É claro que eu li os livros do vestibular, mãe!

Livros sábado, 14 de agosto de 2010

Blá blá blá ler é muito bom blá blá blá. Isso qualquer pessoa tem a obrigação de saber, mas (Obviamente) não sabe. Tirando os blogs, sites, portais e quaisquer outras coisas que apoiam e incentivam a leitura, restam duas coisas: As campanhas do governo e a escola. Mas é claro que ambos falham.

Para ser sincero com vocês, sempre que eu vejo uma propapanga do governo na TV, desperta em mim um grande sentimento de vergonha alheia e decepção com o nosso país, com o departamento de marketing e propaganda e com a emissora de TV em questão. E os motivos são bem simples: A propaganda é mal feita, 90% das informações nela dadas são mentiras e a(s) pessoa(s) que aparece(m) na propaganda, além de ter cara de idiota, é(são) uma(s) vendida(s) do caralho, afinal, só pagando é que brasileiro se dispõe a alguma coisa pelo nosso Estado.

Mais por uma questão de obrigação político-social (Sei lá se é assim que escreve), nosso adorável governo faz, de tempos em tempos, uma campanha para incentivar a leitura no país e tudo mais. Se você tem o mínimo de consciência em relação às campanhas do governo, sabe que as únicas que realmente funcionam são as Bolsas Qualquer-coisa: As que distribuem dinheiro pra população.

Como a leitura não é um hábito brasileiro, ela também não é incentivada culturalmente (Claro, teve a FLIP – Festa Literária Internacional de Paraty, mas só vai quem já gosta de ler), e como consequência, neguinho vê as campanhas literárias na TV, manda todos os livros à merda e vai gastar o dinheiro do Bolsa-Escola na compra de uma jeladêra.

Por mais que alguém goste de ler, por mais que alguém goste dos clássicos, ler oito, nove livros com um português de pelo menos 50 anos é cansativo. Muitos tem narrativas com vários detalhes, são histórias “pesadas”. Tem vocabulário diferente, exigem um certo conhecimento prévio, precisam de atenção para serem apreciados. E, acima de tudo, exigem que a pessoa tenha inteligência, afinal, não é todo mundo que entende Vinicius de Moraes, por exemplo.

Quem já leu a lista “obrigatória” para vestibulares (Auto da Barca do Inferno, Memórias de um Sargento de Milícias, Iracema, Dom Casmurro, O Cortiço, A Cidade e as Serras, Vidas Secas, Capitães de Areia e Antologia Poética de Vinicius de Moraes) sabe o quão chata pode ser a literatura. Sim, chata. Eu gosto de ler desde pequeno, mas se você me perguntar se eu leio Eça de Queirós, a resposta é um “não” direto e simples. Prefiro, com absoluta certeza, ler Marley e Eu a sequer abrir um livro de Alberto de Oliveira, por exemplo.

 Porra, tu é muito chato véi!

A literatura tem centenas de estilos (Nacional e internacionalmente falando) e sim, boa parte dela é chata, cansativa, entediante. E não é questão de gosto não, pegue umas obras do Trovadorismo e verá o que eu to falando. Mas claro que há diversos tipos de litaraturas “legais”, envolvendo obras de fantasia, ficção científica, poesia, aventuras épicas, basicamente qualquer coisa que você quiser.

Mas como as escolas do país só passam livros que apesar de serem obras clássicas e serem as melhores nas suas respectivas áreas, e o governo não faz nada quando se trata de incentivar a leitura (Na verdade, o governo mantém bilbiotecas, mas só por obrigação mesmo, afinal, se não fosse, teríamos mais estacionamentos no país), fica realmente foda a população passar a ver a leitura como algo útil na vida.

 Literatura

Não sei vocês, mas eu não espero uma grande mudança no Brasil. Nem nas campanhas de incentivo à leitura, nem na lista de leitura obrigatória nas escolas e nem na literatura. É muito mais fácil convencer uma pessoa a ler do que convencer uma sociedade da hipótese de pensar na possibilidade remota e improvável de tentar começar a ler. Mas que se foda, os inteligentes governam, os burros apenas obedecem e querendo ou não é assim que vai ser nos próximos anos.

E querem saber por que isso é bom? Porque se fosse o contrário, não haveria Natal, teríamos o “Dia do Orgulho Colorido” (Não confundir com o “Dia do Orgulho Gay”, esse passaria a se chamar “Domingo”) e no lugar da Páscoa seria o “Dia Mundial dos Vampiros Usuários do Pó de Pirlimpimpim”. Juntem tudo que é bom e glorioso na sua vida e joguem no lixo para ter uma idéia (Com acento mesmo) de como seria a vida caso nossos queridos amigos zumbis governassem.

 É eço aew mermaum, açim ki ceria

Mas pensando bem, a leitura de bulas de remédios para emagrecer seria obrigatória… É… até que o mundo estaria em boas mãos.

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