Quadrinhos para adultos

Nona Arte quinta-feira, 05 de junho de 2008 – 15 comentários

Calma, pode subir o zíper da calça, não estou falando DESSE tipo de quadrinhos para adultos, e sim de quadrinhos que abordam temas adultos. Durante esses anos como leitor, tenho percebido que algumas pessoas tem preconceito contra quadrinhos por achar que são todos infantis e previsíveis. Tudo bem, realmente existem quadrinhos voltados para o público infantil, mas generalizar nunca foi algo legal. Então, como nem todo mundo se interessa pelo ponto intermediário (formado pelo Homem-Aranha, Superman e companhia) os quadrinhos adultos se popularizaram.

Apesar de serem originalmente voltadas para o público juvenil, a Marvel e a DC (principalmente a DC) mantém investimentos na área adulta. A Marvel, com seu selo “MAX”, onde publica histórias recomendadas para maiores de 18. A DC, com seu selos “Vertigo” e “Wildstorm”. Por fora correm editoras como a Image, a Dark Horse e a Dynamite, com Spawn, Conan e Army of Darkness, respectivamente, entre outras. E se você se deu ao trabalho de clicar no link da matéria e ler o texto até aqui, deve estar esperando que eu dê detalhes quanto a essas publicações. E é exatamente isso que eu farei.

Marvel MAX

Quem é leitor da Marvel sabe que alguns personagens da editora dão abertura para a criação de arcos mais pesados e a abordagem de temas mais sérios. Criado em 2001 quando a Marvel decidiu cuspir na cara da CCA (Comics Code Authority), e criar sua própria classificação etária. Não existem assinaturas para os selos MAX, e as revistas só são vendidas em lojas especializadas, para leitores maiores de 18 anos. Obviamente isso é só em países que se importam com essas coisas, aqui no Brasil você encontra em qualquer banca de revistas. Essa não é a primeira vez que a Marvel publica histórias com conteúdo explícito. Essa idéia começou na década de 80, com o selo “Epic Comics” (responsável pela primeira publicação de Akira nos Estados Unidos), e em algumas edições do extinto selo “Marvel Knights”.

Personagens famosos, como Thor, Nick Fury e Luke Cage, marcaram presença no selo com ótimas séries limitadas, assim como personagens mais obscuros, como Howard the Duck, Shag-Chi e o ultra-violento Foolkiller. De todos os títulos do selo, dois destacam-se com facilidade: Supreme Power e Punisher. O primeiro é a obra prima de J. Michael Straczynski, o segundo é a melhor fase do Justiceiro. Sob a liberdade do selo MAX, Garth Ennis lida com o Justiceiro de uma forma bem diferente de quando assumiu a franquia, há nove anos atrás. The Punisher MAX não tem posicionamento exato na cronologia, e se isola completamente das outras revistas (não há aparições nem referências a super-heróis/vilões). Garth mostra um Justiceiro depressivo e sombrio, que acabou tomando gosto pela matança de criminosos. Recomendada para quem gosta de histórias de clima pesado.

Aqui no Brasil, essas revistas são publicadas em uma compilação chamada “Marvel MAX” (bem óbvio), que publica também outras histórias que compartilhem da mesma proposta do selo. A revista custa exatos seis reais e noventa centavos (R$6,90), e como dito antes, é vendida para qualquer um que tenha essa quantia em mãos.

Vertigo (DC)

Por menor que seja seu conhecimento na área de quadrinhos, você já ouviu falar desse selo. Alguns dos maiores clássicos dos quadrinhos foram publicados aqui. A proposta da Vertigo é a seguinte: Quadrinhos mais cults. Isso quer dizer menos ação e mais diálogo, com páginas entupidas de referências a diversas culturas, bandas, filmes, enfim, podendo ter ou não relação com o universo principal da DC. Pode parecer chato, mas a idéia fez sucesso absoluto. Tanto que alguns dos principais títulos ganharam adaptações para o cinema. Quais? A primeira foi “From Hell” (Do Inferno), de Alan Moore, que “soluciona” o mistério de Jack o Estripador. Caso não lembre, o filme foi estrelado por Johnny Depp. Depois foi a vez do inglês John Constatine ir para a tela dos cinemas, com a adaptação de Hellblazer, estrelado por Keanu Reeves. Antes de ganhar sua própria revista em 1988, Constantine fazia aparições em “Swamp Thing”, de Alan Moore. Hellblazer é publicada até hoje, e já passou por diversas equipes criativas. A última adaptação da Vertigo a ser feita foi “V for Vendetta”, de autoria de, pasmem, Alan Moore. Não é a toa que ele é o roteirista mais hypado de todos os tempos. E não acaba por aí. Já está sendo produzida uma adaptação do clássico “Watchmen” (adivinha quem escreveu?), com a direção de Zack Snyder, e já foi anunciada a adaptação de Y – The Last Man.

Mas também existem revistas que não foram escritas por Alan Moore. Como “Y”, por exemplo, que é a minha hq predileta. Porém, a revista mais famosa do selo, é Sandman, de Neil Gaiman. As aventuras de Morpheus, o mestre do reino dos sonhos, é a melhor representação da proposta da Vertigo. Seu clima gótico, diálogos criativos e bem elaborados e o grande número de referências a diversas mitologias e alguns ícones da cultura inglesa (como Edgar Allan Poe) fazem de Sandman a obra-prima de Neil Gaiman, e uma das revistas mais cultuadas de todos os tempos, se não for a mais cultuada.

Outra revista interessante é “100 Balas”, onde o misterioso Agente Graves dá a certas pessoas uma oferta aparentemente irrecusável: A chance de se vingar sem sofrer consequências. O Agente presenteia as pessoas com uma maleta contendo uma pistola, cem balas, a identidade da pessoa que arruiunou sua vida e provas irrefutáveis disso. As balas não podem ser rastreadas, e qualquer agência de polícia que as encontrar irá ignorar o caso. 100 Balas explora a dúvida moral de aceitar ou não se vingar e sair ileso. Aqui no Brasil as revistas da Vertigo são publicadas em TPBs (Trade Paper Backs, encadernados) e na revista Pixel Magazine, da… Pixel. Custa R$ 9,90, e a publicação é de excelente qualidade.

Wildstorm (DC)

Enquanto no universo principal da DC os heróis são tratados como deuses, na Wildstorm eles são tradados como o que eles realmente são: Pessoas com poderes e responsabilidades. Os títulos possuem roteiros cinematográficos, repletos de sequências devastadoras, linguagem chula, insinuações a sexo e violência. Principalmente violência. Como exemplo temos os WildC.A.T.S, criados por Jim Lee, um grupo de super-humanos recrutados pelos Kherubins, uma raça alienígina que há tempos morava na Terra, para enfrentar os Daemonites, uma raça rival e perigosa. Ao final da série um novo volume foi lançado, focado nas relações dos ex-membros da equipe. O terceiro volume mostrava um roteiro mais político, e uma equipe que tinha a pretensão de mudar o mundo. Um quarto volume está em andamento.

Outras duas revistas de sucesso na editora são Planetary e The Authority, ambas de Warren Ellis. Na primeira, uma organização comandada por um homem misterioso se encarrega de investigar acontecimentos paranormais ao redor do mundo. Desenhada pelo talentoso John Cassaday, a revista está atualmente “congelada”, e espera pela conclusão. Na segunda, um grupo de super-heróis se reúne para criar uma polícia internacional e proteger o planeta de ameaças super-poderosas. A revista é uma versão alternativa da Liga da Justiça (sendo Midnighter e Apollo as versões homosexuais de Batman e Superman), com algumas referências a personagens da Marvel. Coma saída de Warren Ellis e Bryan Hitch do título, The Authority esteve nas mãos de outras equipes criativas de nome, como Mark Millar e Fran Quitely, e Grant Morrison e Gene Ha. É o título mais vendido do selo.

A Wildstorm também é a atual detentora dos direitos de publicação da franquia New Line Cinema, e eventualmente publica novos capítulos dos famosos Friday the 13th, A Nightmare on Elm Street e The Texas Chainsaw Massacre. Fãs da série de TV “Supernatural”, também encontrarão histórias da mesma no selo, estas mostrando os anos de caçador de John Winchester, pai dos irmãos Dean e Sam. No Brasil, as revistas da Wildstorm são encontradas no mix da Pixel Magazine.

Image Comics

Se você já era nascido nos anos 90, deve conhecer essa editora. Ou já ouviu falar de Spawn, o soldado do inferno. Fundada por roteiristas e desenhistas insatisfeitos com a burocracia dos direitos autorais, entre eles Todd McFarlane e Rob Liefeld, a Image Comics alcançou em tempo recorde seu espaço nas bancas americanas. Em grande parte graças a Spawn, o agente da CIA que após ser assassinado em trabalho, faz um pacto com o demônio e volta á vida com um traje sobrenatural feito de tecido vivo. Spawn já teve 178 edições, e continua firme e forte, assim como Savage Dragon, que desde a primeira edição ainda não trocou de equipe criativa (está na edição 135). Seguindo a popular idéia de se fazer versões alternativas de seus personagens, a Image lançou Spawn: Godslayer, onde protagoniza um soldado do inferno que a mando de uma entidade desconhecida, deve matar os deuses de um mundo medieval.

O grande sucesso da editora na atualidade é The Walking Dead, cuja resenha pode ser lida aqui ou aqui. Spawn é publicado pela Pixel, que faz algum tempo lançou uns TPBs bacanas da saga Armageddon, que reformulou a revista (vale a pena procurar os encadernados).

Avatar Comics

Para ser sincero, eu nem estaria falando desta editora se não fosse por “Black Summer”, escrita por meu roteirista predileto, Warren Ellis. Sete pessoas são escolhidas para fazer parte de uma força-tarefa especial, e para isso sofrem aprimoramentos que os tornam super-poderosos. Tudo vai bem até que John Noir perde uma perna, e vê sua esposa morrer num acidente. Noir abandona a equipe. Meses depois, John Horus, que tinha ido além no aprimoramentos e se tornado virtualmente invencível, invade a Casa Branca e mata o presidente, indo falar em rede nacional logo sem seguida. Horus afirma que as ações do presidente, entre elas a Guerra do Iraque, eram ilegais e ofendiam o povo americano. Agora ele era o novo protetor da América, e as pessoas teriam que andar na linha ou seriam aniquiladas. O desenrolar dos fatos é extremamente envolvente, o que não poderia ser diferente, já que falamos de Warren Ellis. A revista espera sua conclusão, na edição número sete. Outras revistas de Ellis podem ser encontradas entre as da editora. Garth Ennis também tem títulos na Avatar.

A Avatar era a antiga detentora dos direitos de publicação da linha New Line Cinema, e publicou algumas mini-séries interessantes, como Jason versus Jason X (tenha medo). O artista responsável pela linha New Line era Juan Jose Ryp, desenhista de Black Summer, cujo traço grosso e agressivo dava um toque extra de violência as histórias. Não faço idéia quanto á publicação aqui no Brasil, mas conheci Black Summer a partir de um artigo publicado na Wizmania, da Panini.

Mangás

Decidi adicionar essa seção de última hora, até porque não sou de ler mangás. Mas me recordei de alguns que eu achei bem atrativos:

Battle Royale – A trama se passa num futuro indefinido, onde o Japão (renomeado para República do Grande Leste Asiático) está em conflito ideológico com o Império Americano, uma espécie de Guerra Fria II. Coisas relacionadas a cultura yankee, rock ‘n’ roll por exemplo, são terminantementes proibidas. Bom, até ai tudo bem. Mas a merda vem agora: Como uma forma de fazer pesquisas militares e controle populacional (o Japão precisa de controle populacional?), o “Programa” foi criado. No que ele consiste? Simples. A cada dois anos, uma sala de primeiro do colégial é escolhida para participar dele e lutar entre si numa ilha até que reste apenas um vivo. E se não houverem mortes a cada 24h, TODOS MORREM. Cada “competidor” é presenteado com uma mochila contendo água, comida e uma arma aleatória (de uma Shotgun até um alto-falante) e a putaria começa. O andamento da batalha é mostrada na televisão periodicamente. No livro, é revelado que o Programa não é um experimento, mas uma forma de aterrorizar a população e despertar desconfiança, evitando rebeliões que possam ameaçar a ditadura. E é sobre essas condições que o protagonista Nanahara Shuya deve sobreviver. Mas terá ele a coragem para matar seus companheiros de turma? E o oposto? O jogo se inicia, e apenas o mais forte sobreviverá… Battle Royale é um épico das amarelices, contendo tudo que de impróprio que se pdoe imaginar. Sexo explícito? Sim. Estupro? Sim. Multilações? Sim. Palavrões? Sim. Você vai ler? Sim. Publicação da Conrad.

Berserk – Passado na Europa medieval, o mangá conta a história de Gatts, um habilidoso espadachim, e seu envolvimento (no sentido não-homosexual) com Griffith, o líder de um bando mercenário. O mangá começa mostrando um cenário sombrio, onde Gatts mata demônios e procura vingar-se de Griffith, e logo em seguida destrincha o passado e os acontecimentos que resultaram naquela situação. Conheci o mangá através do anime de mesmo nome, que adaptou os capítulos passados… no passado. Ainda hei de ler o resto. Recheado de violência, desmembramento e sexo no estilo medieval que tanto amamos. Publicação da Panini.

Gantz – Esse eu comecei a ler recentemente, com a publicação da Panini. Kei Kurono vivia uma vida normal (para os padrões japoneses), até que ele e um amigo de infância foram atropelados por um trem, assim morrendo. Ou não? Os dois são transportados para uma sala junto com um grupo de estranhos, para participar de um jogo onde o objetivo é matar alienígenas. Quem mata alieníginas acumula pontos. Quem acumula 100 pontos supostamente voltará a vida, assim diz a esfera negra “Gantz”. Misterioso e perturbador, esse mangá é ótimo para se ler nas horas vagas, e possui as mesmas características impróprias dos citados acima (não tanto quanto Battle Royale e Berserk, porém). Um anie foi feito e encerrado, mas o mangá continua sendo publicado.

Caso queria recomendar outros comics ou mangás de conteúdo maduro, vá em frente, pois eu estou interessado.

Os 5 vilões mais legais do Superman – 1 – Lex Luthor

HQs segunda-feira, 12 de maio de 2008 – 5 comentários

Este texto faz parte de uma lista que, definitivamente, não é um top 10. Veja o índice aqui.

Um mero humano se opondo a um quase Deus. Goste ou não, Lex Luthor é um dos vilões mais legais da DC. Com seu Quociente de Inteligência claramente superior (Lex é o humano mais inteligente da Terra), ele poderia ajudar a humanidade encontrando formas de combater a fome ou criando uma cura para doenças como o cancêr. Ao invés disso, Lex dedicou-se a destruir o único homem que faz ele sentir-se inferior: Superman.

Alexander Joseph “Lex” Luthor salvou Metrópolis da ruína com suas indústrias, e até mesmo tornou-se presidente dos Estados Unidos, o homem mais poderoso da Terra. Ou o segundo. A ambição de Lex, por maior que fosse, sempre era superada (e muitas vezes barrada) pelo Homem de Aço. E o ódio foi se acumulando. Lex foi também o homem responsável pelo nascimento do Superboy II, um clone feito a partir de DNA seu combinado com o do Superman.

Fato é, Lex conhece diversas formas de se matar o Superman, e tem em mãos os quatro tipos de kryptonita (verde, vermelha, azul e dourada). Radiação solar extrema, mágica, força bruta, kryptonita. Diversas formas de kryptonita. Verde para matá-lo aos poucos. Vermelho para enlouquecê-lo por 48 horas, e abalar seu emocional para sempre. Dourada para privá-lo de seus poderes permanentemente. Azul para persuadir Bizarro. Todas as quatro inclusas no aprimoramento feito em Metallo, para sua entrada no Esquadrão da Vingança.

Por mais que o Superman vença no final, Lex continuará tentando sair vitorioso. E continuará assim até que um dos dois esteja morto.

Marvel faz “animação” de Astonishing X-Men #1

HQs segunda-feira, 12 de maio de 2008 – 0 comentários

Para comemorar o lançamento do esperado Giant-Size Astonishing X-Men, previsto para o dia 28, que irá encerrar a fase Whedon/Cassaday. Com a saída de Whedon, o premiado Warren Ellis irá assumir a revista. A edição 1 é a primeira parte (obviamente) da consagrada volta de Colossus e Kitty Pryde á cronologia mutante. Scott retoma o projeto de Xavier ao lado da ex-vilã Emma Frost. Uma empresa de pesquisas genéticas afirma ter descoberto a cura para a mutação, e os X-Men vão investigar. A história se passa após o arco “Planet X”, onde Magneto mata Jean Grey e destrói a mansão.

A “animação” na verdade é uma dublagem das páginas da revista. Veja o vídeo aqui. Necessita uma boa noção de inglês.

Os 5 vilões mais legais do Superman – 2 – General Zod

HQs domingo, 11 de maio de 2008 – 1 comentário

Este texto faz parte de uma lista que, definitivamente, não é um top 10. Veja o índice aqui.

Imagina ele desenhado e tá tudo certo

E eu falo do verdadeiro, não das inúmeras versões que já apareceram. Não se deixem enganar, o Zod original é muito mais do que todas as imitações juntas. Zod general do exército de Krypton, e o cara mais barra-pesada em todo o planeta. Zod deixou seu posto quando conheceu o cienstista Non (mentor de Jor-El), que defendia a tese de que Krypton estava com os dias contados. Então Non desapareceu. Quando reecontrado, ele havia sofrido torturas, e foi lobotomizado. Irritados, Zod e a ex-tenente Ursa, atacaram o conselho, matando alguns oficiais. Zod, ursa e Non foram acusados de heresia, assassinato e traição, e foram setenciados á prisão perpétua na Zona Fantasma, uma dimensão onde não existe matéria (daí o nome). Tendo Jor-El como seu carrasco, Zod jurou vingança.

No arco “Last Son”, iniciado em Action Comics 844 e previsto para acabar em Action Comics Annual 11, Clark e Lois encontram um garoto kryptoniano e decidem adotá-lo como se fosse seu. Mais tarde se descobre que o garoto é na verdade filho de Zod e Ursa, e por ter nascido na Zona Fantasma, era o único que não era afetado por ela. Os três criminosos kryptonianos o usaram para escapar da Zona Fantasma, e começam uma batalha contra o Superman em Metrópolis. Detalhe: Eles trouxeram TODOS os outros criminosos que compartilhavam da mesma sentença. O novo exército de Zod facilmente derrota o Superman e o aprisiona na Zona Fantasma, derrotando a Liga da Justiça logo em seguida. Clark consegue escapar usando o mesmo método usado por Zod e seus seguidores, e sem ter escolha alguma, alia-se ao Esquadrão da Vingança de Luthor, e avança para a batalha final, que ainda está por ser decidida…

Possuindo os mesmos poderes do Superman, e muito mais experiência em combate, Zod é um oponente formidável e, devo dizer, estiloso. Como Jor-El está morto, toda a vingança do General cairá sobre Kal-El. E o planeta Terra. Um fato interessante é que o Zod dos quadrinhos é exatamente igual a Terrence Stamp, o Zod do filme Superman 2. Coincidência? Claro que não. Homenagem.

Os 5 vilões mais legais do Superman – 3 – Cyborg Superman

HQs sábado, 10 de maio de 2008 – 3 comentários

Este texto faz parte de uma lista que, definitivamente, não é um top 10. Veja o índice aqui.

Pegue o esqueleto metálico do Exterminador do Futuro e combine com a aparência e uniforme do Superman. O resultado é o Cyborg Superman (ou Super-Cyborgue, em terras tupiniquins). Apesar de não estar em primeiro lugar no top, eu considero o Cyborg o vilão mais “poético” dentre os que o Homem de Aço já enfrentou.

A princípio a origem do vilão assemelha-se á do Quarteto Fantástico, da concorrente Marvel. Hank Henshaw era um astronauta que participou duma expedição que deu seriamente errado. Ele e os outros três tripulantes, entre eles sua esposa, foram submetidos a fortes radiações solares e sofreram mutações. Dados por monstros quando voltaram á Terra, enfrentaram o Superman, que só descobriu o mal-entendido quando era tarde demais. O corpo de Hank desintegrou-se espontâneamente antes que ele pudesse salvar sua esposa. Aparentemente morto, Hank na verdade apenas mudou de “estado espiritual”.

Hank voltou mais tarde com a habilidade de encorporar estruturas metálicas, mas fugiu para o espaço quando viu que não havia maneira de salvar sua mulher. Hank aliou-se ao alien Mongul, e reconstuiu seu corpo com material kryptoniano, copiando a aparência do Superman. Ele então voltou á Metrópolis durante a “Morte do Superman”, e fingiu ser o Super original. Tudo não passava de um plano cujo objetivo era vingança. Hank e Mongul destruiram Coast City, lar de Hal Jordan (Lanterna Verde), e teriam causado mais estrago se não fosse pela volta do Superman original. O combate se repetiu mais algumas vezes, com o último filho de Krypton saindo vitorioso em todas elas.

“Tá certo Nip, mas o que tem de poético nisso?”. Vendo que não conseguiria derrotar o homem que mais odeia, Hank mudou de objetivo. Aliado á Tropa Sinestro, ele voltou mais uma vez, participando da investida de Sinestro contra os heróis da Terra. Equipado com anéis de poder, Hank Henshaw queria obter a outra coisa que ele sabia que nunca conseguiria: morrer.

Uma criatura imortal cujo maior objetivo é a própria destruição, Hank Henshaw é mais que um mix entre o Exterminador e o Superman. Ele é um triple-combo de Exterminador, Superman e HIGHLANDER.

Os 5 vilões mais legais do Superman – 4 – Brainiac

HQs sexta-feira, 09 de maio de 2008 – 4 comentários

Este texto faz parte de uma lista que, definitivamente, não é um top 10. Veja o índice aqui.

Nascido no planeta Colu, Vril Dox é provavelmente o ser mais inteligente em todo o universo. Sem dúvida é o mais frio deles. Brainiac vê o universo como seu laboratório particular, e não se importa de encolher cidades ou destruir civilizações inteiras para completar seus experimentos. Tempos atrás, ele foi setenciado á morte pelo seu povo. Antes de ser executado, Dox transferiu sua consciência para o corpo de Milton Fine, um humano dotado de poderes psíquicos.

Brainiac posteriormente recuperou sua forma “coluana”, com a ajuda de cientistas da Lexcorp, dominados por seus poderes. Os diodos em sua cabeça servem para incrementar e estabilizar seus poderes, e também para conectar sua mente á computadores. Com isso, ele voltou sua atenção para o ser que mais o interessa no momento: O último filho de Krypton, o Superman.

Brainiac representa bem o papel de cientista louco, e sua frieza impressiona. É um personagem bem mais interessante do que parecia ser nos desenhos animados (seja o da Liga Justiça, seja aquele tosco dos Superamigos), e vale a pena conferir as histórias em que aparece.

Os 5 vilões mais legais do Superman – 5 – Bizarro

HQs quinta-feira, 08 de maio de 2008 – 3 comentários

Este texto faz parte de uma lista que, definitivamente, não é um top 10. Veja o índice aqui.

Clone imperfeito do Superman, criado por Lex Luthor, Bizarro é o oposto do Homem de Aço. Ao invés de visão de calor, ele possui um olhar gélido, capaz de congelar tudo em sua volta. Seu sopro é incrivelmetne quente, e assemelha-se a um lança-chamas. Sua pele é “rachada”, e lembra á de uma cobra. Tão rápido, forte e resistente quanto o próprio Superman, Bizarro seria um oponente ainda mais formidável se não fosse o fato de que seu intelecto corresponde ao de uma criança de quatro anos de idade.

Recentemente foi forçado por Luthor a entrar para o Esquadrão da Vingança, um grupo formado também por Metallo e o Parasita. Inicialmente criado para matar o Super, o Esquadrão acabou sendo usado para impedir as forças do General Zod de dominar a Terra. Atualmente Bizarro vive numa cópia quadrada da Terra, num sistema de Sol azul. Com os novos poderes adquiridos pela radiação do Sol azul, Bizarro construiu uma réplica tosca de Metrópolis, e fez clones dos aliados, inimigos e amigos do Super, incluindo Lois Lane, Jimmy Olsen, Lex Luthor e a Liga da Justiça.

Um personagem no mínimo interessante de se ver, Bizarro conquistou seu lugar nessa lista com suas… bizarras investidas contra o Super.

Os 5 vilões mais legais do Superman

HQs quinta-feira, 08 de maio de 2008 – 1 comentário

Ultimamente tenho me empolgado bastante com o Universo DC. Com o Lanterna Verde e o Superman, mais precisamente. Principalmente o Lanterna Verde. E a medida que eu vou lendo as revistas do Super, vou percebendo algo: Os inimigos dele são super-legais (hehe). Selecionei os que eu mais gostei, e agora irei apresentá-los a vocês. Reparem que eu disse “que eu mais gostei” e não “os mais fortes”, por isso não venham chorar porque Doomsday está fora.

5 – Bizarro
4 – Brainiac
3 – Cyborg Superman
2 – General Zod
1 – Lex Luthor

Como são feitos os quadrinhos

Nona Arte sexta-feira, 02 de maio de 2008 – 9 comentários

Se vocês já deram uma olhada na página da equipe, estão cientes de que eu sou o novo colunista do “Nona Arte”. Minha função aqui será, obviamente, falar de quadrinhos, sejam eles comics ou mangás. Mas antes de começar a escrever sobre quadrinhos em si, eu acho que seria legal dar uma visão geral de como eles são feitos. Falarei apenas do processo de produção de comics, já que desconheço/sei muito pouco quanto aos mangás.

Mas antes de tudo, o que diferencia um comic de um mangá? Muito mais do que o lado do planeta, por assim dizendo. Diversos fatores diferenciam os comics dos mangás: Técnica de desenho, padrão de personagens, tipo de folha, público alvo, etc. Mas o único relevante para nós agora, nesse texto, é a forma de produção. Mangás geralmente são feitos por uma pessoa só. A mesma pessoa faz o roteiro, os desenhos, o acabamento, uma coisa artesanal mesmo. Já os comics são feitos por uma equipe. Um faz o roteiro, o outro desenha, vem outro pra finalizar, outro colore… Claro que existem exceções onde o roteirista também desenha, como Frank Miller e Todd McFarlane por exemplo. Explicadas as diferenças, podemos começar.

PRODUZINDO COMICS

1- Roteiro
Antes de qualquer outra coisa, precisamos de um roteiro. É aí que entra o… roterista. O roteiro é tão importante para os quadrinhos quanto é para qualquer outra coisa, e escrever um de qualidade não é nada fácil. Ao escrever, o roteirista tem que dar descrições detalhadas do que está acontecendo. O cenário, qual é o personagem que está falando, quem está batendo em quem e como isso está acontecendo, e por aí vai, para que o desenhista possa fazer seu trabalho. Como exemplo, aqui está um pedaço do roteiro de Ed Brubaker, na edição número 100 do Demolidor:

Prestem atenção nos detalhes descritivos

Alguns roteiristas têm experiência fora dos quadrinhos também, o que muitas vezes é bom. Mas nem sempre. Exemplos de roteiristas que atuaram em outros “veículos” são Joss Whedon, criador de Buffy, Angel e Firefly/Serenity, e J. Michael Straczynski, criador de Babylon 5. Com a primeira etapa concluída, o roteiro é enviado para o desenhista fazer sua parte.

Vá sem medo – Warren Ellis, Ed Brubaker, Matt Fraction, Geoff Johns, Mark Millar, Grant Morrison, Alan Moore, Frank Miller, Garth Ennis, J. Michael Straczynski, Brian K. Vaughan e Jason Aaron.

Fique longe – Jeph Loeb, talvez o roteirista mais previsível de todos (todo roteiro seu começa com um assassinato “misterioso”), e o homem que está arruinando os Ultimates e o Hulk.

2- Arte
A alma dos quadrinhos. Afinal, o que são histórias em quadrinhos sem desenhos? O trabalho do desenhista requer mais que boas técnicas e talento, requer também imaginação. Com o roteiro em mãos, o desenhista deve imaginar as cenas e desenhá-las, para depois mandar os desenhos prontos para a editora, tudo dentro do prazo estipulado (cerca de um mês). É comum ter um artista responsável apenas pela capa, e outro pelo interior da revista. Renato Guedes (sim, ele é brasileiro), o atual responsável pela arte do interior da revista do Superman, afirmou trabalhar praticamente o dia inteiro, desenhando uma página por dia. Depois ele manda os desenhos de São Paulo, onde mora, para a DC, nos EUA.

Rascunho de Demolidor 100

Vá sem medo – Alex Ross, Mike Choi, Bryan Hitch, Steve McNiven, Gary Frank, Mike Deodato, John Romita Jr, Jim Lee, John Cassaday, Steve Epting, Marc Silvestri e Marko Djurdjevic.

Fique longe – Rob Liefeld, Howard Chaykin e Humberto Ramos, os anti-anatomia.

Mas espere, esta etapa não está concluída ainda! A arte ainda precisa ser finalizada. É aí que entra o arte finalista, o cara responsável pelos “retoques”. Parece besteira, mas o desenho fica consideravelmente melhor após ser finalizado. Não fiz uma lista de recomendações de arte finalistas pois o resultado varia de acordo com o desenhista. É uma questão de compatibilidade, sabe?

A mesma página, finalizada

3- Cores
Com algumas poucas exceções, com Walking Dead como melhor exemplo delas, cores são cruciais para os quadrinhos. Ao dar uma melhor visualização do cenário e dos personagens, as cores dão um toque de vida aos desenhos. Os coloristas usam como instrumentos de trabalho pincéis e variados tons de tintas, assim como um pintor (o que é o que eles são, basicamente). Ao contrário do que se pensa, o colorimento não é todo feito em programas de computador. Sim, alguns efeitos de luz são feitos assim, mas não o serviço todo.

Continua sendo a mesma página, agora colorida

Vá sem medo – Ah, sei lá. Eu gosto de Laura Martins, ela tá fazendo um bom trabalho em Thor.

Fique longe – Não consigo pensar em ninguém.

4- Letras
Roteiro e arte prontos, chegou a hora de incluir as falas, narração e afins. E é isso que o letrista faz, em poucas e resumidas palavras. Acho que não preciso falar mais nada dessa etapa, creio eu ser algo bem fácil de entender.

5- Edição
Que venham os editores. Responsáveis pela supervisão de TODO o processo de produção, eles passam o dia nas editoras, checando roteiros, desenhos e conversando com a equipe. “Se o cara leva os roteiros para ler em casa, então ele não é editor”, diz Joe Quesada, editor-chefe da Marvel e defensor da socialização. Mas qual é exatamente o trabalho de um editor? Bom, primeiramente, cada editor é designado para revistas específicas. Um cuida de Captain America e Daredevil, outro dos títulos dos Avengers, e por aí vai. Durante o processo de produção de roteiros, eles conversam com os roteiristas, para mudar algo que não ficou legal ou dar um parecer. A mesma coisa é feita quanto aos desenhos internos e das capas. Com tantas responsabilidades, os editores acabam tomando decisões não muito inteligentes, como Joe Quesada fez com o Aranha em One More Day e, dizem os boatos, fará com o Capitão América durante a Secret Invasion (tenha medo).

6- Revisão, Produção, Publicação e Distribuição
Com a edição original pronta, a revista passa por inúmeras revisões antes de ser reproduzida em massa e publicada. Não faço idéia de quais sejam as máquinas usadas, mas acho que isso não é muito relevante para a coluna (ou é?). E com isso, as revistas são distribuídas pelas bancas do país, sendo compradas pelos fiéis leitores logo em seguida.

Com as revistas em mãos, chega a hora de devorá-las, e por isso o texto acaba aqui. Espero ter esclarecido algo para o pessoal que realmente se interessa. Sei que pequei em algumas partes, mas não sou da indústria, então já viu né. Até a próxima, fãs de quadrinhos.

As 6 mehores revistas publicadas atualmente (EUA) – 1 – Thunderbolts (Marvel)

HQs segunda-feira, 14 de abril de 2008 – 0 comentários

Este texto faz parte de uma lista que, definitivamente, não é um top 10. Veja o índice aqui.

Como eu já havia dito antes, Thunderbolts é a melhor revista gerada pela Civil War, e por pouco a melhor publicada hoje (por pouco pois Captain America é muito boa também). Meses se passaram desde que resenhei a revista, e os Thunderbolts só subiram em meu conceito. Não poderia esperar menos de Warren Ellis e Mike Deodato.

Em seu segundo arco, entitulado “Caged Angels”, Warren complica um pouco a vida dos Thunderbolts. Um grupo de super-humanos infiltra a montanha e começa uma investida com força total contra todos que ali se encontram. Enquanto isso, Mac Gargan perde o controle do simbionte, e Venom inicia um massacre. Até encontrar o Espadachim, que agora se chama Barão Strucker, e está disposto a matar todos que não obedecerem suas ordens. Cabe ao resto dos Thunderbolts controlar ambas as situações, que já fugiram de controle há muito tempo.

Num arco repleto de lutas e desmembramentos, um bom desenhista é uma obrigação. Por sorte temos Deodato. Mesmo com tantos conflitos ocorrendo, Ellis ainda consegue espaço para desenvolvimento de personagens. É óbvio que estamos falando de Penance (ou Suplício, como ficou a tradução). Com a ajuda do Doutor Sansom, o jovem Baldwin tem feito progresso, e até mesmo… recuperou seus antigos poderes?

Thunderbolts continua impressionando com seu roteiro e personagens psicóticos, e com uma equipe (criativa) dessas, não é a toa que está em primeiro.

Thunderbolts

Título original Thunderbolts
Lançamento: 2006
Arte: Mike Deodato
Roteiro: Warren Ellis
Número de Páginas: 25
Editora:Marvel

confira

quem?

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