Quadrinhos Compactos – Parte II

HQs sexta-feira, 11 de junho de 2010 – 0 comentários

Bom, na última coluna falei de como a arte seqüencial ganhou as páginas dos periódicos no fim do século XIX, mas perdurando até os dias de hoje, atraindo a atenção de crianças e adultos. Ou vai me dizer que você não conhece ninguém que pega o jornal e vai direto no caderno de variedades para ler as tirinhas? continue lendo »

Os patos dominam o mundo

HQs terça-feira, 30 de março de 2010 – 2 comentários

Uma coisa é certa, todo mundo que já teve infância conhece os personagens Disney. Afinal, desde que Walter Elias Disney criou Mickey Mouse em 1928, o sucesso de seus personagens vem ganhando o mundo.

É claro que Walt Disney ficou conhecido principalmente por suas animações, mas essa área do Marcos Bonilha, então atemo-nos nos quadrinhos. Mesmo porque não quero falar de Walt Disney, mas sim de Carl Barks. continue lendo »

Os anti-heróis dos filmes animados

Televisão quarta-feira, 25 de março de 2009 – 0 comentários

Semana passada, coloquei aqui o Top 10 de anti-heróis dos desenhos animados, agora, como prometi, vou colocar os anti-heróis dos filmes de animação.

Teoricamente era para ser exclusivamente com desenhos da Disney, mas como faz tempo que a empresa do Mickey não apita sozinha nesse ramo, vai uma mistureba boa aí.

Aproveitem e, como sempre, concordem, discordem, xinguem, mas comentem.

Ah, só para lembrar que japoneses, heróis que começaram nos quadrinhos, entre outros, não contam, ok.

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Tudo começou com Branca de Neve e os Sete Anões

Televisão quinta-feira, 11 de dezembro de 2008 – 5 comentários

Nas últimas semanas, tenho falado sobre as animações em curta-metragem, basicamente sobre os desenhos que passam na telinha. Mas, para quem acha que esqueci dos longas-metragens, o dia de falar sobre eles chegou (aplausos ao fundo).

Confesso que sou um fã assumido de desenhos com quase duas horas de duração, mas, depois de extinguirem praticamente o formato tradicional (do papel, lápis e acetato), fiquei meio assim com a monopolização das produções 3D, apesar dessas produções manterem o alto nível com boas histórias e qualidade impecável.

É criada a fórmula do bolo

Mas, se não fosse por aquele velho visionário, oportunista e apaixonado por crianças (e dinheiro), nada disso existiria hoje.

Começou

Não é segredo para ninguém que o primeiro longa animado foi Branca de Neve e os Sete Anões (1939), do bom e velho Walt Disney.

Mas o que ninguém comenta por aí é que essa produção contou com o envolvimento de mais de 800 artistas que, juntos, produziram mais de um milhão de desenhos, dos quais, ‘apenas’ 250 mil foram usados.

Fico imaginando o senhor Disney enchendo o saco dessa galera, reprovando um monte de desenhos e mandando refazer o trabalho, porque estava uma merda. Deve ter sido um puta estresse, embora ninguém nem saiba o que era isso na época.

Poster francês (?) da animação

Enfim, depois de três anos de tanto trabalho e 1,5 milhão de dólares torrados (valor astronômico para os dias de hoje e sem contar que o orçamento era de 150 mil) o esforço foi recompensado com a animação sendo sucesso de público e crítica. Para se ter uma idéia, em valores de hoje, o desenho arrecadou o equivalente a mais de 6 bilhões de dólares!

E tem gente que fala que o Titanic foi um fenômeno.

Particularmente, acho Branca de Neve um saco, praticamente um …E o Vento Levou em forma de desenho, pois toda vez que assisto ou durmo ou fico bem entediado.

Fala a verdade, das princesas Disney, a Branca é a menos bonita de todas

Mas não nego que foi uma revolução no mundo da animação e também do cinema. Só não gosto e pronto.

Tem quem goste e respeito.

Como a Academia do Oscar, que deu uma estatueta especial junto com outras sete mini-estatuetas. Brincadeira que deve ser impossível de acontecer nos dias de hoje, por conta da chatice que é o mundo nesses tempos.

Walt recebe o Oscar especial, junto com os 7 mini-oscars

Como dito em colunas anteriores, na época, a Disney possuía uma concorrência brava, mas só se transformou no que é hoje, graças à Branca de Neve e seus anões de estimação. Sem essa animação, acredito que o estúdio tivesse vida curta e um destino fadado ao fracasso.

Para nossa sorte (ou não), aconteceu tudo diferente.

Semana que vem abordo o impacto que Branca de Neve trouxe para o mundo das animações, especialmente na área de longas-metragens.

Encerramento sobre as aberturas das animações

Televisão quinta-feira, 04 de dezembro de 2008 – 6 comentários

Apesar de ter gente que não gostou do texto anterior sobre as aberturas das animações, retomo o assunto, já que faltaram algumas considerações antes de partir para outra praia.

Primor nas aberturas da Disney

Afinal, falar de aberturas de desenhos animados e não citar a Disney é a mesma coisa que falar de internet e não saber o que é o Google.

Não se sabe o porquê, mas as aberturas dos desenhos da empresa do velho Walt geralmente são bem elaboradas, às vezes sendo bem melhores que os próprios desenhos em si.

Se liga na sincronia com a música

Acredito que eles aproveitam a equipe que cria (ou criava) os números musicais nos longas-metragens, pois a qualidade e a dublagem eram impecáveis. Inclusive a brasileira.

A abertura destes desenhos não apresentava apenas os personagens, mostrava o que se esperar do desenho, com a música e a ação já preparando o espectador para o que assistir e criando uma boa expectativa.

Aliás, a dublagem brasileira era um caso à parte, sendo muitas vezes melhor que o original. Infelizmente, para nós, a qualidade vem decaindo cada vez mais.

Essa do Tico e Teco, em português era muito boa, mas a Disney daqui mandou tirar

Voltando às aberturas das animações da Disney, no caso dos antigos, era interessante o fato de seus desenhos serem com personagens clássicos (tanto personagens da TV, como os de filmes), mas em roupagens diferentes.

Como sempre, isso é assunto para outra história.

TV Quack (Quack Pack), Turma do Pateta, Tico e Teco e os Defensores da Lei, Duck Tales, Darkwing Duck e Esquadrilha Parafuso (Tale Spin) possuíam aberturas que de tão perfeitas mereciam até ir para um CD, só por conta da mistura pop/rock que compunham, além da excelente montagem das imagens.

Hoje, tanto a Disney, quanto a dublagem brasileira não vão tão bem das pernas assim. As próprias aberturas carecem de um algo mais, sendo bobas e sem-graça, passando a impressão de que falta alguma coisa e, por conseqüência, transferindo esse sentimento para o programa.

A melhor, das que passam por aí, é a de Brandy e o Senhor Bigodes e a de Kim Possible, mas não chegam nem aos pés da TV Quack, por exemplo.

Aliás, um bônus para quem nunca viu essa na Globo.

Apresentando a Warner

A Warner possuía um estilo mais “apresentação de personagens e história”, mas no mesmo estilo empolgante da Disney, só que descambando para o infantil e pastelão, sem ser chato e nem criando aquela sensação de vergonha terceirizada.

Tiny Toon é um clássico

O interessante da Warner é que antigamente ela fazia paródias com suas próprias aberturas, como ocorreu no caso de Freakazoid em relação aos Animaniacs.

Se bem que hoje em dia, ocorre isso com os Cartoon, Cartoons, mas como eles preferem ser encarados como empresas diferentes, vamos deixá-los felizes.

Tiny Toon e Pinky e Cérebro também possuíam aberturas surreais e bem divertidas, mostrando a dinâmica do desenho e preparando o espectador para boas risadas.

Abertura original de Freakazoid

Menções honrosas

Para encerrar, comentar sobre as aberturas que não eram ligadas aos grandes conglomerados, mas que também primavam pela qualidade e criativadade, como a de Doug (antes da Disney), Fantástico Mundo de Bobby e de As Aventuras de Tintim, em minha modestíssima opinião, que é o que importa, a melhor de todas.

Empolgante demais véio

Enfim, me despeço com mais uma que ninguém deve ter visto por conta da Globo.

Semana que vem estou de volta.

Mais bônus, não é abertura mas ri pracarai com isso e isso.

As cores e a grana começam a aparecer

Televisão quinta-feira, 25 de setembro de 2008 – 6 comentários

Olá Noobs.

A coluna teve uma pequena quebra na seqüência, culpa do Paramyxoviridae, gênero Rubulavírus, também conhecido com vírus da Caxumba.

Essa porra me derrubou de tal jeito que só conseguia ficar de pé por 30 minutos ininterruptos, talvez, por isso, a coluna possa ter algumas mudanças bruscas, mas (acho) que vocês são inteligentes e vão entender.

Como ninguém tem nada a ver com isso, vamos para a parte da história dos desenhos animados, quando as cores invadem o mundo da imaginação dos autores e as animações viram um negócio lucrativo.

Disney começa a ser oportunista

Como vocês podem imaginar, quem enxergou isso melhor foi o velho Walt Disney, que em 1932, foi até a empresa Technicolor – que havia desenvolvido o sistema para inserir cores nos filmes – e fez um contrato de dois anos de exclusividade com a empresa.

Dessa parceria saiu Flowers and Trees (Flores e Árvores), a primeira animação colorida da história e que rendeu o primeiro Oscar à Disney.

Bonitinho, pena que ordinário

Com o sucesso de Disney, todo mundo resolveu investir em animações, copiando a fórmula de Walt (que todo mundo sabe que é um saco).

Warner entra na parada – Nasce Pernalonga

A Warner foi uma que tentei chupinhar o estilo Disney, mas como falhou miseravelmente e seus desenhos foram um fracasso total (imitar a Disney dá nisso), ela resolveu apostar em personagens malucos e sem noção do que faziam.

Nascia aí, no começo da década de 30, os Looney Tunes – que significa “Cartoons (Desenhos) Insanos” – com destaque para o Pernalonga (Bugs Bunny), o coelho mais pirado das animações, mas continuando com a parada dos bichinhos que falam e agem como seres humanos.

Como os desenhos eram mais insanos naquele tempo

Universal contra-ataca com Pica-Pau

Em 1940, a Universal Estúdios (não é a Record) pediu ao cartunista Walter Lantz uma animação para rivalizar com as cocotinhas e viadices da Disney e os politicamente incorretos, mas não menos populares, bichos pirados da Warner.

Desse pedido, nasceu Andy Panda e sua turma. Como podem ver, mais bichinhos, esses meio gays.
Mas, sem o patrão pedir, Lantz decidiu desenhar um personagem diferente pra fazer frente ao viadinho do Andy e seu pai: o Pica-Pau.

O interessante é que o chefe de Walter, Bernie Kreisler, rejeitou o desenho, dizendo que era o pior cartoon que ele já visto na vida. Lantz insistiu e, por capricho do destino, Kreisler abraçou o projeto, estreando “O Pica-Pau Ataca Novamente (Knock Knock)”, culminando em sucesso estrondoso e no maior desenho estilo cartoon já feito, na minha opinião, já que a de vocês não interessa muito.

Pica-Pau é o melhor que existe, até hoje

William e Joseph se conhecem

Enquanto as três gigantes, Disney, Warner e Universal, brigavam e estavam começando a se consolidar no mercado de animações, dois amigos americanos se conheciam e começavam a trabalhar juntos. Os dois eram William Hanna e Joseph Barbera.

Em 1940, William e Joseph já eram famosos nos estúdios da Metro-Goldwyn-Mayer – MGM, chegaram a mandar seus desenhos para a raposa Walt, que disse que iria até Nova York para contratá-los. Ocupado com outra coisa, talvez com o projeto do Bambi, Disney nunca apareceu.

Magoados, mas com vontade de trabalhar e mostrar que tinham talento, pois não são como vocês que choram com o primeiro esculacho que levam, os dois apresentaram à MGM a animação Puss Gets the Boot (1940), que era nada mais e nada menos que Tom e Jerry.

Tom & Jerry começam a incomodar as poderosas

Com o sucesso da série e cheios de bichinhos na cabeça para virar desenho, em 1944 decidiram romper o cordão umbilical com a MGM e fundar o estúdio Hanna-Barbera.

Até esse ponto, todas as animações, sejam curtas ou longa-metragens, passavam no cinema, como o bicho estava pegando no mundo (não, me recuso a explicar o que era), não houve tantas novidades nesse período.

Após a guerra, e com a popularização da Televisão na década de 50, as animações passam por mais uma revolução e começam a se popularizar como entretenimento de massa.

Mas esse papo vai ficar para outro dia.

A História dos Desenhos Animados

Televisão quinta-feira, 04 de setembro de 2008 – 10 comentários

Finalmente consegui um espaço decente neste site.

Foi preciso um certo motim de minha parte e após algumas negociações, muito rum e gordinhas foi acertado que ficaria com a parte mais amaldiçoada do AoE: falar sobre desenhos animados.

Ah, por que amaldiçoado?

Simples, todos que tentaram tomar conta deste espaço foram assassinados sumiram sem deixar vestígios.

Até quando o Capitão da bodega fundiu a seção de animações com a de animes o antigo titular da coluna também desapareceu, deixando um rastro de purpurina no ar, assim como todo otaku fanático por desenho japonês (redundância?).

Enfim, abordarei sobre uma das mais nobres e antigas formas de entretenimento, mas antes de falar sobre desenhos toscos, clássicos, atuais ou algo do fundo do baú, vamos para uma história sobre os primórdios das animações.


Não achei o original, mas vocês entenderam a idéia

A origem dos desenhos animados datam de antes dos primórdios do cinema, quando o belga Joseph-Antoine Plateau fez a primeira animação mostrando o galope de um homem sobre um cavalo. Era um desenho bem besta, desses que se faz na escola com um bloco de papel. Mas, para o século XIX, era um baita avanço. Ele construiu um tambor aberto na parte de cima com desenhos colados na parte interna. Ao girar o tambor, os desenhos se refletiam e sobrepunham num espelho fixo colado em seu interior gerando imagens em movimentos.

Está bem que a história e o enredo eram um lixo, mas aposto que era melhor que Naruto.

Em 1892, o francês Charles Émile Reynaud aperfeiçoou a técnica de Plateau projetando imagens numa tela e apresentando o curta “Pantomimas Animadas”. Por meio de um tambor de espelhos ele projetava sobre um cenário fixo uma seqüência de personagens desenhados em várias etapas de movimento, passando a ilusão de movimento.

Cartaz da “animação” de Émile Reynaud

Para todo mundo não ficar com cara de paisagem, ou dormir na sala de exibição, a apresentação foi acompanhada de músicas exclusivamente escritas para ele.

Foi o que achei mais divertido, apesar das palhaçadas clichê

Para quem acha que isso é novidade de Walt Disney, já vê que é mais um mito que se vai.

Com a invenção do cinematógrafo pelos irmãos Lumiére, onde o aparelho projetava, em rápida velocidade, sucessivos slides em uma tela branca passando a sensação de movimento, muitas técnicas usadas em filmes, também passaram a ser utilizadas pelos desenhos.

Foi nessa época que o norte-americano James Stuart Blackton apresentou o primeiro desenho animado do mundo: o “Fases Cômicas De Caras Engraçadas”, filmando uma seqüência de desenhos com cada um dando origem a outro.

Rudimentares, mas bem melhores que algumas porcarias que passam hoje

Partindo para uma evolução, mas através de uma técnica mais simples, o francês Émile Cohl começou a desenhar traços brancos sobre um fundo negro. Seu primeiro desenho animado, Fantasmagoria, foi exibido em 1908, com o francês criando centenas de curtas depois, considerados obras-primas na época.

Durante esse período, muitos norte-americanos estadunidenses aprimoraram as técnicas de animações (rudimentares, mas aprimoravam), com o resto do mundo sendo influenciado por estas técnicas.

No final de 1914, com a Primeira Guerra começando a esquentar, o norte-americano Earl Hurd contribuiu para o que seria a o aperfeiçoamento total da técnica de animação, usada inclusive, até hoje.

Pela foto, nota-se que James é Tanga

Hurd começou a utilizar o papel-celulóide, um papel transparente que lembrava um tipo de plástico. Utilizando esse papel era possível para o artista desenhar cenários de fundo em uma película e, os personagens, em outra, para depois sobrepor um sobre o outro. Com essa técnica muito trabalho era poupado com um mesmo cenário de fundo sendo utilizado para a filmagem, pois os personagens podiam ser desenhados sozinhos, em várias posições (heh) e aplicado sobre o cenário de fundo.

Antes disso, os desenhos eram feitos refazendo os personagens e cenários a cada mudança de posição, sendo um saco fazer isso.

A partir da técnica de Earl, começou a bombar de vez a produção de curtas-metragens dando início à grande produção de desenhos animados e à popularização dessa arte, principalmente após a estréia de Gato Félix, seguido de Popeye, Betty Boop, entre outros.

Como o texto ficou um pouco extenso, talvez continue essa parte semana que vem.

Eu escrevi talvez…

confira

quem?

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