Operação Valquíria (Valkyrie)

Cinema quinta-feira, 12 de fevereiro de 2009

 Gravemente ferido em combate, o Coronel Claus Von Stauffenberg volta da África para a Alemanha e se envolve em uma conspiração para acabar com a ditadura em seu país. A única alternativa encontrada pelos conspiradores é assassinar Adolf Hitler. Stauffenberg ajuda a criar a Operação Valquíria, que além de planejar o assassinato, ainda prevê a implantação de um governo substituto. O destino e as circunstâncias levam o coronel a ocupar uma posição de destaque no complô. Ele terá de liderar todo o grupo e ele mesmo terá de assassinar Hitler.

Apesar do nome fazer parecer que o filme trata da operação de montagem de Valter para seu aniversário, onde ele se tornará Valquíria, o filme na verdade começa com aquele clima de Cidade de Deus. Afinal, estamos falando de uma guerra. Stauffenberg (em algum ponto vou escrever esse nome errado, sei disso) foi gravemente ferido na África, perdendo um olho, uma mão e dois dedos. Com um tapa-olho a la Piratão, o moço volta pra Alemanha puto da vida com a guerra e totalmente desacreditado da ideologia nazista.

Um grupo de outros oficiais de alta patente, também insatisfeitos com a personalidade maníaca de Adolf Hitler e dispostos a acabar com o horror do holocausto, encontra Stauffenberg e propõe que ele ajude na destruição do Führer. No fim das contas, é ele quem tem todas as idéias pro procedimento da Operação Valquíria. As Valquírias, pra quem não sabe, fazem parte da mitologia nórdica e eram aquelas que escolhiam pro deus Odin quem ia morrer na guerra. Ou, mais especificamente, quem ia ganhar ou perder. Assim sendo, a Operação Valquíria consistia em fazer com que o próprio exército do Hitler lutasse contra ele, ao acreditar que ele havia morrido. Só vendo o filme pra entender como isso QUASE foi possível.

 “Por que querem me destruir? POR QUE?”

Que não deu certo é óbvio, porque até quem dormia em todas as aulas de história sabe que não foi assim que a guerra acabou. Uns dizem que Hitler se suicidou. Outros dizem que o suicidaram. Eu, que adoro uma conspiração, prefiro acreditar que Hitler deu um jeitinho de escapar, tirou aquele bigode pra se tornar irreconhecível e morreu velhinho em algum país tropical. Mas conspirações a parte, durante o filme você acaba esquecendo do que realmente aconteceu e quase acha que o golpe vai dar certo. Ponto pro roteirista e pro diretor.

Quem não merece muitos pontos é Tom Cruise que, apesar da maratona que anda enfrentando em busca da volta a credibilidade de antigamente, vem trocando as pernas em suas atuações há algum tempo. Desde a bilheteria vergonhosa de Missão Impossível III (e claro, daquela medonha aparição na Oprah) Tom tenta desesperadamente fazer um filme decente, mas aparenta ter perdido a mão de vez e só consegue transformar personagens interessantíssimos em grandes canastrões.

 “Então esse é o plano pras pessoas me idolatrarem de novo, certo?”

Bilheteria por bilheteria, Operação Valquíria parece que vai render uns bons dólares, já que filmes sobre o Nazismo sempre dá ibope. Afinal, todo mundo ADORA ver a desgraça alheia. Bom que nesse filme nem são os judeus que se dão mal, pra variar. Ainda no elenco, David Bamber excelente como Hitler, além das figurinhas carimbadas Kenneth Branagh, Bill Nighy, Tom Wilkinson, Eddie Izzard e Terence Stamp (que também pode ser visto no cinema em “Sim Senhor”).

Operação Valquíria

Valkyrie (121 minutos – Drama)
Lançamento: Alemanha, EUA, 2008
Direção: Bryan Singer
Roteiro: Christopher McQuarrie e Nathan Alexander
Elenco: Tom Cruise, Kenneth Branagh, Bill Nighy, Tom Wilkinson, Carice van Houten, Thomas Kretschmann, Terence Stamp, Eddie Izzard, Jamie Parker, Christian Berkel.

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