Como um tiro certo, ele veio

baconfrito sexta-feira, 14 de fevereiro de 2014

Porra, aí tu vai, tu faz os bagüio, vê a porra toda, pra, no fim, dar tudo errado pelo simples motivo de que foda-se você. É um absurdo. Eu quero IBÁGENS.

Pensa comigo: O que é, é, e o que não é, não é. Simples, direto, sem chororô. Mas tem gente que insiste. Os putos não aguentam e saem chorando depois: Como já dizia o poeta, se não aguenta não desce pro play. Dá play aí.

Ilustrado o tema passemos ao ponto seguinte: Barra Funda Essa porra cansa. É clichê, é repetitivo, fica chato. Todos sabemos que a gigantesca maioria do material de entretenimento (Por falta de expressão melhor) é criada por gente sem talento, por produtores (Supostamente) profissionais ou encomendados de alguém que aceita uma vida de merda sem reconhecimento em troca de dinheiro, mas puta que me pariu, eu não aguento mais o amor.

Eu entendo o amor de romance de banca de jornal, o amor de revista adolescente, o amor de filme da Disney e até o belo amor bandido, mas para por aí. Eu não aguento mais o amor triângulo amoroso. Eu tenho um mini infarte quando vejo um amor proibido e tenho vontade de atirar NO MEU PRÓPRIO PAU se alguém me falar de amor verdadeiro. Seu amor verdadeiro está sujeito à um soco tanto quanto qualquer outro amor, ele não é especial.

Caso reste dúvida, não, eu não acredito que o teu amante vai largar da esposa por você. Aliás, é capaz dele pegar AIDS dela e passar pra você, só pra apimentar a relação… Sem sombra de dúvida a mesada que ele te dá pra você calar a boca paga o tratamento todo. E eu estou dizendo isso porque eu sei que, trinta anos atrás, quando ele mandou um ollie 360 no half pipe e impressionou a garota de cabelo castanho, pra depois dar uma bimbada de perna bamba por sete minutos nela, era uma mentira.

Eu não estou negando o amor, só estou dizendo que vocalistas de 30 anos de bandas punk adolescentes não amam. Aliás, príncipes, encantados ou não, também não amam. Quarentões grisalhos, pai divorciado da amiga da sua filha, donas de casa interpretadas pela Sandra Bullock, ex-internos reformados da Febem, soldados americanos no Iraque, vampiros adolescentes, mafiosos, atores de séries de menininha, entregadores de pizza que não usam cueca, o nerd esquisito no canto da sala, astros fictícios do rock, milionários “excêntricos” e o cara que te come melhor que seu namorado também não amam. O Nicolas Cage te ama.

 Talvez o Seth Rogen te ame também, mas, por favor, não faça isso com a sua vida.

Eu cansei. Eu simplesmente cansei. Não é recalque, frescura, paranoia, é, simplesmente, exaustão.

e.xaus.tão
substantivo feminino

1- Ato ou efeito de exaurir = acabamento, esgotamento, exaustão
2- Estado de grande cansaço físico ou mental (ex.: trabalhou até à exaustão). = esgotamento, fadiga, prostração
3- Consumo ou utilização por inteiro de algo, até ao seu desaparecimento (ex.: exaustão de recursos hídricos)
4- Remoção de um fluido de um recinto, por meio de equipamento próprio para o efeito (ex.: tubo de exaustão de gases)
5- Total, completa e inquestionável falta de paciência e saco, que leva, irremediavelmente, à um atentado terrorista ou à incapacidade de aturar a necessidade inútil, estúpida, limitada, sem criatividade, previsível, brega e infantil de se colocar o amor em tudo

Vou dizer isso aqui apenas uma vez, e que fique bem claro: Encher o rabo de amor não ajuda na tua vida amorosa, na sua capacidade de criação de qualquer obra e muito menos te faz uma pessoa melhor “para o planeta e com o próximo”. Não, faz de você um incompetente chato do caralho com a capacidade emocional de um coração de pelúcia. Aliás, PELO AMOR DA PUTA QUE LHE PARIU, não financie essa indústria. Essas porras de corações com frases já tinha que ter acabado há muito tempo, e fica ainda pior se tiver um urso segurando o coração.

 TEU CU, PORRA, TEU CU!!!!!!!!11

Quero sertanejo que fale de cavalo, moda de viola que fale de mastigar palha, faroestes que matem índios, plantões médicos em que não haja sexo, novelas que terminem sem nenhuma mulher grávida, crônicas que não falem de “tirar a garota daquela vida”, romances de rodoviária sem citações à Nelson Rodrigues, séries em que os protagonistas não acabem formando um casal depois da sexta temporada e o fim das ideias dos produtores, shows de cantores pop com músicas sobre Andy Warhol, jogos com múltipla escolha em que nenhuma delas seja flertar com a sua party e passeios em 2004 pelo shopping em que nenhuma adolescente “lésbica” esteja usando bermuda, cueca e boné com aba pro lado. Se não for pedir demais, é claro.

Eu me orgulharia de ir à um encontro skinhead e ser amordaçado e estuprado ao invés de convidado pra ir falar mal do Mandela e conhecer a imitação de macaco da galera, na cervejaria schwarzbier (“Receita alemã”) caseira do líder do grupo. Vocês seriam os primeiros pra quem eu contaria, depois da balconista na delegacia da mulher.

Assim, resta apenas atestar o dedutível: Não dá mais para aguentar o que vende. Todas as áreas do conhecimento humano afirmam, de uma forma ou de outra, que através do exagero há de se arruinar o material original… A frase, bonitinha, pra vocês: Falar do ser humano vai matar o ser humano. Ou melhor (Pior?), vai fazer o ser humano se matar (E somos bons nisso, vocês sabem). Como gosto demais da minha existência pífia e desprezível, tal qual todos nós, baratas, fica o alerta: O amor vai acabar, e morrer, que nem o samba.

Leia mais em: , , ,

Antes de comentar, tenha em mente que...

...os comentários são de responsabilidade de seus autores, e o Bacon Frito não se responsabiliza por nenhum deles. Se fode ae.

confira

quem?

baconfrito