Bom, Os Simpsons é um desenho animado que TODO MUNDO já assistiu a pelo menos CINCO episódios. Então, não tem por que eu falar muito sobre isso, vamos direto ao filme. Não sei se você sabe, mas o filme demorou exatamente dez anos para ser lançado. Nesse tempo todo, 158 roteiros foram criados. Apenas UM sobreviveu.
Genial.
Antes de mais nada, eu diria que os tempos de Os Simpsons… já foi. Não é tão empolgante como antes, mas é claro que o desenho ainda é algo que deve ser visto (apesar dos episódios fracos das últimas temporadas). Já no filme, Homer Simpson arrumou um… porco de estimação. Um nome? Ele não se decidiu ao certo se era Spider Porco ou Harry Porco. O fato é que o bicho fazia um estrago com a sua flora intestinal, e Homer depositava as fezes em um “silo” que, uma hora, ia encher. E encheu. Homer decidiu jogar aquilo em um rio, e uma reação química se formou, trazendo efeitos… catastróficos.
Imagina um monte de merda de porco em um tubo de uns 3 ou 4 metros de altura, cara. Ou pior: Imagina o cara ter um porco em casa e não comê-lo. Enfim, a poluição que aquilo causou foi de níveis altíssimos, e o governador Arnold Schwazenegger não pensou duas vezes (aliás, nem pensou) em assinar uma permissão para prender a cidade de Springfield em uma espécie de estufa. Uns helicópteros levaram um escudo enorme, do tamanho da cidade, colocando-o sobre a mesma. A população agora estava presa, e Springfield não poluiria mais o mundo. O escudo era inquebrável, e o exército estava ali por perto, caso algum engraçadinho tentasse fugir. É óbvio que a população inteira da cidade se revoltou contra Homer, querendo matá-lo.
Perturbador.
Repare BEM no filme se você gosta de easter-eggs. É claro que Os Simpsons já é uma série cheia de mensagens subliminares e paródias com outras séries, filmes, acontecimentos e tudo mais. Não vou revelar nada, mas gostei do que reconheci. O que eu não gostei foi de ver que Simpsons de verdade roda em 15 ou 30 minutos no máximo – definitivamente, foi muito filme pra pouca piada. Ou realmente o tempo dos amarelões já foi, ou minha teoria de que eles só dão certo em um curto espaço de tempo é certa. Não que tenha ficado ruim, mas eu diria que saí do cinema com a impressão de que faltou algo. Faltou: Piadas. O início do filme é fenomenal; sempre é quando esculacham religiões. Depois de um certo tempo, as piadas diminuem e um certo drama toma conta do filme, quase deixando-o perto de um Disney da vida. Sério, uns trechos são BROXANTES.
Fraco.
Depois de conseguir fugir da multidão E de Springfield, a família de Homer (Bart, Lisa, Marge e Maggie) começa a discutir e acabam tomando um rumo diferente de Homer. Após isso, algo assustador está por vir, deixando o futuro de Springfield nas mãos de Homer, e taí outro ponto que eu não gostei muito. Sei lá, ficou muito forçado para o estilo do desenho. Bacana, mas forçado. Quando eu lembro que 157 roteiros foram recusados, eu imagino que alguns nesse meio teriam feito o filme ter sido bem melhor. Enfim, não sei se é bem um filme “para toda a família”, mas garante uma boa diversão. Talvez você se decepcione, como eu disse, mas não vai ser nada demais.
Um amigo próximo estes dias me pediu dicas de um filme de suspense ou terror, de preferência que desse sustos, para minha surpresa, minha consulta mental terminou em murmúrios e hesitação, na hora me lembrava somente de bobagens inofensivas que dificilmente o agradariam. Dai minha pergunta: o que o cinema vem produzindo para dar medo nas pessoas? Em quais filmes RECENTES você encontra isto?
Meu primeiro pensamento salvou dois filmes ingleses, um deste ano, Extermínio 2 (disponível em dvd pela Fox), de Juan Carlos Fresnadillo, surpreendentemente sendo tão bom quanto o original, não sei precisar sobre os sustos mas, eu assisti a ele na ponta da poltrona tamanha tensão ao me envolver no clima alucinante da película. O outro filme inglês também foi destaque, porém no ano retrasado, Abismo do Medo (disponível em dvd pela Califórnia Filmes), de Neil Marshall, conta a história sobre um grupo mulheres que, num findi, resolvem fazer escaladas numa caverna, contudo, a mesma já está habitada. O filme é excelente, possui um clima claustrofóbico e angustiante extremo, dificilmente você não se sente apertado entre as pedras da caverna. As tais criaturas surgem de maneira discreta e somente no final para brindar os espectadores com cenas sanguinárias e horripilantes. ótima pedida para os fãs do gênero.
Os demais filmes que me surgiam a mente se encaixavam em subgêneros que estão sendo produzidos á exaustão por Hollywood, alguns bons acertos enquanto outros verdadeiras bombas:
serial killer (com opção porn torture):
porn torture para quem não lembra são denominados aqueles filmes que utilizam tortura para aterrorizar e chocar, como O Albergue 1 e 2, Turistas, os inéditos Eu Sei Quem Me Matou, com Lindsay Lohan, e Captivity, com a filha de Jack Bauer, Elisha Cuthbert. Pelo visto neste ano, este subgênero já não agrada mais devido ás baixas bilheterias (e também por serem filmes muito ruins), enquanto isto, os suspenses (policiais) que envolvem assassinos seriais, ainda seduzem a grande maioria dos espectadores (inclusive, eu), como no excelente Zodíaco;
psicológico:
com certeza o que mais me agrada, engloba um leque de opções que vão desde o recente Possuídos (já disponível em dvd pela Califórnia Filmes), que somente eu e mais meia dúzia gostamos, com uma história sobre paranóia e loucura levadas ás últimas conseqüências, até o cinema sempre bizarro de David Lynch, que recentemente lançou Império dos Sonhos (em cartaz nos cinemas), onde realidade e sonhos se misturam para criar um painel onde explicações lógicas são o que menos importam;
sobrenatural (dominado pelas adaptações e remakes orientais):
esta ainda é a atual moda em Hollywood, nos próximos meses chegam aos cinemas os remakes americanos de dois filmes orientais, The Eye – A Herança (disponível em dvd) virou O Olho do Mal, com Jessica Alba como protagonista, é aquela história da guria que faz um trasplante de córnea e começa e enxergar fantasmas; e Ligação Perdida (disponível em dvd pela Alpha Filmes), agora Uma Chamada Perdida, sobre um grupo de pessoas que recebem atráves do celular, três dias antes, mensagens sobre sua morte, no elenco Edward Burns e Shannyn Sossamon.
Além disso, os produtores americanos ainda trazem mão de obra oriental para trabalhar em seus filmes como aconteceu em Os Mensageiros (disponível em dvd pela VideoFilmes), dos irmãos Pang, e em O Grito 2 (disponível em dvd pela Paris Filmes), de Takashi Shimizu.
E você, quais os filmes que realmente fizeram você se assustar e me ajude a aumentar minha listinha deste gênero.
Com Elisabeth Shue (Karatê Kid – A Hora da Verdade (!!!)) e Nicolas Cage, Despedida em Las Vegas, também conhecido como o filme em que Nicolas Cage ganhou o Oscar de melhor ator, é um filme… perturbador.
Clássicos olhos de peixe morto e… puta merda, que qualidade de foto.
Tudo começa em Los Angeles, quando Ben Sanderson (Nicolas Cage) é demitido da produção de um filme. O motivo? Porra, o cara é um PUTA alcoólatra. O cara então vai pro bar, sua igreja, e não deixa de xavecar a gordinha que ele encontra por lá. Mas isso é outra história. Ben pira de vez ao ver toda a sua situação e toma uma decisão: Morrer. Mas não uma morte qualquer, uma morte digna de Ben Sanderson. Uma morte em… Las Vegas. Bebendo. Beber até morrer.
Sem enrolação, o cara parte para Las Vegas, de carro mesmo, e se hospeda em um hotel qualquer. Sempre que preciso, o cara ia atrás de mais combustível (que não era pro carro, se é que você me entende), e se afunda cada vez mais. Conhece então uma prostituta, Sera (Elisabeth Shue), e a chama pra trabalhar em seu quarto. Mas o cara tá tão bêbado (ou convencido de que aquilo era melhor) que paga para ela… fazer companhia á ele. Sera é uma prostituta que é mal tratada por seu cafetão, além de já ter morado em Los Angeles também. Futuramente, os dois começam a se conhecer melhor.
Quem precisa de um cabelo melhor?
É quando Sera o chama para morar em sua casa, com uma condição: Ben a respeitaria pelo seu emprego e Sera o respeitaria pela sua… decisão. É claro que eles começam a ter um sentimento ali, Sera começa a cuidar do cara e tenta o impedir de continuar, como todo clichê. Mas é claro que não dá certo.
No fundo, o filme mostra duas histórias paralelas, já que Sera acaba ganhando até mais destaque que Ben em um certo ponto do filme. Talvez seja pra dar uma variada, tendo em vista que todo mundo já tá cansado de histórias de bêbados por aí. Não que não estivessem cansados de histórias de putas, mas enfim: O filme é relativamente pesado e perturbador em certo ponto, como eu disse logo no começo. Nicolas Cage completamente bêbado e representando BEM o maldito papel que lhe custou um Oscar. Porra, véi, só sendo um bêbado pra ser premiado?
Capa clichê, falaí.
Não considero uma história emocionante ou comovente, talvez até seja. Sem muitos clichês e com um pouco de exagero, bom filme pra você ver com seus amigos sóbrios (pra se poupar de piadas como “a partir de agora eu me chamo Ben, IC!”), ou com a sua namorada, que gosta de ver “filmes bonitinhos”. Este é um chute no saco. Mas não é dos melhores.
Já havia resenhado o filme em meu antigo blog, o agorafobia, e a resenha tá aqui. Agora é hora de dar uma renovada de leve pra série mais sensacional do AOE.
Radha Mitchell (Em Busca da Terra do Nunca), Sean Bean (A Lenda do Tesouro Perdido) e Laurie Holden (Quarteto Fantástico) fazem parte do elenco, desconhecido. Quase lei de filmes bons que passam batidos, falaí. Enfim, eu era um puta fã do primeiro jogo da série Silent Hill, do PS1, mas nada xiita – só me concentrava no jogo e em notícias pra saber se saía possíveis continuações. Que saíram, mas pra PS2, então eu fui deixado pra trás. O jogo era incrivelmente sensacional e assustador, deixava Resident Evil no chinelo, completamente. Quando fiquei sabendo que ia sair um filme baseado no jogo, pirei.
E eu pensava que isso era neblina.
O filme já tem um começo bizarro. Você fica boa parte se perguntando se perdeu algo, mas não, tudo vai se esclarecendo aos poucos, com um ótimo suspense. Rose da Silva (Radha Mitchell) já não aguenta mais os problemas de sua filha Sharon (Jodelle Fernand), que é sonâmbula e gritava como louca algo como “ALL YOUR BASE ARE BELONG TO US”. Tá, mentira, ela gritava “SILENT HILL!” – e é assim que o filme começa. Rose então decidiu despistar o maridão, Christopher da Silva (Sean Bean), e levar a menina para a cidade de Silent Hill após fazer umas pesquisas no Google. No meio do caminho, ela encontra uma policial que não vai com a cara dela e a pára no meio da rodovia e, após avistar umas placas indicando o caminho de Silent Hill, Rose pisa no acelerador, derruba o portão que bloqueava a cidade (Sim, um PORTÃO, Silent Hill se trata de uma cidade abandonada e fechada pelas autoridades por causa de seus freqüentes incêndios subterrâneos.) e sofre um acidente após tentar desviar de uma garota que se encontrava no meio da pista. Ela desmaia.
Após acordar do acidente, Rose percebe que sua filha não estava mais no carro,e é aí que ela começa a rodar a cidade inteira atrás dela, enfrentando umas anomalias demoníacas em meio a uma “neblina de fumaça” e “neve de cinzas”, tudo isso por causa dos incêndios subterrâneos. Até mesmo a policial Cybil Bennett (Laurie Holden), que curiosamente também sofreu um acidente com sua moto, foi parar naquele cinzeiro também. No decorrer do filme ela percebe que não há muito o que fazer, então acaba ajudando Rose. Como se não bastasse todos os problemas, um bando de mulheres começam a perseguir as duas.
E vocês se cagando de medo por causa da Samara.
A história é relativamente diferente da do jogo, até porque foram usadas referências do segundo jogo também, além de usarem uma mulher. Porém, ainda consegue ser fiel ao jogo, MUITO fiel. A única bizarrice que eu achei que deixaram na mão foi no início, quando ela se depara com umas criaturas demoníacas que… não vou falar o que acontece. Pra você que jogou o jogo, dou uma dica: Não acontece como um sonho, mas não se empolgue. As cenas com o alarme da igreja avisando que o “clima” vai mudar, e muda, são as melhores. Eu quase pausei o filme pra procurar o jogo. Muita gente ficou insatisfeita, mas eu sou muito fresco com filmes de horror – Silent Hill, definitivamente, deixa o MELHOR pro final. As enfermeiras e a carnificina que eu achei que nunca mais veria em filmes de horror criados hoje em dia. Eles mostram TUDO, sem frescura alguma. Destaque pro Pyramid Head, que é do segundo jogo. [SPOILER] Ele simplesmente arrancou a pele de uma das mulheres, como se estivesse abrindo o pacote de uma bala. Dá uma olhada em um trecho do filme:
[/SPOILER]
Não gosto de filmes de suspense e acho os atuais filmes de horror incrivelmente broxantes. Silent Hill é a prova de que há suspense FODA, assim como filmes de terror SUPERIORES. Definitivamente, Silent Hill é supreendente. E passou batido. E vai ganhar continuação. E vai ser foda.
Enquanto por aqui só se falou em Tropa de Elite, a Academia de Artes e Ciências Cinematográficas acabou de selecionar entre os nove finalistas concorrentes ao Oscar de filme estrangeiro O Ano em que Meus Pais Saíram de Férias.
Deixando de fora desta seleção filmes premiados como o romeno 4 Meses, 3 Semanas e 2 Dias, o espanhol O Orfanato, a animação Persepolis e chinês Lust, Caution.
As chances de O Ano… são grandes devido ao histórico da categoria e dos votantes (normalmente, pessoas mais velhas, logo, mais conservadoras), que adoram filmes protagonizados por crianças (lembram de Cinema Paradiso e Kolya), com conteúdo político (no caso do filme, ditadura militar dos anos 70) e envolvendo judeus, dizem que a grande maioria dos votantes seria desta origem (?). Os demais concorrentes são:
O Ano que Meus Pais Saíram de Férias, de Cao Hamburguer, já disponível em dvd; O Falsário, de Stefan Ruzowitzky (Íustria), sem previsão de estréia; A Era da Inocência, de Dennys Arcand (Canadá), sem previsão de estréia; Beaufort, de Joseph Cedar (Israel), sem previsão de estréia; A Desconhecida, de Giuseppe Tornatore (Itália), em cartaz nos cinemas e chega em dvd neste mês; Mongol, Sergei Bodrov (Cazaquistão), sem previsão de estréia; Katyn, Andrzej Wajda (Polônia), sem previsão de estréia; 12, de Nikita Mikhalkov (Rússia), sem previsão de estréia; Armadilha, de Srdjan Golubovic (Sérvia), sem previsão de estréia;
E você achando que em alguns destes paises não existia nem cinema…tsc,tsc,tsc.
No próximo dia 22 são revelados todos os indicados ao Oscar, inclusive os cinco finalistas desta categoria, é só torcer.
Shrek é o que todo filme de sátira atual (Vide série Todo Mundo em Pânico) deseja ser: Engraçado sem abusar da nossa inteligência. Tanto que adultos e crianças vêem e dão risadas á vontade, sem precisar dar aquela segurada envergonhada como quem pensa: Eu tô rindo pra isso aí? Agora, como sempre, quando a fórmula faz sucesso você espreme até a última gota. E com isso vem as continuações. Shrek 2 foi engraçado, não tanto com o original porque JÍ esperávamos algumas piadas. Mas os dez primeiros minutos valiam o filme todo e ISSO bastava. E então… Chegou Shrek 3.
Olha a família feliz
Acho que o maior problema da franquia Shrek é que, por ser algo original, a princípio ficou fora de classificação de gênero. Por ser em formato “engraçadinho” e ser em 3D classificaram erroneamente como infantil. Vejam bem: Tirando o fato de ser desenho e tocar levemente em certos temas, ele acabou cavando a própria cova ao ser encaixado em infantil. É essa falha que causou Shrek 3. Não que o filme seja ruim, mas NÃO é engraçado.
Você faria ISSO com seu tio?
Eu entrei na sala de cinema esperando rir até rachar e saí com apenas UMA risada de verdade no filme todo. Sério. E eu bem que tentei, mas fiquei realmente envergonhado de estar vendo MAIS um filme de lição de moral escondido em piadas infames. Tá, para vocês entenderem melhor, vamos á história: Em Shrek Terceiro, Shrek e Fiona estão felizes, prontos pra voltar pra casa, quando o pai de Fiona, ainda na forma de sapo, falece. Assim, Shrek se torna o próximo na lista dos reis de Tão Tão Distante, coisa que ele não quer de jeito nenhum. Para se safar dessa, ele precisa ir buscar um parente distante, Arthur, que é um jovem estudante. Para dificultar ainda mais a vida do ogro ele descobre que Fiona está grávida. E ainda tem o Príncipe Encantado, que tenta assumir o trono de rei enquanto Shrek está longe. A premissa é ótima, o que poderia dar errado?
Você foi ao cinema ver Shrek e acabou vendo Crise de Família
A gravidez de Fiona. Pura e simplesmente os filhos de Shrek. Acontece que o filme, a princípio voltado para o próximo no trono e as estripulias do filho da Fada Madrinha, se volta para a situação de Shrek como pai, coisa que ele não está acostumado e sua relação com Arthur. Essa seriedade que o filme tenta assumir contraria todo formato das histórias do ogro e seu mundo de “contos de fadas”. Desde a primeira vez que vimos Shrek no cinema nós nos acostumamos a ver temas sérios tratados com irreverência e não dando tempo para longas reflexões, coisa que Shrek, Arthur e Fiona fazem algumas vezes durante a película toda. Sinceramente? Uma droga!
Acho que isso NÃO é lama
Não bastasse a troca de dubladores com a morte do dublador original de Shrek, coisa que causa estranheza, é muito difícil de ver Shrek sem ficar fazendo ironias e dando sua risada forçada. O Burro, teimoso e metido, ainda está lá. O Gato de Botas, canastrão e Don Juan, ainda está lá. Mas a graça de antes não está lá. Se quiserem ver um filme engraçado, aluguem Top Gang 1 e 2 que fará melhor para vocês.
Filme sensacional de 1996, trazendo Sean Connery (007 – Nunca mais outra vez), Ed Harris (do nosso tão esperado A Lenda do Tesouro Perdido 2) e, é claro, o ilustre Nicolas Cage. Elenco de peso, e pra quem não gosta de Michael Bay, que dirigiu o filme: Um filme BOM com o cara. Vai por mim.
Devia estar na sua coleção.
Manja a ilha de Alcatraz, a tão famosa ilha que era uma base militar e depois se transformou em uma puta prisão de máxima segurança? Então, o principal do filme está lá: O General Francis X. Hummel (Ed Harris), que havia participado também da Guerra do Vietnã sendo um “herói”, simplesmente tomou conta de armas químicas fodidas e as levou para Alcatraz, com a ajuda de seus comandados. Não tá satisfeito? Pegaram 81 reféns também. E pediram 100 milhões de dólares, grana que também seria usada como doação para famílias de soldados americanos que morreram em missões secretas e nunca foram reconhecidos por isso. Se não pagarem eles vão lançar as bombas em São Francisco.
É aí que o “outro lado” percebe que precisam de apenas duas pessoas contra esse pessoal. Uma deve ser o único homem que escapou vivo do presídio de Alcatraz, e esse homem é John Patrick Mason (Sean Connery), um velho condenado a passar o resto de seus dias na prisão. Enfim, tinha sua chance de se livrar disso, com uma condição: Entrar na prisão de Alcatraz como saiu e completar sua missão junto com alguns homens. Entre esses homens, estava a segunda pessoa essencial para essa missão: Um perito em armas bioquímicas. Sim, Dr. Stanley Goodspeed (Nicolas Cage), um jovem especialista que se mostra ingênuo, porém quem sabe o que faz.
É claro que o filme não é em preto e branco.
Imagina invadir uma ilha com um monte de soldado armado até a unha sem que eles percebam, desarmar as bombas e render os caras. Impossível, tendo em vista que apenas um dos vários “frascos” encontrados na bomba já basta para uma arma extremamente mortal, basta diluir o conteúdo no ar. Mason, por muitas vezes, demonstra o que um fugitivo de uma prisão de máxima segurança demonstraria: Não é confiável. Porém, tudo o que ele queria era sair logo da prisão e ficar com sua família. Goodspeed é bom no que faz, mas não tem a mínima chance sozinho. Em meio de discussões e pancadaria, os dois formam uma puta dupla e Sean Connery mostra que NÃO HÍ como discordar que o cara é foda.
Sensacional do início ao fim.
Eu diria que este é o primeiro grande filme de Nicolas Cage, mesmo tendo recebido um Oscar em seu filme anterior, Despedida em Las Vegas. O filme é simplesmente empolgante, daqueles que você se OBRIGA a não perder nenhum trecho e faz questão de voltar em algumas partes. Envolvente, enfim. De resto, é com vocês: Filme altamente recomendável. VOCÊ já deve ter visto e, se não viu, me agradeça pela falta de spoilers.
PAUSA! Cara, vocês não fazem idéia de como fiquei feliz e aliviado ao ler essa notícia. Eu vi o trailer de BloodRayne, assisti Alone In The Dark e arrisquei ver trinta minutos de House of Dead. Eu sei como Uwe Boll é ruim. FIM DA PAUSA! Para quem não conhece, Uwe Boll é um diretor alemão que dirigiu os três filmes citados. Se você foi um sádico que assistiu, então sabe como é. Se ainda por cima gostou, procure um psicólogo. Odiado pelas críticas e mais ameaçado do que o Joe Quesada, ele continua sendo diretor e fez a adaptação de Dungeon Siege, mais um jogo de videogame, chamada In The Name of the King.
TENHA MEDO!
Todos esses filmes foram financiados pelo governo alemão através de um programa de incentivo ao cinema. Só que a maioria deles não só não gerou lucro, como ainda teve prejuízo. E In The Name of the King teve o maior prejú deles, custando 70 milhões de dólares e só recebendo 3 milhões desde sua estréia semana passada. O governo alemão já renunciou há meses qualquer investimento em cinema e agora Uwe Boll terá de tirar do próprio bolso ou correr atrás de patrocínio. A falta de auxílio pode significar o fim de sua carreira de destruidor de bons jogos de videogame.
Já tivemos uma outra resenha [Nota do editor: Não tem mais] recentemente sobre “300” aqui no AOE. E vocês, leitores chatos bagarai, devem estar se perguntando por que demoramos tanto pra resenhar esse filme.
No caso dos outros resenhistas eu não sei, mas no meu caso é porque eu quis mesmo esperar a poeira baixar e ver se o filme continuaria me emocionando meses depois.
300 (2006)
E então? Esse filme ainda é bom mesmo ou era só aquele hype e excesso de propaganda do início do ano? Bom, pra começar, quero XINGAR o filme, listando todas as suas coisas ruins:
1) Rodrigo Santoro;
2) Nenhum espartano na história da humanidade NUNCA pareceu com um stripper depilado e usando sombra nos olhos.
Portanto, o filme se tornou uma propaganda visual homossexual. Acho que já falei isso em outro lugar. Mas ok, não consigo pensar em mais nada pra xingar. Vamos para as partes boas.
Apesar da temática visual meio gay, ainda assim acho que “300” é um filme do caralho e sou meio suspeito para opinar sobre ele. Então requisitei a opinião da Gabi sobre a película:
Atillah – Slaying Mojitos diz: Gabi, por favor. Assim, do nada: Atillah – Slaying Mojitos diz: diga uma frase sobre o filme “300”? Gabi diz: mó gostosa essa rainha. Atillah – Slaying Mojitos diz: Ok, acho que posso utilizar. Obrigado.
Devo concordar com a Gabi. Pra compensar os strippers, pelo menos colocaram uma rainha gostosa e com personalidade. Sem falar no Oráculo. Não lembro muito dessa parte de intrigas políticas na HQ, mas até que encaixou bem no filme. E como o Théo sempre diz: se é pra fazer um filme igualzinho ao livro, pra que assistir ao filme ou ler o livro?
Aê rainha, pega eu.
Aliás, no caso de “300”, a fidelidade á HQ e ás cenas desenhadas por Frank Miller é o grande trunfo. O trabalho foi tão bem feito como em “Sin City”, e é um ótimo exemplo de como um filme pode te seduzir com suas imagens e ritmo, mesmo você já conhecendo o enredo. Os detalhes, esse é um filme para se observar os detalhes. Vejam como o cuidado na fotografia e na edição visual/sonora podem construir cenas inesquecíveis em filmes altamente improváveis, como “300”:
Em um certo momento do filme, o exército espartano passa o cerol em um monte de persas, e o Deus-Rei Xerxes vai pessoalmente até Leônidas, para tentar seduzi-lo com promessas e dar um fim ao massacre.
Reparem na expressão de desdém que Leônidas adota quando vê Xerxes se aproximando, todo Vera Verão, em cima da sua carroça-plataforma carregada por escravos. Leônidas não fala nada, apenas olha com descrédito, em um semi-sorriso irônico; não precisa mais nada para que você entenda o cara:
“mas esse Xerxes é uma bicha louca mesmo. Olha que empáfia, que falta de noção. Eu aqui de pé feito homem esperando e a boneca lá em cima, se achando a poderosa destaque em cima do carro alegórico da escola de samba.”
Orra, vai dizer que não parece desfile de Carnaval?
Ao ser desafiado por Leônidas, Rodrigo Santoro, claramente puto, começa a cuspir ameaças de destruição de Esparta, e enquanto o faz, suas argolas, brincos e outras joiazinhas ficam balançado e fazendo “tlin-tlin” loucamente, como se ele fosse uma caixinha de jóias ambulante.
Percebam, esse tipo de ruído poderia ser cortado depois, na edição sonora, mas os caras fizeram questão de deixar isso, pra mostrar o contraste entre o espartano, despojado de qualquer enfeite ou adereço, e Xerxes, o deus das bijouterias. É assim que você marca o imaginário do espectador, é assim que é traçada linha divisória entre homens, bonecas e crianças no filme. Uma imagem vale mil palavras.
Falando em imagens… e as cenas de batalha? Caralho. As cenas de batalha mexem com alguma coisa dentro de cada um, não sei direito o que é. Muitos falaram na coreografia e no sincronismo dos golpes, que realmente são espetaculares. Outros falaram na direção de arte, na construção visual, na ênfase do vermelho do sangue jorrando, que também são impecáveis. Mas revendo o filme, comecei a prestar atenção em outras coisas; depois que você já sabe como cada cena se desenrola, onde os espartanos vão dar cada soco, enfiar a lança ou a espada, você se desliga um pouco da parte visual. Você já sabe o que vai acontecer, perde a surpresa.
E mesmo assim as cenas continuam me emocionando.
E daí descobri que é TUDO que faz diferença, é o pacote completo. Quando os espartanos levantam o escudo para resistir ao inimigo e deliciosamente o empurram em direção a algum persa que vem correndo em sua direção, feito um texugo alucinado, e você escuta aquele “TUMM” metálico, de quem acabou de quebrar pelo menos o nariz e mais uns três dentes com o impacto, você sente algo quente e confortável por dentro.
TUMM!
Ah os detalhes. Não é só o “TUMM” do impacto; é também o barulho de metal zunindo depois, como quando você bate o cotovelo numa cadeira de metal e fica escutando aquele “uinnnn” ecoando no fundo, enquanto xinga o móvel. Emoção.
Não vou descrever o filme todo para vocês, e nem as melhores cenas, porque isso é coisa de motherfucker. Mas acreditem, o filme inteiro é desse jeito: o tempo todo ele oferece coisas para você ver e ouvir, tudo amarrado por uma história básica, simples, de um bando de nego querendo defender sua terra contra o invasor usurpador. Os clássicos nunca morrem.
Se você ainda não assistiu “300”, tenho inveja de você. Tenho inveja de como você ainda tem a chance de sentir pela primeira vez todo o impacto que o filme provoca. Definitivamente um dos melhores filmes de 2007.
Eu vi Nárnia. Só por isso vocês já sentem qual era a apreensão em ver esse filme. Um alívio para vocês: A Bússola de Ouro (Dourada, porra! Pra que mudar o nome agora?) é melhor. Mas nem tanto. Pronto, podem assistir. O filme tem bons atores e uma trama interessante, mas não de todo. Vamos aos fatos: O livro é um tratado ateísta contra política e religião, usando metáforas para ligar aquele mundo ao nosso e á nossa realidade. Não que certas coisas não fiquem descaradas, por isso a censura. Censura? Mas quê censura, Black? Pra quem não sabe, a igreja tentou várias vezes persuadir as pessoas á não ver o filme, assim como fez com O Código Da Vinci. Deu pra perceber que não deu certo. O problema que isso afetou a história do filme, tirando quase todas as menções á religião. Pois é, síndrome de Harry Potter é contagiosa! Francamente? Podem esperar certas situações infantis no filme que também poderiam ser retiradas.
A gata é quente, mas a personagem é fria
Vamos á sinopse: Existem vários mundos além do nosso. Alguns são similares, outros extremamente diferentes. Nesse específico, todas as pessoas têm a alma forma do corpo, em forma de animais chamados de dimons (Lê-se dimons mesmo, sabe? Como demônios em inglês). Se você morre, seu dimon some. Se seu dimon é afetado, você também sente. Simples. Só que a ligação de todos com os dimons funciona por causa de uma substância chamada pó (Não, não é aquele que você compra ali no morro), negada pelo governo e admirada por muitos por sua “magia”. O Lorde Asriel é um desses que admiram e estudam o trambolho, e por isso ele está com a cabeça a prêmio, mesmo que na surdina.
Paralelamente, sua sobrinha, Lyra se mete em três confusões: Ela quer ir ao Pólo Norte, para encontrar esse pó, tem que descobrir o que aconteceu com as crianças desaparecidas e sobreviver á um grupo que a persegue por ela possuir a Bússola de Ouro do título. Confuso? Muita gente achou.
ó aí a criança brincando com o perigo
Na realidade, esse é um dos problemas do filme. O maior deles. Muitas tramas aleatórias não fazem a cabeça de crianças e o filme tem uma aura muito de criança pros adultos verem E gostarem. Veja bem, quando alguém morre, você não vê sangue e sim o dimon sumindo. E só!!! Novamente comparo a Nárnia. O filme é bom, mas nem tanto. Aliás, a relação da garotinha com o Urso Polar me deu um dejá vu desgraçado que eu quase saí da sala do cinema. Faz favor, poderiam ter tirado o melodrama.
Tecnicamente não dá pra xingar um filme que emula um urso polar a ponto de você ver cada um dos pêlos dele. O som também é fantástico. Eles não cometem o erro de usar uma música feliz em momentos em que você deveria chorar (Se você fosse mulher ou criança).
Momento Nárnia
Agora, quanto aos personagens… Tirando a Lyra, que é protagonista, muitos dos coadjuvantes são somente isso mesmo, mal dando pra se apegar a eles nos seus dez minutos de tela. O filme corre muito rápido e isso incomoda quando chega ao final aberto para quem não esperava o fim. É porque ele é uma trilogia e quiseram tirar um pedaço do final para usar no próximo, sabe? Que nem Senhor dos Anéis. Não funcionou e o público odiou. Esperem por A Luneta Âmbar sentados, crianças.