Alta Frequência (Frequency)

Filmes bons que passam batidos sexta-feira, 08 de fevereiro de 2008 – 4 comentários

Você gosta daqueles filmes que seguem o estilo de Efeito Borboleta e afins? Esqueça isso, você tem um péssimo gosto. Porém, Alta Frequência tem um pouco disso. Um pouco.

Um bombeiro experiente (Dennis Quaid) sofre um acidente que o leva a morte, deixando pra trás seu filho John Sullivan (Jim Caviezel) e sua mulher Julia Sullivan (Elizabeth Mitchell). Cerca de 30 anos após o acidente, John encontra o velho aparelho de radioamador de seu pai e acaba entrando em contato com Frank, um radioamador que parece viver em 1969, pelas conversas. Mais tarde, assim como você já deve ter imaginado, John descobre que Frank é seu pai, Frank Sullivan, e que, de alguma forma, aquele aparelho estava conectando John ao passado, antes do acidente que matou seu pai. Então, John começa a lutar para mudar o passado, e assim trazer seu pai de volta á vida. Porém, tudo tem seu preço: Ao burlar as leis da lógica, outros fatos da história mudaram. Um deles é a morte de um homicida, que não acontece, deixando-o vivo para voltar á ativa. E, nos planos do homicida, está a mãe de John.

Pode até parecer meio superficial, mas eles deixam explícito o por quê desta conexão, basta prestar atenção nos mínimos detalhes do filme.

Poderia resumir a crítica em duas palavras: Envolvente e EMPOLGANTE. Cara, Dannis Quaid e Jim Caviezel são dois filhos da puta que são mal aproveitados nas telonas; eles simplesmente fazem papéis sensacionais neste filme. Aliás, taí um filme que dificilmente você vai falar “Hm, esse cara aí interpretou mal…”, os atores são perfeitos. O enredo é dos melhores. Cara, é o meu filme de cabeceira, difícil economizar elogios pra essa obra-prima. Veja o trailer:

Atores

Bom, já dei minha opinião sobre Dennis Quaid (O Dia Depois de Amanhã) e Jim Caviezel (O Conde de Monte Cristo), os caras simplesmente detonaram e poderiam fazer todos os personagens, bastava umas perucas e um pouco de tinta. Andre Braugher (Cidade dos Anjos) viveu o policial Satch DeLeon, taí outro cara que fez o dever de casa. Noah Emmerich (Códigos de Guerra) e Elizabeth Mitchell (Lost), respectivamente Gordo e Julia Sullivan, não tiveram uma participação muito ativa (heh) no filme, mas não deixaram a desejar. Shawn Doyle (CSI), o vilão Jack Shepard, encarnou um homicida. Sério, parece que tiraram o cara da cadeia e deram um script pra ele.

Enredo

Cara, eu diria que rolou uma inovação. Claro que você pode achar dezenas de filmes semelhantes, mas nenhum é “igual”. Enfim, a história é envolvente pra cacete, são duas horas que você nem vê passando. Com cenas empolgantes, o ritmo do filme vai ficando um pouco frenético no fim, te levando á LOUCURA se você não se segurar aí. O final é simplesmente brilhante e, não me canso: EMPOLGANTE, véi. Você pensa que vai sobrar até pra você.

Efeitos visuais e sonoros

A trilha sonora é bacana, combina com o filme. Eu nunca gostei de Elvis, mas o som Suspicious Minds marcou. Os efeitos visuais são perfeitos pro filme; nada muito exagerado e nada mal feito. Não muito além de algumas explosões, tiros e “mudanças de ambiente”, mesmo, além da aurora boreal.

Anos 60 TOTAL, véi.

Filme indispensável, cara. Se eu fosse você, até aproveitava pra procurar por uma oferta no Buscapé. Este é daqueles filmes que merecem estar na sua prateleira. Mas… e aí, o que você faria se pudesse alterar o passado? Deixaria de ser TANGA?

Alta Frequência

Frequency (118 minutos – Suspense / Drama)
Lançamento: EUA, 2000
Direção: Gregory Hoblit
Roteiro: Toby Emmerich
Elenco: Dennis Quaid, Jim Caviezel, Shawn Doyle, Elizabeth Mitchell, Andre Braugher, Noah Emmerich

Filmes divulgados na internet

Primeira Fila sexta-feira, 08 de fevereiro de 2008 – 2 comentários

No longíquo ano de 1999, um filme revolucionou a forma de divulgar sua trama, o filme A Bruxa de Blair, estava ilustrado em diversos sites como se fosse uma história real, como se os eventos exibidos no filme fizessem parte de uma lenda urbana, sim, diversas pessoas acreditavam piamente nos acontecimentos que eram exibidos. E o material de divulgação não desmentia está idéia, resultado: filme barato (30 mil dólares) com uma bilheteria estrondosa, nunca um filme tão sem divulgação através de um estúdio hollywoodiano, com diretores e atores renomados, transformou-se em febre mundial.

Digo isto, porque numa campanha “normal” de marketing, atualmente, se gasta uma fatia absurda do orçamento para divulgação em entrevistas, propagandas em revistas, jornais, tevê e internet, principalmente, quando falamos dos famosos blockbusters, com o sucesso do esquema de A Bruxa de Blair, os estúdios se ligaram que a internet como ferramenta de marketing está dirigida para o público alvo, os jovens e os cinéfilos, que procuram informações sobre as produções cinematográficas, tanto que hoje é muito fácil encontrar trailer em qualquer site ou no youtube, teaser e fotos de divulgação até mesmo um ano antes da produção estrear.

No entanto, vez ou outra um filme, normalmente de menor orçamento, se arrisca e aposta quase todas suas fichas de divulgação na internet, nem sempre obtendo o mesmo sucesso que se esperava, como exemplo em 2006, o suspense trash Serpentes a Bordo, já era considerado cult antes mesmo de estrear em função das frases e xingamentos “hiper cools” de Samuel L. Jackson se referindo ao ataque das cobras em pleno vôo. Claro, que depois da estréia do filme, que se leva a sério demais e erra o tom, os comentários acabaram por esfriar o filme que não foi bem nas bilheterias.

Neste fim de semana, outro exemplo estréia, Cloverfield – Monstro, produção de J.J. Abrahms, expert em divulgação vide os produtos criados ao redor da série Lost (criação sua), que desde o ano passado chamou a atenção de todos num teaser que mostrava um ataque a Nova Iorque, não se sabe de quem, através de uma câmera digital, sem nenhum ator conhecido e tendo, inclusive, a cabeça da Estátua da Liberdade arremessada nas ruas da cidade. Consequentemente, durante todo o ano passado e início deste, a divulgação ocorria através de pequenas notas em sites ou blogs, um teaser aqui outro ali, assim, o filme ficou em destaque num período muito grande gerando muito expectativa em torno da produção.

Assim Cloverfield levantou um mistério ao seu redor e uma curiosidade ímpar, inclusive durante um bom tempo o filme não possuía nem mesmo título era referido, apenas, como projeto secreto de J.J. Abrahms, resultado bombou nas bilheterias americanas em sua estréia, e com as boas críticas que vem recebendo já arrecadou mais de 70 milhões de dólares (inclusive, já se fala em continuação para o filme, o que certamente deve ocorrer), somente nos EUA, mostrando a força de uma campanha publicitária forte e correta.

O lado bom deste negócio é que filmes, sem grandes estúdios os bancando, podem fazer uso desta máquina “quase” gratuita de divulgação para exibir seu produto por todo o mundo.

Saiba mais sobre o filme Bangkok Dangerous, com Nicolas Cage

Cinema sexta-feira, 08 de fevereiro de 2008 – 0 comentários

O remake de Bangkok Dangerous, um filme asiático de 1999, foi gravado em 2006 e também levará o nome de Time to Kill. Sua produção foi interrompida por conta de um golpe de Estado, mas o filme finalmente será lançado.

No thriller, Cage desempenha um assassino anônimo que viaja á cidade para tratar de quatro assassinatos para um chefão do submundo do crime, mas sua consciência torna-se o seu inimigo quando ele conhece uma garota.

O assassino é surdo-mudo no filme original, mas, segundo informações, no remake a garota por qual ele se apaixona será a surda-muda. Enfim, vamos ao que importa: Veja o trailer do filme, em ESPANHOL:

Assim que a gente conseguir o trailer em inglês eu disponibilizo por aqui. Agora, o pôster:

FODA, véi. Estréia prevista para Junho.

Veja o primeiro teaser pôster de 007 – Quantum of Solace

Cinema sexta-feira, 08 de fevereiro de 2008 – 1 comentário

Hm, tá bem NHÉ, mas é só o primeiro pôster. E é só um pôster.

Tudo começa onde Cassino Royale parou: Em Quantum of Solace, James Bond (Daniel Craig) estará em uma missão de vingança, e vai passar pela América do Sul, Íustria e Itália. Camille (Olga Kurylenko), a nova Bond Girl, o levará até Dominic Greene (Mathieu Amalric), integrante de uma organização misteriosa e um brutal homem de negócios. Bond quer descobrir a verdade por trás de Vesper, a traidora do filme anterior.

Estréia? Dia 7 de Novembro.

Ozzy Osbourne e Korn no Brasil

Música sexta-feira, 08 de fevereiro de 2008 – 0 comentários

Olha, confesso que fico com os dois pés atrás com a notícia. Bom, Ozzy Osbourne virá para a América Latina, já está confirmada sua apresentação no México, em Abril. O fato é que, “aproveitando a viagem”, o cara pode aproveitar pra dar uma passadinha por aqui, no Brasil, pra fazer uns… dois shows.

Há rumores de que um show no dia 02 de Abril no Rio de Janeiro e outro no dia 05 de Abril em São Paulo já estão pré-marcados. E o cara não vem sozinho: A banda de Nu Metal Korn deverá abrir seus shows.

Ou seja, aguarde por ingressos caros por um show que só valerá a pena entrar depois que a banda de abertura sair.

Supernatural Superserious, o novo som do REM – Ouça!

Música sexta-feira, 08 de fevereiro de 2008 – 0 comentários

O REM lançou seu novo single, Supernatural Superserious, que pode ser ouvido aqui. Não se perca: Basta clicar em Listen, ali do lado, á direita. Eu mesmo me perdi e cliquei no botão que se parece com um “Play” ali no texto, recebendo uma descarga de buttons na cara.

Enfim, som bacana. Quase uma volta ás origens, eu diria. REM é uma banda bacana, mas não é lá muito animada. Neste som novo não é diferente: Nada inovador, só mais um tradicional som da banda.

O single fará parte do novo álbum dos caras, Accelerate, que será lançado no dia 31 de Março deste ano. Confira a tracklist do álbum:

1. Living Well’s The Best Revenge
2. Man Sized Wreath
3. Supernatural Superserious
4. Hollow Man
5. Houston
6. Accelerate
7. Until The Day Is Done
8. Mr Richards
9. Sing For The Submarine
10. Horse To Water
11. I’m Gonna DJ

Chinese Democracy, o tão esperado novo álbum do Guns N’ Roses, vai sair!

Música sexta-feira, 08 de fevereiro de 2008 – 4 comentários

Vocês se lembram do Guns N’ Roses? Sim, aquela banda que promete um álbum novo há mais de uma década e meia e lançou um som no ano passado, aquele que fez parte da lista de piores sons de 2007. Bom, depois de tanto tempo enrolando, só sobrou Axl Rose na banda, e o cara logo arrumou novos parceiros de banda. Entre 2006 e 2007, o cara reviveu as esperanças de que o tão prometido álbum, Chinese Democracy, iria sair.

Lendo o Whiplash, vi que a rádio Pulse Of Radio informou que o álbum está pronto e que Axl está negociando preços com sua gravadora antes de lançar o álbum. SERÍ?

Foram cerca de 13 milhões de dólares gastos no álbum. Uma década e meia de espera. Durante isso, o Guns sofreu a perda de, na minha opinião, o CARA da banda: Slash. Olha, eu não sou fã da banda, mas também estou na expectativa. Porém, sem o Slash, não espero um álbum GUNS. Vai ser algo contemporâneo, claro. Deverá decepcionar. Mas vai sair, por incrível que pareça. Confira a possível tracklist do álbum:

1. Chinese Democracy
2. The Blues
3. Madagascar
4. Prostitute
5. No Love Remains
6. Better
7. Friend or Foe
8. Something Always
9. Hearts Get Killed
10. Closing In On You
11. Catcher in the Rye
12. IRS
13. There Was A Time
14. If The World

Os 7 Livros Mais Prejudiciais a Sua Mente – 7. CAOS – Terrorismo Poético & Outros Crimes Exemplares (Hakim Bey)

Livros sexta-feira, 08 de fevereiro de 2008 – 8 comentários

Este texto faz parte de uma lista que, definitivamente, não é um top 10. Veja o índice aqui.

Ok. O nome é Hakim Bey, uma das maiores incógnitas do fim do século XX.
Nunca fotografado, nunca entrevistado, o Profeta do Anarquismo Ontológico ataca violentamente as bases da sociedade moderna.
Este livro não vai te deixar louco – este livro vai te deixar com Vontade de ser louco. De Conhecer a loucura de perto. De ir mais além, de transgredir, de subverter. Porque, sim, CAOS é um livro Subversivo.

Considerado um “estudo sociológico” (falicitação na catalogação, claro), CAOS – Terrorismo Poético & Outros Crimes Exemplares discorre sobre o Levante. Inventado por Hakim Bey, o Anarquismo Ontológico não procura soluções “salvacionistas” para a “Ordem Mundial”, não se trata de “política revolucionária”. Nada de “Morte á Burguesia”. É o Presente em si mesmo. A busca pela Liberdade Individual & Instantânea através de Ações que desafiam a Ordem.

O livro começa com uma série de “Lendas” a respeito de Caos. Não como um sinônimo de desordem, mas como um conceito que engloba tudo. “Caos são todas as Ordens ao mesmo tempo”. É o começo dos tempos. O Uno. A Divindade.
Afinal de contas, “Caos é Hun Tun, Imperador do Centro. Um dia, O Mar do Sul, Imperador Shu, & o Mar do Norte, Imperador Hu (shu hu = relâmpago), visitaram Hun Tun, que sempre os recebeu bem. Desejando retribuir sua gentileza, eles disseram: ‘Todos os seres têm sete orifícios para ver, ouvir, comer cagar etc. – mas o pobre velho Hun Tun não tem nenhum! Vamos perfurar alguns nele!’ E assim fizeram – um orifício por dia – até que, no sétimo dia, o Caos morreu.”

Só aí, a mistura de lendas orientais, conceitos islâmicos e muita droga na cabeça do Hakim Bey já é incrível.
Mas ele vai além.

Algumas idéias Poético-Terroristas que ainda Continuam em Triste Languidez no Reino da “Arte Conceitual”:

1. Entre na área dos caixas eletrônicos do Citibank ou do Chembank numa hora de muito movimento, cague no chão & vá embora.
(…)
3. Cole em lugares públicos um cartaz xerocado com a foto de um lindo garoto de 12 anos, nu & se masturbando, com o título bem á vista: A FACE DE DEUS.

Claro, isso sem esquecer de sugerir o envio de macumbas e magias negras muçulmanas (que invocam o Djim Negro, de acordo com o autor) a “instituições malignas”, como o New York Times e afins. Ou por que não uma ameaça falsa de Antrax dentro da Bolsa de Valores ás seis da tarde? O importante é a desordem, quebrar o fluxo, instituir o Caos novamente como situação primordial. Uma volta ao início do universo na figura de um Morteiro sendo lançado contra a vitrine das Casas Bahia.

E o melhor: Dá Vontade!

CAOS – Terrorismo Poético & Outros Crimes Exemplares foi novamente publicado no Brasil pela Conrad em 2003 e continua em constante impressão. É considerado, junto com TAZ – Zona Autônoma Temporária, o marco de uma nova forma de revolta. Sem esperanças á revolução, sem heroísmos, sem exaltação da pobreza ou demonização do dinheiro – pura Desordem, Liberdade e, principalmente, Diversão. Sem Leis.
“Se a rebelião provar-se impossível, pelo menos algum tipo de guerra santa clandestina deve ser iniciada. Que ela siga as bandeiras de guerra do dragão negro anarquista, Tiamat, Hun Tun.
O Caos nunca morreu.”

E, claro, começamos trabalhando seu espírito de rebeldia. O próximo passo é desenvolver seu gosto pela Alucinação. Drogas Pesadas, meu caro, na sexta posição.

CAOS – Terrorismo Poético & Outros Crimes Exemplares

Título original Chaos
Ano de Edição: 2003
Autor: Bey, Hakim
Número de Páginas: 117
Editora:Conrad

Os 7 Livros Mais Prejudiciais a Sua Mente

Livros sexta-feira, 08 de fevereiro de 2008 – 1 comentário

Ok, vocês têm um gosto pelo Bizarro. Isso é óbvio pela escolha do seu site de notícias preferido. Vocês Confiam na gente.
Mas o Bizarro não é nada, se não houver seletividade. Eu vos apresento o Bom & Bizarro. A Nata do Choque Mental da literatura.
Livros que possuem uma proposta estética e/ou de conteúdo tão diferente, tão estranha e tão forte, que vocês sentirão pequenos choques & estremecimentos em suas espinhas.
Porque, ao fim dessa lista, Ninguém sai ileso.

Reconhece? Diga adeus.

Pequenas críticas ás obras vão começar a surgir. Até a semana que vem, se vocês forem bons alunos, poderão acompanhar de perto o Nosso Crescente de estranheza.
Porque, meu amigo, isso Não É Um Top 10.

7. CAOS – Terrorismo Poético & Outros Crimes Exemplares (Hakim Bey)
6. Medo e Delírio em Las Vegas (Hunter S. Thompson)
5. Por Trás dos Vidros (Modesto Carone)
4. Boca do Inferno (Otto Lara Resende)
3. Não Há Nada Lá (Joca Reiners Terron)
2. Crash (J.G. Ballard)
1. Como uma Luva de Veludo moldada em Ferro (Daniel Clowes)

Piratas do Caribe – No Fim do Mundo (Pirates of the Caribbean – At World’s End)

Cinema quinta-feira, 07 de fevereiro de 2008 – 3 comentários

pôster

Filme médio, trilogia animal. Não, sério. Se ainda não viram, podem ir na locadora, pegar os três e assistir de uma vez. Se já viu, TAMBÉM! E chama a namorada pra “discutir” o filme enquanto troca pelo próximo. Aliás, arranca o fio do telefone, deixa o pc desligado e tranca todas as portas de casa pra você NÃO ser incomodado enquanto isso. Se você quiser entender tudo da história, vai precisar. Porque o maior defeito de toda essa história… É que ela tenta ser complexa. Vamos ao filme.

corre!!!
É por causa disso que vale a pena ver o filme

Quem já viu os dois anteriores sabe que Piratas do Caribe trata de Jack Sparrow, capitão do Pérola Negro, ex-navio almadiçoado que NUNCA tomba. Nada poderia fazê-lo afundar. Isso por causa de um trato feito com o pirata mais traiçoeiro de todos os mares: Davy Jones. O cara de Lula criou uma confusão enorme para capturar o Jack, que finalmente é engolido no fim pelo Kraken e considerado morto. O que não é bem verdade. É aí que começa o terceiro filme. Jack está vivo, só que aprisionado em um local chamado de Fim do Mundo, onde seus companheiros terão de chegar, não importa como. Ao mesmo tempo, a Companhia das Índias Orientas consegue controlar o Holandês Voador e promover uma caçada a todos os Piratas sobre os mares e terra também. Resta aos sete Lordes se reunirem para achar uma maneira de derrotar a Companhia. É… É um rolo só.

reunião dos lordes
Burocracia em filme de piratas? Ô DROGA!

Como eu disse antes, o problema de toda a trilogia é não manter a simplicidade da trama como no primeiro e no início do segundo filme. Quando são apresentadas múltiplas faces em todos os personagens principais, fica difícil acompanhar tantas situações ocorrendo ao mesmo tempo. Além das claras tentativas de fazer qualquer outro ser além de Jack Sparrow brilhar em tela. Desculpe, mas tanto Elizabeth Swann quanto Will Turner são muito fracos comparados ao Davy Jones, ao Sparrow e á Barbossa. Aliás, Orlando Bloom conseguiu ser indicado como pior coadjuvante por esse filme, fato com que tenho de concordar. Somente após a batalha final ele parece mostrar a que veio.

soda

Outro que não se entende na tela é Chow Yun-Fat como o Capitão Sao Feng. Sua participação é curta e aparentemente desnecessária. Qualquer outro personagem poderia ter feito o que ele fez. Assim como Keith Richards que, apesar de estar PERFEITO como o pai de um certo pirata, ainda consegue roubar a cena dedilhando uma espécie de violão em plena reunião dos grandes Lordes dos Mares. Piratas do Caribe não peca nos efeitos especiais, na trilha sonora, no figurino ou na fotografia. Ele peca nos detalhes, tentando ser perfeito demais. A batalha que ocorre ao redor do redemoinho é fantástica para fãs de uma boa briga. São inúmeros loucos pulando, se esfaqueando, em uma cena que lembra a luta de homens, elfos e orcs em Senhor dos Anéis. Só que muita gente sentiu ali uma falsidade, uma plasticidade que fez a cena não convencer tanto. E a parte romântica… Huuuuum. Não colou bem.

Cena romântica
Cena fantástica… QUE QUASE ESTRAGA O FILME! O QUE VOCÊS ESTAVAM PENSANDO?

Essa mania de reviravolta do filme é outra coisa que incomodou. Pra quê fazer tanto vai e vem se era só fazer uma intercalação das tramas? Tem gente que saiu do cinema perguntando: “Que porra foi essa? Cê entendeu?”. Bom, eu entendi e quanto a isso, não gostei. Orlando Bloom, por mim você poderia até receber o Framboesa de Ouro por sua atuação, meu filho, que cê num é pirata, cê é elfo, compreendeu? Tira essa roupa de macho e volta pra tua raça efeminada. Se tiver continuação, que seja só com o Barbossa e com o Sparrow que eu agradeço. Ou ensinem ao Legolas como se faz.

Indicado para o Framboesa de Ouro em:
Pior Ator Coadjuvante – Orlando Bloom

KEITH RICHARDS
Aprenda Pequeno Gafanhoto. É assim que se faz ponta em filme

Piratas do Caribe – No Fim do Mundo

Pirates of the Caribbean – At World´s End (168 minutos – Aventura/Fantasia/Comédia)
Lançamento: EUA, 2007
Direção: Gore Verbinski
Roteiro: Ted Elliott e Terry Rossio
Elenco: Johnny Depp, Geoffrey Rush, Orlando Bloom, Keira Knightley, Jack Davenport, Bill Nighy, Tom Hollander, Naomie Harris, Chow Yun-Fat, Keith Richards.
Nota: 8

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