Brasil mais perto do Oscar

Cinema quinta-feira, 17 de janeiro de 2008 – 2 comentários

Enquanto por aqui só se falou em Tropa de Elite, a Academia de Artes e Ciências Cinematográficas acabou de selecionar entre os nove finalistas concorrentes ao Oscar de filme estrangeiro O Ano em que Meus Pais Saíram de Férias.

Deixando de fora desta seleção filmes premiados como o romeno 4 Meses, 3 Semanas e 2 Dias, o espanhol O Orfanato, a animação Persepolis e chinês Lust, Caution.

As chances de O Ano… são grandes devido ao histórico da categoria e dos votantes (normalmente, pessoas mais velhas, logo, mais conservadoras), que adoram filmes protagonizados por crianças (lembram de Cinema Paradiso e Kolya), com conteúdo político (no caso do filme, ditadura militar dos anos 70) e envolvendo judeus, dizem que a grande maioria dos votantes seria desta origem (?). Os demais concorrentes são:

O Ano que Meus Pais Saíram de Férias, de Cao Hamburguer, já disponível em dvd;
O Falsário, de Stefan Ruzowitzky (Íustria), sem previsão de estréia;
A Era da Inocência, de Dennys Arcand (Canadá), sem previsão de estréia;
Beaufort, de Joseph Cedar (Israel), sem previsão de estréia;
A Desconhecida, de Giuseppe Tornatore (Itália), em cartaz nos cinemas e chega em dvd neste mês;
Mongol, Sergei Bodrov (Cazaquistão), sem previsão de estréia;
Katyn, Andrzej Wajda (Polônia), sem previsão de estréia;
12, de Nikita Mikhalkov (Rússia), sem previsão de estréia;
Armadilha, de Srdjan Golubovic (Sérvia), sem previsão de estréia;

E você achando que em alguns destes paises não existia nem cinema…tsc,tsc,tsc.

No próximo dia 22 são revelados todos os indicados ao Oscar, inclusive os cinco finalistas desta categoria, é só torcer.

Manual para Avacalhar o Leitor de sua HQ – Faça uma Atualização

HQs quinta-feira, 17 de janeiro de 2008 – 3 comentários

Esse texto faz parte de uma série, que você pode acessar aqui.

Cara, vou confessar um negócio pra vocês, eu adoro usar o Superman como exemplo porque já fizeram de quase TUDO com ele. E quando digo quase tudo, é porque estou falando sério, ele tem mais de seis décadas de histórias, nas quais ele já sofreu muito nas mãos de roteiristas insanos com idéias ridículas. Sabem qual foi a “atualização” dele? Simples, se tornar elétrico.

Vamos recapitular: Superman é aquele alienígena de Krypton que ninguém mais agüenta ouvir a história. Ele veio á Terra, cresceu e liberou poderes por causa do Sol Amarelo. Em todos os seus anos de vida NUNCA teve qualquer ligação com eletricidade. Então, do nada, perde suas forças e precisa de uma recarga que o deixa… Elétrico? Quem foi o imbecil que liberou a criação disso?

Superman Elétrico
E pensar que eu gostava desse visual

Aviso a qualquer roteirista: Se for para mudar algo na síntese do personagem, que faça direito! Aliás… Para quem ainda não sabe… Antes de revisar pela milionésima vez a origem de alguém e lançar uma nova Gênese faça o favor de pesquisar se isso já não foi feito de novo na última década e pense se vale a pena fazer qualquer banana pagar 6,90 (Isso se sair barato assim) por MAIS UMA versão da mesma droga de história. Francamente! Ele poderia fazer um bom lanche com essa grana toda.

Então, já que citamos a DC e suas múltiplas explorações, vamos á Marvel. Só que a Marvel, apesar de todas as loucuras cometidas desde o Ano 2000 (Entre elas tentar fazer os X-Men ficarem bem de preto), surgiu com uma boa idéia: O Ultiverso, uma releitura de não apenas um personagem, nem de um grupo, mas de TODO o seu universo Marvel. E ficou realmente bom! Puderam explorar as péssimas idéias do passado, como a Saga do Clone do Homem-Aranha, em diferentes pontos de vista. Só que, pra variar, resolvem estragar o que já está bom e prometem para este ano um mega-crossover que remodelará o Ultiverso.
“Mas Black, isso é ruim?”. Ce tá me zoando, não é, pequeno gafanhoto? Veja Crise nas Infinitas Terras e Crise Infinita. Veja Massacre Marvel. São atitudes para renovar algo que está fora de ordem. O quê no Ultiverso está fora de Ordem? Sabe qual o problema? Outra coisa que o século XXI recebeu das editoras: A mania dos Mega-Eventos. Todo ano estamos recebendo recheados Crise Infinita, 52, Guerra Civil e o que mais eles podem inventar.

Ultiverso

Agora, entenda pequeno gafanhoto que, apesar do que indica, nem toda atualização é ruim. Se o cara vive em um mundo onde tecnologias novas são inventadas todos os dias, é ridículo ele ainda usar um pedaço de pau e uma pedra. Ou seja, seria muito estranho se a Oráculo, maior fonte de informação do Universo DC, em plena era da Informática não fosse a maior hacker existente e conhecesse inúmeras funcionalidades do computador mais forte que existe na Terra. Aliás, ela poderia reprogramar TUDO na NASA sem precisar de ajuda nenhuma.

Huuuum
Nerd e com essas coxas??? Huuuum…

Quer saber de uma atualização que deu certo, mas ainda não chegou ao Brasil? Quem leu Crise Infinita conheceu o Novo Besouro Azul, um chicano com bom conhecimento de tecnologia que encontrou o besouro do primeiro Besouro Azul. Além dos poderes gerados pela armadura que o envolve, ele tem acesso á habilidades alienígenas que estariam contidas no amuleto, vindo de uma raça que há muito tenta dominar a Terra. De qualquer forma, a visão futurista de um personagem clássico, porém obscuro, foi uma boa se considerar o que já foi feito com outros personagens renovados nos últimos tempos.

Besouro Azul

Não gostou? Gostou? Comente já!

Resenha – Shrek Terceiro

Cinema quarta-feira, 16 de janeiro de 2008 – 1 comentário

Shrek é o que todo filme de sátira atual (Vide série Todo Mundo em Pânico) deseja ser: Engraçado sem abusar da nossa inteligência. Tanto que adultos e crianças vêem e dão risadas á vontade, sem precisar dar aquela segurada envergonhada como quem pensa: Eu tô rindo pra isso aí? Agora, como sempre, quando a fórmula faz sucesso você espreme até a última gota. E com isso vem as continuações. Shrek 2 foi engraçado, não tanto com o original porque JÍ esperávamos algumas piadas. Mas os dez primeiros minutos valiam o filme todo e ISSO bastava. E então… Chegou Shrek 3.

Família
Olha a família feliz

Acho que o maior problema da franquia Shrek é que, por ser algo original, a princípio ficou fora de classificação de gênero. Por ser em formato “engraçadinho” e ser em 3D classificaram erroneamente como infantil. Vejam bem: Tirando o fato de ser desenho e tocar levemente em certos temas, ele acabou cavando a própria cova ao ser encaixado em infantil. É essa falha que causou Shrek 3. Não que o filme seja ruim, mas NÃO é engraçado.

tio
Você faria ISSO com seu tio?

Eu entrei na sala de cinema esperando rir até rachar e saí com apenas UMA risada de verdade no filme todo. Sério. E eu bem que tentei, mas fiquei realmente envergonhado de estar vendo MAIS um filme de lição de moral escondido em piadas infames. Tá, para vocês entenderem melhor, vamos á história: Em Shrek Terceiro, Shrek e Fiona estão felizes, prontos pra voltar pra casa, quando o pai de Fiona, ainda na forma de sapo, falece. Assim, Shrek se torna o próximo na lista dos reis de Tão Tão Distante, coisa que ele não quer de jeito nenhum. Para se safar dessa, ele precisa ir buscar um parente distante, Arthur, que é um jovem estudante. Para dificultar ainda mais a vida do ogro ele descobre que Fiona está grávida. E ainda tem o Príncipe Encantado, que tenta assumir o trono de rei enquanto Shrek está longe. A premissa é ótima, o que poderia dar errado?

arthur
Você foi ao cinema ver Shrek e acabou vendo Crise de Família

A gravidez de Fiona. Pura e simplesmente os filhos de Shrek. Acontece que o filme, a princípio voltado para o próximo no trono e as estripulias do filho da Fada Madrinha, se volta para a situação de Shrek como pai, coisa que ele não está acostumado e sua relação com Arthur. Essa seriedade que o filme tenta assumir contraria todo formato das histórias do ogro e seu mundo de “contos de fadas”. Desde a primeira vez que vimos Shrek no cinema nós nos acostumamos a ver temas sérios tratados com irreverência e não dando tempo para longas reflexões, coisa que Shrek, Arthur e Fiona fazem algumas vezes durante a película toda. Sinceramente? Uma droga!

m****
Acho que isso NÃO é lama

Não bastasse a troca de dubladores com a morte do dublador original de Shrek, coisa que causa estranheza, é muito difícil de ver Shrek sem ficar fazendo ironias e dando sua risada forçada. O Burro, teimoso e metido, ainda está lá. O Gato de Botas, canastrão e Don Juan, ainda está lá. Mas a graça de antes não está lá. Se quiserem ver um filme engraçado, aluguem Top Gang 1 e 2 que fará melhor para vocês.

gangue
Nem essa gangue salva o filme

Sertanejo e Moda de Viola – Só Modão

New Emo quarta-feira, 16 de janeiro de 2008 – 13 comentários

Bom, a pedidos do leitor Eduardo, que já tá de saco cheio de ver a gente falando só sobre Rock, vou tentar projetar um formato diferente na coluna mais New Emo de todos os tempos. Se tudo der certo, pelo menos a cada duas ou três semanas, prometo falar sobre outros estilos por aqui. É claro que não vai ser bom, mas enfim… eu gostei da idéia. Então, decidi ir longe e falar um pouquinho sobre o lado mais corno da música: O Sertanejo. E um pouco de Moda de Viola.

– Tá precisando trocá o óleo, né?
– É, sô, to sim.
– ó, eu tava falando da caminhonete. Tá, mentira.
– Uai.

Sem querer avacalhar, as letras mais conhecidas na cena Sertaneja retratam traição e corno-mansice. Porém, algumas são tão clássicas que você esquece da letra. Sabe o que é irônico? Tiozões (seu pai, por exemplo) veneram o Sertanejo e te criticam por gostar de músicas internacionais. “Você nem sabe o que eles estão falando. Eles podem estar xingando você!” – clássico. Porra, e eles ENTENDEM que eles estão se dando mal repetindo aquela corno-melação-de-cueca toda e reclamam DA GENTE, que faz curso de inglês. Sacanagem.

Mas eu prefiro os clássicos não-corníferos.

Merda. Não achei o vídeo de Coração Sertanejo (Chitãozinho & Xororó) no Youtube. Mas achei Saudade da Minha Terra:

Aquela choradeira era legal. Boa parte da minha infância eu cresci ouvindo Chitãozinho & Xororó e Zezé di Camargo & Luciano, meus pais tinham todos os discos desses putos. Mas clássico de verdade, o que era realmente bom, era com meu tio: Tonico & Tinoco.

Tristeza do Jeca. Esse som para os Sertanejos está como I Fought the Law para os Punks: todo mundo gravou. Acho que a versão de maior sucesso foi com Chitãozinho & Xororó, e a mais recente é com Zezé di Camargo & Luciano. Se eu não me engano, até o Daniel já gravou essa música. E/Ou o Sérgio Reis. Ah, os dois.

Rei do Gado, participação de Tião do Carro. Seja lá quem for ele. Outro som regravado por Chitãozinho & Xororó, aliás. Cês merecem um ESPECIAL Tonico & Tinoco, boas… curiosidades sobre a dupla. Sério, assistam isso e reparem na parte em que a Hebe Camargo é… surpreendida.

A Moda de Viola, obviamente, influenciou muita gente que faria nascer um novo estilo: Sertanejo. Seria uma mistura de Moda de Viola com Country, pegando a essência de um e o ritmo do outro, respectivamente. É claro, um Country reciclado e nacionalizado.

Quem nunca ouviu essa? Fuscão Preto, véi, Trio Parada Dura. Puta clássico. Dava gosto ouvir isso, todo mundo gostava. Mas hoje em dia, a coisa mudou drasticamente. O novo Sertanejo:

E nem é tão recente assim. Leandro & Leonardo, Pense em Mim. Letra incrivelmente deprimente. É claro que bem antes disso já existiam letras assim, mas os CLÍSSICOS daquela época (veja bem, Tonico & Tinoco é da década de 40) não chegavam nem perto dos clássicos contemporâneos. Brasileiro é chifrudo e gosta de admitir, é essa a conclusão. Então, minha cisma com o Sertanejo é essa, e sempre será essa. A melhor parte são as poesias, lembranças da terra natal, saudades de alguma gordinha, enfim, RAÍZ, véi. Se liga nessa parceria:

As Andorinhas, com Xororó, Daniel e Zezé di Camargo. Outra choradeira clássica. Enfim, taí um tipo de coisa que nunca passou pela minha cabeça antes: O dia em que eu faria uma coluna sobre Sertanejo, sem esculhambar. Mas não se iludam, eu não sou fã, não tenho coleções e não ouço nada; todo meu conhecimento no assunto veio da minha infância e o contato com a mídia. Rádio, manja? Até hoje meus pais escutam isso, entre outras “novidades” (leia PORCARIAS). É nostálgico, e não considero vergonhoso admitir que algumas músicas são boas. Se eu fizesse uma pesquisa mais profunda, ou se existissem mais vídeos no Youtube, eu faria uma puta coletânea pra vocês viajarem em um som desconhecido pra maioria de vocês. Cara, se um dia você achar algum vinil de Moda de Viola, pegue-o. As letras (e não o português) daquela época eram sensacionais comparadas ás de hoje em dia. Se você é TANGA e gosta de ler e escrever poesias, a recomendação é válida. Eu odeio poesias, mas admito quando algo é bom. Então, fico por aqui com a coluna mais inesperada de todos os tempos.

Overdose Nicolas Cage: Resenha – A Rocha

Cinema quarta-feira, 16 de janeiro de 2008 – 1 comentário

Filme sensacional de 1996, trazendo Sean Connery (007 – Nunca mais outra vez), Ed Harris (do nosso tão esperado A Lenda do Tesouro Perdido 2) e, é claro, o ilustre Nicolas Cage. Elenco de peso, e pra quem não gosta de Michael Bay, que dirigiu o filme: Um filme BOM com o cara. Vai por mim.

Devia estar na sua coleção.

Manja a ilha de Alcatraz, a tão famosa ilha que era uma base militar e depois se transformou em uma puta prisão de máxima segurança? Então, o principal do filme está lá: O General Francis X. Hummel (Ed Harris), que havia participado também da Guerra do Vietnã sendo um “herói”, simplesmente tomou conta de armas químicas fodidas e as levou para Alcatraz, com a ajuda de seus comandados. Não tá satisfeito? Pegaram 81 reféns também. E pediram 100 milhões de dólares, grana que também seria usada como doação para famílias de soldados americanos que morreram em missões secretas e nunca foram reconhecidos por isso. Se não pagarem eles vão lançar as bombas em São Francisco.

É aí que o “outro lado” percebe que precisam de apenas duas pessoas contra esse pessoal. Uma deve ser o único homem que escapou vivo do presídio de Alcatraz, e esse homem é John Patrick Mason (Sean Connery), um velho condenado a passar o resto de seus dias na prisão. Enfim, tinha sua chance de se livrar disso, com uma condição: Entrar na prisão de Alcatraz como saiu e completar sua missão junto com alguns homens. Entre esses homens, estava a segunda pessoa essencial para essa missão: Um perito em armas bioquímicas. Sim, Dr. Stanley Goodspeed (Nicolas Cage), um jovem especialista que se mostra ingênuo, porém quem sabe o que faz.

É claro que o filme não é em preto e branco.

Imagina invadir uma ilha com um monte de soldado armado até a unha sem que eles percebam, desarmar as bombas e render os caras. Impossível, tendo em vista que apenas um dos vários “frascos” encontrados na bomba já basta para uma arma extremamente mortal, basta diluir o conteúdo no ar. Mason, por muitas vezes, demonstra o que um fugitivo de uma prisão de máxima segurança demonstraria: Não é confiável. Porém, tudo o que ele queria era sair logo da prisão e ficar com sua família. Goodspeed é bom no que faz, mas não tem a mínima chance sozinho. Em meio de discussões e pancadaria, os dois formam uma puta dupla e Sean Connery mostra que NÃO HÍ como discordar que o cara é foda.

Sensacional do início ao fim.

Eu diria que este é o primeiro grande filme de Nicolas Cage, mesmo tendo recebido um Oscar em seu filme anterior, Despedida em Las Vegas. O filme é simplesmente empolgante, daqueles que você se OBRIGA a não perder nenhum trecho e faz questão de voltar em algumas partes. Envolvente, enfim. De resto, é com vocês: Filme altamente recomendável. VOCÊ já deve ter visto e, se não viu, me agradeça pela falta de spoilers.

Uwe Boll vai deixar de cometer atrocidades no cinema

Cinema quarta-feira, 16 de janeiro de 2008 – 2 comentários

PAUSA! Cara, vocês não fazem idéia de como fiquei feliz e aliviado ao ler essa notícia. Eu vi o trailer de BloodRayne, assisti Alone In The Dark e arrisquei ver trinta minutos de House of Dead. Eu sei como Uwe Boll é ruim. FIM DA PAUSA! Para quem não conhece, Uwe Boll é um diretor alemão que dirigiu os três filmes citados. Se você foi um sádico que assistiu, então sabe como é. Se ainda por cima gostou, procure um psicólogo. Odiado pelas críticas e mais ameaçado do que o Joe Quesada, ele continua sendo diretor e fez a adaptação de Dungeon Siege, mais um jogo de videogame, chamada In The Name of the King.

Demon Siege
TENHA MEDO!

Todos esses filmes foram financiados pelo governo alemão através de um programa de incentivo ao cinema. Só que a maioria deles não só não gerou lucro, como ainda teve prejuízo. E In The Name of the King teve o maior prejú deles, custando 70 milhões de dólares e só recebendo 3 milhões desde sua estréia semana passada. O governo alemão já renunciou há meses qualquer investimento em cinema e agora Uwe Boll terá de tirar do próprio bolso ou correr atrás de patrocínio. A falta de auxílio pode significar o fim de sua carreira de destruidor de bons jogos de videogame.

Manual para Avacalhar o Leitor de sua HQ – Arranjar um Sucessor

HQs quarta-feira, 16 de janeiro de 2008 – 3 comentários

Esse texto faz parte de uma série que você pode acessar aqui.

Fato: Se um herói morre/some/alternativa que quiser, alguém tem que tomar o seu lugar. Ou logo o ressuscitam ou é hora de mais alguém usar o manto do… COLOQUE O NOME DO SEU HERóI GENÉRICO AQUI. Nunca deixam o morto descansar em paz. Quando Barry Allen correu mais do que podia seu aprendiz Wally West virou o novo Flash. Hal Jordan se tornou do mal, Kyle Jordan foi chamado para a Tropa dos Lanternas Verdes. Peter Parker perdeu poderes? Ben Reilly assumiu o cargo de Homem-Aranha. Não importa como, sempre haverá alguém que continuará a revistinha, mesmo que em um golpe sujo de marketing.

Flash
West ou Allen?

E aí surge aquele velho problema de todo fã de HQ´s: Arcos porcaria, que duram quatro, seis, oito edições, que você VAI comprar mesmo sendo uma droga só porque você é fã da série e quer ver o que vai acontecer com o herói (Ô masoquista).

A parte boa da coisa é que, por via de regra, pra cada sucessor ruim aparece um bom. Pra cada Ben Reilly (Que na verdade não tinha culpa, as revistas do Homem-Aranha estavam uma merda mesmo) e Stephanie Brown (QUEM?!?) havia um Kyle Rayner. Tá… Não foi um bom argumento, ainda hoje tem gente que odeie ele, mesmo DEPOIS que o famoso Hal Jordan voltou. Aliás… Esse é um dos fatores que faz sucessores ruins se tornarem lixos editorias: Os fanáticos.

Brown
Robin… Com peitos?

Wolvie
Ele rasgou seus sucessores

Não, sério. Você pode ser um e nem sabe. Imagine você, fã do Wolverine ou do Batman, que finalmente o seu herói se aposenta e colocam o filho/afilhado/amigo/sei lá o quê dele no lugar do próprio. Acredite, você ia pirar. E com isso faria as vendas da revista caírem, os editores arrancarem os cabelos, o roteirista levar chibatadas e pronto! Você também leva de brinde uma péssima solução para o seu problema. Ou ele morre, ou vem aquela ressurreição, retorno triunfal ou algo do tipo que não vai te convencer e ainda vai te fazer se arrepender de ter dito que o sucessor era uma merda.

Ben Reilly

Mas ainda há uma luz. Com a vinda do Século XXI, algumas editoras têm passado a respeitar um pouco mais os leitores (AH! TÍ BOM!) e utilizado versões alternativas para dar cabo de suas vontades sanguinárias e luxuriosas de estuprar e assassinar a mente do leitor (Os famosos Universos Paralelos que a DC ama). De qualquer forma, trema! Hoje em dia nenhum herói é invencível e a qualquer momento ele poderá ser substituído.

Kyle

Gostou? Odiou? Dê a opinião e já cave sua sepultura.

The Darkness versão menos gay – Stone Gods

Música terça-feira, 15 de janeiro de 2008 – 0 comentários

Pra quem não sabe, o The Darkness foi uma banda que bombou lá pra 2003, com o hit I Believe in a Thing Called Love. Deprimente, porém, era salvo por ser uma sátira do Hard Rock dos anos 80. Mas o som dos caras nunca foi uma sátira – SEMPRE foi um som empolgante pra cacete. ó aí:

Eles eram tipo um Massacration gringo. Mas é uma pena que uma banda com esse potencial não se leve a sério, não é mesmo? Enfim, o fato é que o vocalista Justin Hawkins saiu da banda, se afundando em drogas. A cara da banda já era, enfim. Impossível colocar alguém no lugar desse cara.

Então, os membros da banda colocaram o IRMÃO de Justin, Dan Hawkins, no vocal. Assim, só faltava mudar o nome da banda para… Stone Gods. Hoje em dia eles estão aí, obscuros, tocando em qualquer lugar, mas fazendo um som MENOS deprimente. Vocal mais grave, mas você fica se perguntando se o cara quer parodiar/plagiar Bruce Dickinson ou se inspirar no Brian Johnson. Ou fazer um mix dos dois. Preste atenção, visite o Myspace dos caras e ouça os trechos de dois sons que eles disponibilizam por lá. Coisa boa.

Ostia – O novo clipe do Sepultura

Música terça-feira, 15 de janeiro de 2008 – 0 comentários

Sepultura é a banda mais insistente que eu conheço, os caras não param. Com um som relativamente diferente, taí um clipe do último álbum da banda, o Dante XXI, que é a “tilha sonora do livro A Divina Comédia, de Dante Alighieri”. Ostia é um som pesado, puxado para o New Metal principalmente pela falta de um solo de guitarra. Mas não se assuste: O som é bom.

E o clipe também, bacana. Porém, não dá pra acreditar que você tá ouvindo Sepultura. Pelo menos pra mim é difícil aceitar que a banda de Roots Bloody Roots perdeu seus principais membros e faz esse som hoje em dia.

Resenha – 300

Cinema terça-feira, 15 de janeiro de 2008 – 5 comentários

Já tivemos uma outra resenha [Nota do editor: Não tem mais] recentemente sobre “300” aqui no AOE. E vocês, leitores chatos bagarai, devem estar se perguntando por que demoramos tanto pra resenhar esse filme.

No caso dos outros resenhistas eu não sei, mas no meu caso é porque eu quis mesmo esperar a poeira baixar e ver se o filme continuaria me emocionando meses depois.

300 (2006)

E então? Esse filme ainda é bom mesmo ou era só aquele hype e excesso de propaganda do início do ano? Bom, pra começar, quero XINGAR o filme, listando todas as suas coisas ruins:

1) Rodrigo Santoro;
2) Nenhum espartano na história da humanidade NUNCA pareceu com um stripper depilado e usando sombra nos olhos.

Portanto, o filme se tornou uma propaganda visual homossexual. Acho que já falei isso em outro lugar. Mas ok, não consigo pensar em mais nada pra xingar. Vamos para as partes boas.

Apesar da temática visual meio gay, ainda assim acho que “300” é um filme do caralho e sou meio suspeito para opinar sobre ele. Então requisitei a opinião da Gabi sobre a película:

Atillah – Slaying Mojitos diz:
Gabi, por favor. Assim, do nada:
Atillah – Slaying Mojitos diz:
diga uma frase sobre o filme “300”?
Gabi diz:
mó gostosa essa rainha.
Atillah – Slaying Mojitos diz:
Ok, acho que posso utilizar. Obrigado.

Devo concordar com a Gabi. Pra compensar os strippers, pelo menos colocaram uma rainha gostosa e com personalidade. Sem falar no Oráculo. Não lembro muito dessa parte de intrigas políticas na HQ, mas até que encaixou bem no filme. E como o Théo sempre diz: se é pra fazer um filme igualzinho ao livro, pra que assistir ao filme ou ler o livro?

Aê rainha, pega eu.

Aliás, no caso de “300”, a fidelidade á HQ e ás cenas desenhadas por Frank Miller é o grande trunfo. O trabalho foi tão bem feito como em “Sin City”, e é um ótimo exemplo de como um filme pode te seduzir com suas imagens e ritmo, mesmo você já conhecendo o enredo. Os detalhes, esse é um filme para se observar os detalhes. Vejam como o cuidado na fotografia e na edição visual/sonora podem construir cenas inesquecíveis em filmes altamente improváveis, como “300”:

Em um certo momento do filme, o exército espartano passa o cerol em um monte de persas, e o Deus-Rei Xerxes vai pessoalmente até Leônidas, para tentar seduzi-lo com promessas e dar um fim ao massacre.

Reparem na expressão de desdém que Leônidas adota quando vê Xerxes se aproximando, todo Vera Verão, em cima da sua carroça-plataforma carregada por escravos. Leônidas não fala nada, apenas olha com descrédito, em um semi-sorriso irônico; não precisa mais nada para que você entenda o cara:

“mas esse Xerxes é uma bicha louca mesmo. Olha que empáfia, que falta de noção. Eu aqui de pé feito homem esperando e a boneca lá em cima, se achando a poderosa destaque em cima do carro alegórico da escola de samba.”

Orra, vai dizer que não parece desfile de Carnaval?

Ao ser desafiado por Leônidas, Rodrigo Santoro, claramente puto, começa a cuspir ameaças de destruição de Esparta, e enquanto o faz, suas argolas, brincos e outras joiazinhas ficam balançado e fazendo “tlin-tlin” loucamente, como se ele fosse uma caixinha de jóias ambulante.

Percebam, esse tipo de ruído poderia ser cortado depois, na edição sonora, mas os caras fizeram questão de deixar isso, pra mostrar o contraste entre o espartano, despojado de qualquer enfeite ou adereço, e Xerxes, o deus das bijouterias. É assim que você marca o imaginário do espectador, é assim que é traçada linha divisória entre homens, bonecas e crianças no filme. Uma imagem vale mil palavras.

Falando em imagens… e as cenas de batalha? Caralho. As cenas de batalha mexem com alguma coisa dentro de cada um, não sei direito o que é. Muitos falaram na coreografia e no sincronismo dos golpes, que realmente são espetaculares. Outros falaram na direção de arte, na construção visual, na ênfase do vermelho do sangue jorrando, que também são impecáveis. Mas revendo o filme, comecei a prestar atenção em outras coisas; depois que você já sabe como cada cena se desenrola, onde os espartanos vão dar cada soco, enfiar a lança ou a espada, você se desliga um pouco da parte visual. Você já sabe o que vai acontecer, perde a surpresa.

E mesmo assim as cenas continuam me emocionando.

E daí descobri que é TUDO que faz diferença, é o pacote completo. Quando os espartanos levantam o escudo para resistir ao inimigo e deliciosamente o empurram em direção a algum persa que vem correndo em sua direção, feito um texugo alucinado, e você escuta aquele “TUMM” metálico, de quem acabou de quebrar pelo menos o nariz e mais uns três dentes com o impacto, você sente algo quente e confortável por dentro.

TUMM!

Ah os detalhes. Não é só o “TUMM” do impacto; é também o barulho de metal zunindo depois, como quando você bate o cotovelo numa cadeira de metal e fica escutando aquele “uinnnn” ecoando no fundo, enquanto xinga o móvel. Emoção.

Não vou descrever o filme todo para vocês, e nem as melhores cenas, porque isso é coisa de motherfucker. Mas acreditem, o filme inteiro é desse jeito: o tempo todo ele oferece coisas para você ver e ouvir, tudo amarrado por uma história básica, simples, de um bando de nego querendo defender sua terra contra o invasor usurpador. Os clássicos nunca morrem.

Se você ainda não assistiu “300”, tenho inveja de você. Tenho inveja de como você ainda tem a chance de sentir pela primeira vez todo o impacto que o filme provoca. Definitivamente um dos melhores filmes de 2007.

confira

quem?

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