Heroes e Xmen: Uma relação íntima

Sit.Com terça-feira, 07 de agosto de 2007

O último episódio de Heroes passou no Brasil há pouco tempo atrás, e levantou muitas opiniões: o que aconteceu com Sylar? Peter e Nathan Petrelli estão vivos? E Hiro, o que ele vai fazer? Independente de essas questões serem respondidas ou não na próxima temporada, que tem previsão de estréia dia 24 de setembro, é algo que os fãs terão que esperar. Mas a questão que mais intriga a todos que viram os episódios é a seguinte: Onde foi que eu já vi isso antes?

Qualquer um que tenha visto um episódio da série imediatamente liga o que viu a famosa história dos Xmen. Afinal, na série já foi dito que os poderes vêm de mutações genéticas. Mas, até que ponto a série pode ser considerada uma cópia descarada dos heróis dos quadrinhos? Muitos fãs de Xmen com certeza já assistiram algum episódio da série, e fizeram suas próprias ligações. Eu mesmo, como um fã dos mutantes da Marvel, fiz minhas próprias ligações, como o poder de Peter Petrelli e de Sylar serem similares ao da Vampira. Ou como Candice Wilmer, subordinada de Thompson, ser capaz de mudar sua aparência nos mesmos moldes de mística. Mas também, existem vários outros fatores que tornam essa série única, diferente de todas as outras que tentaram explorar esse tema.

Uma líder de torcida, um candidato a governador, um relojoeiro, um ex presidiário, um policial, um enfermeiro, um funcionário de escritório, um pintor, e muitos outros. Se não fosse por causa de um gene mutante, talvez essas pessoas nunca soubessem uma das outras. E talvez seja isso que seja o maior diferencial da série, pois todos os personagens nao têm ciência de seus poderes, até que eles são despertados. A história toda gira em torno de um simples fato, a destruição de Nova York por uma explosão nuclear, feita por um dos “heróis”. Esse fato é previsto por um pintor, Isaac Mendez, que tem o poder de pintar o futuro.

Já Xmen, não existe uma causa de ser um mutante. Ele simplesmente nasce com o gene da mutação, que só se manifesta após algum tempo e pronto. Não existe muito que ele possa fazer para mudar sua realidade, ele simplesmente tem que conviver com isso, e agradecer por não ser um daqueles mutantes deformados. Os mutantes principais dos quadrinhos são tão complicados e cheios de problemas que você lê edições inteiras, e não acontece nada, deixando a sensação de “tá, e dai?”, que não ajuda nada no andamento da história, isso quando tem uma pra continuar.

Saber que uma história vai ter um fim pode ser muito decepcionante para pessoas que gostam de quadrinhos. Mas em uma série de TV, isso é o melhor dela, pois é em X número de episódios que ela tem que começar, criar os problemas, e resolver eles. Se vão ficar pra uma próxima temporada, o sucesso da atual é que vai definir isso. Nos quadrinhos, já é bem diferente. Se uma história esta funcionando, eles se alongam nela até que ela comece a ficar chata, maçante, que somente fãs mais ardorosos possam agüentar a história que deveria ser simples, mas que chega a um ponto em que os escritores ficam confusos, e a acabam de qualquer maneira, quando dão a eles a permissão de fazer isso.

Para você que é fã de quadrinhos, e para você que é fã de Heroes, digo apenas uma coisa: não há motivos para discutir qual é a melhor demonstração de o que é um mutante. Não há sentido em ficar falando que um personagem é plagio de outro. Desde o sempre, temos momentos em que algo parece igual a alguma coisa que já foi feito. Hoje em dia, a chance de você ver alguma coisa completamente original é praticamente nula. Felizes são Stan Lee, Jack Kirby, e Joe Shuster, que criaram seus personagens em épocas que tudo o que fizessem, seriam originais, como um extraterrestre que pula prédios, um cara verde que e uma equipe de jovens garotos com poderes incríveis, que não foram acusados de copiadores por um publico exigente, que simplesmente queria uma história para se divertir. Bons tempos em que o que importava era a diversão que uma história proporcionava, e não o quanto ela pode ficar no ar…

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