Funk nunca foi música

New Emo quarta-feira, 20 de fevereiro de 2008 – 19 comentários

O mundo é movido por mau gosto, simplicidade e prazer. Eu poderia dizer que o mundo é Funk. Essa de “dançar conforme a música” diz muito sobre o mundo: Não é uma música, mas pode ser comparado a um estilo musical que te redireciona ao sentido da vida terrestre: Mau gosto, simplicidade e prazer. Parece complexo, e deveria ser mesmo. Estamos falando do sentido da vida, porra.

Mas eu explico: Não EXISTE música no Funk. É sempre a mesma coisa, sempre a mesma batida e sempre a mesma… coisa chamada de “cantor”. Sério, o Olga canta melhor que qualquer funkeiro.

Mas não é só o théo mais uma vez criticando um estilo musical. Não, é fato. Bailes Funk se resumem á putaria e outras coisas que não vêm ao caso agora. Ninguém gosta de Funk porque acha a música “bonitinha”, “agradável” ou “recordativa”. Gosta porque é “banal”, “engraçada” ou “excitante”. Quando você passa na rua e ouve Funk tocando em algum bar onde as pessoas se encontram SENTADAS, ali tem alguma coisa errada. Vai ver é só um aquecimento. NINGUÉM escuta Funk por prazer auditivo.

É claro que nem todo Funk é assim. Há outros tipos de Funk, como aquele do Claudinho & Bochecha que, ao menos, tinha letra e ritmos diferentes. “Controlo o calendário sem utilizar as mãos”. Cara, comparado ao Funk PANCADÃO, isso aí é filosofia. Enfim, os caras comoviam as garotinhas com suas letras melosas e ritmos relativamente variados. O Funk que estamos analisando agora é aquele que tem como letra “PARAPAPAPAPAPAPAPAPA! PARAPAPAPAPAPAPAPAPAPA! PAPARAPAPARAPAPARAPA TIBUM! (?) PARAPAPAPAPAPAPARAPAPA!”, por exemplo.

Num baile funk, ninguém quer saber da música. Só querem ter certeza de que eles PERMANECEM vivos e encoxando/levando uma encoxada de alguém. Poderia estar tocando Toy Dolls lá. Se bem que, obviamente, a batida influencia muito. Além das letras banais. Fazer o quê se o povo sente tesão com isso?

É claro que podemos agradecer á criatividade de uns, e até mesmo coragem, ao misturarem o Funk a outros estilos. Assim nasceu o gênero Funk Metal, que também é chamado de Funk Rock. Mas não liguem para o que dizem pra você por aí. É a batida do Funk com o Metal. É… sensacional.

Faith no More, Epic. Clássico pra CACETE. Se liga na batida. Te lembra algo? É o Funk convertido para Metal, cara. ISSO que é reciclagem. E eu enrabaria alguém na boa ao som de Faith no More.

Red Hot Chili Peppers, Give it Away. Outro clássico, e talvez o clipe mais perturbador da banda.

Por que não citar também Spin Doctors, com Two Princess? Tá, a música é chata, mas é só pra esclarecer porque resolveram tirar o “Metal” do “Funk” um dia. GAH!

Voltando ao normal: Janes Addiction, Stop.

Aí você vê MÚSICA. Não falo de gostos, você pode achar esses sons uma merda. Falo de… música, mesmo. Enfim, você já deve ter entendido. Na próxima coluna, talvez, TALVEZ, vou fazer uma lista com alguns sons e bandas… excitantes. Sem correr o risco de levar uma bala perdida ou pegar uma DST.

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