Como são feitos os quadrinhos

Nona Arte sexta-feira, 02 de maio de 2008 – 9 comentários

Se vocês já deram uma olhada na página da equipe, estão cientes de que eu sou o novo colunista do “Nona Arte”. Minha função aqui será, obviamente, falar de quadrinhos, sejam eles comics ou mangás. Mas antes de começar a escrever sobre quadrinhos em si, eu acho que seria legal dar uma visão geral de como eles são feitos. Falarei apenas do processo de produção de comics, já que desconheço/sei muito pouco quanto aos mangás.

Mas antes de tudo, o que diferencia um comic de um mangá? Muito mais do que o lado do planeta, por assim dizendo. Diversos fatores diferenciam os comics dos mangás: Técnica de desenho, padrão de personagens, tipo de folha, público alvo, etc. Mas o único relevante para nós agora, nesse texto, é a forma de produção. Mangás geralmente são feitos por uma pessoa só. A mesma pessoa faz o roteiro, os desenhos, o acabamento, uma coisa artesanal mesmo. Já os comics são feitos por uma equipe. Um faz o roteiro, o outro desenha, vem outro pra finalizar, outro colore… Claro que existem exceções onde o roteirista também desenha, como Frank Miller e Todd McFarlane por exemplo. Explicadas as diferenças, podemos começar.

PRODUZINDO COMICS

1- Roteiro
Antes de qualquer outra coisa, precisamos de um roteiro. É aí que entra o… roterista. O roteiro é tão importante para os quadrinhos quanto é para qualquer outra coisa, e escrever um de qualidade não é nada fácil. Ao escrever, o roteirista tem que dar descrições detalhadas do que está acontecendo. O cenário, qual é o personagem que está falando, quem está batendo em quem e como isso está acontecendo, e por aí vai, para que o desenhista possa fazer seu trabalho. Como exemplo, aqui está um pedaço do roteiro de Ed Brubaker, na edição número 100 do Demolidor:

Prestem atenção nos detalhes descritivos

Alguns roteiristas têm experiência fora dos quadrinhos também, o que muitas vezes é bom. Mas nem sempre. Exemplos de roteiristas que atuaram em outros “veículos” são Joss Whedon, criador de Buffy, Angel e Firefly/Serenity, e J. Michael Straczynski, criador de Babylon 5. Com a primeira etapa concluída, o roteiro é enviado para o desenhista fazer sua parte.

Vá sem medo – Warren Ellis, Ed Brubaker, Matt Fraction, Geoff Johns, Mark Millar, Grant Morrison, Alan Moore, Frank Miller, Garth Ennis, J. Michael Straczynski, Brian K. Vaughan e Jason Aaron.

Fique longe – Jeph Loeb, talvez o roteirista mais previsível de todos (todo roteiro seu começa com um assassinato “misterioso”), e o homem que está arruinando os Ultimates e o Hulk.

2- Arte
A alma dos quadrinhos. Afinal, o que são histórias em quadrinhos sem desenhos? O trabalho do desenhista requer mais que boas técnicas e talento, requer também imaginação. Com o roteiro em mãos, o desenhista deve imaginar as cenas e desenhá-las, para depois mandar os desenhos prontos para a editora, tudo dentro do prazo estipulado (cerca de um mês). É comum ter um artista responsável apenas pela capa, e outro pelo interior da revista. Renato Guedes (sim, ele é brasileiro), o atual responsável pela arte do interior da revista do Superman, afirmou trabalhar praticamente o dia inteiro, desenhando uma página por dia. Depois ele manda os desenhos de São Paulo, onde mora, para a DC, nos EUA.

Rascunho de Demolidor 100

Vá sem medo – Alex Ross, Mike Choi, Bryan Hitch, Steve McNiven, Gary Frank, Mike Deodato, John Romita Jr, Jim Lee, John Cassaday, Steve Epting, Marc Silvestri e Marko Djurdjevic.

Fique longe – Rob Liefeld, Howard Chaykin e Humberto Ramos, os anti-anatomia.

Mas espere, esta etapa não está concluída ainda! A arte ainda precisa ser finalizada. É aí que entra o arte finalista, o cara responsável pelos “retoques”. Parece besteira, mas o desenho fica consideravelmente melhor após ser finalizado. Não fiz uma lista de recomendações de arte finalistas pois o resultado varia de acordo com o desenhista. É uma questão de compatibilidade, sabe?

A mesma página, finalizada

3- Cores
Com algumas poucas exceções, com Walking Dead como melhor exemplo delas, cores são cruciais para os quadrinhos. Ao dar uma melhor visualização do cenário e dos personagens, as cores dão um toque de vida aos desenhos. Os coloristas usam como instrumentos de trabalho pincéis e variados tons de tintas, assim como um pintor (o que é o que eles são, basicamente). Ao contrário do que se pensa, o colorimento não é todo feito em programas de computador. Sim, alguns efeitos de luz são feitos assim, mas não o serviço todo.

Continua sendo a mesma página, agora colorida

Vá sem medo – Ah, sei lá. Eu gosto de Laura Martins, ela tá fazendo um bom trabalho em Thor.

Fique longe – Não consigo pensar em ninguém.

4- Letras
Roteiro e arte prontos, chegou a hora de incluir as falas, narração e afins. E é isso que o letrista faz, em poucas e resumidas palavras. Acho que não preciso falar mais nada dessa etapa, creio eu ser algo bem fácil de entender.

5- Edição
Que venham os editores. Responsáveis pela supervisão de TODO o processo de produção, eles passam o dia nas editoras, checando roteiros, desenhos e conversando com a equipe. “Se o cara leva os roteiros para ler em casa, então ele não é editor”, diz Joe Quesada, editor-chefe da Marvel e defensor da socialização. Mas qual é exatamente o trabalho de um editor? Bom, primeiramente, cada editor é designado para revistas específicas. Um cuida de Captain America e Daredevil, outro dos títulos dos Avengers, e por aí vai. Durante o processo de produção de roteiros, eles conversam com os roteiristas, para mudar algo que não ficou legal ou dar um parecer. A mesma coisa é feita quanto aos desenhos internos e das capas. Com tantas responsabilidades, os editores acabam tomando decisões não muito inteligentes, como Joe Quesada fez com o Aranha em One More Day e, dizem os boatos, fará com o Capitão América durante a Secret Invasion (tenha medo).

6- Revisão, Produção, Publicação e Distribuição
Com a edição original pronta, a revista passa por inúmeras revisões antes de ser reproduzida em massa e publicada. Não faço idéia de quais sejam as máquinas usadas, mas acho que isso não é muito relevante para a coluna (ou é?). E com isso, as revistas são distribuídas pelas bancas do país, sendo compradas pelos fiéis leitores logo em seguida.

Com as revistas em mãos, chega a hora de devorá-las, e por isso o texto acaba aqui. Espero ter esclarecido algo para o pessoal que realmente se interessa. Sei que pequei em algumas partes, mas não sou da indústria, então já viu né. Até a próxima, fãs de quadrinhos.

FIM DA PROMOÇÃO!

Cinema sexta-feira, 02 de maio de 2008 – 3 comentários

Exatamente. Hoje é o fim da PROMOÇÃO.

A última participação foi de Pedrox (30/04/08 | 2:16 am).

Aguardem, dia 5 sai o resultado. Noobs. Fiquem na torcida. :amd:

Estréias da Semana – 30/04

Cinema sexta-feira, 02 de maio de 2008 – 0 comentários

Homem de Ferro (Iron Man)
Com Robert Downey Jr., Terrence Howard, Gwyneth Paltrow, Jeff Bridges e Samuel L. Jackson

Com efeitos visuais FODAS, uma bela dose de humor e uma história até onde podemos perceber convicente, a adaptação dos quadrinhos da Marvel, conta a história do industrial bélico e bilionário Tony “Pinga” Stark (Robert Downey Pinga) que depois de um grave acidente enquanto testava um de seus armamentos percebe o mal que está fazendo e decide criar uma roupa de lata pra reparar essas cagadas. Aí ele vira o Homem de Ferro e sai chutando bundas por aí. Não perdam!!!
PS: Fiquem até depois dos créditos. Vale a pena.

O Sonho de Cassandra (Cassandra’s Dream)
Com Ewan McGregor, Colin Farrell, Tom Wilkinson e Hayley Atwell.

No mais recente filme de Woody Allen, McGregor e Farrell são dois irmãos pé-rapados que se envolvem com uma jovem recém chegada a Inglaterra e como sempre acontece acabam se apaixonando pela moçoila. Como os dois não tem onde cair mortos, na cabeça doente do roteirista eles são forçados a entrar para o mundo do crime (pegar num cabo de enxada ou ser estivador no porto de Londres é para os fracos, não é mesmo?) e conseqüentemente acabam se tornando rivais.

Maratona de Amor (Run, Fatboy, Run)
Com Simon Pegg, Thandie Newton e Hank Azaria

Simon Pegg (que você deve conhecer de Todo Mundo Quase Morto) é um cara com excesso de peso que larga sua noiva (Thandie Newton) no altar. Anos depois, ele cai na real e percebe que sempre a amou. Para reconquistar sua antiga paixão, o gorducho precisa terminar a maratona de Nova York, provando que o lindo e rico novo namorado da moça (Hank Azaria, mais conhecido como o dublador do Moe no desenho dos Simpsons) é o homem errado para ela. Se esse roteiro faz sentido pra vocês, vocês são doentes. Vocês e o Ross Geller que é o diretor desse filme que deve ser uma enorme e retumbante bomba.

Homem de Ferro (Iron Man)

Cinema quinta-feira, 01 de maio de 2008 – 8 comentários

O que dizer de um filme que já começa tocando AC/DC? A resenha poderia parar por aqui.

Já era tempo de a Marvel chutar bundas e começar a produzir seus filmes. NINGUÉM aguentava mais ver filmes como Motoqueiro Fantasma, Demolidor e afins, NINGUÉM. Era como se o Uwe Boll estivesse por trás de todos os filmes da Marvel. Nesse tempo todo, o que aconteceu? Homem Aranha bombou, e… só. O restante ficou de meia-boca a RUIM PRA CARÍI. Até ontem.

Tony Stark (Robert Downey Jr.) é um gênio das armas. O cara e seus parceiros Obadiah Stane (Jeff Bridges) e James “Jim” Rhodes (Terrence Howard) contribuem em grande estilo á destruição mundial com seus mísseis e bombas de última geração. Em uma das apresentações de seus produtos para clientes, o cara é sequestrado e é obrigado a fabricar o míssil Jerico, uma obra-de-arte, em uma… caverna. Com a ajuda de outro prisioneiro, Yinsen (Shaun Toub), o cara constrói a única chance de escapar dali vivo: Uma armadura. Uma PUTA armadura. E ele consegue escapar vivo.

De volta aos EUA, o cara acaba sendo afastado se sua própria empresa por falar á imprensa que vai parar de fabricar/vender armas. Vendo-se sozinho, tendo apenas sua secretária Virginia “Pepper” Potts (Gwyneth Paltrow), Stark começa a “atualizar” a armadura que havia feito para escapar dos terroristas. Em meio de testes hilariantes, surge o Homem de Ferro – ainda sem o nome, é claro. E não demora muito pra Stark descobrir quem e o que estava por trás de seu sequestro.

Tony Stark não faz o tipo de Super-Herói

EFEITOS VISUAIS / SONOROS

Eu diria que, talvez apenas os efeitos visuais, sofreram um “upgrade” durante o filme. Você percebe que as explosões na primeira ação do Homem de Ferro, em sua fuga, são ligeiramente… infelizes. Daí pra frente é sensacional, extremamente realista. É claro, dentro de um universo de FICÇÃO. Noobs.

ENREDO

98,1% dos nossos leitores, pelo menos, previam antes da hora que o filme seria só ação e NADA de história. Leido engano, aqui você se depara com a MELHOR história de todos os filmes da Marvel. Completamente detalhada, sem nenhum furo e nada corrido. Perfeito.

PERSONAGENS

Robert Downey Jr. roubou a cena. O cara só faltou entrar em um gibi para representar Tony Stark perfeitamente. Terrence Howard e Jeff Bridges dispensam comentários, os dois são e foram excelentes. Já Gwyneth Paltrow se mostrou meio perdida em alguns trechos, mas também fez o dever de casa. De resto, nenhuma atuação “descartável”. Elenco DE PRIMEIRA.

EASTER-EGGS

Fique atento á cada cena do filme, algumas surpresas aparecem a cada momento (STAN LEE VIBRATIONS). Sim, há uma cena após os créditos finais do filme e, ao contrário de alguns sites por aí, eu NÃO vou dizer o que acontece. Se vira. Eu esperei, então espere também.

EXPECTATIVA BLOCKBUSTERIANA PóS HOMEM DE FERRO

Na boa? Talvez Batman – O Cavaleiro das Trevas seja o único com CULHÕES para bater este filme. Tá certo que todos os vídeos exibidos de Homem de Ferro antes de sua estréia enganaram-nos perfeitamente á ponto de muitos chegarem a conclusão de que o filme não teria história alguma, ENTÃO… aumente suas expectativas com O Incrível Hulk. Então, eu diria que, mesmo que este seja apenas o começo do ano, Homem de Ferro já está no topo. E vai ser difícil algum outro filme chegar lá.

Elenco de primeira. DE PRIMEIRA!

É isso. Taí um filme TOTALMENTE acima das expectativas. O primeiro filme que eu vejo em sua estréia. E você, por que não viu ainda?

Homem de Ferro

Iron Man (126 minutos – Aventura / Ação)
Lançamento: EUA, 2008
Direção: Jon Favreau
Roteiro: Mark Fergus, Hawk Ostby, Art Marcum, Matt Holloway
Elenco: Robert Downey Jr., Gwyneth Paltrow, Terrence Howard, Jeff Bridges, Jon Favreau, Leslie Bibb, Shaun Toub, Faran Tahir, Sayed Badreya, Bill Smitrovich, Clark Gregg, Tim Guinee, Will Lyman, Stan Lee

RPG Hardcore num console da Nintendo

Nerd-O-Matic quinta-feira, 01 de maio de 2008 – 5 comentários

Vocês, doninhas jogadoras enfurecidas que acompanham essa coluna semanal, já devem ter notado á essa altura que eu não costumo fazer reviews neste espaço. Prefiro sempre falar de reflexões particulares a respeito da experiência trazida pelos games, vida de gamer, mulheres nos jogos, sexo nos jogos, essas coisas. Porém costumo abrir exceção a esta regra para apresentar alguns jogos, quando estes são realmente excepcionais.

É o caso de hoje. Não farei uma resenha, no sentido de avaliar o jogo, mas gostaria de trazer á sua atenção:

The World Ends With You

É um jogo para o Nintendo DS. E, em meio á caralhada de jogos imbecis, retardados, débeis mentais e para mulherzinha lançados para o portátil, fica fácil um jogo como esse se destacar.

Não, falando sério agora: é tanto jogo RUIM que sai pro Nintendo DS e pro Wii que eu estou quase pegando raiva dos dois consoles ultimamente. É lógico que eu evito qualquer jogo que me pareça mesmo levemente colorido demais ou com muitos tons de rosa, mas só de ver tanta merda sendo lançada todo dia você começa a pensar que a Nintendo deveria avaliar e licenciar todos os jogos lançados para seus dois consoles. Porra, um mínimo de controle de qualidade, pelamor. Ou vai me dizer que alguém realmente joga isso:

Só pode ser zoação

Não adianta ter uma biblioteca enorme, composta só por jogos ruins. Mirem-se no Dreamcast, porra. Mas ok, isso é tema pra outra coluna. Continuemos com esse jogo espetacular da Square Enix:

A primeira coisa que me chamou muito a atenção foi a história sem mimimi. Seu personagem já começa entrando numa baita roubada, do nada, e o jogo nem se incomoda em te explicar exatamente o que tá rolando. A história vai se desenvolvendo freneticamente, um tutorialzinho aqui, outro ali, e quando você vê cê já tá botando os dois personagens em batalhas e correndo de um lado pro outro em Shibuya, um “bairro” real da cidade de Tóquio, no Japão.

E o mais legal é que parece que o jogo captou mesmo a vibe do lugar real. Cê começa o jogo nesse cruzamento aí de cima, inclusive. Porra isso faz toda diferença num jogo. Nada daquela bullshit medieval e manjada; um jogo ambientado no mundo real.

Mas claro, não tão “real” assim, senão não teria graça nenhuma. Porque ao mesmo tempo o jogo é bem lôco. O enredo demora pra se desdobrar, mas é interessante o modo como acontece, de um jeito meio “Lost”: você vai descobrindo um pouquinho da história ao mesmo tempo em que descobre sobre o passado e as motivações dos personagens.

Nenhum dos personagens é muito herói, inclusive. Acho isso do caralho. Na vida real ninguém é totalmente bom ou ruim; as pessoas seguem suas motivações e desejos, e não tentam ajudar ou foder com os outros só porque são “boas” ou “más”. E esse caráter dual de cada pessoa foi muito bem explorado no jogo.

Falando nisso, basicamente todos os conceitos tradicionais de um RPG são subvertidos em The World Ends With You. Você não vai lidar com armaduras ou equipamentos de proteção: você vai entrar em lojas e escolher roupas de grife. Você não tem armas ou magias: você tem “pins” diferenciados, aqueles buttons de prender em camiseta. Muito doido né?

Outro lance que me surpreendeu foi o modo de desenvolvimento dos personagens. Normalmente em qualquer Final Fantasy da vida, quanto maior seu level mais poderoso você fica. Isso cria o problema do level-grinding nos rpgs, aqueles momentos onde você pára de seguir a história pra só combater e passar de level. Isso é xarope. Em The World Ends With You, você continua lidando com XP e level-ups, mas aqui você é recompensado por manter seu level BAIXO. Olha só: você acumula XP e vai passando de level, mas você pode diminuir o seu level de novo a qualquer momento do jogo. E pra que você vai querer fazer isso? Porque quanto menor o seu level, mais difíceis as batalhas e mais recompensas você vai ganhar. O jogo coloca o nível de dificuldade totalmente nas suas mãos. Isso se chama fucking respeito pelo jogador.

Falar um pouco do sistema de batalha, vê o vídeo aí:

Cês sacaram o que acabaram de assistir? Esse é o sistema de batalha do jogo, onde você luta em duas telas ao mesmo tempo. Tesão, hein? Você controla o personagem principal com a stylus na tela de baixo e, ao mesmo tempo, controla o personagem na tela de cima com o direcional. E, claro, dependendo da sincronia dos golpes, e as magias e combos que você realizar, você ganha o direito de um hiper combo vitaminado em alguns momentos, que une os dois personagens em uma porradaria só na tela. O lance todo é bem caótico e cê vai levar um tempão pra aprender o esquema de combate. Exatamente como todo hardcore gamer gosta.

Esqueci da estética e boniteza do jogo. Muito, MUITO bom. Estilo próprio de jogo e desenho, visual totalmente urbano, grafittis abundantes pelo cenário. Contemporâneo mesmo, e muito agradável aos olhos. E tudo isso dentro das limitações do DS. Dá gosto de ver como criatividade sempre dribla limitação técnica. Esse jogo me trouxe lembranças vívidas de Jet Grind Radio, pra quem é da velha guarda aí.

Definitivamente um jogo pra hardcore gamer. Respeita o jogador e deixa você moldar a experiência no seu ritmo, de acordo com a sua vontade. Porra, eu já falei que o jogo te recompensa até por você NÃO jogar? Então, se você ficar tipo um dia sem jogar, quando você voltar ganha uns pontinhos lá, pra desenvolver o nível dos seus pins. Mas se você ficar uns três dias sem jogar, já não ganha mais nada. Pra mim funcionou como um “larga do jogo e vai fazer outras coisas mais legais, cara. Mas amanhã volta aqui pra jogar de novo”. Você sabe que um jogo é bom quando ele te controla mesmo quando você não tá jogando. Espetacular.

É o tipo de jogo que mantém a gente ligado em vídeo-games, e sempre esperando pelo que ainda vem por aí. Ponto para a Square Enix, sempre conseguindo inovar num gênero já tão explorado como os rpgs. Ponto para o DS, que CONTINUA tendo as suas duas telas cada vez melhor exploradas pelos desenvolvedores. E ponto para os hardcore gamers, que têm mais uma belíssima opção de jogo e mais um motivo fortíssimo para adquirir um Nintendo DS.

Quem deveria ser o novo vocalista do Velvet Revolver?

New Emo quarta-feira, 30 de abril de 2008 – 11 comentários

Bom, os caras vão escolher um novo vocalista usando um site, mas não custa nada a gente dar palpite.

O Velvet Revolver marcou, pelo menos pra mim. Na boa? É a melhor banda do mainstream da atualidade. Os caras são FODA. FODA. Mesmo tendo bloqueado os vídeos da banda no Youtube para que fãs como eu divulgue o trampo da banda em sites como o AOE. Bom assunto para uma próxima coluna.

Deus salve o Google VideosDirty Little Thing é um som que caminha comigo, em loop. Não há descrição para esse som, na boa.

Enfim, voltando ao assunto, houve uma enquete no site Rollingstone.com pra ver com os fãs quem eles queriam na banda. Primeiro lugar para Chirs Cornell

Cochise, Audioslave. Um bom exemplo, afinal, o som se aproxima do estilo trabalhado pelo Velvet. Na boa? O cara não tem nada a ver com a banda. Descartado, então. O segundo lugar ficou para Josh Todd.

Crazy Bitch-Jail, Buckcherry. Na boa? O som é legal. Mas se a votação fosse pra escolher o novo vocalista do Blink 182, Yellowcard ou NXzero, esse cara realmente seria o favorito. Cês tão de brincadeira, né? Sabe quem ficou em terceiro lugar?

SEBASTIAN BACH. O som aí é I Remember You. Preciso dar motivos pra descartar um cara desses?

Na boa (3 HIT COMBO!), não foram fãs que votaram nessa enquete. Scott Weiland é o cara, não é qualquer um que substitui um puto desses. APRENDAM:Slither, som que LANÇOU os caras. Acho que dois sons já bastam pra sacar qual é a do vocal. Vamos falar em palavras sóbrias: Tom de voz provocador, grave, não tão másculo. Nada muito técnico, o cara arranha a gartanta. Ele veio de uma banda grunge. Ele É grunge. E é louco, drogado, além de ter um visual tosco.Sucker Train Blues, ao vivo. O som tá uma merda, é só procês verem o naipe do cara. Enfim, é um TANGA. E empolga pra carái.

Não podemos pegar alguém que tenha a voz parecida ou algo do tipo, temos que analisar a figura em si. Não vamos substituir Scott Weiland, vamos preencher o posto de vocalista do Velvet Revolver. Ou seja, se Weiland estava no posto, a gente vai ter que arranjar alguém tão PUTO quanto esse cara. Então, antes de escolherem no par-ou-ímpar, estudem. Noobs.

Eu estudei. Aliás, levei esse tempo todo estudando. Mas logo de cara já achei óbvio demais optar por Chris Cornell, o cara virou uma espécie de tapa-buraco, aparentemente. Então, decidi pensar não só como fã, mas como MEMBRO da banda. Me imaginei em um bar com Slash e cia. conversando sobre a banda, nossas turnês, sons novos, gordinhas e tudo mais. Aí paramos pra refletir sobre o posto de vocalista da banda, tão… vazio ultimamente.

Comecei a pensar. Aí parei, decidi beber mais. Cheiramos uma carreira, falamos mal de bandas emo e voltamos ao assunto do vocalista. Comentamos sobre a pesquisa citada acima, rimos bastante e, até que enfim, paramos para pensar em quem DIABOS faria parte da bagaça numa boa.

Sacaram a viagem? É assim mesmo, cara. Só ouvindo a banda até o talo e tendo um conhecimento musical relativamente amplo para realmente ESTUDAR a vaga.

Estudaram? A descrição do cara nos leva a um caminho: O punk. Ou o grunge.

Jello Biafra

Police Truck, Dead Kennedys. Escolha ousada? Claro. É pra ser ousado. E o Velvet só perderia pro AC/DC no quesito BANDA MAIS FODA DA GALÍXIA se o Jello entrasse. Mas enfim, vai falar que a escolha não é boa?

Joe Strummer

Should I Stay or Should I Go, The Clash. Meio complicado para pensar nessa possibilidade, mas até Joe Strummer é infinitas vezes uma escolha melhor do que as citadas lá em cima. Não tem jeito, cara, tem que ser um vocal com CULHÕES. E tá aqui um.

Layne Staley

Sea Of Sorrow, Alice in Chains. E daí que o cara já morreu? Se ele revivesse, aí sim o AC/DC teria um concorrente á altura. Aliás, que tal o Brian Johnson como vocal do Velvet Revolver? Ololco.

John Garcia

Hurricane, Kyuss. Mais uma escolha complexa, mas mais uma escolha FODA. Daria uma cara diferente para o Velvet. Não que os outros citados aqui não fossem dar também, mas aqui é… diferente. O cara vem do Stoner Rock, tem tudo pra INOVAR e QUEBRAR TUDO de vez.

Nick Oliveri

Quick and to the Pointless, Queens of the Stone Age. Que tal um pouco de scream? Não seria má idéia, mas não esperem só disso do Nick – o cara manda bem. E scream, definitivamente, seria do carái.

Johnny Rotten

God Save the Queen, Sex Pistols. O álbum Contraband conta com uma faixa bônus, que é um cover ao vivo de Bodies, o MELHOR som do Sex Pistols. Sabe o que mais? O Velvet manda tão bem que o cover fica MUITO fiel. Quer mais? Estilo, voz e empolgação. Johnny Rotten é O CARA pro posto de novo vocalista do Velvet Revolver.

Pronto, tá escolhido. Papo rápido. Noobs. Será que eu sempre vou ter que salvar vocês?

Agora, falando sério: Dependendo do vocalista que eles escolherem, o melhor mesmo vai ser apagar a banda da memória e ficar só com os sons atuais. Eu SINTO que um Josh Todd da vida vai acabar no Velvet, e isso me deixaria realmente muito puto. Enfim, espero que eles, ao menos, ESTUDEM. Ou leiam esta coluna.

Confira a lista de selecionados da 1ª edição do Festival Internacional de Filmes Curtíssimos em Brasília

Cinema quarta-feira, 30 de abril de 2008 – 0 comentários

Será a 1ª edição do Festival Internacional de Filmes Curtíssimos em Brasília e 10ª edição em Paris e, simultaneamente, no mundo inteiro. Dá uma olhada na lista de selecionados:

Seleção Nacional

Filmes que serão exibidos no dia 02 de maio
01 – Fade in, Colher, Fade out, Christopher Faust, Curitiba, PR
02 – Kino-octo-plum, Dedeco Macedo, Salvador, BA
03 – Peixe Eletrônico, David Ramos e Danilson Ramos, Brasília, DF
04 – Cuba Making Of, Patrícia Saldanha, Brasília, DF
05 – Maria sem graça, Leandro Goddinho, São Paulo, SP
06 – As aventuras do agente 77-Os cinco Atos, Cacau Amaral, Duque de Caxias, RJ
07 – Casulo, Anna K Lacerda, Brasília, DF
08 – Sonhos Luminosos, Filipe Duque, Brasília, DF
09 – Analice no País do Teto, Ianah Maia, Recife, PE
10 – Vim dizer que estou indo, Yannet Briggiler, Florianópolis, SC
11 – TV Alieno, Michel Toronaga, Brasília, DF
12 – A Vingança da Bibliotecária, Santiago Dellape Brasília, DF
13 – Memória, Cristina Maure, Belo Horizonte, MG
14 – O dia em que a cidade acordou, Ariane Pinêiro, René Schutz e Thiago
Lessa, Vitória, ES
15 – Idéias do Povo, Adriana de Andrade, Brasília, DF
16 – Passarela, Rodrigo Luiz Martins, Brasília, DF
17 – Rose Doltz, Rodrigo Santos e Rolnei Bueno, São Paulo, SP
18 – Testamento para o Mar, Mauro Alvim, Belo-Horizonte, MG
19 – A Pisadeira, Ricardo Carneiro, Brasília, DF
20 – Mer, Jackon Villela, Brasília, DF
21 – Tangente do Nada, Felipe Fabrette, São Paulo, SP
22 – Seu carro não é brinquedo, Gustavo Fogaça, Porto Alegre, RS
23 – O inferno de Paco, André Luis C. Couto, Brasília, DF
24 – Concerto número 1 para celular, Fausto Junior, Salvador, BA
25 – Coisas bacanas pra se fazer num dia de chuva, Eduardo Perdido, Araraquara, SP
26 – Pé no mato, pé no caminho, Wilson Freire, Recife, PE
27 – Deu no jornal, Yanko Del Pino, Rio de Janeiro, RJ

Filmes que serão exibidos no dia 03 de maio
01 – A Caneta, Matheus Bottan e Rui Morcalona, São Paulo, SP
02 – Amor Caliente, Rodrigo Diaz, São Paulo, SP
03 – Truculência, André Miranda, Brasília, DF
04 – Poema Skinhead, Brasília, Cineasta 81, DF
05 – A Rosa, Gordeeff, Rio de Janeiro, RJ
06 – Nenhuma Recordação, Ricardo Targino, Rio de Janeiro, RJ
07 – Arma, Bola e Joe, Fáuston da Silva, Ceilândia, DF
08 – Ponte do Tédio, Breno Ferreira, Brasília, DF
09 – Cosmolho, Daniel Fagundes, São Paulo, SP
10 – Números doidos, Telephone Colorido, Recife, PE
11 – A Partida, Rodrigo Luiz Martins, Brasília, DF
12 – Essa Moça, Adriana Mota, Brasília, DF
13 – Uma história qualquer, Fernanda Ribeiro e Henrique Barone, Ribeirão
Preto, SP
14 – Encontros entremeados de pouca ou nula importância, Cristina Maure, Nova
Lima, MG
15 – Maria, Lara Campedelli, Brasília, DF
16 – Segundo Plano, Rafael Lobo, Brasília, DF
17 – Skate no Anhangabaú, Alex Kundera, Barueri, SP
18 – O Tico-tico, Caó Cruz Alves, Salvador, BA
19 – Save the love, save the threes and smash human beings, Jacques Sanfilippo,
Brasília, DF
20 – Apetite, Lúcio Mazzaro, São Paulo, SP
21 – Laròyé, Rogério Pixote, São Paulo, SP
22 – Fiat Lux, Nelton Pellenz, Porto Alegre, RS
23 – SHHH, Lia Letícia, Porto Alegre, RS
24 – O Mascate, Fernando Gutierrez, São Paulo, SP
25 – O esquecimento, Gustavo Monteiro, Olinda, PE
26 – Amoado, Wilson Freire, Recife, PE
27 – Gole de Lembranças, Amaro B. Neto, Natal, RN
28 – All Saints house hotel, Ricardo Targino, Rio de Janeiro, RJ
29 – Quem se importa?, Wilson Freire, Rio de Janeiro, RJ
30 – Andarilhos, Paulo Leônidas, Porto Alegre, RS
31 – Frestinha, Gustavo Cochlar, Brasília, DF

No dia 3 haverá a cerimônia de encerramento com a entrega da premiação. Mais informações no site: www.filmescurtissimos.com

Rio ganha seu primeiro Festival Internacional de Cinema Fantástico

Cinema quarta-feira, 30 de abril de 2008 – 1 comentário

Se liga no Press Release da bagaça:

O Rio de Janeiro vai se tornar o principal ponto de encontro dos fãs do cinema de fantasia, horror e ficção-científica, com a realização do RIOFAN – I Festival Internacional de Cinema Fantástico do Rio. Com duas semanas de programação, o festival vai exibir mais de uma centena de filmes, incluindo curtas e longas-metragens brasileiros e estrangeiros, muitos deles inéditos no país.

O festival acontece entre os dias 30 de abril e 11 de maio no Estação Botafogo, nas salas da Caixa Cultural e na Cinemateca do MAM. A abertura será no dia 30 de abril, no Cine Odeon, com a pré-estréia de Diário dos Mortos, novo filme de George A. Romero.

Considerado um dos grandes mestres do cinema de horror em atividade, Romero foi o responsável pela criação de toda uma mitologia moderna ao reinventar a figura clássica dos zumbis com filmes como Dawn of the Dead (1978) e Terra dos mortos (1985). Em 2008, Romero volta ás origens para realizar Diário dos Mortos, “um dos filmes de horror mais ousados, hipnóticos e vitais dos últimos dez anos”, segundo a revista Fangoria. A distribuição do filme no Brasil é da Imagem Filmes.

Em sua primeira edição, o RioFan irá prestar um tributo ao mestre do cinema de horror brasileiro José Mojica Marins, que lança este ano seu mais novo filme, A Encarnação do Demônio, última parte da trilogia protagonizada por sua mais célebre e imortal criação: o terrível Zé do Caixão. O cineasta será homenageado com a entrega de um prêmio pelo conjunto da obra e com uma programação especial preparada em sua homenagem.

Uma das atrações do RioFan será uma mostra competitiva internacional de longas-metragens, a primeira do gênero no Brasil, que apresenta uma seleção do que de mais insólito e inovador vem sendo produzido atualmente no cinema mundial. A programação internacional inclui ainda a mostra paralela Visões, cuja proposta é exibir filmes situados nas fronteiras do horror e do fantástico; a mostra informativa Panorama, com longas-metragens inéditos no Rio; uma seleção de documentários temáticos (Fantadocs); curtas-metragens premiados (RioFan Shorts); e uma mostra de filmes inspirados na obra do escritor H. P. Lovecraft.

Curtas-metragens brasileiros produzidos nos últimos dois anos serão exibidos na mostra Curtas RioFan. Uma retrospectiva de curtas-metragens fantásticos brasileiros realizados entre 2000 e 2006, e o espaço Underground Brasil, que exibe uma vasta produção independente de baixo orçamento realizada no país, completam a programação nacional. Um programa especial com filmes da cultuada Canibal Produções, do catarinense Petter Baiestorf, é um dos destaques.

A programação completa do festival pode ser conferida no site www.riofan.com.br.

É HOJE, 30 de abril a 11 de maio de 2008.

Estação Botafogo – Sala 1 (280 lugares), Rua Voluntários da Pátria, 88 – Botafogo
Caixa Cultural – Cinemas 1 e 2, Av. Almirante Barroso, 25 – Centro
Cinemateca do MAM, Av. Infante Dom Henrique, 85 – Centro

Batman – O Cavaleiro das Trevas ganha mais um cartaz

Cinema quarta-feira, 30 de abril de 2008 – 1 comentário

Um cartaz ENORME, inclusive. Clique na imagem para visualizar ele em seu tamanho real.

Bom, cês devem estar sabendo do que rolou na Av. Paulista nessa segunda, certo? Se não… eu não vou contar. Prefiro que vocês leiam aqui, até porque eu não participei, então seria suspeito a falar.

Estréia mundial no dia 18 de julho.

Ofertas: DVD’s dos filmes e desenhos animados do Batman

A Múmia – A Tumba do Imperador Dragão ganha teaser pôster

Cinema quarta-feira, 30 de abril de 2008 – 1 comentário

A Múmia – A Tumba do Imperador Dragão? “A Múmia 3” tá de bom tamanho, não?

Desta vez, Rick O’Connell, o aventureiro interpretado por Fraser, terá que interromper os planos de dominação mundial do Imperador Qin Shihuang, que espera o momento de acordar seu vasto exército, os famosos Guerreiros de Xian, transformados em terracota por uma maldição secular.

Previsão de estréia 30 de julho, no ANIVERSÍRIO DO AOE!

Ofertas: DVD A Múmia, DVD O Retorno da Múmia

confira

quem?

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