As 5 Melhores/Piores Adaptações de Desenhos Animados – 3. Transformers

Cinema quarta-feira, 10 de setembro de 2008 – 5 comentários

Este texto faz parte de uma lista que, definitivamente, não é um top 10. Veja o índice aqui.

Seja o fã xiita que você for, você não pode dizer que Transformers é um filme ruim. Primeiro porque o Maximus enche Decepticons de porrada, segundo porque tem ação do começo ao fim, babaca movido a adrenalina, e terceiro porque tem a Megan Fox… Te dou um tempo pra você voltar do banheiro depois de falarmos em Megan Fox. Tá, mais alguns segundos.

Não precisava MESMO de uma legenda aqui…

Transformers é o que muita gente queria de uma adaptação cinematográfica de um desenho animado: Fidelidade na medida do possível, pancadaria a torto e direito, gostosas em tela… Tá, não é o que se espera de um desenho animado qualquer, mas um clássico como Transformers. Aliás, se algum dia fizerem Thundercats NESSE nível, faço questão de resenhá-lo.

E tem gente que ainda pergunta porque eu gostei do filme…

O roteiro não é exatamente perfeito, trazendo muito daquilo que nós chamamos de Ego Estado-Unidense. Mocinho do exército sobrevive à catástrofe, no caso, o ataque de Scorponok no meio do deserto, e vira a mesa, se transformando num MODAFÃCA e acabando com os problemas. O que salva é a intercalação com os dois outros focos: Os nerds que entram para uma agência do governo e, o que realmente importa, o nerd que tenta um relacionamento com a gata que tem que fazer papel de esnobe e acaba ficando com um carro mais estranho do que parece. A interação de Bumblebee com Shia LaBeouf é digna de nota. O carro realmente tem personalidade, ao contrário de outros que a gente vê por aí em filmes da Disney. SIM, HERBIE, ESTOU FALANDO COM VOCÊ!!!

Se eu visse uma coisa dessas na rua… Bom, eu já estaria esmagado.

Tudo entra em sincronia nesse filme que, não merece um 10, mas fica muito bem como um 9. E que venha logo a continuação!

As 5 Melhores/Piores Adaptações de Desenhos Animados – 3. Mestres do Universo

Cinema quarta-feira, 10 de setembro de 2008 – 3 comentários

Este texto faz parte de uma lista que, definitivamente, não é um top 10. Veja o índice aqui.

Ah claro. Vamos fazer um filme do He-Man que trará os heróis de Etérnia na TERRA!!! Brilhante! Vamos faturar uma grana usando efeitos especiais ridículos! Acho que esses caras devem ter feito escola, afinal Dragon Ball – O Filme está aí e é parecido o estilo. Ah vá… A gente merece mesmo ter filmes domo Mestres do Universo reprisando eternamente na Sessão da Tarde? Admito que no passado, quando eu tinha a idade mental da maioria dos leitores do Otaku é a Mãe (Que acabaram de abandonar definitivamente minha coluna), eu gostava desse filme. GOSTAVA!

Nos anos 80 ou hoje esse cartaz tem o mesmo significado… GAY!

O gênio que colocou Dolph Lundgren (Aquele que parece um robô) como He-Man achou que o físico, a aparência e o estilo homossexual (Não acreditam? Olhem o perfil dele no AdoroCinema) esqueceu que um filme é feito de atuação. E aí o robô deu de cara com um baita empecilho. E pensar que Frank Langella (O irmão gêmeo gordo de Christopher Lee) era o Skeleton. Argh! Me dá nauseas… E nem as gosto… Tá… As mulheres eram “atraentes” no filme. A mais interessante virou Friends e hoje só faz comédia ruim. Estou falando de Courtney Cox, não de Jennifer Aniston!

Juro que tentei achar uma imagem melhor do que esse vilão ensebado… O Google não ajudou.

O que é pior é que o filme realmente tem cara de ser velharia, não importando se você vê hoje ou se viu nos anos 90, sendo que ele é de 1987. Até hoje prometem uma versão mais Conan (Que pra alguns deveria significar Macho… TSC!), com Brad Pitt. Não sei como vão solucionar o paradoxo da promessa, mas se vier algo no nível 300 de homens de tanguinha… Tá, é um BAITA filme de ação… Mas imagina… Esquecem, não imaginem. Deixem isso pro théo, que é do tipo dele.

As 5 Melhores/Piores Adaptações de Desenhos Animados – 4. The Flintstones: O Filme

Cinema terça-feira, 09 de setembro de 2008 – 1 comentário

Este texto faz parte de uma lista que, definitivamente, não é um top 10. Veja o índice aqui.

Uma coisa que nunca entendi é se os Flintstones seriam uma sacanagem ao estilo de vida dos anos 60 nos Estados Unidos, representado pelo principal protagonista, Fred, ou se era comédia que tinha aquele estilo exatamente por sua data de criação. Não importa. Ao ser transcrevida para a telona, e em carne e osso, Flintstones (Nomezinho chato bagaiaio de ficar falando, véio) trocou muitas de suas referências. Ainda estão lá Fred, Wilma, Barney e Betty Rubble e os dois filhotes insonsos Pedrita e Bambam.

Uma comédia satirizando o estilo de vida estado-unidense do meio dos anos 60.
Uma comédia satirizando o estilo de vida… EPA!

Se Fred tinha toda uma personalidade no qual se reflete a maioria dos pais de família das típicas sit-cons estado-unidenses (Não esquecendo da clássica Os Simpsons), no filme parece que ele foi criado para ser interpretado por John Goodman. Ainda lembro quando eu era criança e vi aquele cara vestido com uma pele falsa e gritando Yabba-Daba-Doo! Eu cheguei a perguntar pros meus pais se aquilo era de verdade. De mesma forma, Barney é perfeitamente interpetado por Rick Moranis, o eterno cientista que consegue encolher os seus filhos, ele mesmo com outros pais e esticar o bebê. Não dá pra dizer que esse filme seja ruim pelos atores que estão na tela, principalmente por Halle “Tempestade” Berry (Ainda desconhecida na época) passar o tempo todo rebolando seu rabão em cada cena que aparece… E rouba.

Sabia que tinha um motivo pra tanta gente lembrar do filme…

A trama do filme também não incomoda, lembrando muito os melhores episódios do desenho original, com as adaptações necessárias, claro. As piadas com os eletrodomésticos, as alusões aos sonhos de consumo dos Estados Unidos e os comentários venenosos de Fred e Barney ás vezes ainda me fariam rir vendo Sessão da Tarde (Ok, esquece isso… Vou pegar o DVD). A trilha sonora não é nada demais, do tipo que só vão ficar grudadas na cabeça a abertura e o encerramento, idênticas ao desenho animado.

As 5 Melhores/Piores Adaptações de Desenhos Animados – 4. Os Flintstones em Viva Rock Vegas

Cinema terça-feira, 09 de setembro de 2008 – 2 comentários

Este texto faz parte de uma lista que, definitivamente, não é um top 10. Veja o índice aqui.

Se vocês leram o outro texto (Do lado bom deste NTop) então considerem tudo que eu disse do outro filme… Ao contrário. EXTREMAMENTE ruim, esse filme não me cativou nem quando foi lançado, e eu era um pré-aborrescente chato (Como a maioria dos leitores do AOE, então cês me entendem) e não tinha opinião crítica. Sabe o que é ver uma pseudo-continuação que descaracteriza o original? Pior do que Mortal Kombat – Aniquilação até, Viva Rock Vegas não faz valer a primeira parte de seu título.

A única química que rola entre os atores parece ser o álcool pra fazer o Rubble ter essa cara…

Alec Baldwin deveria mudar seu sobrenome, ou forçar o irmão a fazê-lo. Aliás, deveria PROIBI-LO de aceitar qualquer contrato desse naipe. Enquanto que John Goodman e Rick Moranis ficaram fiéis aos personagens, Mark Addy e Stephen Baldwin fazem de tudo para não serem. Sério. Mark inclusive consegue ser mais baixo do que Stephen, o que não lembra em nada a relação Gordo Alto e Magro Baixo que havia entre Fred e Barney. Stephen transforma o desligado e quase zen Barney em um tapado altão, parecendo aqueles jovens bobos de filmes adolescentes… Aliás… Se não foram informados ou esse filme é tão obscuro que desconhecem, ele é um prelúdio ao primeiro, mostrando como e quando iniciou a relação entre Fred e Wilma e Barney e Betty, envolvendo Rock Vegas.

Pelo menos a Betty é mais… Comestível

A história não deveria ser ruim. Utilizar Kazoo daquela forma é ridículo. O alienzinho verde que só Fred vê deveria ser tratado com mais respeito e ter uma participação mais importante. A brincadeira com os Rolling Stones é ótima, mas se perde em meio às baboseiras que estão acontecendo á volta. Como disse antes, esse filme não faz por merecer a primeira parte do título. As (poucas) boas piadas não compensam uma hora e meia de tortura.

As 5 Melhores/Piores Adaptações de Desenhos Animados – 5. Looney Tunes: De Volta à Ação

Cinema segunda-feira, 08 de setembro de 2008 – 5 comentários

Este texto faz parte de uma lista que, definitivamente, não é um top 10. Veja o índice aqui.

Sabe quando seu irmão nasceu e você comemorou, aí se passaram cinco anos e você tava puto porque ele tava destruindo tudo que é seu? Imagino que seria assim que Space Jam se sentiria ao ver Looney Toones – De Volta á Ação estreiando nos cinemas. Ao contrário do primeiro, o segundo filme ABUSA de metalinguagem e torna os lúnaticos funcionários de uma empresa, “trabalhando” nos desenhos. Até o dia que o Patolino é despedido. É, DESPEDEM o segundo personagem mais engraçado da empresa.

Não se engane… É um cartaz de filme genérico

Aliás, nesse filme tiraram o pato pra Cristo. Incrível. Em uma hora e meia de filme, o Pato sofre das mais diferentes formas e nada do que faz dá 100% certo. Percebem o exagero? Ele estará presente em toda pelíluca, em que vemos Brendan “A Múmia” Fraser tentando reprisar o efeito de Michael Jordan em Space Jam (Que faz uma ponta ridícula no filme) como o dublê/filho de espião, praticamente sem carisma. E isso que o ator é bom! Pior do que ele só mesmo Steve Martin em um dos piores, se não o pior papel de sua carreira como o esquisito vilão, papel que poderia ter sido de Jim Carrey ou outro autor que saiba fazer papel de ridículo e sair ileso.

Já foi dito que um belo cenário não salva uma merda de filme

A comédia fica atrás de uma ação descerebrada com toques de humor, atípico de uma série de desenhos sempre centrados em serem simples e divertidos. E quando você acha que está entendendo o que está acontecendo e passando a curtir a piada, ele tenta fazer A Virada e termina com uma piada que faria só o pessoal do Zorra Total rir sem parar (E sim, isso FOI uma crítica). Não sei se lá na terra do Tio Sam eles curtiram a idéia, mas por aqui ela passou por ridícula.

METALINGUAGEM: Não use em caso de emergência!

E o que falar do fiapo de roteiro que criaram para o filme e do qual tentaram tirar jogadas geniais? Não dá pra falar muito de um filme que sub-aproveita a química Pernalonga e Patolino em prol de criar um romance entre o protagonista e a mesma produtora (Jenna Elfman, limitada mas engraçada) que demitiu o Patolino. Fantástico? Nem um pouco. Pra piorar, só mesmo a chata cena dos zíperes, que se tinha a intenção de fazer alguém rir, foi o estúdio debochando da cara de quem pagou pra ver o filme.

As 5 Melhores/Piores Adaptações de Desenhos Animados – 5. Space Jam: O Jogo do Século

Cinema segunda-feira, 08 de setembro de 2008 – 5 comentários

Este texto faz parte de uma lista que, definitivamente, não é um top 10. Veja o índice aqui.

O que é melhor do que desenhos que praticamente todo mundo já assistiu? Colocar um astro global ou uma celebridade ao lado deles. E que tal um dos maiores jogadores de Basquete da época. Cagaio, é a equação perfeita pra ganhar dinheiro, véio. E pra fazer uma besteira, claro, como o irmão caçula e porre desse filme. O que não ocorreu com Space Jam. Ah, teve dinheiro sim, mas o filme não é ruim.
Primeiro: A comédia. Looney Toones sempre foi um ESTILO de desenho, não uma série. Tudo que é da Warner e que descende desse tipo de humor físico (Patos perdendo o bico e bandidos explodindo é BEM físico) tem um dedo dos lunáticos. E no filme não deixa de fazer igual. Vemos Pernalonga zoando com todo mundo e até mesmo apanhando. A verdade é que mesmo depois de tanto tempo, o filme agrada por ser ao mesmo tempo violento pra caramba e inocente. Até mesmo os humanos de verdade entram na brincadeira.

Cartazes psicodélicos de cinema para agradar crianças cheias de açúcar… Ah, a velha guarda…

Segundo: O roteiro. Ao contrário de tantas outras adaptações, Space Jam tenta criar uma história simples, mas com viradas divertidas, de forma que as crianças entendam e apreciem, não sejam bombardeadas com informações inúteis e sequências absurdas. Ah vai, qualquer roteiro é melhor do que a desculpa para fazerem mais um filme do Uwe Boll… Imagino o terror que seria se ele adaptasse desenhos animados. Que seja, Space Jam não peca, mesmo que suas interpretações não sejam dignas de um Oscar. Aliás, falando em interpretações…

Surge uma voz da multidão: Montinho!

Terceiro e fatal: Michael Jordan NÃO faz feio com o papel de “protagonista”. Ao lado de Patolino, Pernalonga, Piu Piu (O nome mais gay já inventado para um desenho) e cia., o jogador consegue convencer que ele acredita no que está fazendo e até parece se divertir fazendo o que, teoricamente, deveria saber fazer melhor: Jogar basquete.

Patolino, eu sou seu pai… Quero dizer, treinador

Até mesmo a trilha sonora é decente. Não BOA, mas decente, e muita gente ficou com a melosa I Believe I Can Fly na cabeça por… Uns meses. Admite vai, você ainda não será mais tanga do que o Théo.

As 5 Melhores/Piores Adaptações de Desenhos Animados

Cinema segunda-feira, 08 de setembro de 2008 – 2 comentários

Vocês, que têm entre 18 e 24 anos (Idade permanente do Juno) como eu, não podem mentir e dizerem que nunca viram um desenho animado na tevê SEM se empolgar. Podem até tentar, mas se deixam levar pela musiquinha no troço que vocês paravam a mãe e diziam: Manhê! Posso assistir tevê? Verdade seja dita: Desenhos viciam e deixam os espectadores travados por trinta minutos, coisa que pra criança (E qualquer escravo trabalhador) é MUITO tempo. Vendo o lucro, logo as empresas procuraram transformar em “filmes” os mesmos desenhos que as crianças assistiam de graça (Ou quase, já que tevê á cabo AINDA é cara) e que agora iam matar os pais por seis pila (Sonha né?) pra ver. Pensa a fórmula perfeita: Produto barato+ingressos caros+DVD’s=LUCRO!!! Não é preciso ir mais longe pra ver que é viável. Sempre foi assim.

O problema é que, como nos games, metade do que vai pro cinema NÃO presta. E o que presta parece sumir depois de um tempo, deixando as más-lembranças do nojo que foi. Assim, vamos ver o que Hollywood nos trouxe nos últimos tempos com o nTop DUPLO de desenhos animados. Os 5 melhores e os 5 piores filmes adaptando desenhos animados pro cinema. Vai, pode se preparar pra xingar algum produtor.

Lado negro da força:

5. Space Jam: O Jogo do Século

4. The Flintstones: O Filme

3. Transformers

2. Scooby-Doo 2: Monstros à Solta!

1. Tartarugas Ninja e Tartarugas Ninja II: O Segredo de Ooze

O lixão municipal:

5. Looney Tunes: De Volta à Ação

4. Os Flintstones em Viva Rock Vegas

3. Mestres do Universo

2. Scooby-Doo

1. Tartarugas Ninjas III

O que fica no meio:

Bônus! Ben 10: Corrida Contra o Tempo

Overdose Adaptações: Batman – O Longo Dia das Bruxas (Editora Abril)

HQs sexta-feira, 25 de julho de 2008 – 1 comentário

O Longo Dia das Bruxas é uma série clássica de mistério do Batman. Se Chris Nolan bebeu de Ano Um para fazer Batman Begins, ele sugou (Uhhh) O Longo Dia das Bruxas para fazer O Cavaleiro das Trevas. E curiosamente, li esta HQ como uma continuação não tão próxima de Ano Um. Lá está a confiança de Batman e Jim Gordon crescendo, Harvey Dent se sacrificando para acabar com a corrupção de Gotham e a transformação da cena criminalistica da cidade. Parte do roteiro do filme está ali.

A princípio, quando a pergunta “Quem é Feriado” é levantada, eu achei que seria esperto, que acharia a resposta fácil. Pois é, só que a HQ deu três viradas e eu fiquei ali, com cara de tacho. Orra, é uma fantástica história de Batman, muito recomendada. Trata de uma boa fase do morcego e mostra que até mesmo o “maior detetive do mundo” pode falhar quando se envolve pessoalmente com os suspeitos. E os criminosos famosos? Estão lá os alucinados Coringa, Chapeleiro Louco, Espantalho…

Não, ele não estava menstruado.

E Mulher-Gato. A ladra acrobata azara o morcego por todos os oito volumes, sem dizer se é heroína ou vilã. A dualidade do mundo do Homem-Morcego se mostra mais uma vez presente, praticamente em todos os personagens. Batman se divide entre crer em seu novo amigo, Harvey Dent, e em Jim Gordon; Harvey Dent literalmente está entre a Justiça e a Vingança; Selina Kyle procura manter a vida dupla ao lado de Bruce Wayne e Batman. Essa brincadeira entre bem e mal, os dois corruptos, conduz sub-tramas pela HQ enquanto vai se montando o cenário que culmina em mudanças de atitude de Batman, Harvey e cia.

Tem gente que se borra de medo por pouca coisa

A realidade é que a HQ não só é bem desenhada como bem conduzida. As pontas soltas que ficam ao final são intencionais, não para uma continuação, mas para enquadrar a história dentro do universo Batman. Obviamente foram tomadas liberdades quanto aos rumos que certos personagens tomam, mesmo assim não alteram suas características pessoais já fixadas nos quadrinhos.

Batman – O Longo Dia das Bruxas

A Long Halloween
Lançamento: 1998
Arte: Tim Sale
Roteiro: Jeph Loeb
Número de Páginas: 48 páginas
Editora:Editora Abril

Overdose Adaptações: Asilo Arkham (Panini)

HQs quarta-feira, 23 de julho de 2008 – 1 comentário

Fato: Mais de metade dos créditos de Asilo Arkham vai para Dave McKean. A narrativa de Grant Morrison é inteligente, mas não brilhante e aliada á alguém do nível de Jim Lee, Ed Benes ou … não teria o mesmo efeito que no traço rebuscado e sombrio que McKean utiliza. A HQ é estupidamente surrealista, um sonho em formato de quadrinhos. Um conto bizarro de Batman.

Coringa homossexual e cada vez mais assassino

De forma resumida, Asilo Arkham coloca o homem-morcego em uma complicada situação: Os loucos alojados no Arkham fazem reféns e sua única exigência é de que quem os colocou lá seja internado com eles. Assim, Batman entra no mundo alucinado fundado pelo Doutor Arkham, enfrentando seus medos e aguentando gente do naipe do Coringa, Duas-Caras e Crocodilo.

Hahahahahahahahahahahahahahahahahahahahahaha…

O interessante da história é que, assim como em filmes de terror, a própria mansão que serve de asilo é colocada como louca, pondo em cheque o mundo real e o ilusório. Na capa consta que o Asilo é “Uma séria casa num sério mundo” e, durante as … páginas que compõe a Graphic Novel, Morrison tenta nos convencer de que fora dos portões de Arkham é que estão os verdadeiros loucos. A sanidade do vigilante de Gotham é contestada o tempo todo, chegando ele próprio a se perguntar se não deveria ficar dentro do Asilo com os criminosos que prendeu.

-É um jogo de palavras, Batman. Amor? – Robin… Não, NÃO! Eu quis dizer Mulher-Gato!!!

Sinceramente? Eu fiquei alucinado na primeira vez que li esta história em quadrinhos. Achei fantástica, um exemplo de como ao mesmo tempo os vilões de Batman são insanos e sanos. A HQ cria uma teoria bizarra sobre o Coringa, colocando-o como o vilão mais normal do Batman, que sofreria se super-sanidade, criando uma personalidade pra cada vez que ele tiver necessidade.

Ele é normal… Assim como George W. Bush

Infelizmente, ela não é tão boa assim depois. As últimas páginas e o desfecho são meio broxantes. Porém, ter a história de Batman comparada á Alice no País das Maravilhas é absurdamente divertido. Até mesmo um Chapeleiro Louco ele tem! E o Coringa não é nada mais nada menos que o Gato Risonho que, de uma forma sinistra e cruel, introduz Batman ao mundo da loucura, dando-lhe pistas de como prosseguir, sem que a “Alice” perceba que cada vez mais louca ela fica.

Asilo Arkham

Arkham Asylum
Lançamento: 1989
Arte: Dave McKean
Roteiro: Grant Morrison
Número de Páginas: 128
Editora:Panini Comics

Overdose Adaptações: Batman Ano Um (Panini)

HQs quarta-feira, 23 de julho de 2008 – 2 comentários

Se você perguntar a um fã de Batman por que ele considera Frank Miller um gênio, provavelmente ele te responderá que é por Cavaleiro das Trevas. E não, não é do filme que estréia dia 18 agora que eu estou falando. É da HQ criada por Miller que fala de um futuro apocalíptico, em que Bruce Wayne é um velho perdido, esbravejando contra uma sociedade sem heróis que ele mesmo ajudou a formar. Genial ou não, a graphic novel é muito lembrada, ainda mais do que Batman: Ano Um. Só que, se Christopher Nolan leu algum quadrinho antes de dirigir Batman Begins e Batman – Cavaleiro das Trevas foi o Ano Um.

E assim nasce um emo… Um emo que bate pra caramba!

A história sintetiza os primeiros momentos do Homem-Morcego em ação, quando ainda não era um vigilante experiente e não conhecia o seu… “Público”, saindo sem uniforme pelas ruas, apanhando mais do que batendo. Não que ele seja derrotado, mas é óbvio que Alfred se mostrou extremamente eficiente como médico quando Bruce chegava em casa com mais do que uns simples arranhões. Ano Um se caracteriza por ser bem mais real, apesar de citar algumas vezes o OUTRO super-herói da DC que mora em Metrópolis. Nessa mini-série não há super-vilões, apenas a participação curta de uma certa “inimiga mui amiga” do Batman, enquanto ele lida com a corrompida Gotham City.

Ele IA deixar o malaco cair… Que pena que conseguiu salvar

Falando em Gotham City, James Gordon é ponto crucial da história. Os fãs já estão cansados de saber da relação que ele e o homem-morcego partilham, e em Ano Um vemos ela sendo construída. Jim chega á Gotham como tenente e, assim como Bruce Wayne, fica revoltado em ver uma polícia tão podre e começa a tomar atitudes. O personagem se torna o co-protagonista de Ano Um e dá pra perceber a dualidade entre ele e o Cavaleiro das Trevas. Enquanto o policial trabalha na luz, procurando transformar e edificar uma nova central policial (E acabar virando o futuro Comissário Gordon), o playboy trabalha na escuridão, tentando fazer o mesmo efeito. Ao contrário do sempre “Luto sozinho” de Batman, o jovem guardião de Gotham busca aliados em pessoas que tenham caráter parecido com o dele, sabendo que não pode cuidar sozinho de uma cidade tão grande.

Gordon começa a se tornar dependente… Do Batman… Xiiii…

Lembram que eu falei antes que Nolan bebeu muito de Ano Um? Pois é… Em uma determinada sequência da HQ eu vi praticamente um trecho do roteiro de Cavaleiro das Trevas. Gordon visita Harvey Dent (É, o promotor com o sorriso Colgate dos cartazes do filme) pra questionar se ele poderia ser o Cruzado de Capa.Fato: Mesmo sendo tão elogiado, Ano Um não é perfeito. Vemos Batman em situações estarrecedoras e queremos mais. Só que a história simplesmente acaba com nossas esperanças… Do nada. É curta, fazer o quê, mas vale a pena ser lida e serve muito bem para quem quer conhecer o personagem. E deixem de ser noobs e vão nas livrarias comprar. É fácil.

ó aí o momento semi-suicida em que ele criou o traje

Batman Ano Um (Panini Comics)

Batman Year One
Lançamento: 1989
Arte: David Mazzzucchelli
Roteiro: Frank Miller
Número de Páginas: 148 páginas
Editora:Panini Comics

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