superfície, mas mesmo assim, ele não pode ser considerado “vencido”, ao contrário de uma lata de ervilhas estragada no fundo do armário, que se passar de alguns dias, já era. Afinal, não é a aparência de um volume que prova o seu valor. E ervilha é uma coisa horrível.
Pra variar um pouco, vou soltar exemplos. Jack kerouac teve seu On the Road publicado em 1957. Com sua narrativa empolgante, seus personagens completamente diferentes de tudo o que tinha sido feito na época, o livro fez um relativo sucesso. Antes que me apedrejem pelo relativo, eu ia falar de algum outro livro que foi lançado no mesmo ano dele, mas como não teve nenhum interessante, deixarei esse exemplo de lado. Bom, On the Road foi um marco na literatura pelos motivos citados anteriormente, mas ele não é conhecido por praticamente o mundo inteiro, como aqueles livrinhos mais atuais que sempre me dão raiva. Pergunte pra um transeunte qualquer se ele já ouviu falar de Jack Kerouac, e ele pode cuspir na sua cara, achando que foi ofendido, mas se perguntar por James Redfield, é capaz que ele comece a falar sobre as teorias da profecia celestina, sobre os pergaminhos ou seja lá o que for. Tá certo que antes,lá pelos anos de 1980, um livro lançado fora do Brasil demorava anos pra ser lançado aqui, isso se era lançado, e a chance de ler algo realmente bom estava somente ao alcance de pessoas com vontade de encomendar o livro, conhecimento do idioma dele, e paciência, porque demorava meses pra chegar. Não sou dessa época, o máximo que tenho que esperar hoje em dia por um livro que encomendo é 3 semanas na pior das hipóteses, e isso porque onde moro o endereço é completamente maluco, mas isso não vem ao caso. Hoje em dia, que livros são lançados simultaneamente em todo o mundo, que prazos de encomenda diminuíram muito, a velocidade das entregas é extrema, e que temos centenas de livrarias por aí, temos diversos títulos que não chegam nem ao conhecimento do público. Podem falar que não são livros comerciais, que não tem apelo comercial, que não são pra ganhar dinheiro, mas eles tem que ficar escondidos no fundo de cada prateleira?
Mas voltando ao principal, antes que eu me perca,como sempre. Livros assim, escondidos são aqueles que só depois de um tempo (normalmente depois da morte do autor) é que se tornam conhecidos. Eles são velhos? Sim. Podem ter sua trama, clima de história, ambientação ultrapassados? Nunca. Um tema de um livro nunca fica velho, pois sempre pode ter seu contexto histórico, seu estilo de escrita singular,que pode marcar alguma época, e acima de tudo, sempre tem público pra qualquer tipo de livro. O livro amarelo que citei no inicio do texto, por exemplo, é o Três Portas para a Morte, de Rex Stout,edição de 1954, época que os telefones só tinham 4 digitos. Só essa tradução que tenho em mão tem 54 anos, uma época que meu pai nem era nascido ainda, não é por isso que deixei de comprar ele. Ele pode estar meio gasto nas bordas, e algumas páginas soltando, mas a história dele é o que vale. Apesar de sua idade, ele tem uma história que me faz pensar até hoje, e é só isso que importa. Não estou dizendo para só ler coisa velha, mas sim, para que, ao estar diante de um volume desses, dê uma olhada, pois não é a aparência dele o principal, e sim, seu conteúdo.
É claro, você pode pegar uma virose antiga, alguma doença já erradicada que ainda está entre as páginas dele, mas todo mundo tem que correr alguns riscos, não é verdade? Bien, sobrevivam até a próxima semana, se conseguirem…

Crônicas

Analfabetismo Funcional quinta-feira, 31 de janeiro de 2008 – 1 comentário

Ah, as crônicas, aquelas histórias curtas, que não exigem muito tempo de dedicação a elas, que podem ser lidas em poucos minutos, e que em seu pequeno conteúdo contam uma história completa…
Normalmente falando de fatos do cotidiano, a crônica é aquele tipo de literatura feita pra relaxar. As histórias com temática mais urbanas, além de serem mais fáceis de se imaginar por quem as lê, muitas vezes são as melhores para aquela pessoa que não é acostumada a ler volumes maiores. Só de saber que o final daquela situação apresentada a ele está a poucas páginas, ou ainda no final da mesma, faz com que a pessoa se dedique a leitura e aprecie melhor a história.
Se você é daqueles que só se dedica a leitura de jornais e revistas, como essas que vendem semanalmente por aí, já deve ter visto alguma escondida por entre as noticias de mortes, tão normais de se ver por aí. Com autores consagrados, ou conhecidos por suas histórias, muitas se revelam ótimas escolhas. Jornais regionais muitas vezes tem espaço aberto ao público para divulgação de textos que são enviados a eles, é a maneira que alguns promissores escritores tem de divulgar seu trabalho, se ele for realmente bom.
Como disse antes, situações do cotidiano são o principal mote de cada um desses textos. Onde mais você poderia conseguir ler uma história sobre um primeiro beijo, uma espera de ônibus, ou sobre simplesmente o nada, só constatações de pessoas, idéias que podem nunca ter passado pela sua cabeça? As crônicas existem de vários tipos, tantos quanto puder imaginar: cotidiano, nostalgia, fatos estranhos, ficção científica, mistério, enfim, o que quiser. É por elas que alguns leitores tem seu primeiro contato com o histórias de estilos diferentes, pois o tempo dedicado a cada uma delas é relativamente curto, e caso seja ruim a história, é só passar pra próxima, certo?
Depois de um pouco de enrolação e explicar qual é a desse texto, vou apresentar a vocês pobres leitores sem tempo pra se dedicar a livros por mais do que 20 minutos ao dia, uma lista de lugares pra ler algumas histórias. O primeiro lugar, é claro, não puxando a sardinha pro meu lado, é recomendar a leitura da coluna Culinária alternativa. lá as vezes aparecem histórias que merecem pelo menos uma leitura, como essa aqui.
Depois dessa propaganda interna, vamos a algumas recomendações que espero, sejam seguidas. Domingos pellegrini, do qual já devo ter citado aqui algumas vezes, mantém em seu site todas as crônicas e textos que publica em jornais. É um autor paranaense, e um dia, ainda tomo um café com ele, só pra discutir umas idéias. Bom, seu site, o Sítio Terra Vermelha é o lugar onde pode encontrar suas histórias. Não vou recomendar nenhuma, até porque, já fiz isso alguns parágrafos atrás.
outro site que tem uma ótima seção de textos, é o Rascunho, um Jornal literário que sempre que posso, pego um exemplar na biblioteca pública. Lá, autores brasileiros tem uma seção de contos, que são de diversos estilos. Muito bom, e ainda por cima, de graça. Eu disse contos, o próximo passo de um leitor, não liguem.
Poderia recomendar alguns outros sites, mas acho que as letras flutuando no monitor não tem o mesmo charme que o papel impresso, então, visitem as bibliotecas públicas. Muitas delas tem prateleiras dedicadas ao tema, onde você pode encontrar as histórias de Luiz Fernando Verissimo, Rubem Fonseca, João Ubaldo Ribeiro, só pra citar alguns. Fico por aqui, e semana que vem, espero que a sua vontade de continuar por aqui continue a mesma, pois a minha não se altera.

O Mundo das Fanfics

Analfabetismo Funcional quinta-feira, 24 de janeiro de 2008 – 6 comentários

Quando um livro acaba, ou tem um mundo criado pelo seu autor que é um pouco vasto, com tantas outras histórias que ele mesmo não poderia contar todas, os fãs ficam curiosos. E se é um fã que praticamente respira aquele mundo, ele se sente capaz de escrever sobre ele tão bem quanto o autor original da obra. Quando chega a ocorrer isso, eu considero o ápice de uma obra, ser tão complexa a ponto de seus próprios leitores criarem suas próprias lendas. Essas histórias que não são oficiais se chamam fanfics.
De acordo com a enciclopédia mais barata que você pode achar por ai, a definição de fanfic é a seguinte:

Fanfic é a abreviação do termo em inglês fan fiction, ou seja, “ficção criada por fãs”. Em outras palavras, trata-se de contos ou romances escritos por quem gosta de determinado filme, livro, história em quadrinhos ou quaisquer outros meios de comunicação.

Então, se você algum dia já pensou o que teria acontecido a certo personagem se ele tivesse feito tal coisa, pode ser que isso já tenha sido escrito por outra pessoa que se sentiu capaz de escrever sobre esse fato, o que não o torna um incapaz, talvez apenas um preguiçoso, o que não vem ao caso aqui.
Apesar de serem feitas por fãs, não quer dizer que elas sejam de má qualidade. Tem muitas aí que conseguem ser bem fiéis a história original, seja lá qual for a escolhida. Com o término da saga de potter & cia, a rede pipocou de histórias de fãs que ficaram decepcionados com o fim da série, e resolveram eles próprios escreverem o que eles queriam, apesar de não ser oficial. Mas como já citei, não é só fatos que aparecem nos livros que interessam aos escritores dessas histórias. Muitos dos personagens secundários, que não tem a atenção dada pelo autor suficiente, se tornam os protagonistas, fazendo muitas coisas que se fossem levadas a sério, poderiam superar a história do herói original.
E pra variar, como tudo o que é feito por fãs, tem as tretas com a justiça. Se o autor é meio mala, ele pode se sentir ofendido por seus personagens estarem sendo usados por outros, e resolver processar o seu próprio publico, mas isso não ocorre muito por aí, acho que autor nenhum processaria quem lê seus livros, não é?
Por ser histórias que podem ser baseadas em QUALQUER coisa, as fanfics tem muitos temas a serem abordados. em uma busca sobre o tema, dá pra conferir vários estilos diferentes, com as sobre filmes, como Kill Bill, centenas sobre quadrinhos, que sempre tem reclamações de fãs, com as de X-men, Super-Homem, Batman, e até de personagens que já passaram a muito tempo pro outro lado. Desenhos antigos também tem suas versões espalhadas por aí, ou vá me dizer que nunca foi atrás pra ver como que foi, ou teria sido o último episódio de caverna do dragão? As de potter são as mais fáceis de encontrar, até porque é uma série que chamou a atenção de muitas pessoas, e ainda está “quente”, com o público ainda na febre do lançamento do último livro, mas isso não impede de encontrar outras histórias sobre outros livros, é só procurar nos buracos certos.
Eu recomendaria algumas aqui, mas seria muito imbecil de minha parte recomendar histórias assim, sem base nenhuma em gostos alheios. Então, fico por aqui. Até a próxima semana, e não dobrem as páginas.

Literatura Infanto-Juvenil: Voltando á infância – Contos de fadas

Livros quinta-feira, 24 de janeiro de 2008 – 2 comentários

Este artigo faz parte de uma série Nostálgica. Veja a introdução aqui.

Não posso falar de voltar a infância aqui sem falar dos contos de fadas. Aposto que, pelo menos uma vez você já deve ter lido um desses, ou leram pra você, naquela idade em que sua única escolha era ouvir o que falavam pra você dormir. O que leva aos lugares mais inexplorados da mente, pois quase ninguém se lembra das histórias que eram contadas.
É claro, esse tipo de história são aquelas melosas que o bem sempre ganhava, o príncipe beijava a princesa e viviam felizes para sempre, a bruxa morria, voltavam pra casa salvos e agora eu percebi que eu soltei um monte de spoiler. Mas não faz mal com histórias que tem mais de 100 anos, não é?
Bom, essas histórias devem ser as primeiras que qualquer criança se lembra. A da Bela Adormecida que eu não lembro direito, assim como a da Branca de Neve, que só consigo agora perceber que não lembro nada, a não ser que o Dunga no filme da disney tinha cara de retardado, o que não em ao caso aqui.
15 minutos depois
depois de ir aos buracos mais grudentos e açucarados da internet, o que foi um pouco assustador, e ler novamente todas as histórias, percebi que elas eram (são) muito simples, e que era por isso que os pais as contavam. com poucas palavras, elas explicavam o cenário, os personagens, e tudo o mais que era necessário para que entendêssemos a história. e também, porque a história era simples, era a única que eles podiam decorar, sem esquecer de nenhum detalhe. se faltasse algum, era só inventar, o que tornava cada história unica para cada criança.
mas, pra variar, apesar de tudo, esses contos tinham lá seus atos de perversidade, como queimar pessoas, envenenar outras, e amaldiçoar sem ligar pra nada. na época, muitos nem ligavam, e só agora que reli todos, percebi que esse pessoal era o mal encarnado.
enfim, pra recomendações, dessa vez, só tenho poucos, que você pode conferir nesse site. A música é irritante, o layout dele é estranho, mas aguente tudo isso e leia a história sobre os sete corvos. aliás, aproveite e leia todos, os irmãos grimm são os que escreveram a maioria dessas histórias mesmo. não os do filme, os autores mesmo, passe longe do filme, ele não presta muito.

Literatura Infanto-Juvenil: Voltando á infância – Coleção Para Gostar de Ler

Livros quarta-feira, 23 de janeiro de 2008 – 2 comentários

Este artigo faz parte de uma série Nostálgica. Veja a introdução aqui.

É, o cheiro de mofo está me afetando de alguma maneira, afinal, essa coleção é outra que é muito antiga. Pouco mais antiga que a vaga-lume, essa é com autores mais clássicos, que escreviam crônicas mais focadas em assuntos, que eram reunidos em cada edição temática.
Como disse, os autores dessas histórias são aqueles que eram já os bons da época. Nos volumes de crônicas, você podia encontrar desde Carlos Drummond de Andrade até Rubem Braga. De acordo com o site da Editora Ítica, a que publicava (publica) esses livros, essa coleção é outra que tem vários volumes, passando de 40 livros publicados. e no catálogo mesmo dá pra ver que, não importando o gênero, os autores que faziam cada volume eram os mais diferentes possíveis. Mas esse não é o caso. essa coleção é aquela que, em dia de chuva, e que não podia sair pro recreio comer a merenda, os professores como uns malas traziam da biblioteca pra sala, e obrigavam os alunos a ler pelo menos algumas páginas. Confesso que,se eu já não lesse antes de entrar no colégio, não seria lá que eu começaria, afinal, os próprios professores jogavam a caixa no meio da sala, e saiam pra fumar. Eram bons exemplos, por causa disso que não sou como eles. Enfim, chega de história por hoje. Pff, não sei nem mentir…
Lembro de ter lido todos os volumes de crônicas, e que elas eram as melhores que

eu tinha lido na época, mas eu ainda não conhecia outros autores, e por lá, era o único lugar que eu podia ler aqueles livros, então era só eu que lia tudo, sem deixar nenhum de lado. Até que depois, roubei eles, e podia ler em casa,sem problema nenhum. mas olha só, vou parar com histórias por hoje.
Enfim, como li o de crônicas, recomendo fortemente, e como tem um volume sobre histórias de ficção cientifica e de detetives, só de ver o nome dos autores de cada um, já tô indo ali na biblioteca conferir se valem a pena mesmo.

Literatura Infanto-Juvenil: Voltando á infância – Coleção Vaga-Lume

Livros terça-feira, 22 de janeiro de 2008 – 3 comentários

Este artigo faz parte de uma série Nostálgica. Veja a introdução aqui.

Taí uma coleção que tem literalmente, história pra contar. Com seus primeiros volumes lançados em 1972, o que dá para a coleção 35 anos de vida, esses livros foram marcantes para muitas pessoas.

Com suas histórias simples, que em pouco mais de 100 livros conseguiram cativar um grande público, esses livros são lançados até hoje. Apesar de suas capas serem diferentes de suas primeiras versões, o conteúdo que prendia o leitor a frente de cada volume,que raramente ultrapassava as 100 páginas, continua o mesmo.

Muitos dos escritores que agora tem uma carreira e livros conhecidos por aí, começaram com algumas histórias publicadas na coleção Vaga-lume. Marcos Rey, por exemplo, com 8 livros na coleção, alguns que você possivelmente já tenha lido, como o O rapto do Garoto de Ouro , Um cadáver ouve rádio e O mistério do cinco estrelas, todos protagonizados pelos mesmos personagens, teve seu reconhecimento nessa coleção. pelo menos, o meu reconhecimento. infelizmente, ele morreu no dia 1º de abril de 1999, então, nunca pude mandar um e-mail pra ele pra falar o que eu achava de seus livros, como faço com outros autores.

Mas é claro, entre tantos livros, muitos outros tiveram um grande sucesso, chegando a vender hoje em dia as novas edições com o mesmo fôlego de sua edição mais antiga. A ilha perdida, de Maria José Dupret, é um bom exemplo disso, com média de vendas de 10 mil exemplares.
E é claro, falar sobre uma coleção tão ampla assim é praticamente impossível, então, pra finalizar, algumas recomendações de livros essenciais para conhecer um pouco mais dessa coleção.

Os que disse logo acima, escritos por Marcos Rey são bons, então não deixe de passar os olhos pelas páginas deles. A Írvore que Dava Dinheiro, de Domingos Pelegrinni, e o O Escaravelho do Diabo, de Lúcia Machado de Almeida, são alguns que você não deve esquecer de ver. E também, de relembrar o momento em que você o leu, se for o caso de já o ter lido, é sempre legal abrir livros clássicos assim…

Literatura Infanto-Juvenil: Voltando á infância

Livros terça-feira, 22 de janeiro de 2008 – 0 comentários

Muitos de vocês quando menores devem ter tido uma infância simples, daquelas que é igual a de todo mundo. mas, como nerd que sou desde criança, a minha foi um pouco diferente. eu era aquele que nunca saía de casa, ficava no meu canto lendo alguma coisa, cercado de coisas que eu gostava, praticamente trancado em meu próprio mundo. Então, presumindo que eu não sou o único que leu um livro antes dos 10 anos sozinho, vou falar sobre aqueles livros que nos acompanharam durante a nossa, ou quem sabe, só minha infância. portanto, vamos logo o que interessa, que é tentar recordar de todos os livros que podem ter formado o caráter de vocês, se é que vocês tem um. de clássicos da literatura até aqueles livros amarelos e podres que você era obrigado a pegar na sua biblioteca do colégio, vamos logo ao que interessa, antes que eu me sinta velho, e resolva cair aqui no chão.

Yéssica: tinha os livros do Marcos Rey, e eu lia muito uma coleção chamada “salve-se quem puder”, que você tinha que decifrar uns mistérios toscos antes de virar a página. E tinha “você escolhe o final”, que fica óbvio o que a gente tinha que fazer.

Coleção Vaga-Lume

Coleção Para Gostar de Ler

Contos de fadas

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