Guardiões da Galáxia (Guardians of the Galaxy) [2]

Cinema quinta-feira, 31 de julho de 2014

 Em Guardiões da Galáxia, o aventureiro Peter Quill (Chris Pratt) se vê como alvo de uma caçada imparável depois de roubar uma esfera misteriosa desejada por Ronan (Lee Pace), um poderoso vilão ambicioso que ameaça todo o universo. Para fugir do perigo, Quill é forçado a se unir com o quarteto de desasjustados – Rocket (voz de Bradley Cooper), um guaxinim atirador; Groot (Vin Diesel), uma árvore humanóide; a sombria e mortal Gamora (Zoe Saldana); e o vingador Drax (Dave Bautista), o Destruidor. Mas Quill descobre que a esfera possui um poder capaz de mudar os rumos do universo, e então ele deve fazer o seu melhor para unir seu grupo e juntos protegerem a galáxia.

Eu não sei vocês, mas o meu conhecimento prévio dessa bagaça chamada Guardiões da Galáxia era praticamente nulo, excetuando-se um dos vários trailers. Porque trailer é tudo igual: Cê vê um, viu todos, mas a quantidade de expectativa gerada cresce de forma exponencial conforme a taxa de trailers assistidos sobe numa taxa alfanumérica. Entendeu porra nenhuma, né abestado? Tem problema não, eu tou só enrolando um pouquinho aqui.

Conforme vossa senhoria já deve ter verificado no texto mais sóbrio sobre o filme, o bagulho é engraçado, não se leva a sério e etc. O que eu acho que não foi falado é que, mesmo com os meus parcos conhecimentos dos protagonistas e tudo mais, a quantidade de referências é absolutamente absurda. Ou eu sou um fanboy desgraçado. E sou, mas isso não vem ao caso, então vamos fazer o bagulho como deve ser feito: COM POSSÍVEIS SPOILERS. Ou não.

EFEITOS VISUAIS / SONOROS

Aqui, como sempre, não há do que reclamar. Exceto, como sempre, dos óculos 3D. Porque, por mais que a experiência do filme com 3D seja mais completa [Não é], o filme se torne mais vivo [Não se torna], pra quem usa óculos de grau o óculos 3D é um pé no saco, bem naquela costura. Cês sabem qual é. Ouvi dizer que pra criança também é ruim, tanto que criaram óculos 3D especial pros ranhentos.

Mas voltemos à nossa programação: Cara, que visual incrível. Cenas espaciais, tecnologia, cenários de verdade. Pera, não é tudo computação gráfica? Não senhor, boa parte da prisão, por exemplo, foi feita em estúdio e tava lá quando os atores trocavam tapa. Talvez por isso não haja aquela leve impressão de “descolamento” entre os atores e a computação gráfica. Não que os efeitos não sejam feitos de forma a minimizar ‘ças parada, mas dá pra notar quando alguém tá contracenando com uma parede real ou quando tá tocando num portal interdimensional movido a suco de graviola. Não que tenha algum desses no filme.

 OLHA O SUCO DE LARANJA, O ESPECIAL É COM LIMÃO NO MEIO!

Tem também a velha questão das explosões no espaço não fazerem barulho, mas você não esperava realismo num filme que conta com um guaxinim ciborgue transgênico que é um gênio do mal e atira feito um soldado marroquino. Meu deus, eu tou cheio das metáforas hoje. E a dublagem de Groot e Rocket tão foda, mas isso é uma questão de interpretação. Dos atores, não de interpretação de texto, mentecapto.

Tudo isso pra dizer que os efeitos são do caralho, mano.

ENREDO

Cê lembra do filme dos Vingadores, que tem aquela puta treta por conta do Tesseract? É, e do segundo Thor, que tem como tema central o Éter? Pois bem, dito isso, você já deve lembrar que ambos são Jóias do Infinito. Ou o equivalente cinematográfico. Se eu nunca falei antes, foda-se também. E a história aqui gira em torno da terceira, que não tem um nome, até onde eu me lembro, mas também não importa, já que o efeito que eu vi não condiz com as descrições feitas por ae nas internets.

 “Cara, não dirige com farol alto que atrapalha quem vem em direção contrária, FDP!”

O que importa é que Peter Quill tirou a bagaça de onde não devia, e sempre fica a pergunta: Se nego interessado sabia onde tava, porque não foi buscar antes? Mas ok, Quill, AKA Starlord [Ou seja lá como escreve, com ou sem hífen], depois de pegar a parada, vira alvo de Rocket e Groot, que são uma dupla, e Gamora, que posteriormente se torna alvo de Drax, o Destruidor. Mas no fim das contas eles tem de se juntar pra salvar a galáxia de Ronan, que tá a mando do Batman de Thanos, que aliás eu reconheci mas não reconheci na hora, maldito seja Josh Brolin e seu queixo.

A questão aqui é que, mesmo com essa premissa borra-botas clichê que todo mundo odeia, o filme não se entrega fácil assim ao climão dramático. Na verdade, ele joga o climão dramático no chão, chuta as costelas do lazarento e cospe na cara dele. E sai cantando uma das músicas dos anos 80 que permeia o filme. Portanto, acompanhe a história e não se preocupe muito, tudo vai dar certo no final.

PERSONAGENS

Peter Jason Quill é um vagabundo que rouba coisas pra vender pra outros vagabundos. Mas ao mesmo tempo é um ser humano maravilhoso e todas aquelas coisas que galera espera ver em anti-heróis. E o Chris Pratt foi a escolha perfeita pro papel. Caralho, desgraçado sabe ser engraçado e ao mesmo tempo ter cara de bonzinho. Já Gamora, por mais que seja interpretada por uma Zoe Saldana que eu acho carismática, é um cubo de gelo, em relação à sentimentos. Ou pelo menos ao que demonstra inicialmente. Mas é óbvio que, sendo a mulher do grupo, vai ser o interesse romântico do protagonista, Quill. Mas tudo bem, eu perdoo vocês, já que tais fatos são apresentados de forma não-frescurenta.

Rocket e Groot, apesar de não serem exatamente interpretados por seus atores, tem em Bradley Cooper e Vin Diesel praticamente sua personificação. Groot por ter só uma frase, e ser um vegetal, o que combina muito bem com os atributos interpretativos do Diesel. E Rocket por parecer inofensivo ou mesmo burro e ser um engenheiro do caralho, além de assassino psicopata. E não sei porque caralhos, mas eu imagino que isso seja muito compatível com a personalidade do cara. Ou eu tenho probleminha, vai saber. Drax é outro: Tem o carisma de Dave Bautista, e isso é uma coisa ruim. Eu inclusive tenho a impressão de que vou apanhar dizer por isso. Mas é issae, o personagem não faz muita coisa além de empurrar o filme em direção à um confronto, ao invés de resolver as porra toda. E sem ele, o filme ia terminar bem mais rápido.

 Essa cena não existe no filme, foi feita só pra divulgação.

Por fim, o vilão: Ronan é só uma marionete nas mãos de Thanos, e Lee Pace faz o que pode pra mostrar pra gente uma marionete com um mínimo de dignidade. Não que se possa dizer algo de um pau mandado que se volta contra o chefe na primeira oportunidade. Parece até que o Ronan escrevia pro Bacon. A quantidade de maquiagem na cara dele, entretanto, não impediu o mesmo de apresentar uma boa performance.

EASTER-EGGS

Cara, a quantidade de referências é proibitivamente absurda. Cê não vai conseguir pegar todas as referências no cinema. A menos que você seja rico e vá umas quinze vezes ver, ai talvez cê pegue. Ou não, já que tem coisa obscura pra diabo lá, coisa que nem eu, nem você, nem boa parte da população mundial [Incluindo quem trabalhou na produção do filme] vai sacar assim, de vista. Só os nerds granudos.

E, claro, tem a abertura do setor espacial da Marvel, e a Tropa Nova, que é equivalente à Tropa dos Lanternas Verdes, só que hétero. Rapaz, vai ter spin off desse filme a dar com um pau.

 Essa não era a lembrança que eu tinha do Nova. Se bem que, pra mim, Nova era um cara só.

EXPECTATIVA BLOCKBUSTERIANA PÓS GUARDIÕES DA GALÁXIA

Eu não lembro se Guardiões encerra a fase 1 ou abre a fase 2, e eu sinceramente não ligo. Mermão, eu quero é ver o oco. Quero porrada comendo solta entre geral e Thanos em Vingadores 3. Vingadores 2? Aquele com o Homem de Lata Ultron? Quero que se foda. Mentira, quero nada.

Guardiões da Galáxia

Guardians of the Galaxy (121 minutos – Ação)
Lançamento: EUA, 2014
Direção: James Gunn
Roteiro: James Gunn e Nicole Perlman, baseados na obra de Dan Abnett e Andy Lanning
Elenco: Chris Pratt, Zoe Saldana, Dave Bautista, Vin Diesel, Bradley Cooper, Lee Pace, Michael Rooker, Karen Gillan, Djimon Hounsou, John C. Reilly, Glenn Close e Benício del Toro

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