Cabeça a Prêmio

Cinema sexta-feira, 20 de agosto de 2010
 No Ceará ficou: TE PEGO SEU FIDUMARAPARIGA!

Comandando uma rede de negócios ilícitos na região, os Menezes, uma família de grandes pecuaristas do Centro-Oeste, vivem aos poucos a dissolução da estrutura que os protegeu durante anos. Mirão Menezes vive as pressões do narcotráfico, o fechamento de cerco pelas autoridades e a disputa com seu irmão Abílio, partidário de um contra-ataque violento. Elaine, filha de Mirão, envolve-se com o piloto do pai, engravida e decide fugir com ele depois que seu tio Abílio passa a chantageá-los. Brito, o matador encarregado de encontrar o casal e encerrar o caso, é ele mesmo ironicamente vítima de uma história de amor.

Nota do editor: Antes tarde do que mais tarde ainda.

Brasileiro sabe sim fazer filme. Não tem como entrar em um assunto de filme brasileiro sem falar sobre o assunto. Temos ótimos atores, atrizes, diretores… Mas o Brasil ainda é muito jovem nesse ramo pra conseguir muito, apesar de certas obras-primas terem sido criadas.

 Buteco, sinuca, cerveja, olhar pra mulher e elogiar, como é deve ser dificil atuar

O estilo brasileiro de filme, principalmente dos filmes de drama, segue a linha dos filmes franceses e espanhóis, fazendo uma abordagem mais visual e demorada do assunto, com o personagem evoluindo pouco a pouco, para enfim tomar ações e decisões, de acordo com o contexto. Enquanto o estilo dos EUA é mais agitado, levando o personagem a ter ações e o contexto vai se adaptando as ações do personagem. Talvez o que leve filmes como Sinédoque, Nova York não serem tão bem vistos e apreciados, principalmente nos EUA.

 Todo mundo fica feliz depois de dar uma

O filme segue esse estilo brasileiro de fazer filmes (E como um bom filme brasileiro, é CHEIO de putaria, palavrões e sexo, dá até vontade de chorar de tão bunito que isso é), que parece com a narrativa de livros como Iracema, no sentido que é parado, confuso e detalhista, podendo não ser a escolha favorita da multidão. Agora, confuso como? Confuso no fato de que você não tem onde apoiar sua decisão. Espera, isso não foi explicativo suficiente, melhor falando, não tem um personagem sólido para que você pense “gostei de você, torço pra que você se dê bem”, já que todos os personagens são, por assim dizer, podres.

 Olha só, mais putaria… Novidade…

A câmera do filme também chama atenção, já que, se o filme é detalhista, a fotografia tem um nível melhor. A câmera passa por regiões do Brasil e Paraguai (Pelo menos acho que é lá), que criam um “clima”; uma emoção pra que a próxima cena venha com mais impacto, arte muito utilizada em filmes que se passam no nordeste. Eu particularmente gosto dessa técnica, já que cria um ar misterioso no filme onde não só os atores passam emoção, mas sim o filme inteiro.

 Calma gente, só falta mais meia hora de filme

Com relação ao elenco, é difícil falar, já que reúne atores de peso (Não, não é um piada com o Fúlvio Stefanini, apesar de… Deixa), como Fúlvio Stefanini, Otávio Muller, Alice Braga, Eduardo Moscovis, Cássio Gabus Mendes, todos atores que eu gosto, mas esperava mais. Principalmente da Alice Braga, que esteve melhor em outros filmes do que nesse, que precisava interpretar uma jovem rica, mimada pelo pai (Não é tão dificil, vai). Não que ela esteve ruim, afinal foi um papel diferente da cara fechada de Predadores, mas não foi a melhor obra dela, apesar de mostrar os peitinhos na tela, não me convenceu.

 “Repete aquela história do gordo ai”

O que mais me atraiu no filme todo foi ser uma caracterização positiva (Veja o filme e eu falo porque) do sistema investigativo brasileiro, o que dá um pouco de esperança pra todos, alem de poder servir de crítica ao próprio método investigativo brasileiro, mostrando suas falhas, e cara… Como tem falhas, se for assistir o filme leve uma paciência extra em um bolso e seu senso critico no outro.

Cabeça a Prêmio

Cabeça a Prêmio (104 minutos – Drama)
Lançamento: Brasil, 2010
Direção: Marco Ricca
Roteiro: Felipe Braga, Marco Ricca, Marçal Aquino
Elenco: Alice Braga, Daniel Hendler, Fúlvio Stefanini, Otávio Muller, Eduardo Moscovis, Cássio Gabus Mendes, Ana Braga, Vya Negromonte

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