Manual de Quarentena: Como sobreviver ao Corona Vírus em casa – Nonagésimo quarto dia
domingo, 21 de junho de 2020 Já tem um bom tempo aí que as Estreias da Semana se resumem à “não tem lançamento nenhum, todos os cinemas tão fechados e olha aqui outro gráfico mostrando a merda que a gente está”. Até aí, tudo normal… Até porque dependendo dos lançamentos da semana, eu preferiria fechar todos os cinemas também. Porém é sempre bom notar quando tem gente mais estúpida que você, no caso a rede americana AMC de cinemas, que não ia reforçar o uso de máscaras no retorno às atividades para não “ser puxada numa controvérsia política”. Eles até mandaram o discursinho de “ouvir o público” pra dizer que iam reforçar o uso de máscaras sim… Mas obviamente é mentira, já que “máscaras podem ser removidas dentro da sala para comer e beber”.
Muita coisa legal ontem.
Dia 94
Sabe uma banda meio esquisita mas que eu gosto? Bon Jovi. Já foi banda de menininha, já foi banda pseudo-sexy-adolescente, foi glam, foi banda de solteirona, foi banda de homem pós-moderno, de gente na crise de meia idade, de viúvas do rock, de tiozão… Tem uma certa classe e dignidade em ver seu público mudar tanto assim e continuar aí. A banda tá pra lançar álbum ainda este ano (O muito criativamente nomeado Bon Jovi: 2020), mas eis aqui Have a Nice Day, de 2005:
Muito nessa mesma pegada, eis o Capital Inicial. Eu não vou entrar nos méritos político-sociais da coisa, mas cara, eu sei que não é uma baita banda, eu sei que as músicas são mais ou menos, mas na boa? Eu curto. Os shows da banda parecem animados e eles tão aí há 38 anos (Um a mais que o Bon Jovi, inclusive), renovando público e tudo mais. Vou deixar aqui o álbum Das Kapital (É, eu sei), lá de 2010. Não é meu favorito, mas é um álbum bem equilibrado e tem uma duração que eu acho muito boa pra proposta do treco.
Enquanto cê ouve os álbuns aí, vá jogar Factory Idle. Aliás, cê pode botar a discografia inteira das duas bandas pra tocar e cê ainda vai estar jogando Factory Idle: Não é um jogo difícil, não é um jogo complicado, é simplesmente um jogo tão absurdamente bem feito que você vai QUERER fazer o melhor possível nele. E pode acreditar que tem gente que pira bastante nisso.
Eu alterno entre o “deixa morrer” e o “tão botando todo mundo em risco”. De um jeito ou de outro, minhas fantasias autoritárias me lembram do Dredd.
Leia mais em: Corona, Quarentena
