Top 5 Hanna-Barbera

Televisão quarta-feira, 10 de novembro de 2010 – 2 comentários

Por conta de uns pontos que eu tinha por ter estourado feito umas comprinhas no cartão de crédito, resolvi resgatá-los para não perdê-los e deixar o banco de Santo André mais feliz do que já é. Eis que me deparei com três opções: Box com toda temporada de 34 capítulos da Corrida Maluca e trilogias de O Senhor do Anéis e Matrix.

Obviamente que escolhi a primeira opção, e ainda peguei 2 ingressos para o cinema.

Por conta disso, resolvi fazer um top-qualquer-coisa sobre a Hanna-Barbera. Como o universo de animações desse estúdio é gigante, decidi fazer um Top 5 de desenho que vêm à minha cabeça da Hanna-Barbera.

Original, não? Seguem aí: continue lendo »

As aberturas dos desenhos animados

Televisão quinta-feira, 27 de novembro de 2008 – 6 comentários

Agora que terminei a série contando a história através dos tempos das animações, vou fazer uma análise sobre os elementos dos desenhos animados.

Nada muito longo, só para esclarecer que aquilo lá que você está assistindo possui muito mais do que trapalhadas, romances, tiradas, dramas, pancadaria, entre outros elementos.

E, para começar, nada melhor do que falar das aberturas dos desenhos.

Exemplo de abertura que cativa

Infelizmente, a rede mandatária de TV nunca passa a abertura das animações que exibe, simplesmente mostrando um “Rede Globo apresenta…”, vendo aí, o valor que a dita cuja dá aos produtos que adquire só para ganhar uns segundos de comerciais.

Voltando ao assunto, as aberturas das animações geralmente não têm a qualidade de uma de anime, por exemplo, mas, em algumas produções, não devem nada aos japoneses.

Tipo de abertura que a Globo faz bem em não mostrar

A abertura de um desenho animado é seu cartão de visitas, sua apresentação ao mundo, sendo uma idéia do que virá. Caso seja uma bosta, já perde metade de sua credibilidade (e provavelmente a audiência).

Como discutir os tipos de abertura não leva a lugar nenhum, pois vai do estilo da empresa, do tipo de desenho e do público a que se destina, vou apenas listar alguns que sempre se destacaram com aberturas inesquecíveis dividindo por produtoras mesmo.

Hanna-Barbera

As aberturas das animações da Hanna-Barbera seguiam o estilo show especial, justamente por passarem no horário nobre da TV americana.

Melhor abertura dos desenhos da HB

Por mais que digam que “Os Flintstones” era o principal desenho da HB, “Os Jetsons” tinham a melhor abertura, na minha opinião, que é o que realmente importa.

No Brasil, a que mais marcou foi a do Cavalo de Fogo, eternizada pelo SBT (emissora que exibe os desenhos em toda sua totalidade, embora não respeite ordem cronológica, exibição ou qualquer outra coisa, mas como isso vale para toda programação, então passa).

Filmation

As aberturas dos desenhos da Filmation seguiam a linha da apresentação dos personagens, o que acho mais certo, mas confesso que enche o saco ver todo dia o “Oi, eu sou Adam, príncipe de Etérnia e defensor dos segredos…”

Um porre isso, ainda mais do tanga do He-Man.

Dos desenhos produzidos pela Filmation acho que as melhores aberturas eram do BraveStarr e dos Caçadores de Fantasmas.

Fala a verdade, tirei do baú essa

Mesmo assim, tinha muito mais do mesmo, o que irritava em algumas produções.

Por enquanto só citarei esses, deixando um bônus nostálgico por aqui.

“Eu disse NÃO!”

Semana que vem volto a abordar esse assunto.

Como Hanna-Barbera dominou o mercado das animações

Televisão quinta-feira, 02 de outubro de 2008 – 6 comentários

A entrada da Hanna-Barbera no mercado de desenhos animados deu uma sacudida no mundo das animações e, para variar, reformulou e revolucionou tudo de novo.

Até hoje, questiona-se os métodos utilizados pelo estúdio, que reduziu drasticamente os custos de produção das animações, provocando crise nos concorrentes e praticamente monopolizando o mercado de desenhos até o início da década de 80.

Para vocês terem uma idéia, até o início da década de 60 para produzir um curta animado de uns 10 minutos, como Pernalonga, ou mesmo Tom & Jerry, eram necessários entre 30.000 e 50.000 desenhos. Sendo um trabalho oneroso, com altos custos e, muitas vezes, sem retorno garantido, mesmo sendo produzidas algumas obras-primas.

Jambo e Ruivão, primeiro sucesso dos Estúdios Hanna-Barbera

Até que Joseph Barbera e William Hanna criaram uma técnica especial, batizada de “animação limitada”, onde uma animação, para ser produzida, utilizava apenas 2.000 desenhos (às vezes até menos que isso), barateando consideravelmente os custos da produção.

O processo era bem pobre e simples. Os personagens permaneciam estáticos, com apenas a cabeça se mexendo para os lados e abrindo e fechando a boca para falar. Para facilitar e disfarçar os cortes dos movimentos, os personagens possuíam adereços no pescoço, como colares e gravatas.

Podem reparar que a maioria dos personagens da Hanna-Barbera possuem essa característica peculiar.

Reparem o cenário repetitivo e a gravatinha de Zé Colmeia, tudo para cortar custos

Outra forma de cortar custos foi a adoção de um cenário meio fixo. Prestem atenção que quando um personagem está andando pela tela, ele passa sempre pela mesma pedra, carro espacial, árvores e por aí vai.

Isso ocasionou críticas de todos os lados, inclusive com um executivo da Disney (sempre eles) afirmando que nem consideravam os estúdios Hanna-Barbera concorrentes. Por ironia do destino, entre o final da década de 50 e início da 60, os estúdios do Scooby contrataram vários desenhistas da casa do Mickey, que haviam sido demitidos para cortar despesas.

Mas caro Bolinha Bonilha, então como eles conseguiram o sucesso e o respeito que possuem hoje?

Oras, com uma coisa simples que Hollywood sempre deixa de lado: um roteiro fácil de entender.

Apesar da precariedade das animações, as histórias e tiradas dos personagens eram garantia de diversão e risadas, além de retratar com humor e uma dose de ironia o que seria o retrato da típica família americana, atingindo em cheio todas as faixas etárias e divertindo crianças e adultos.

Os Flintstones foi o primeiro desenho animado exibido em horário nobre nos EUA

A fórmula fez tanto sucesso que, em 1960, Os Flintstones foi a primeira animação da história exibida em horário nobre na TV americana, reinando absoluta até 1966.

Depois vieram Os Jetsons, Manda Chuva, Jonny Quest, Zé Colmeia, entre outros, até surgir um novo sucesso absoluto para o horário nobre da CBS: Scooby-Doo.

Desafio os noobs a reconhecerem todos os desenhos que passam nesta homenagem

Como já escrevi acima, Hanna-Barbera reinou absoluta até o início da década de 80, seguida por Warner, Universal e Disney, que não davam o mesmo tratamento precário aos seus desenhos e, obviamente, demoravam para produzir suas animações, perdendo terreno para Scooby-Doo e sua turma.

Com a fórmula do estúdio de Jonny Quest já meio esgotada, surgiu nesta época desenhos com temáticas mais adultas, que focavam grupos com super-poderes enfrentando super-vilões, em mundos fantásticos, geralmente extremamente coloridos e enfrentando adversidades, sempre com uma lição de moral no final.

Mas falar sobre esses desenhos é Papo para outro dia e outra coluna.

Afinal, isso aqui tem que durar.

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