Dexter – Balanço da 4ª temporada

Sit.Com terça-feira, 22 de dezembro de 2009

Neste último domingo (13/12), chegou ao fim a quarta temporada de Dexter, uma das melhores séries no ar atualmente, não sei se estou exagerando (Pelo impacto recente), mas foi uma temporada excepcional e teve um final digno de Lost, principalmente para quem não conhecia spoilers da trama.

Como é legal olhar para trás, lá no início da temporada, e observar o quão estruturada e bem escrita é Dexter (Isto sem comentar o ciclo que esta temporada fecha, iniciado lá na primeira), mesmo já em sua 4ª temporada. Fico impressionado com o tratamento dado ao personagem principal, a complexidade de Dexter surpreende e choca ao mesmo tempo. Os roteiristas conseguiram criar um anti-herói trágico e heróico, marido e psicopata, perito e vingador sanguinário; atualmente, só observo esta complexidade em House, pela riqueza de detalhes dos personagens e pelo talento de seus intérpretes. Sem comentários pra atuação de Michael C. Hall, não vi ninguém melhor neste ano na televisão (Nem mesmo House) para tirar do ator os principais prêmios da temporada.

Além de Dexter, os roteiristas nos brindaram com o melhor antagonista da série até aqui, Arthur Mitchell/Trinity Killer (E o olhar doentio de John Lithgow). Quando a temporada começou introduzindo o serial killer, apenas pensei que seria mais um adversário para Dexter. No entanto, com o descobrimento da identidade real do personagem, a série cresceu em qualidade pela abordagem diferenciada do personagem; Dexter ficou fascinado com o tipo de vida que Arthur levava, ele também possuía uma família como Dexter e, ainda assim, cometia seus crimes, até o fatídico dia de Ação de Graças quando a tensão explodiu na tela, no fantástico episódio Hungry Man.

Claro que nem tudo foram acertos, o ritmo inicial foi cambaleante, principalmente por apostarem no cotidiano de pai/marido/perito/Dark Passenger do persongem, que já não conseguia manter-se são o tempo todo. Porém, em seguida, com o estabelecimento das storylines para todos personagens, talvez com exceção de Masuka, que tornou-se um figurante de luxo, a temporada se ergue de uma maneira exemplar. Ok, a trama de Laguerta e Batista em nada acrescentou à narrativa da série, além de parecer ter sido resolvida de maneira abrupta e forçada, mas as demais tramas renderam bastante, principalmente a de Debra com seus habituais palavrões. Jennifer Carpenter conseguiu chegar ao ápice de sua personagem.

Finalizando, o que esperar das pontas soltas para a quinta temporada? Acredito que Dexter terá uma difícil decisão a tomar, assumir seu papel de pai ou ceder aos impulsos psicopatas que acabaram atingindo sua família; pelo jeito, manter os dois papéis não deve ser uma saída para Dexter. Acho, também, que a investigação do passado de Dexter pela irmã ainda não terminou; mas, pensando no hoje, a sequência final de The Getaway não me sai da cabeça e, isto deve durar até o segundo semestre do ano que vem, quando Dexter retorna para sua 5ª temporada, desde já a mais aguardade de 2010, junto com o final de Lost.

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