Em tempos de internet e oferta enorme de filmes, fica difícil separar o joio do trigo, e saber se você come o trigo ou assiste o joio.
Ok, isso não fez sentido.
Mas, enfim, quero apresentar pra vocês alguns filmes que descubro por aí, assisto e penso “porra, esse filme é legal, pena que ninguém assistiu pra discutir ele comigo”. É importante ver algumas coisas fora do esquemão, para saber o que assistir enquanto não lançam Sin City 2 e Silvia Saint Sex Explosion Monkeys Part 6.
Ælá em casa.
O esquema é aquele: screenshots do filme, comentário e recomendação final. Tire suas próprias conclusões mais aprofundadas depois de assistir ao filme, que é o que interessa.
Sunshine (2007)
O enredo é simples: em um futuro próximo, o Sol está se apagando, e uma missão espacial é lançada pra jogar uma bomba de nêutrons (suponho) pra dar um reboot no Sol.
É, eu também achei que ia ser uma merda. Como aquele filme que os caras tentam ir até o centro da Terra e tals. Mas dê uma chance. Sabe quem dirigiu Sunshine? Danny Boyle, mano. O mesmo de 28 Days Later e Trainspotting. Dá pra sentir a mão do cara no filme, com tensão do começo ao fim, que é o filé mignon dessa película.
Começa pela tensão entre os tripulantes, que claramente têm visões diferentes sobre quais são as prioridades na nave. Muito cedo você nota os problemas de negociação de interesses que acontecem ao confinar pessoas em um espaço limitado. Escolheram atores muito bons e razoavelmente desconhecidos do grande público, o que ajuda você a se identificar com eles, e gostar mais de uns do que outros.
Olha QUANTA gente pra morrer nesse filme.
Depois tem a tensão própria da missão, que ninguém sabe se vai dar certo ou não. Porra, jogar uma bomba no Sol pra ver se ele dá uma animada? Tá parecendo churrasco de domingo, quando você vê que acabou o álcool e precisa acender o fogo. Mas a incerteza da missão passa para o telespectador e, embora não seja central no filme, você fica torcendo pela porra do final feliz, pra ver se salvam a Terra.
Adicione ao enredo o fato de que no meio do caminho eles acham a nave da missão anterior, que não deu certo. É lógico que eles vão até a nave, né? E é lógico que tem alguma coisa lá, né? Pois é, assista.
Lembre-se, esse filme não é um blockbuster. O filme é muito refinado, coloca uma ênfase imensa nas imagens, fotografia, efeitos sonoros e psicologia dos personagens. Filminho pra se ver com calma, que vai te conquistando devagar, sem montanha-russa emocional. Lembra os melhores momentos de 2001: Uma Odisséia no Espaço. Não aqueles momentos finais, que são muito loucos. Aqueles momentos onde você vê o homem lidando com forças maiores do que ele, exilado de seu planeta natal e metido em uma situação potencialmente enlouquecedora. Aliás, Sunshine tem uma versão feminina do HAL, o computador pirata de 2001. Danny Boyle deve ser fã do Kubryck.
Recomendação final: Gosta de filmes de sci-fi, mas não agüenta mais as porras de Armageddon que tem por aí? Legal, Sunshine é pra você mesmo.
O que um filme que transporta as “famosas” bonecas Bratz para as telas tem pra dar certo? Publico infantil, apelo comercial, e pais com os ouvidos avariados por ouvir gritos de filhas querendo assistir. mas parece que isso nem sempre da certo.
O IMDB, central de informações de filmes, fez uma votação entre seus usuários, que elegeram os piores filmes de toda a história do cinema, e “Bratz” ficou em primeiro lugar. A lista também tem vários outros filmes, que aqui no Brasil, foram direto para DVD, como todos os do Uwe Boll, e “A Creche do Papai”.
Listas assim deveriam ser feitas todo o ano, para que as produtoras tenham uma boa noção do que o publico acha realmente de tudo o que elas fazem, e pra que elas escolham melhor no que apostar seu preciosos milhões de financiamento para filmes.
Veja aqui o ranking dos filmes piores filmes votados.
Eu sei que vocês estão aguardando ansiosamente esse filme, afinal a história é boa: uma cidadezinha do Alasca, onde acontece aquele fenômeno do Sol não nascer por quase um mês (por causa da inclinação da Terra e tals; vão estudar, ok?). E, se você tem algum vampiro na família, sabe que eles morrem sob a luz do Sol. Se bem que estamos falando de vampiros frouxos aqui, porque o Blade não morre sob o Sol. E não é frouxo.
Enfim, junte os dois fatores e você tem um banquete pra vampiros: uma cidadezinha onde eles têm um mês pra comer geral, sem se preocupar com a luz do Sol.
O enredo dá MUITO certo. Eu li a HQ de 30 Days of Night e é quase uma obra-prima. Só não é porque não inovaram muito no conceito de “vampiro”. É aquela mesma concepção que vem desde os livros da Anne Rice. Mas tudo bem, porque é uma coisa que funciona muito bem em literatura e quadrinhos. E o que ajudava muito na HQ era a arte de Ben Templesmith:
A arte emprestava quase todo o ar de surrealismo e bizarrice que o leitor percebe ao ler a obra. Quando eu li, tive um deja vu enorme da clássica Graphic Novel “Elektra Assassina”, desenhada pelo Bill Sienkwicz. Uma arte desse naipe sempre ajuda na criação do clima; quanto mais doente o desenhista, mais você também vai se sentir doente lendo o negócio.
E é por isso que estou falando pra vocês que o filme vai ser ruim. Dêem uma olhada no trailer:
Well, cadê a arte espetacular? NÃO TEM, mano. Não tem nada daquele ar bizarro da HQ. Temos aí só mais um filme de vampiros, extremamente clichê, que vai se apoiar só em cenas baratas de susto e menininhas que comem adultos.E olha que esse trailer aí é “Rated R“, ou seja, já era pra apresentar o que de mais assustador, bizarro e perturbador o filme tem, sem os cortes e censuras de um trailer classificado como “livre”. E mesmo assim, alguém aí se empolgou?Também acho que não vai ter nem mesmo o charme trash dos filmes de Resident Evil. Portanto, prevejo um FAIL bem grande pela frente. Vou lá assistir 28 Weeks Later de novo, que acho que ganho mais.
Ah, o filme estréia em Outubro. Voltem aqui depois, vocês vão ver como eu estava certo.
Em primeiro lugar: Existem filmes bons na Disney, sem contar nos desenhos. Porém, tudo poderia ser MUITO melhor, não fosse o ar politicamente correto que eles insistem em fazer a gente respirar.
O fato de os vilões da Disney, em 98,51635% das vezes, serem derrotados por uma CACETADA na cabeça, por exemplo. É clichê, já encheu o saco, NUNCA teve graça e nem vai ter. Esse é o clássico da Disney: Contar com pelo menos CINCO cacetadas na cabeça na maioria dos filmes. E nessa maioria também se inclui os filmes infantis, e é essa a resposta que você tanto queria pra velha pergunta em relação ao seu filho: “Onde foi que eu errei?”. Não deixe seu filho ver filmes da Disney se você não quiser ver ele crescendo dando vassouradas na própria cabeça. Ou pulando da sacada com um guarda-chuva.
A Disney fez um PUTA sucesso com os desenhos, e ainda faz. O problema é que ela quer passar o que faz nos desenhos pra filmes live-action (com pessoas, manja?). As comédias da Disney, em sua maioria, são uma porcaria. E são todas iguais. Um vilão burro, uma criança inteligente, os pais preocupados, o vizinho idiota, um animal que fala (ou não fala, mas sempre tem que ter um animal) e uma galera esquisita só pra servir de base pro locutor da Sessão da Tarde poder dizer algo ANIMAL.
Agora, vamos citar um Blockbuster pra “gente grande”: Piratas do Caribe. Gostei do primeiro, dormi no segundo e NÃO QUERO ver o terceiro. Eu disse que gostei do primeiro? Tá, achei o primeiro LEGAL. E perdi a conta de quantas vezes os personagens eram atingidos por cacetadas na cabeça. O segundo foi extremamente cansativo. E outra: Piratas. Desde quando um Pirata vai deixar de te matar porque você disse uma palavra que está no CóDIGO dos Piratas? Era “PARLEY” o que eles diziam? “RÍÍÍ, vamos MATAR GERAL, véi!” “PARLEY, PARLEY!” “DROGA! Ela disse a PALAVRA, não podemos fazer nada agora.” Desde quando existe “figuinha” no mundo dos Piratas? É claro, é uma ficção, tudo pode acontecer. Mas filme de pirata não pede pelo Johnny Depp, Orlando Bloom e histórias bonitinhas. A Disney não inovou, só fez um filme meia boca pra vender.
Se há um filme em que a Disney merece meu respeito, é A Lenda do Tesouro Perdido. Sou suspeito a falar por ser fã do Nicolas Cage, mas esse filme é sensacional, é uma aventura e não tem humor infantil. Eu diria que a Disney acertou em 80% do filme, o que é uma ótima média pra ela. Esse filme faz parte da minoria da Disney, os filmes realmente bons. É claro que depende de gosto, e eu estou expondo um lado crítico da coisa, afinal, eu sou chato pra cacete. Só não sou mais chato que a Disney.
Quer ver um exemplo que vai fazer você ACHAR que eu tenho razão? A Disney fazendo escola. Veja X-Men 3, como eles derrotam o Fanático. Um cara daquele tamanho, com aquele poder… derrotado após bater a cabeça em uma parede. Quem esperava por isso num filme do X-MEN? É isso que acontece com a Disney: Vexame na hora de derrotar o vilão. Sabe por que eu disse que a Disney acertou só em 80% do filme que eu citei acima? Spoiler, agora. É simples: A polícia disse pro mocinho que alguém tinha que ser preso, então ele dedurou o vilão. Num passe de mágica, a cena mudou pra outro país, já com a polícia pegando o vilão. É claro que teve mais que isso antes, o mocinho mentiu para o vilão pra ele se dar mal, o que é… esperto, porém óbvio. óbvio é uma palavra muito usada pela Disney.
Mês passado saiu uma nota que você viu aqui, no AOE, dizendo que a Disney decidiu proibir o ato de fumar em seus filmes. Eu senti essa notícia como um tapa, dividindo a minha opinião em duas partes.
1. ótimo. Não que eu seja um daqueles chatões que ficam dando sermão em fumantes sobre o mal que o cigarro faz. Que nada, por mim que continuem fumando, desde que não fumem perto de mim (Eu sou alérgico. Sim, TANGA pra cacete.) ou sejam pessoas muito próximas a mim – como minha namorada, que parou de fumar recentemente. Vou poupar vocês de meus comentários bregas, então vamos voltar ao assunto: Eu acho o fato de “destacarem” pessoas fumando em filmes um saco. Dizem que é um charme (O que define o charme como algo que não tem nada a ver com o olfato, e que perfumes com slogans com essa palavra são uma mentira.), mas eu acho idiota toda aquela pose blasé, a fumaça, a ponta do cigarro queimando, etc. Isso vale uma coluna, não vou começar a falar sobre isso aqui senão o assunto principal da coluna vai ficar no vácuo, mas é isso: Eu troco cigarros por uma trilha sonora fantástica. Afinal, música sim faz a diferença em um filme.
2. Cada vez mais politicamente corretos. Daqui a pouco eles vão proibir decotes, tatuagens, piercings, coisas sendo destruídas, pessoas comendo carne e… cacetadas na cabeça.
Pra mim há quatro tipos de filme: Ação, comédia (humor negro, ácido, inteligente), ficção científica e filmes do Hannibal. A Disney não é lá de fazer filmes de ação, eles focam isso em aventuras. Não vamos citar as comédias da Disney. Ficção científica? Eles não sabem fazer. Agora, tente imaginar o Hannibal versão Disney. Ele seria um louco que fugiu do hospital e começou a assustar as pessoas por aí, com seu hábito de morder bochechas. Teria a policial atrapalhada, porém linda (Segundo as maquiagens da Disney, que são as melhores.), que vive correndo atrás desse maluco pra levar ele de volta ao hospital. Então, Hannibal acaba virando amigo de uma turma de vegetarianos, que tenta convencer o povo da cidadezinha (Qualquer uma do interior.) que ele não é maluco, só é carente. Seria exatamente isso.
Então, pra odiar a Disney, eu preciso de motivos. Um já basta: Filmes politicamente corretos. A Disney faz filmes clichês, pra família, e isso é insuportável. Agora, contra os cigarros, imagine as campanhas anti-fumo? A Disney está a um passo de formar um exército de vegetarianos e você nem liga pra isso.
Todos sabemos que a franquia de filmes “Bourne” é de grande sucesso. Seus filmes, baseados na obra de Robert Ludlum, que faleceu em 2001, praticamente pegam a idéia do personagem, o tornando um pouco diferente em relação à obra original. No livro, ele é um pouco mais estratégico, pensando mais antes de cada ato seu, mas acho que nos filmes isso seria meio estranho, ver ele parado, pensando.
Matt Damon, ao ser questionado sobre um 4º filme da série, disse que poderia participar de um próximo filme da franquia quando necessário. O 3º filme da série, “O Ultimato Bourne”, que será lançado no Brasil nessa sexta-feira, teve uma boa arrecadação nos Estados Unidos, e com seu faturamento, garante qualquer plano do diretor de fazer um próximo filme da série, mesmo sem ter um livro para se basear.
Gosto das adaptações dos livros, e a série Bourne é uma das que mais gosto atualmente. Um próximo filme seria uma boa maneira de continuar esse ótimo personagem, fazendo com que ele fique a altura de James Bond, uma outra série de filmes que não tem a metade do charme dos filmes do Bourne, ou quem sabe, os superando, pois anos e anos de histórias de um agente secreto já me encheram o saco. Fãs de Bond, me enforquem, mas é isso o que eu acho.
Veja a abelha Barry B. Benson, com a voz do MEEESTRE Jerry Seinfeld, testando o som da bagaça:
Barry B. Benson acaba de se formar na faculdade e não está nada contente com a sua única escolha de carreira: Fabricar mel. Então ele decide sair de sua colméia, acaba se ferrando e é salvo por Vanessa, uma florista de Nova York. Os dois viram amiguinhos e, com o tempo, Barry acaba se tocando de que humanos consomem mel, então fica CHOCADO. Barry processa a raça humana e acaba criando um clima de intrigas entre humanos e abelhas, então agora ele se vê responsável por isso e vai ter que achar uma solução.
Agora que você viu a sinopse, veja dois trailers:
Jerry Seinfeld, não preciso falar mais nada. O filme estréia no Brasil dia 07 de Dezembro!