Flash Gordon

Cinema segunda-feira, 09 de maio de 2011

Fazia tempo que eu tinha ouvido falar nesse tal Flash Gordon. Ouvi dizer que era um filme cult, mas isso não importava muito. Na verdade, a graça pra mim, quando não conhecia, era o nome: Uma parada chamada “Flash Gordon” não pode ser ruim. Certo, parece bizarrice minha (E é) mas comecei a gostar disso aqui pelo nome, simplesmente.

Acontece que Flash Gordon, antes de ser filme, de ser série, de ser cult, era só uma tira de jornal da King Features Syndicate, que também publicou as tiras do Popeye (É, ele também nasceu nos jornais). Gordon foi publicado pela primeira vez em 7 de janeiro de 1934 no New York American Journal, para rivalizar com Buck Rogers, que era o primeiro herói espacial. No Brasil, a tira começou a ser publicada no jornal A Nação em 28 de março daquele mesmo ano.

Apesar de haver pelo menos duas séries (Se não me engano) sobre o Flash Gordon, vamos falar do filme. Foi lançado em 1980, com a intenção de parecer antigo. Sabe aquele jeito da série dos anos 60 do Batman? Pois é. Ou seja, o filme já parece “cult” na hora; junte-se isso com os figurinos do filme e temos… Algo bem bizarro. E nesse ponto preciso falar exatamente do que fala esse baguio.

Então, sobre o enredo, ele segue mais ou menos o que se conta nas tiras. Nesse ponto é preciso avisar que a ficção científica dos anos 30 não era a que você conhece hoje, que eu conheço, que todos têm em mente. Em 1934, ano de criação de Flash Gordon, esse era um gênero dominado basicamente por heróis do espaço e marcianos furiosos – e todo mundo com roupas esquisitas. O leigo chega logo à conclusão de que é preciso parecer que esteve em um bloco de carnaval pra fazer parte da ficção científica seminal, inicial.

Vejamos: Tudo estava em torno de… Flash Gordon, o personagem principal, um jogador de pólo (No filme, ele é um astro do baseball), e seus companheiros, Dale Arden e o Dr. Hans Zarkov. A história começa com a Terra sendo bombardeada por meteoros de fogo. Dr. Zarkov, que está meio louco, acha que eles estão sendo mandados por algo do espaço e quer ir lá descobrir. Ele então constrói um foguete (Que parece uma garrafa de coca-cola modificada, na verdade) pra ir lá descobrir. Enquanto isso, Dale e Flash estão em um pequeno avião que caí, por conta da chuva de meteoros. Certo. Estão acompanhando? Pois é, agora vejam: O avião deles caí, só eles sobrevivem e ele se encontram justamente DO LADO do raio do laboratório onde está o foguete do Dr. Zarkov, que rapidamente seqüestra os dois e eles vão todos pro espaço (Literalmente).

Certo, até aí estava só estranho. O bizarro é que eles (Simplesmente) vão parar em um planeta chamado Mongo e descobrem que os tais meteoros eram culpa de Ming, ou melhor, Ming, o Impiedoso, vilão e imperador da história. Por muitos anos os três protagonistas se aventuraram pelos vários mundos sob o império de Ming, mas isso é só quadrinho. No filme há um grande resumo de tudo (O que é de se esperar), mas segue mais ou menos os primeiros anos da tira.

 Ming, o Impiedoso

Na época de lançamento, o filme não foi nenhum sucesso de bilheteria. Veio no rastro de Superman, Star Wars e Star Trek e só conseguiu a imagem de filme cult bem depois. Como disse antes, eu gostei só do nome e depois, quando assisti, gostei do resto. É um tipo de história boba, típica da ficção do começo do século passado, e que eu acho até interessante. Enfim. Assistam, é um dos melhores filme B.

Ah, um detalhe sobre o filme: Toda sua trilha sonora foi composta pelo Queen:

Flash Gordon

Flash Gordon (111 minutos – Ficção científica)
Lançamento: 1980
Direção: Mike Hodges
Roteiro: Michael Allin (Adaptação) e Lorenzo Semple, Jr.
Elenco: Sam J. Jones, Melody Anderson, Chaim Topol, Timothy Dalton, Max von Sydow, Ornella Muti, Brian Blessed

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